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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

Cine Especial: Clube de Cinema - 'Meu Amigo Robô'

 Nota: Filme exibido para os associados no último sábado (24/02/24).

Sinopse: Na cidade de Nova York dos anos 1980, Dog monta um robô para ser seu companheiro e eles se tornam melhores amigos. 

Nos tempos do cinema mudo os personagens nos passavam os seus sentimentos através de gestos e expressões que diziam muito mais do que meras palavras jogadas ao vento. Portanto, é raro um filme feito atualmente que consiga obter tamanho feito de como era realizado o cinema de antigamente, mas há casos a serem destacados como no caso do genial "O Artista" (2011). "Meu Amigo Robô" (2023) não é somente uma mera animação, como também uma obra que presta uma homenagem de como se fazia cinema antigamente e ao mesmo tempo nos ensinando o verdadeiro significado de uma bela amizade.

Dirigido por Pablo Berger, o filme é baseado em uma HQ de Sara Varon e cuja trama nós compreendemos mesmo com nenhuma palavra dita. O filme conta a história de Dog, um cachorrinho que mora em Manhattan, que ao se sentir cansado de ficar sozinho decide comprar um robô para ser seu companheiro. Ao ritmo da Nova York nos anos 80, a amizade se torna forte, mas um certo problema ocorrido em uma praia faz com que ambos tomem caminhos diferentes e fazendo a gente se perguntar se ambos irão se reencontrar um dia novamente.

O filme possui elementos familiares para aqueles que cresceram assistindo desenhos animados de antigamente, já que todos os personagens vistos na tela são retratados como animais, mas que nos passa humanidade de forma surpreendente. Dog, por exemplo, é o retrato do cidadão comum que se vê solitário perante uma cidade grande cheia de possibilidades, mas que encontra somente algum sentido na vida quando obtém uma amizade vinda justamente de um robô. Se por um lado o primeiro consegue enxergar os prazeres da vida a partir do novo companheiro, do outro, esse último é um recém-nascido e testemunha esse mundo com um olhar inocente e cheio de curiosidade.

Feito com desenho tradicional, o filme possui inúmeros detalhes de uma Nova York em movimento constante, como se os personagens vistos na tela não tivessem tempo para desfrutar dos minutos que vão escorrendo para os seus dedos, mas somente aqueles que conseguem compartilhar o tempo através do seu próximo é que tudo começa a fazer algum sentido. Porém, uma vez que a dupla central se separa a partir do cenário da praia, obtemos uma nova análise sobre o real papel sobre o amor da amizade. Conhecemos pessoas, nos apaixonamos por elas, mas a vida nos prega uma peça que faz com que nos distanciamos, mas jamais nos esquecemos de como fomos felizes naqueles tempos.

Dog, por exemplo, obtém mais coragem ao desfrutar de uma cidade em movimento e ao mesmo tempo tendo a chance maior de conhecer novas pessoas e compreendendo alguns novos significados sobre a vida e dos quais ele quase nunca enxergava. Já o robô, mesmo impossibilitado em uma determinada passagem da trama, obtém uma lição importante sobre a vida através do nascimento e aprendizado de simples pássaros, mas que se torna um dos momentos mais sublimes do filme como um todo. Nada mal para uma animação de traços simples, mas cuja mensagem poderosa possui muito mais peso do que qualquer superprodução de conteúdo vazio de hoje em dia.

Curiosamente, os destinos de ambos os personagens se encaminham por situações inusitadas, mas que fazem a gente somente se perguntar se ambos se reencontraram algum dia. A resposta vem para um ato final sublime, do qual fará muito marmanjo chorar, pois com certeza passamos por situações em que desejamos lá no fundo reatar aquele amor antigo que nos ensinou muito, mas cujo ensinamentos nos serviram para desfrutarmos melhor de nossas vidas. Sempre teremos novas oportunidades de conhecermos novas pessoas, mas sempre guardando lá no fundo a esperança de nos cruzarmos com aquela pessoa especial que nós conhecemos um dia e que nos ensinou a enxergar a realidade através de uma nova perspectiva.

Indicado ao Oscar de Melhor Longa de Animação de 2024, "Meu Amigo Robô" é uma história de amor e amizade de duas figuras incomuns, mas das quais nos identificamos e fazendo a gente relembrar sobre pessoas do passado e que ainda hoje nós amamos. 

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