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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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domingo, 14 de abril de 2013

NOTA: EM BREVE NO MEU BLOG.....


sábado, 13 de abril de 2013

NOTA: EM BREVE NO MEU BLOG.....


sexta-feira, 12 de abril de 2013

Cine Especial: "MARVEL - 15 ANOS DE AVENTURA NO CINEMA": FINAL


O curso é amanha, portanto encerro essas postagens por aqui, com a ultima e grande super produção da Marvel para o cinema.    
  
 Os Vingadores 

Sinopse: Em Os Vingadores quando um inimigo inesperado surge ameaçando a segurança global Nick Fury diretor da agência internacional de paz conhecido como SHIELD recruta uma equipe para livrar o mundo de uma possível destruição Homem de Ferro Capitão América Thor Hulk Gavião Arqueiro e Viúva Negra.

Quando Nick Fury (Samuel Le Jackson) ofereceu uma proposta sobre o projeto “Vingadores” há Tony Stark (Robert Downey Jr), no final do filme do Homem de Ferro, teve inicio a um dos mais audaciosos projetos dos últimos anos e que muitos acreditaram que não daria muito certo. Após cinco anos, percebe-se que a formula da Marvel Studio, de apresentar cada personagem com o seu próprio filme, para então reuni-los todos juntos em Os Vingadores, foi mais do que certeiro, pois com os piões já apresentados no tabuleiro, bastava fazer um bom jogo, desde que tivesse um ótimo jogador no comando e esse alguém foi Joss Whedon: vindo dos sucessos de séries de TV como Buff: Caça Vampiros, Whedon tem a capacidade de desenvolver uma ótima historia, em meio a tantos personagens e o melhor de tudo, o diretor é fã de carteirinha desse universo e sabia muito bem no vespeiro que estava mexendo.     
A grande sacada desse épico foi dar o grande destaque as personalidades distintas de cada um dos personagens, pois além de serem seres poderosos, são ao mesmo tempo humanos e com opiniões diferentes sobre o que estão enfrentando. Com isso, espere só para ver as desavenças que rola entre os protagonistas no primeiro ato, mas quem é familiarizado com o universo das HQ, sabe muito bem que é sempre assim: heróis se encontram, brigam, para então depois se aliarem para um bem maior. Até lá, curtimos as apresentações de cada um deles um com outro, rendendo cenas impactantes e inesperadas, principalmente para aqueles que não estão muito acostumados com esse tipo de formula. Como sempre, Homem de Ferro (Robert Downey Jr) é que da um verdadeiro show, graças ao ator cada vez mais e mais a vontade no seu personagem, que sempre quando pode, tira sarro dos seus colegas de cena, principalmente do Capitão America (Chris Evans), que por mais que se esforce, fica impotente perante a aura dominante do ferroso, embora não desista de uma briga verbal.
Com o fato do grande vilão da trama ser Loki (Tom Hiddleston, ótimo), Thor (Chris Hernsworth) retorna para deter e tentar levar para casa seu irmão ardiloso. Devido a isso, o Deus do Trovão tem um papel fundamental, onde ele simplesmente enlaça todas as pontas soltas que ficaram nos filmes anteriores. O que muitos ficaram preocupados era o fato que alguns personagens secundários ficarem apenas de figurantes em meio a tantos titãs, mas tanto Viúva Negra (Scarlett Johansson) como Gavião Arqueiro (Jeremy Renner) tem os seus grandes momentos de importância, sendo que esse ultimo, aliás, se torna (mesmo sem querer) o catalisador para o grande conflito do segundo ato.        
Mas sem sombra de duvida, a grande surpresa de toda a trama, ficou justamente para um personagem que até hoje não havia emplacado direito no cinema, que foi Hulk: depois da visão pessoal (incompreendida) de Ang Lee em Hulk (2003) e do apenas “bom” filme de O Incrível Hulk (versão de 2008 e que já pertencia ao universo criado pela Marvel Studio no cinema), o personagem finalmente consegue dar o seu show na tela grande, seja quando está na forma humana (Mark Ruffalo, à vontade no papel) seja quando está transformado e desferindo sua força, tanto em seus aliados, como também contra os vilões. Espere só para ver quando o grandão der de encontro com Loki, sendo que a cena em si, faz qualquer um ter vontade gritar um olé e bater palmas. A cena por sinal faz parte do terceiro ato, onde todos os heróis principais estão unidos e prontos para enfrentar a invasão alienígena, que simplesmente toma e destrói boa parte de Nova York. A seqüência é digna de nota, pois apesar de inúmeros efeitos especiais, jamais ficamos tontos e muitos menos perder o fio da meada, coisa que acontece muito bem nos terríveis filmes dos Transformers (aprenda Michael Bay).
Com pouco mais de duas horas, Os Vingadores realiza o sonho de qualquer fã de HQ, que é assistir seus heróis preferidos, sendo adaptados com dignidade, numa trama que rende inúmeros momentos emocionantes, divertidos e muito bem orquestrados, dando uma verdadeira aula de como deveria ter sido feito as outras adaptações que envolvia muitos personagens juntos. E como não poderia ser diferente, aguarde nos créditos uma cena surpresa reveladora. Pois embora Os Vingadores feche um circulo, ele desencadeia o nascimento de um novo e isso vale não somente para os heróis do estúdio, mas também para todos aqueles que ousarem fazer novas adaptações de HQ para o cinema, pois dificilmente irão escapar de uma comparação, para o bem ou para o mal. Os próximos heróis levados para a telona que se cuidem.

