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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 9 de maio de 2013

Cine Curiosidade: TRUFFAUT NA MÍDIA


CURSO SOBRE O CULTUADO DIRETOR FRANCÊS FOI DESTAQUE NO JORNAL DO COMÉRCIO DE HOJE. 
  
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quarta-feira, 8 de maio de 2013

Cine Especial: François Truffaut : O Homem que Amava o Cinema: Parte 3


Nos dias 18 e 19 de maio, eu estarei participando do curso François Truffaut: O Homem que Amava o Cinema, criado pelo Cena Um e ministrado pela coordenadora e curadora da Sala da Redenção da UFRGS, Tânia Cardoso de Cardoso. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui, estarei postando um pouco sobre os principais filmes desse diretor, que foi um dos pilares que sustentou o surgimento do movimento Nouvelle Vague.  

A Noite Americana 
François Truffaut  faz uma verdadeira declaração de amor a sétima arte.

Sinopse: Um dos filmes que melhor representa as loucuras que se passam em um set de filmagem. Um ator que fica deprimido porque sua noiva sai com um dublê, uma atriz que se entregou às bebidas e não consegue lembrar de suas falas e muitas outras confusões, que o diretor deve fazer de tudo para contornar, até gravarem uma das cenas mais importantes do filme: a que o dia deve ser transformado em noite artificialmente.

François Truffaut sem duvida é um dos gênios do cinema francês. Aqui ele faz uma verdadeira declaração de amor ao cinema  e retrata de uma maneira bem humorada o dia á dia de um set de filmagens, que durante o percurso de semanas de filmagens, até a  finalização de um filme, pode acontecer de tudo. Atenção pelas cenas em que o diretor presta seu amor e carinho ao cinema: seu alter-ego (Ferrand), em flashbacks, relembra sua infância, quando roubava pôsteres dos filmes em cartaz, entre eles, do filme Cidadão Kane, coisa que o próprio Truffaut confessou que fazia quando jovem. Ou então na cena quando o diretor recebe um telefonema do compositor do filme para mostrar-lhe uma música, que esta seria o tema de amor de outro filme de Truffaut. Neste momento, enquanto ouve a música ao telefone, ele abre uma encomenda que recebera de vários livros sobre cinema e diretores como Hitchcock e Godard, que vão sendo exibidos com a música de amor ao fundo.

Curiosidades: O nome do filme é uma alusão à técnica criada nos Estados Unidos para filmar uma cena noturna durante o dia, usando um filtro especial nas lentes da câmera. O filme é dedicado às irmãs Lillian e Dorothy Gish.

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Cine Dica: Fantaspoa 2013: VERSÃO RARA DE GODZILLA HOJE NO CINEBANCÁRIOS


Sinopse:Usando um processo de colorização chamado Spectrorama 70, que consiste na aplicação de um gel colorido sobre o filme original, em preto e branco, Luigi Cozzi nos traz sua versão colorizada do clássico de 1956. Além disso, uma trilha sonora original, composta pelo Magnetic System foi utilizada neste filme, assim como cenas de outros filmes e também de noticiários, criando uma nova versão deste filme clássico, que até hoje segue sem lançamento comercial em DVD. Nas palavras de Cozzi: um trabalho de um fã, feito para outros fãs assistirem. A única cópia conhecida do filme, a ser apresentada no Fantaspoa, é uma gravação de uma exibição da TV italiana, do acervo do próprio diretor. Será uma oportunidade única de assistir este filme e debatê-lo com seu realizador.

