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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 21 de julho de 2025

Cine Dica: Em Cartaz - 'Superman'

Sinopse: Superman embarca em uma jornada para reconciliar sua herança kryptoniana com sua criação humana. 

Com o fracasso do universo compartilhado DC/Warner, além do enfraquecimento do gênero de super-heróis no cinema, parecia que nós não viriamos tão cedo um novo Superman nas telonas. Contudo, foi então que James Gunn surgiu em cena, pois além de ser diretor ele se tornou produtor executivo, roteirista e consultor criativo desse novo universo do estúdio e que recomeçou do zero a partir de "O Esquadrão Suicida" (2021) e das séries "Comando das Criaturas" (2024) e "Pacificador" (2022). Eis que então chega "Superman" (2025), um filme dinâmico, crítico nos momentos certos e extremamente pop nos seus melhores momentos.

Na trama, acompanhamos a jornada de Superman em tentar conciliar suas duas personas: sua herança extraterrestre como kryptoniano e sua vida humana, criado como Clark Kent (David Corenswet). Com já três anos de atividade, o super ser é conhecido como imbativel, justo e disposto a salvar o maior número de vidas possível. Porém, Lex Luthor (Nicholas Hoult) vê o herói como uma séria ameaça contra a humanidade e fará de tudo para destruí-lo.

Inicialmente é preciso deixar muito claro que não foi desta vez que o estúdio criou um longa que superasse a obra prima que é a versão lançada em 1978 por Richard Donner. Porém, o filme tem a proeza de não perder tempo em recontar novamente a origem sobre o protagonista, nos dando uma rápida explicação sobre quem ele é e nos colocando de imediato na ação. É como se estivéssemos comprando um gibi do mês sobre o personagem, mas cuja história já está acontecendo a todo o vapor.

Isso é proposital, já que está mais do que evidente que James Gunn tem total contato com essa forma de contar histórias e usando todos os artifícios cinematográficos para que essa linguagem fosse vista no cinema. O filme por si só é colorido, como se estivéssemos lendo uma HQ de tempos mais dourados e que tudo ressoava com mais esperança em meio aos tempos nebulosos. Aqui não há uma visão pessimista sobre o personagem que havia sido criado por Zack Snyder no passado, mas sim sempre nos transmitindo algo positivo, mesmo em meio aos vários obstáculos.

Curiosamente, é surpreendente como Gunn consegue até mesmo dirigir cenas com efeitos especiais que nos transmita certo peso, sendo que no momento em que o protagonista enfrenta um grande Kaiju nós temos a sensação de uma grande ameaça e não um mero efeito visual sem alma alguma. Claro que há aqueles momentos em que ação, por vezes, vertiginosa, atrapalhe um pouco o desenvolvimento da trama, mas nada que atrapalhe o resultado. A meu ver, o estúdio sentiu as críticas no decorrer dos anos e James Gunn soube como contornar isso.

Acima de tudo, é um filme que fala sobre o mundo atual, se nós realmente merecemos um Superman altruísta e sobre até que ponto ele mantém essa virtude intacta. Por conta disso, é um verdadeiro contraste quando comparamos ele com os anti-heróis que surgem em cena, como no caso do Lanterna Verde Gy Gardner (Nathan Fillion), Mulher Gavião (Isabela Merced) e Senhor Incrível (Edi Gathegi). O trio, por sua vez, é uma síntese sobre o que uma sociedade gostaria de ver na figura de um super ser, mas que não são necessariamente corretos em suas ações.

Nesta realidade de incerteza com relação aos superpoderosos é então que Lex Luthor obtém voz e atenção, principalmente em um mundo conectado através das redes sociais, onde todos acham que tem o direito de dar opiniões e fazendo disso um grande artifício para o vilão. Nicholas Hoult se sai muito bem ao construir um Luthor que usa o seu poder para manipular a opinião pública, sendo uma atuação mais do que criativa sobre os políticos atuais da extrema direita de hoje em dia. Curiosamente, o filme não esconde até mesmo o fato do papel dos EUA ser um tanto questionável com relação aos conflitos mundiais e dos quais servem somente para enriquecer o país ao invés de ajudar.