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Cine Dicas: Estreias do final de semana (12/04/13)

Oblivion 

Sinopse: Oblivion é ambientado em um futuro distópico no qual a superfície da Terra se tornou radioativa ao ponto da vida ser insustentável, com exceção dos Aliens que exploram as ruínas do planeta devastado. Os sobreviventes da humanidade vivem sobre as nuvens. Só que quando o técnico de reparos Jack (Cruise) descobre uma mulher em uma nave destruída, uma série de eventos são desencadeados e um terrível segredo revelado.

Chamada de Emergência 

Sinopse:Jordan (Halle Berry) é atendente do sistema de emergência da polícia americana. Determinado dia, atende uma ligação de uma jovem assustada com o fato de que existe um homem tentando invadir sua casa. O caso acaba com o pior final possível e Jordan fica traumatizada. Anos mais tarde, ela se vê diante do mesmo criminoso, que agora ameaça outra garota, Casey (Abigail Breslin).

Angie 

Sinopse: Angie, uma jovem artista brasileira, abandona sua antiga vida e embarca em uma jornada ao redor do país. Fugindo de seu passado, e em busca de suas origens, em vida, Angie não encontra apenas a si mesma, mas o amor em suas diversas formas.

O Carteiro 

Sinopse: Victor (Candé Faria) é carteiro no interior do Rio Grande do Sul e tem por hábito violar a correspondência de seus moradores. Um dia, para sua surpresa, cai em sua própria armadilha ao cair de amores por uma nova moradora da cidade, a jovem Marli (Ana Carolina Machado), que troca cartas com o namorado. Victor começa a controlar as cartas entre eles e acaba interferindo na relação do casal.


Vocês ainda não viram nada 

Sinopse: Após sua morte, o dramaturgo Antoine (Denis Podalydès) convoca em testamento seus amigos e atores que participaram de diferentes versões de sua peça Eurydice. Em uma gravação realizada em vida, ele pede que todos capturem sua visão das repetições desta peça, que deve ser mais uma vez encenada.


Juan e a Bailarina 

Sinopse: A vida pacata e oprimida no asilo Nossa Senhora da Misericórdia toma novo rumo com a chegada de uma nova moradora. A notícia de que Jesus foi clonado conduz os velhinhos numa aventura repleta de bom humor, superação, amizade e paixão.