Clássico do cinema japonês, criado por Ishirô Honda, merece ser redescoberto por essa nova geração cinéfila. Quando eu conheci Godzilla, foi somente quando eu vi as suas continuações que reprisava alguns anos atrás no SBT, mas eu não tinha nenhum contato com o primeiro filme e nem ao menos interesse em ir atrás. Talvez isso se deva de eu ter me acostumado á continuações tão medíocres e uma versão americana de 1998 mais medíocre ainda, e com isso, esperava algo parecido no primeiro filme, que foi um grande engano da minha parte. Redescobrindo o clássico de 1954, percebemos como a idéia da criação da criatura foi de um momento mais que propicio, que infelizmente acabou sendo que banalizada nas continuações. Na época que a produção foi lançada, a recém se fazia dez anos que o Japão sofreu um golpe duro pelas costas, que foi a bomba de Hiroshima e ao mesmo tempo, o mundo vivia com medo com relação às bombas atômicas.
O monstro em si, é uma metáfora desse medo em que os japoneses estavam vivendo, como também, representava a força da natureza incontrolável e que nada pode ser feita contra ela. Algo parecido no que se vê até hoje, para quem mora no Japão, depois de desastres como terremotos e tsunamis. Em contrapartida, a trama representa muito bem a força e a união do povo japonês perante as dificuldades, em cenas em que mostra a dor, mas a perseverança e coragem desse povo. Não é a toa que o filme fez um tremendo sucesso de publico e critica, gerou varias continuações (tendo sido criado uma versão americana dois anos depois) e ter gerado a mania de monstros de seriados japoneses.
Do elenco, destaque para o veterano Takashi Shimura, figura bastante conhecida nos clássicos filmes de Akira Kurosawa (Viver). Embora o filme tenha envelhecido em alguns aspectos, deve-se notar que é uma produção muito bem cuidada e bem pensada, tanto na fotografia, como em efeitos especiais que se tinha há oferecer na época, mas é na trilha sonora em que a parte técnica realmente se destaca. Criada pelo compositor Akira Ifukube, a trilha possui seis temas, sendo que, “Main Title’’ é a melodia que personificaria a lembrança do Godzilla ao público em geral. Basta ouvir os primeiros acordes do tema inicial, que associação ao mostro é imediata, sendo que ela voltaria em todas as continuações do personagem.
Revendo esse clássico, não é a toa que até hoje Godzilla é considerado o rei dos monstros e que serviu de fonte para a criação de outros filmes (como o medo pós "11 de setembro" usado como metáfora no filme Cloverfield).

O filme terá exibição somente hoje nos Cinebancários as 19horas. 

Programação completa: http://www.fantaspoa.com.br/2013/

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Cine Dica: Documentário Sobre Teresa Poester na Sala P. F. Gastal


DOCUMENTÁRIO SOBRE A ARTISTA TERESA POESTER
GANHA LANÇAMENTO ABERTO AO PÚBLICO NA SALA P. F. GASTAL


O Estúdio Galeria Mamute lança, no dia 9 de maio, às 19h30, na Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar), o documentário Teresa Poester – 10.357 Km em Linha, de Niura Borges, que revela o processo criativo da artista na série em que ela utiliza papéis de grandes dimensões e caneta esferográfica. O documentário inaugura a série Coletânea Processos de Criação, uma iniciativa idealizada para a produção de um conjunto de filmes documentários de curta-metragem que retratam o processo de criação de artistas gaúchos contemporâneos de diversas áreas. Após a exibição, acontece um debate com a participação da artista, da diretora Niura Borges e da cineasta Ana Luiza Azevedo. A sessão é aberta ao público e tem entrada franca.
 O documentário de Niura Borges apresenta um recorte específico na produção de 35 anos de carreira de Teresa Poester, uma das mais conceituadas artistas do Estado. O filme traz depoimentos dos artistas Antônio Augusto Bueno, Laura Castilhos, Maria Helena Bernardes e Marilice Corona, do poeta e escritor Armindo Trevisan, do cineasta Jorge Furtado, do aluno Kelvin Koubik, do músico Wagner Cunha e das professoras e pesquisadoras do Icleia Cattani e Paula Ramos, do Instituto de Artes da UFRGS, que falam das suas relações com a artista e sua obra. 
O projeto foi financiado pelo 1º edital FAC da SEDAC/RS.

Mais informações vocês conferem na pagina da sala clicando aqui. 

LUTO: RAY HARRYHAUSEN: 20 DE JUNHO DE 1920 / 07 DE MAIO DE 2013

"Graças ao senhor, a minha infância foi mais rica e imaginativa. Os seus filmes eu assistia, numa sessão da tarde de qualidade jaz esquecida, rendendo para mim tardes inesquecíveis e que jamais esquecerei. Descanse em paz grande gênio dos efeitos visuais".


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terça-feira, 7 de maio de 2013

Cine Especial: François Truffaut : O Homem que Amava o Cinema: Parte 2


Nos dias 18 e 19 de maio, eu estarei participando do curso François Truffaut: O Homem que Amava o Cinema, criado pelo Cena Um e ministrado pela coordenadora e curadora da Sala da Redenção da UFRGS, Tânia Cardoso de Cardoso. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui, estarei postando um pouco sobre os principais filmes desse diretor, que foi um dos pilares que sustentou o surgimento do movimento Nouvelle Vague.


