Sinopse:Num futuro, muitas pessoas estão fadadas à solteirice. Todas
elas são obrigadas a passarem 45 dias em um hotel para encontrarem suas
caras-metades. Caso contrário, os solteiros são transformados em bichos e
levados para uma floresta. David (Colin Farrell) é um deles. Se ele não
conseguir achar o amor de sua vida já está decidido a virar uma lagosta, pois o
crustáceo vive até os 100 anos.
O sucesso recente de franquias como Jogos Vorazes, dos quais mostram
futuros distópicos, levantou o interesse de alguns estúdios em investir cada
vez mais nesse tipo de assunto. O problema é sempre tentar agradar o público,
mas ao mesmo tempo, alguns filmes caem no óbvio e posteriormente no
esquecimento. Em meio a esse quadro, esse pequeno O Lagosta representa uma
agradável surpresa, pois utiliza uma trama originalíssima e aliada com um humor
negro curioso e ao mesmo tempo crítico.
Dirigido pelo cineasta grego Yorgos Lanthimos, acompanhamos uma trama da qual se passa no futuro, onde as
pessoas são obrigadas a terem que se casar e nunca viverem sozinhas. Caso as pessoas não
consigam uma união, elas então são obrigadas a se transformarem num animal, do qual elas
precisam escolher, pois caso não se transformarem, elas então são jogadas na floresta para
servirem de caça. Num hotel de luxo, o personagem de Colin Farrell se vê
obrigado a ter que escolher então o seu par perfeito, ou então se transformar
num animal, que no caso da sua escolha foi uma lagosta que dá titulo ao filme.
Embora a sensação de estranheza
nos atinja em seus primeiros minutos de projeção, os roteiristas Lanthimos e
Efthymis Filippou se encarregaram de criar situações inusitadas e das quais nos
prende atenção. Em tempos atuais dos quais vivemos, onde há diversas escolhas
na forma de se viver, é interessante assistir uma trama que nos lança uma
realidade da qual não há muita opção para o indivíduo e que se vê obrigado a
ter que escolher uma vida da qual até mesmo não consegue se enquadrar. E se
essa situação já é muito incomoda, os que optam em viverem sós e se tornando
caça não é muito diferente, já que a sua política da individualidade acaba se
tornando tão cruel quanto aquela criada pelo próprio estado.
Colin Farrell se sai bem como um personagem que convive com essa realidade, mas que não consegue se encaixar em nenhum dos lados. Com uma melancolia se cruzando com um grau de ambiguidade, o ator nos brinda com o seu melhor desempenho depois de muito tempo. E se Rachel Weisz é uma espécie consciência lúcida da qual nos convida (no primeiro ato em narração off) para compreendermos essa realidade, Léa Seydoux (Azul é a cor mais quente) nos passa uma personalidade fria e calculista perante o mundo do qual vive e se tornando uma espécie de contra parte da personagem Weiz aos olhos do personagem de Farrell.
Com um final em aberto, mesmo havendo um fio de esperança para determinados personagens, O Lagosta possui uma originalidade peculiar em suas entrelinhas e por isso mesmo convidativa para aqueles que buscam por algo de novo no cinema.
Colin Farrell se sai bem como um personagem que convive com essa realidade, mas que não consegue se encaixar em nenhum dos lados. Com uma melancolia se cruzando com um grau de ambiguidade, o ator nos brinda com o seu melhor desempenho depois de muito tempo. E se Rachel Weisz é uma espécie consciência lúcida da qual nos convida (no primeiro ato em narração off) para compreendermos essa realidade, Léa Seydoux (Azul é a cor mais quente) nos passa uma personalidade fria e calculista perante o mundo do qual vive e se tornando uma espécie de contra parte da personagem Weiz aos olhos do personagem de Farrell.
Com um final em aberto, mesmo havendo um fio de esperança para determinados personagens, O Lagosta possui uma originalidade peculiar em suas entrelinhas e por isso mesmo convidativa para aqueles que buscam por algo de novo no cinema.
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