                           Alvo Duplo 

Sinopse: Em 'Bullet to the Head', Stallone vive um assassino profissional contratado para se unir a um investigador do FBI (Sung Kang). Juntos, eles vão à Washington investigar uma série de assassinatos. A dupla se envolve em uma perigosa jornada pelas ruas de Nova Orleans e pelos bastidores de Washington, em busca de vingança pela morte dos respectivos parceiros.

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Cine Dica: Em Cartaz: OS CROODS



Sinopse: Família pré-histórica precisa achar um novo lar quando sua caverna é destruída. Liderados por Grug (Nicolas Cage), só não imaginavam que sair das cavernas ia render a maior aventura de suas vidas.

Embora nunca tenha criado um filme que tivesse tamanha criatividade como a sua rival Pixar, a Dreamworks sempre criou animações que divertissem a família na medida certa, mesmo apresentando por vezes tramas que já nos da uma idéia do esperar no final. No caso de Os Croods, a trama da família pré-histórica que tenta sobreviver às mudanças da terra, oscila entre o previsível, para alguns momentos de pura criatividade inesperada. O inicio já começa de forma criativa e divertida, mostrando o dia a dia dessa família e do porque o pai Grug (Nicolas Cage) ser tão protetor em demasia em proteger o seu sangue, principalmente da filha rebelde (Ema Stone), que já não agüenta mais viver aquela vida de se esconder na caverna.
Essa tirada já é bem manjada: pai que nunca sabe quando deixar livre o seu rebento, algo muito bem visto no já clássico Procurando Nemo. Aqui, antes mesmo de acontecer, já sabemos que um imprevisto vai fazer com que aconteça uma cadeia de eventos, para então fazer com que o chefe dessa família comece a pensar diferente sobre a vida que leva. Isso não demora muito, pois após a apresentação dos personagens, conhecemos Guy (Ryan Reynold), um rapaz com a cabeça a frente desse período pré-histórico, que além (claro) de fazer parzinho com a filha de Grug, será ele que os levará a um novo mundo cheio de aventuras e que fará com que eles sobrevivam às mudanças da terra.
A partir desse momento, o filme nos brinda com um mundo selvagem cheio de riquezas e detalhes, onde o 3D somente aumenta ainda mais essa grandiosidade cheia de cores e que não deve nada ao universo de Avatar. É claro que em meio a isso, haverá situações em que a família terá que enfrentar, mas que ao mesmo tempo fará com que eles mesmos se descubram: Grug, logicamente é o que mais se vê afetado, pois acreditava que o “novo” sempre era perigoso, quando na verdade sempre criava em volta dele e de sua família, uma prisão psicológica que nunca o fazia seguir em frente.
Os momentos finais do ato final são dignos de nota, pois representa tanto o fato da Dreamworks em querer ousar mais, como também ficar preso a velhas formulas. Quando a gente acha que o filme está terminando (com um final inesperado e que com certeza marcaria uma geração inteira de crianças), eis que surgem idéias (literalmente) velhas, para fazer com que as pessoas de todas as idades saiam das salas satisfeitas e sem trauma. Das duas uma: ou eles queriam criar uma verdadeira pegadinha para quem estava assistindo, ou em ultima hora, algum executivo do estúdio se intrometeu e impediu para que isso acontecesse e ao mesmo tempo pudesse dar uma chance para a criação de uma futura nova franquia.
Difícil ambição e criatividade andarem bem de mãos dadas, mas também nada é impossível no universo da animação de Hollywood.

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quinta-feira, 11 de abril de 2013

Cine Especial: "MARVEL - 15 ANOS DE AVENTURA NO CINEMA": Parte 10


Nos dias 13 e 14 de abril, estarei participando do curso  "MARVEL - 15 ANOS DE AVENTURA NO CINEMA" criado pelo Cena Um e ministrado pelo critico de cinema ROBERTO SADOVSKI. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui, estarei postando sobre as quinze melhores adaptações da Marvel para o cinema (em ordem cronológica) nestes últimos quinze anos.
  
