Esses dias se foi Sidney Lumet para um mundo melhor e foi ai que me dei conta de uma coisa. Puxa, eu vi pouca coisa desse grande diretor. Ouvia falar muito dele, criou 50 filmes e muitos deles otimos ou até mesmo classicos mas que infelismente, acabei vendo pouca coisa. É aquela historia, que por mais que eu ceja cinefilo e tenha visto bastante filmes, um ou outro acabo não assistindo, como no caso de ter conhecido a pouco tempo Luis Bunuel, que havia feito varios classicos mas até ano passado não tinha visto nenhum, felizmente, graças a minha insistencia, caçei todos os seus filmes.
No caso de Lumet farei a mesma coisa, pelo menos, dois dos seus maiores classicos já esta registrado em minha memoria, confiram:
DOZE HOMENS E UMA SENTENÇA
Sinopse: Doze jurados devem decidir se um homem é culpado ou não de um assassinato, sob pena de morte. Onze têm plena certeza que ele é culpado, enquanto um não acredita em sua inocência, mas também não o acha culpado. Decidido a analisar novamente os fatos do caso, o jurado número 8 não deve enfrentar apenas as dificuldades de interpretação dos fatos para achar a inocência do réu, mas também a má vontade e os rancores dos outros jurados, com vontade de irem embora logo para suas casas.
Excelente filme de julgamento, mas diferente da maioria, esse foca somente os jurados do caso em andamento e durante as suas discussões em condenar ou não o rapaz. O grande atrativo do filme esta pelo fato que toda a ação se passa em um único cenário, o que torna as discutições dos doze jurados cada vez mais sufocante, beirando a quase agressão física. Destaque para Henry Fonda interpretando o jurado bom moço que inicia a questão se o acusado é realmente culpado ou inocente o que desencadeia inúmeras reviravoltas, tanto no caso como nos próprios jurados.
Um dia de Cão
Sinopse: Em agosto de 1972 um assalto em um banco no Brooklyn chama a atenção da mídia e transforma-se em um show com uma enorme audiência. Era um roubo que teoricamente duraria apenas dez minutos, mas após várias horas os assaltantes estavam ainda cercados com reféns dentro do banco. Sonny (Al Pacino), o líder dos assaltantes, planejou conseguir dinheiro para Leon (Chris Sarandon), seu amante homossexual, fazer uma cirurgia de mudança de sexo. Enquanto tudo se desenrola a multidão apóia e aplaude as declarações de Sonny e fica contrária ao comportamento da polícia.
Em meio a crise econômica, escândalos políticos e guerra do Vietnã interminável, estava um povo norte americano revoltado com a situação em que vivia e Um Dia de Cão é um ótimo retrato dessa época. Vendo um assaltante que faz discursos inflamados na frente do banco, as pessoas que pararam para ver o aplaudem e torna a situação em um espetáculo, o que será bom para inúmeros lados, tanto para os assaltantes como para mídia, fazendo lembrar logicamente outro clássico do gênero como A Montanha dos Sete Abutres ou até mesmo o mediano filme da decada de noventa O Quarto Poder. Al Patino novamente entrega um papel intenso e único que nos faz imediatamente torcer por ele, mesmo estando fazendo algo que não é certo. Destaque para o personagem de John Cazale, ator que teve carreira curta mas sempre é bem lembrado por esse papel e pelo seu desempenho como Fredo no Poderoso Chefão I e II
Curiosidades: A conversa que os personagens de Al Pacino e Chris Sarandon têm ao telefone foi toda improvisada pelos atores.
Um Dia de Cão não tem trilha sonora em momento algum do filme.
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