Diante desse cenário, vemos um Superman não tomando partido, mas sim com o intuito de somente salvar vidas ao máximo possível. Ao interpretar um Superman à sua maneira, David Corenswet consegue nos transmitir até mesmo humanidade com relação ao personagem, não escondendo as suas falhas, mas jamais abraçando a possibilidade de abandonar no que acredita ao ser um salvador para as pessoas. Vale salientar que o intérprete tem ainda uma ótima química em cena com Rachel Brosnahan, a mais nova Lois Lane do momento e da qual se sai muito bem nos momentos românticos com o herói.

Embora seja uma trama que nos soa familiar, é interessante observar também que o filme se distancia bastante das últimas encarnações do personagem. Embora seja nostálgica, ao fazer ligeiras referências ao clássico de 1978, o filme possui personalidade própria, mesmo fazendo parte de um grande projeto que é recomeçar o universo DC no cinema do zero. Resta saber se James Guun irá manter a qualidade do seu trabalho nos próximos anos, mas até aqui o saldo é mais do que positivo.

"Superman" é um recomeço cheio de luz para o herói no cinema em meio aos tempos atuais cheio de incertezas. 


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domingo, 20 de julho de 2025

Cine Dica: Do italiano Ermanno Olmi, "A Lenda do Santo Beberrão" será a próxima sessão do Cineclube Torres

 Do italiano Ermanno Olmi, "A Lenda do Santo Beberrão" será a próxima sessão do Cineclube Torres na segunda, dia 21, às 20h e com entrada franca.

O filme integra o ciclo de julho, com filmes relacionados com pessoas em situação de rua, na Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, junto da UP Idiomas. A Lenda do Santo Beberrão é um filme franco-italiano de 1988, dirigido por Ermanno Olmi e baseado na novela homônima "Die Legende vom heiligen Trinker", do escritor judeu austríaco Joseph Roth.

Com profunda ligação autobiográfica, o protagonista, interpretado pelo ator Rudger Hauer, um bêbado morador de rua, recebe inesperadamente uma importante quantia de dinheiro de um desconhecido, com a promessa que o valor seja dado em beneficência na igreja de S. Tereza de Lisieux, na missa de domingo. No entanto, apesar de sua persistência, algo sempre o impede de cumprir a promessa.

Ermano Olmi venceu o leão de ouro no Festival de Cinema de Veneza com este filme, uma humanística e inspirada versão cinematográfica de uma parábola cristã. Mas "A Lenda do Santo Beberrão não é filme de proselitismo religioso. Ele trabalha com categorias do espírito, mas não as impõe à maneira de catequese ou de ameaça. Apenas sugere que existe alguma transcendência em qualquer vida, mesmo na vida miserável de um mendigo alcoólatra." (Luiz Zanin Oricchio, Estadão).

A sessão, com entrada franca, integra a programação continuada realizada na Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, pelo Cineclube Torres, associação sem fins lucrativos com 13 anos de história, em atividade desde 2011, Ponto de Cultura certificado pela Lei Cultura Viva federal e estadual, Ponto de Memória pelo IBRAM, Sala de Espetáculos e Equipamento de Animação Turística certificada pelo Ministério do Turismo (Cadastur), contando para isso com a parceria e o patrocínio da Up Idiomas Torres.


Serviço: 

O que: Exibição do filme  "A Lenda do Santo Beberrão", de Ermanno Olmi (Itália - 1988) - 2h07m

Onde: Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, junto à escola Up Idiomas, Rua Cincinato Borges 420, Torres

Quando: Segunda-feira, 21/7, às 20:00

Ingressos: Entrada Franca, até lotação do local (aprox. 22 pessoas).


Cineclube Torres

Associação sem fins lucrativos

Ponto de Cultura – Lei Federal e Estadual Cultura Viva

Ponto de Memória – Instituto Brasileiro de Museus

Sala de Espetáculos e Equipamento de Animação Turística - Cadastur


CNPJ 15.324.175/0001-21

Registro ANCINE n. 33764

Produtor Cultural Estadual n. 4917

sexta-feira, 18 de julho de 2025

Cine Especial: Conhecendo 'Trapaceiros'

 

Woody Allen lança, ao menos, de um a dois filmes por ano e isso acontece desde os anos setenta. De lá para cá o realizador lançou diversos altos e baixos, assim como também enfrentou uma série de polêmicas de sua vida pessoal que quase enterraram a sua carreira. Polémicas à parte, os filmes do realizador sempre me atraíram pelo fato dele usar praticamente o mesmo tipo de personagem, mas que se vê envolvido em tramas diferentes.   