THOR 

Sinopse: A aventura épica se inicia no planeta Terra nos dias de hoje até reino de Asgard. O Poderoso Thor é um arrogante guerreiro cujas ações intempestivas despertam uma guerra antiga. Como castigo Thor é enviado à Terra e forçado a viver entre os mortais. Uma vez aqui ele aprende o que significa ser um verdadeiro herói depois que o vilão mais poderoso de seu mundo envia as forças negras de Asgard para invadir o planeta.

Quando Kenneth Branagh foi anunciado como diretor dessa produção, o mínimo que se esperava era algo de diferente se comparado as outras produções que a Marvel levou para o cinema. Mas não é bem assim: como já diz o ditado “em time que esta ganhando não se mexe” o filme continua da mesma forma que os filmes do Homem de Ferro 1 e 2 e O Incrível Hulk, como uma boa aventura misturada com elementos de bom humor na medida certa. O que talvez tenha levado a contratação do diretor, foi pelo fato da trama carregar momentos shakespearianos de traições, honra e lealdade nas quais o diretor já experimentou e muito em filmes que ele dirigiu como o épico Hamlet.
O primeiro ato é magistral, mostrando como é o mundo de Asgard e suas origens. É neste ponto que Branagh não se intimidou com a grandeza da produção que se envolveu e fez um belo casamento com efeitos especiais, fotografia, edição de arte e figurino (esse ultimo, o mais criticado, mas que no final das contas combinou com esse universo criado). Já neste ato ocorrem umas melhores cenas de ação do filme onde nosso herói (Chris Hemsworth a vontade no papel) com seus companheiros e irmão loki (Tom Hiddleston ótimo) enfrentam os gigantes de gelo em uma seqüência incrível e digna de ser comparada ao Senhor dos Anéis. Lembrando que o inicio é todo dominado pelo ator Anthony Hopkins, que simplesmente nasceu para ser Odin e pelo visto esta cada vez mais a vontade em super produções.
Ao chegar ao segundo ato, a trama se transforma em outro filme, ao mostrar o herói exilado em meio aos seres humanas e em situações imprevisíveis e bem atrapalhadas, mas com humor bem certeiro e que faz agente gostar da situação em que o personagem se mete em meio as pessoas normais. Em contrapartida, os personagens coadjuvantes que surgem ao lado do protagonista nesta parte pouco podem fazer na trama, sendo que nem mesmo Natalie Portman (saída a pouco do filme que lhe deu o Oscar, Cisne Negro) tem algo a acrescentar, apenas serve para amolecer o coração do herói.
Com um terceiro ato cheio de efeitos especiais, ação e duelos de interpretação entre os principais protagonistas, o filme termina fazendo agente se esquecer dos pequenos deslizes do segundo ato e fazendo agente querer mais aventuras do herói Asgardiano que podem ocorrer numa eventual seqüência ou então no esperado Vingadores. É esperar pra ver. 
CAPITÃO AMERICA:
 O PRIMEIRO VINGADOR 

Sinopse: 2ª Guerra Mundial. Steve Rogers (Chris Evans) é um jovem que aceitou ser voluntário em uma série de experiências que visam criar o supersoldado americano. Os militares conseguem transformá-lo em uma arma humana, mas logo percebem que o supersoldado é valioso demais para pôr em risco na luta contra os nazistas. Desta forma, Rogers é usado como uma celebridade do exército, marcando presença em paradas realizadas pela Europa no intuito de levantar a estima dos combatentes. Para tanto passa a usar uma vestimenta com as cores da bandeira dos Estados Unidos, azul, branca e vermelha. Só que um plano nazista faz com que Rogers entre em ação e assuma a alcunha de Capitão América, usando seus dons para combatê-los em plenas trincheiras da guerra.

