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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Cine Especial: O MELHOR DO CINEMA 3D ATÉ AQUI


Quanto Avatar faturou mais de dois bilhões de dólares pelo mundo, os engravatados dos estúdios imediatamente viram a sua mais nova pipita de ouro: o cinema 3D. Mas quem disse que a coisa foi um mar de rosas?
Embora a maioria do filmes de entretenimento esteja em 3D, boa parte deles é convertida, sendo que primeiro eles são rodados da forma tradicional, para então depois eles pincelarem com essa ferramenta. Infelizmente esse resultado não acrescenta em nada ao filme, sendo que isso é apenas um artifício para a gente pagar mais para ver a obra e o pior, a imagem acaba sendo um tanto que prejudicada.
Recentemente eu vi o filme Detona Ralph, que foi convertido em 3D e o resultado é desastroso, pois a imagem desses filmes convertidos acaba ficando muito escura e fazendo o espectador se esforçar mais para ver o que esta acontecendo na tela. Pensando nisso, solto abaixo uma listinha dos melhores filmes 3D (criados neste formato, não convertidos), que foram lançados até agora.

CORALINE: E O MUNDO SECRETO

Foi o primeiro filme em 3D que eu assisti na minha vida e o melhor exemplo desse formato pré-Avatar. Para quem ainda não assistiu ao filme, Coraline fica dividida entre o nosso mundo e um mundo de fantasia que ela tanto deseja e quando ela entra nesse universo que ela anseia, entra então em cena o 3D. Aqui essa ferramenta não surge de uma forma para somente entreter, mas para também diferenciar o mundo mágico e o mundo real que a personagem fica dividida no decorrer da trama. Um belo exemplo de como essa parte técnica pode servir para melhorar ainda mais a trama.


AVATAR

Se falou-se tanto desse filme que chega até ser chato, mas é preciso lembrar de como James Cameron da uma verdadeira aula de como se é feito um filme nesse formato. Além de revolucionar a criação de personagens digitais, o cineasta filmou do inicio ao fim a trama, para que ela fosse realmente apresentada para todo o mundo no formato 3D. O resultado final (na época) foi a ultima palavra em tecnologia, onde espectador simplesmente entrava em Pandora e tinha a sensação de estar passando pelas folhas que surgiam na tela e isso sem contar das inúmeras criaturas que soltavam aos nossos olhos e tudo de uma forma clara e nítida. Infelizmente após o estrondoso sucesso do filme, os estúdios decidiram converter todos os filmes que iriam lançar e o resultado foram obras desastrosas como Fúria de Titãs.
          
A Invenção de Hugo Cabret

Muitos se perguntavam como o cineasta Martin Scorsese iria se comportar criando um filme em 3D, mas não é que o veterano diretor de Taxi Drive surpreendeu a todos. Além de o filme ser uma verdadeira declaração de amor aos primeiros anos de nascimento do cinema, Scorsese apresenta um 3D, que não só faz com que as imagens passem a sensação de estar saindo da tela, como também nos da à sensação profundidade dos cenários. São impressionantes as primeiras cenas de Paris, onde vemos cada pequeno detalhe ao fundo, como das ruas, por exemplo, e a panorâmica da cidade vista no grande relógio é de cair o queixo.

  DREDD 

Embora tenha fracassado nas bilheterias, o filme é um milhão de vezes superior a versão de 1995 e sem sombra de duvida é o mais novo candidato a Cult do momento. Mas e o 3D? Eis que os melhores momentos dessa ferramenta no filme ficam por conta das seqüências em câmera lenta, onde os personagens ingerem uma droga que faz com que eles enxerguem tudo de uma forma bastante lenta. O resultado final é de inúmeras coisas (desde a água, sangue e fumaça) surgindo na tela num ritmo bem lento e o 3D faz com que tenhamos a sensação de vermos cada pequenino detalhe dessas coisas saltando aos nossos olhos de uma forma bastante bela, mesmo embalado com a mais pura violência.


O HOBBIT

A ultima palavra de revolução de imagem após Avatar. Todos os fãs ficaram felizes quando Peter Jackson anunciou que O Hobbit seria em 3D, mas eis que o cineasta anuncia depois que o filme também seria em 48 quadros por segundo. Normalmente, os filmes que estamos acostumados assistir, são sempre apresentados em velocidade de imagens em 24 quadros por segundo, mas então colocando o dobro dessa velocidade (auxiliado com as melhores tecnologias do momento), o resultado é impressionante.
Neste tipo de filme, inúmeros detalhes antes despercebidos, acabam chamando atenção dos nossos olhos, desde a pigmentação da pele dos atores há cada fio de cabelo deles. Como se já isso não bastasse, a união dessa nova forma de se ver um filme, com o 3D, nos da à sensação de reboot, ou de finalmente nos fazer compreender de como nossos avôs se sentiram quando viram um filme a cores pela primeira vez. Infelizmente os produtores acabaram ficando com certo receio de apresentar essa nova forma de se ver um filme para as platéias e decidiram então somente distribuir algumas copias neste formato para algumas salas. Aqui no RS, por exemplo, passou somente no cinema do Barra Shopping.          


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2 comentários:

disse...

Gostaria muito de ter assistido A invenção de Hugo Cabret em 3D, mas infelizmente era um desses films de terror e qualidade questionável que e estava passando na sala 3D.
Abraços!

Marcelo Castro Moraes disse...

Eu fiz questão de assistir ele no cinema, pois do inicio ao fim era uma verdadeira declaração de amor a um cinema que não volta mais.