Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
Me acompanhem no meu:
Twitter: @cinemaanosluz
Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com
Na semana em que comemora seu quarto
ano de existência – a ser celebrado em 14 de outubro –, o CineBancários oferece
um presente aos seus frequentadores: uma mostra em homenagem ao centenário de
nascimento do escritor Nelson Rodrigues. Considerado o maior dramaturgo do
país, Nelson também foi cronista, contista e romancista, e suas tramas sempre
atraíram a atenção dos cineastas brasileiros em diferentes épocas. Marcada por
uma visão extremamente crítica em relação ao moralismo e à hipocrisia da classe
média, a obra de Nelson Rodrigues conheceu enorme popularidade nos teatros e
livrarias. Este sucesso se repetiu no cinema, onde suas histórias recheadas de
adultérios, incestos e paixões arrebatadas deram origem a uma série de filmes
memoráveis, atraindo uma multidão de espectadores.
Esta mostra conta com o patrocínio do Banrisul, através
da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e com o apoio da Programadora Brasil.
Mais informações, e horários das sessões, vocês conferem
na pagina da sala clicando aqui.
De 08 á 11 de
outubro, estarei participando do curso EXPRESSIONISMO ALEMÃO - UMA SINFONIA DE
LUZES E SOMBRAS, criado pelo Cena Um e ministrado pelo especialista no assunto
Carlos Primati. E enquanto os quatro dias não vêm, por aqui, estarei postando
os principais filmes, sobre o melhor período cinematográfico da Alemanha.
Gabinete do Dr
Caligari
Sinopse: Hipnotizado
pelo maléfico Dr Caligari, sonâmbulo vai assassinando diversas pessoas, até se
rebelar quando lhe é exigido que mate bela jovem.
Em certa ocasião Tim Burton
disse uma vez que se inspirava e muito no diretor Ed Wood nas suas criações,
mas pelo visto, a filmografia de Wood não foi sua única inspiração. Assistindo
recentemente o Gabinete do Dr. Caligari(dirigido por Robert Wiene), percebo
vários elementos visuais que sempre estiveram nos filmes de Burton. Pegue o
filme Batman: O Retorno como maior exemplo: o Pingüim (Dany Devito) na visão de
Burton, era idêntico a Caligari. Marco do expressionismo alemão, fascina até
hoje pelos criativos cenários e pela brilhante iluminação, que remetem o filme
a um belíssimo clima surrealista que não deve nada ao salvador Dali. Trazendo
ainda um desfecho fabuloso e surreal, O Gabinete do Dr. Caligari talvez tenha
sido uma das obras mais influentes de todos os tempos: é fácil assistir o filme
e pensar o quanto dele é tomado como referência, não só em obras feitas na
época depois dele, como até hoje (o desfecho deve ter sido assistido inúmeras
vezes por David Lynch, por exemplo). Merece ser revisto, relembrado, ou, descoberto
pelos novos cinéfilos de hoje.
Como uma final de
semana de estreias bem diversificadas, não poderia deixar de mencionar a sessão
Aurora desse mês que acontece na Usina do Gasômetro. O filme em questão que
será exibido com debate é ANegra de...Mais informações vcs conferem na pagina da
sala clicandoaqui.Para todos um ótimo final de semana e boas sessões!
Hotel Transilvânia
Sinopse: O Hotel
Transilvânia é um resort cinco estrelas que serve de refúgio para que os
monstros possam descansar do árduo trabalho de perseguir e assustar os humanos.
O local é comandado pelo Conde Drácula (Adam Sandler), que resolve convidar os
amigos para comemorar, ao longo de um fim de semana, o 118º aniversário de sua
filha Mavis (Selena Gomez). O que ele não esperava era que Jonathan (Adam
Samberg), um humano sem noção, fosse aparecer no local justo quando o hotel
está repleto de convidados e, ainda por cima, se apaixonasse por Mavis.
Busca Implacável 2
Sinopse: Um agente da
CIA aposentado volta à ativa durante viagem à Istambul depois que sua família é
ameaçada.
A VIDA DE OUTRA
MULHER
Sinopse: A história de Marie
(Juliette Binoche), uma mulher de 40 anos que acorda pensando ter 25. Esqueceu
de 15 anos de sua vida e ainda vive uma história de amor que já terminou.
Agora, ela tem uma segunda chance de reconquistar o amor de sua vida.