Até metade da década de 80, os personagens de HQ (no caso, super heróis) passavam para o leitor historias muito bem definidas. Ou seja: não existia essa ambigüidade que há atualmente, tanto nos quadrinhos como no cinema, mau era mau bem era o bem. Mas foi a partir da metade daquela década, que foi introduzido bastante o lado psicológico dos personagens que fizeram deles mais humanos e próximos ao mundo real. Mas existem ainda pessoas atualmente que sentem falta de uma época onde tudo era um pouco mais claro e simples, e com a chegada de Capitão America: o Primeiro Vingador é voltar a sentir o gosto dos bons e velhos tempos da era de ouro, tanto dos bons e velhos filmes de antigamente, como das HQ mais inocentes.
Porém, o diretor Joe Johnston (Lobisomem) fez a lição de casa ao criar a origem do protagonista de uma forma não rápida, mas gradual e humana, para que o espectador tivesse tempo para se familiarizar com o personagem. E para nossa sorte, Chris Evans, (que se a principio havia sido bastante criticado por ter sido escolhido), soube muito bem passar inocência e doçura do personagem, com o qual, consegue ganhar a nossa simpatia facilmente. Vale salientar, que o ator também passou por um duro treinamento físico para ficar com o corpanzil que o personagem possui. Portanto, é um choque vê-lo transformado, se comparado quando ele era pequeno e bem magro no inicio da trama (nesta parte, auxiliado a incríveis efeitos especiais que deixam o Curioso Caso de Benjamin Burton no chinelo).
Fora o ator, o que muito se temia desse filme também, é que ele se tornasse uma propaganda sobre o poderio americano, mas essa idéia se desfaz quando lá no meio da historia, vemos o personagem passando pelo ridículo ao se tornar mero personagem propaganda do governo. Esse momento nada mais é do que uma critica bem humorada (e vergonhosa) das maneiras absurdas que o governo norte americano da época fazia para adquirir dinheiro para combater na guerra. Com isso, o personagem que foi criado há exatos 70 anos para se tornar um símbolo para levantar a moral dos soldados da época, também escancara a hipocrisia escondida por baixo da camada mais inocente daquele tempo.
E como eu disse no inicio do texto, o filme é um retorno aos bons tempos de filmes de aventura de antigamente, principalmente quando remete a exemplos como os filmes de Flash Gordon, onde os vilões usam armas lasers para tentar eliminar os mocinhos e as cenas de ação (apesar de não serem muitas) satisfazem o espectador à procura de boa diversão. E é claro que um bom filme também não funcionaria se não tivesse uma boa dose de bons coadjuvantes e isso o filme tem aos montes. Ao começar pela mocinha durona (e par romântico do herói) Peggy Carter, interpretada com elegância e firmeza pela atriz Hayley Atwell, e que eu espero poder vela mais em seguida em outros filmes. Tommy Lee Jones faz as pazes com uma adaptação de HQ (ele havia atuado como Duas Caras no horroroso Batman: Eternamente) e faz de seu personagem coronel Chester Phillips, um ser durão com ar de autoridade, mas não menos divertido, com piadas curtas, rápidas, mas certeiras. E por fim, Hugo Weaving (Matrix) nasceu para ser o maquiavélico Caveira Vermelha, pois o ator transmite o ar de maldade no olhar a torto e a direito, mesmo em momentos onde ele fala frases de efeitos no mínimo que inocentes para os padrões atualmente, mas que combinam com a proposta que o filme quer passar.
Embora o ato final seja um tanto que ligeiro em tentar finalizar certos pontos na historia, Capitão America: O Primeiro Vingador cumpre a sua missão que é acima de tudo entreter o espectador com quase duas boas horas de aventura na moda antiga e prova que velhas formulas podem sim serem revistas e muito bem vindas para as novas gerações, que por vezes, estão cansadas de ver filmes de ação exagerados e com efeitos especiais enjoativos e descartáveis.
  