Jules e Jim - Uma Mulher para Dois

Sinopse: Na Paris do início do século 20, os amigos Jules e Jim se apaixonam pela mesma mulher, Catherine. Ela, porém, ama Jules, com quem se casa. Depois da Primeira Guerra Mundial, quando o trio se reencontra na Alemanha, Catherine se apaixona por Jim. O filme mostra como esse triângulo de amor e amizade evolui ao longo dos anos.

Se muitos na época consideravam Jean Luc Goldard como o cineasta mais inovador, François Truffaut foi o mais querido. Dono de uma personalidade que transmitia simpatia, ele nos brindou com obras humanas, que fala de sentimentos, relacionamentos, alegria nas pequenas coisas, e que talvez com esses elementos, tenha ajudado a ganhar o carinho do publico. Com essas formulas, Truffaut criou aqui uma obra curiosa sobre relacionamentos humanos, que foi baseada na obra autobiográfica de Henri-Pierre Roché, que Truffaut comprou num sebo anos antes: foi amor à primeira vista quando leu a historia, que chamava de “perfeito hino ao amor e, talvez á vida.  
 Ao lado de Os Incompreendidos, esse talvez seja a maior obra prima de François Truffaut. Aqui ele cria um triangulo amoroso inusitado (a frente da sua época), que criara situações de proporções arrasadoras, em meio a uma fotografia primorosa e cenas inesquecíveis (a cena do trio correndo juntos é inesquecível).  Henri Serre, Oskar Werner e Jeanne Moreau fazem seus papeis como se fossem os últimos de suas vidas e Moreau é a que mais se sobressai, numa interpretação completa e intensa.  Uma das musicas temas do filme foi cantada pela própria atriz, numa determinada cena e se tornou clássica.

Jules e Jim é uma comemoração sobre o amor, sinceridade vinda de humanos verdadeiros e que faz um contraste dos nossos tempos atuais em que certos valores parecem instintos. Se muitos quiserem embarcar no cinema francês comece por esse então, pois anos mais tarde, o filme serviu até mesmo de base para a criação de outros filmes posteriormente, como o filme Três Formas de Amar, dos anos 90 e até mesmo inspirou outras mídias, como a HQ Estranhos no Paraíso. 

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Cine Dica: Fantaspoa 2013: O Gabinete do Dr Caligari em nova versão


Um dos melhores representantes do expressionismo alemão será exibido no Fantaspoa,  numa copia restaurada, rara e será musicada ao vivo pelo pianista alemão Marian Lux. Esse restauro, explicam os organizadores, foi possível combinando trechos do filme garimpados em diferentes acervos.  O filme será exibido hoje, às 21h15min no instituto Goethe (rua 24 de outubro, 112) e o valor da entrada é R$ 6.00.
  
O Gabinete do Dr Caligari  

Sinopse: Hipnotizado pelo maléfico Dr Caligari, sonâmbulo vai assassinando diversas pessoas, até se rebelar quando lhe é exigido que mate bela jovem.

Em certa ocasião Tim Burton disse uma vez que se inspirava e muito no diretor Ed Wood nas suas criações, mas pelo visto, a filmografia de Wood não foi sua única inspiração. Assistindo recentemente O Gabinete do Dr. Caligari (dirigido por Robert Wiene), percebo vários elementos visuais que sempre estiveram nos filmes de Burton. Pegue o filme Batman: O Retorno como maior exemplo: o Pingüim (Dany Devito) na visão de Burton era idêntico a Caligari. Marco do expressionismo alemão fascina até hoje pelos criativos cenários e pela brilhante iluminação, que remetem o filme a um belíssimo clima surrealista que não deve nada ao salvador Dali. Trazendo ainda um desfecho fabuloso e surreal, O Gabinete do Dr. Caligari talvez tenha sido uma das obras mais influentes de todos os tempos: é fácil assistir o filme e pensar o quanto dele é tomado como referência, não só em obras feitas na época depois dele, como até hoje (o desfecho deve ter sido assistido inúmeras vezes por David Lynch, por exemplo). Merece ser revisto, relembrado, ou, descoberto pelos novos cinéfilos de hoje.

Programação completa: http://www.fantaspoa.com.br/2013/


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