Antonio Conselheiro -
O Taumaturgo dos Sertões
Sinopse: Líder
espiritual e político na vida de Canudos, Antônio Conselheiro ganhou
popularidade pelos sertões do Nordeste brasileiro graças também à religiosidade
da população e o descaso dos governantes. De discurso forte e popular, ele
despertava a paixão dos fiéis e a ira dos coronéis, que o consideravam uma
ameaça aos seus interesses.
Até que a Sorte nos
Separe
Sinopse: Tino é um
pai de família de classe média que vê sua vida e, especialmente, seu casamento
com Jane, completamente transformados após ganhar na loteria. O problema é que
ele acaba perdendo tudo em dez anos de uma vida de ostentação. A partir daí,
com a ajuda do vizinho Amauri e de seu melhor amigo Adelson, ele cria uma série
de situações hilárias para que sua esposa, grávida do terceiro filho, não
perceba que está falido.
De 08 á 11 de
outubro, estarei participando do curso EXPRESSIONISMO ALEMÃO - UMA SINFONIA DE
LUZES E SOMBRAS, criado pelo Cena Um e ministrado pelo especialista no assunto
Carlos Primati. E enquanto os quatro dias não vêm, por aqui, estarei postando
os principais filmes, sobre o melhor período cinematográfico da Alemanha.
O Anjo Azul
Sinopse: O filme baseia-se em Professor
Unrath, romance do escritor alemão Heinrich Man, irmão de Thomas Mann. La
Dietrich é Lola-Lola, uma cantora de cabaré por quem o rígido e severo
professor Unrath (Emil Jannings) acaba se apaixonando. Eles se casam, mas a
união vira um inferno e leva o homem pobre e conservador à ruína.
Longa-metragem de
Josef Von Sternberg(Mulher Satânica), com Marlene Dietrich e Emil Jannings nos
papéis principais. Baseado num romance de Heinrich Mann, a produção, talvez a
mais emblemática de Sternberg, que ajudou a projetar a carreira de Dietrich
que, após a distribuição internacional do filme, recebeu convites para
trabalhar em Hollywood, criando então
uma carreira solida no cinema americano, onde se destaca clássicos como A Marca
da Maldade. Curiosamente, o filme foi rodado em duas versões, uma germânica e
outra inglesa. Imortalizada nos anais da História do cinema, ficaria a cena
onde Dietrich, mostrando as pernas, canta "Falling in Love Again". A
magnífica direção de fotografia a preto e branco, que tão bem ilustra a
decadência da moral de Rath, esteve a cabo da dupla Günther Rittau e Hans
Schneeberger. O filme viria a ser (junto com M) um dos últimos ótimos filmes do
cinema alemão, antes da entrada da segunda guerra mundial, que viria por
arruinar e encerrar o período do expressionismo.
O Estudante de Praga
Sinopse: Balduin, um
jovem estudante, exímio esgrimista, enfrenta problemas financeiros que o
impedem de cortejar a condessa pela qual se apaixonou. Mas um homem sinistro
surge, oferecendo uma solução para os seus problemas e exigindo, em troca, a
sua sombra.
Além de ser a mesma
trama da produção de 1913, Henrik Galeen repete também sua parceria de sucesso:
Conrad Veidt e Werner Krauss que, seis anos antes, conquistaram o mundo nos
papéis de Cesare (o sonâmbulo) e Caligari (o doutor-hipnotizador assassino) no
fantástico "O Gabinete do Doutor Caligari", filme principal do
expressionismo e responsável por colocar o cinema alemão no mapa mundial
cinematográfico. Conrad, agora no papel do estudante, volta a ser manipulado
por Krauss, no papel do maquiavélico Scapinelli, numa relação muito próxima
entre a de Fausto e Mephisto. Mesmo com tantas combinações de sucesso, e
apoiado no grande talento dos atores do que em uma mise-en-scène inventiva, a
versão de 1926 de "O Estudante de Praga" deixa algo a desejar. Tanto
na comparação com o original de 1913, como na comparação com as outras
produções expressionistas da época, o filme de Galeen carece de emoções e
originalidade. Há alguns momentos de destaque, em especial as filmagens em
frente ao espelho, assim como a seqüência em que o demônio rouba uma declaração
de amor apenas com a sua sombra, contudo no geral é uma produção que acaba por
se perder no meio de tantas outras realizadas neste período dos mais férteis e
inventivos do cinema alemão. Quem tiver sorte de achar, recomendo a versão de
1913.