 X-MEN: PRIMEIRA CLASSE 

Sinopse: 'X-Men: Primeira Classe' conta a história do épico início da saga dos X-Men e revela a história secreta de famosos eventos globais. Antes dos mutantes se revelarem ao mundo, e antes de Charles Xavier e Erik Lensherr assumirem os nomes de Professor X e Magneto, havia dois jovens descobrindo seus poderes. Nada de arqui-inimigos: naquela época, eles eram amigos íntimos e trabalhavam junto com outros mutantes (algo familiar, algo novo) para deter o Armagedom. Nesse processo, uma grave desavença aconteceu, dando origem à eterna guerra entre a Irmandade de Magneto e os X-Men do Professor X.

Depois do encerramento da trilogia e de um filme meia boca estrelado por Wolverine, ficava meio difícil imaginar que algo sairia de bom nesse novo filme dos heróis mutantes. Mas a FOX acerta a mão às vezes e por conta disso, chamou novamente Brian Singer para colocar ordem na casa, mas dessa vez com produtor. A direção ficou por conta Matthew Vaughn do elogiado Kiss Kass: Quebrando Tudo e só pelo fato de já ter uma adaptação de HQ no currículo e por ter injetado algo de novo no gênero, poderia se esperar algo de diferente nesta nova aventura e é exatamente isso que acontece.
Contando o passado de alguns dos principais heróis do universo X, o filme soube explorar ainda mais os conflitos e os dramas que esses personagens sofrem no seu dia a dia por serem diferentes e isso é muito bem retratado em Mistica (Jennifer Lawrence sensacional) e Fera (Nicholas Hoult), que são um bom exemplo de personagens que podem muito bem serem melhores trabalhados, diferente do que aconteceu na trilogia anterior.
Novamente com um pé no mundo real, o filme soube misturar ficção com fatos verídicos como no caso dos eventos que por pouco não desencadeou a 3ª Guerra Mundial nos anos 60. O roteiro enlaça fatos reais com fictícios de uma forma tão redondinha, que ficamos imaginando o que outros eventos eles poderiam inventar para que os personagens pudessem se aventurar. Para os fãs das HQ, o filme é um prato cheio, principalmente por resgatar alguns personagens antigos que até a pouco tempo pareciam ser impossíveis de ser adaptados para o cinema, como no caso de Banshee (Caleb Landry Jones) um personagem que sempre achei meia boca nas HQ, mas que no filme foi muito bem adaptado e fez lembrar os momentos da  HQ da era de ouro dos x-men como a historia clássica do grupo contra uma ilha viva.
Mas o que faz desse filme especial é o fato de novamente a trama centralizar na amizade (e desavenças) do Professor x e Magneto, desta vez interpretados por James McAvoy (Procurado) e Michael Fassbender (Bastardos Inglórios). Ambos possuem desempenhos excepcionais, principalmente Fassbender que transmite todo o ódio e desejo de vingança que o personagem sente por ter perdido tudo na vida e mesmo caindo para o lado sombrio da força, nos o compreendemos e não rotulamos como vilão, apesar de questionarmos suas ações e decepcionando seu até então melhor amigo. Não posso deixar de mencionar o desempenho de Kevin Bacon como o grande vilão do filme Sebastian Shaw: fugindo do típico personagem megalomaníaco, Bacon se sai bem como um vilão sem escrúpulos e que não mede esforços para conseguir seus objetivos (a cena onde ele é responsável por despertar os poderes de Eric é fantástica e angustiante).
Com um ótimo entrosamento entre o drama e ação, e com um ato final que culmina como o nascimento da maneira que conhecemos Xavier e Magneto, X-Men: Primeira Classe foi um exemplo de filme para não ser subestimado. Não confie em cartaz e trailers, só saberemos mesmo do resultado final de um filme ao vermos na telona. Ou seja: não julgue o livro pela capa e que venham mais aventuras e conflitos internos desses grandes personagens.

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Cine Dica: Em Cartaz: MAMA



Sinopse: Há cinco anos, as irmãs Victoria (Megan Charpentier) e Lilly (Isabelle Nélisse) desapareceram da sua vizinhança sem deixar vestígios. Desde então, seu tio Lucas (Nikolaj Coster-Waldau) e sua namorada Annabel (Jessica Chastain) têm procurado por elas. Mas quando, incrivelmente, as crianças são encontradas vivas em uma decrépita cabana, o casal se pergunta se as meninas são os únicos hóspedes que eles receberam em sua casa. À medida que Annabel tenta apresentar às crianças uma vida normal, ela começa a se convencer que existe uma presença maligna em sua casa.

Embora seja somente o produtor (assim como O Orfanato), não resta duvida que Mama, do começo ao fim pertence a Guilherme Del Toro, o que acaba então sobrando muito pouco para o novato cineasta Argentino Andrés Muschietti, que acabou chamando atenção do primeiro, a partir de um curta metragem do mesmo nome. Ao assistir Mama, não pude deixar de me lembrar da obra prima do cineasta que foi O Labirinto do Fauno, sendo que aqui, todo aquele clima de conto de fadas gótico está presente na obra. Enlaçado com velhos ingredientes (mas eficazes) do cinema de horror da ultima década (vide Chamado, O Grito, A Entidade), desde as sombras em movimento há espíritos cabeludos, que acabam gerando sustos instantâneos.
Contudo, mais do que um filme de terror, o filme explora os dois lados distintos da vida materna: de um lado temos um espírito obsessivo (a Mama), que após ter tido um fim trágico em vida (num flashback sensacional), não mede esforços para proteger seus novos rebentos numa casa abandonada, as irmãs Lilly e Victoria, que após o fim trágico de seus pais (devido ao que aparentou ser uma briga conjugal), adota as crianças na floresta e fazendo com que elas se tornassem meio que selvagens. Por outro lado, temos Annabel (a ótima Jessica Chastain), uma roqueira gótica, que quer passar longe da realidade de ser mãe, mas graças ao fato do namorado dela (Nikolaj Coster-Waldau) ser justamente o tio das crianças (e que quer adotá-las), terá que aterrissar forçadamente numa realidade, que aos poucos terá que aprender a gostar. Com essas duas estranhas mães adotivas, se tem um retrato da obsessão e do lado desnaturado maternal que as crianças passam hoje em dia, que para o bem ou para o mal, fazem com que elas amadureçam precocemente.      
Mas é claro que estamos falando de um filme de terror, sendo que esses questionamentos ficam um tanto de lado, quando o suspense, efeitos, edição, luz e escuridão, formam um mosaico de imagens impressionantes, que quando elas se chocam, fazem com que o espectador que assiste salte da cadeira sem pestanejar. Vale lembrar, que as meninas Megan Charpentier e Isabelle Nelisse são na realidade o grande destaque do elenco. Ao mesmo tempo em que elas nos amedrontam com um comportamento um tanto que incomum, após terem vivido por alguns anos na cabana, elas também possuem certa graça, que encanta não só Annabel, mas também o público que assiste.
Infelizmente o filme não escapa de uns furos gritantes (como vistos nos primeiros minutos do filme) e peca erroneamente quando tira a malvada Mama das sombras, o que acaba perdendo um pouco do seu lado sinistro (isso graças a uns efeitos visuais primários). Embora tenha esses pesares, os minutos finais nos brindam com situações imprevisíveis, que de uma forma ou de outra, foge um pouco do convencional dentro do gênero. Abaixo, segue o curta Mama de 2008, que deu origem ao longa metragem. 


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