O Golem - Como Veio
ao Mundo
Sinopse:Ambientado em
Praga, século XVI, onde uma pequena vila de judeus é posta em cheque pelo
kaiser. Para defender a cidade, o velho cientista Rabbi Lowe se volta aos
antigos recursos alquimistas para criar o Golem, um ser de cera de enorme porte
e força. À princípio, a criatura apenas obedece seu mestre, mas, à medida em
que o tempo passa, ele passa a ter consciência da própria existência, e decide
tomar os rumos de suas ações.
Belo e misterioso, contendo
detalhes enredísticos que, após a leitura do clássico livro de Siegfried
Kracauer ("De Caligari a Hitler"), enche-nos de curiosidade acerca da
controversa relação entre população germânica e comunidade judaica... Apesar de
achar o ritmo do filme um tanto problemático (por exemplo, o modo como a paixão
proibida da filha do rabino é apresentada me pareceu demasiado confusa), o
personagem-título é fascinante e a cena que estampa o cartaz é belíssima, com
certeza, a grande inspiração para as obras hollywoodianas do mestre James Whale
(Frankenstein).
De 08 á 11 de outubro, estarei participando do curso EXPRESSIONISMO
ALEMÃO - UMA SINFONIA DE LUZES E SOMBRAS, criado pelo Cena Um e ministrado pelo
especialista no assunto Carlos Primati. E enquanto os quatro dias não vêm, por
aqui, estarei postando os principais filmes, sobre o melhor período
cinematográfico da Alemanha.
O Homem que Ri
Sinopse: Baseado no
romance de Victor Hugo, o filme enfoca o herdeiro de um ducado, Gwynplaine
(Conrad Veidt), seqüestrado quando garoto e, por ordem do rei, desfigurado num
perpétuo riso forçado; ele se torna uma atração de circo, famoso palhaço.
Magistral super
produção do cinema mudo, que mesmo feito nos EUA, passa todos os elementos do
sucesso do cinema expressionista alemão. Esse clássico dirigido pelo alemão
Paul Leni, é adaptado do livro magnífico do Victor Hugo e com interpretação de
Conrad Veidt, interpretando o personagem Gwynplaine, cujo seu visual, serviu de
inspiração principalmente, para a criação do Coringa, criado por Bob Kane, Bill
Finger e Jerry Robinson.
Apesar de inúmeras
cenas sombrias, que não deve nada a outros filmes expressionistas da época
(como Nosferatu) a trama vai mais para o drama romântico, onde torcemos do
inicio ao fim, para a felicidade do casal central, mas até lá, o filme nos
sufoca com momentos que parecem que podem a qualquer momento, selar tragicamente
o destino de ambos. O derradeiro ato final, com certeza é um dos mais
angustiantes e emocionantes daquela época.
O Gato e o Canário
Sinopse:Após 20 anos
da morte de um homem rico, seu esperado testamento traz a condição da herdeira
receber sua fortuna apenas se for considerada sã, ou então outra pessoa ficaria
com a fortuna, cujo nome estaria em um envelope selado. Mas o sumiço do
advogado, antes que revelasse a identidade dessa outra pessoa, é o primeiro de
uma série de eventos misteriosos.
A trama mistura
humor negro com elementos de terror usando uma atmosfera do expressionismo, com
uso de sombras e de iluminação, e o resultado é um filme estiloso onde até os
inter-títulos são engraçados. A beleza de Laura La Plante é muito
impressionante e seu personagem tem o padrão usual dos filmes da época da
mocinha em perigo que fica no final com o mocinho.
O Gabinete das
Figuras de Cera
Sinopse:Um jovem
poeta é contratado por um museu de cera para escrever as biografias de três
grandes criminosos: o califa Haron al-Haschid; Ivan, o Terrível; e Jack, o
Estripador.
Nos primórdios do
cinema, com poucas exceções, o terror no cinema restringiu-se às adaptações de
clássicos literários. As obras que melhor o representaram não constituíram
escola nem foram concebidas para a linguagem fílmica. Foi apenas no cinema
alemão da década de 20 que o gênero consolidou-se na sua plenitude criativa.
Em O Gabinete das Figuras de Cera,Paul Leni aplicou várias técnicas visuais para
compor este ambicioso filme, dando tridimensionalidade nos cenários
expressionistas e construindo, ao longo do filme, uns dos momentos mais
marcantes do Expressionismo Alemão. Além do vanguardismo na direção de arte,
temos nos papéis dos criminosos os três maiores atores alemães de todos os
tempos: Werner Krauss, Emil Jannings, e Conrad Veidt.