Nos anos noventa, por exemplo, foram doze filmes ao todo, sendo que o último foi "Trapaceiros" (2000) e do qual foi uma espécie de encerramento de círculo, pois o realizador somente fazia a maioria dos seus filmes na cidade de Nova York. A partir de 2001 Allen começou uma encruzilhada pelo mundo e lançando títulos incomuns como "Meia Noite em Paris" (2011) e do qual se tornou o seu maior sucesso na carreira. O motivo pelo qual ele tenha decidido filmar pelo mundo talvez se encontre exatamente em "Trapaceiros".  

Na trama, Allen é um lavador de pratos que tem um grande plano: alugar uma loja ao lado do banco e utilizá-la como fachada para construir um túnel subterrâneo para assaltá-lo. Para tanto Ray logo consegue a ajuda de seus companheiros Danny (Michael Rapaport) e Tommy (Tony Darrow), que aceitam dividir os gastos com o aluguel da loja, mas enfrenta a resistência de Frenchy (Tracey Ullman), sua esposa, que se recusa a ajudá-lo em mais um plano. Porém, ela aceita a proposta e começa a vender bolinhos e biscoitos na loja, mas o que era para ser uma fachada acaba se tornando um grande sucesso.   

Para aqueles habituados à filmografia do diretor se percebe que há aqui os mesmos ingredientes de sempre, como o protagonista quase esquizofrênico e que sempre anseia em colocar o seu ponto de vista acima de tudo. Aqui no caso Allen usa o velho pensamento de que "dinheiro não é tudo" para se criar uma trama em que sintetiza o fato que a felicidade se encontra nas pequenas coisas do dia a dia, desde em apreciar o pôr do sol, como também na possibilidade de se arriscar e cometer certos delitos. Uma vez que a riqueza vem para o casal central se percebe que as coisas não melhoram, onde ambos acabam percebendo que possuem vidas vazias a partir do momento que possuem recursos para obter tudo, mas ao mesmo tempo nada.   

Vale destacar a participação de Hugh Grant como um empresário interesseiro, sendo que esse tipo de personagem ele retornaria no grande sucesso "O Diário de Bridget Jones" (2001) e largando por um tempo os papéis de bom moço. Lembrando que nesta época Allen já estava ensaiando a possibilidade de abandonar o protagonismo dos seus filmes e se focar somente por trás das câmeras, sendo que isso já estava acontecendo a partir de "Celebridades" (1998). Outro fator interessante é que, olhando para trás, "Trapaceiros" foi um dos últimos filmes realizados pelo diretor antes do 11 de Setembro, sendo que aquele dia que marcou o mundo talvez tenha mudado o foco do diretor a partir daquele momento.   

Curiosamente, o seu personagem deste filme é sempre persuadido pela sua esposa na possibilidade de viajar para outros lugares pelo mundo. Tudo indica que o próprio Allen talvez tenha sido convencido a mudar de novos ares e o ataque terrorista contra a sua cidade favorita tenha o convencido em abraçar de vez essa ideia. Ao ver esse filme percebo uma espécie de encerramento de Woody Allen mais inocente e experimentando novos cenários um tanto que mais sérios ao redor do mundo como foi visto em "Ponto Final - Match Point" (2005).   

Enfim, "Trapaceiros" não está entre os melhores filmes de Woody Allen, mas que revendo hoje serve como uma espécie de prelúdio com relação ao que ele iria experimentar no novo século que estava chegando. 



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Cine Especial: Sessão DUPLA Clube de Cinema: "Hannah Arendt" (19/07) e "Dreams" (20/07)

Neste final de semana teremos uma programação dupla no Clube de Cinema de Porto Alegre!

No sábado, dia 19/07, às 10h15 da manhã, no auditório do Goethe-Institut, exibiremos Hannah Arendt – Ideias Que Chocaram o Mundo (2012), filme que acompanha o impacto causado pelas reportagens escritas por Arendt após cobrir o julgamento do nazista Adolf Eichmann. Ao propor a ideia da “banalidade do mal” e criticar o papel de lideranças judaicas durante o Holocausto, a filósofa provoca um escândalo internacional e enfrenta o isolamento intelectual e afetivo. Uma obra potente sobre pensamento crítico, coragem e consequências.

Já no domingo, 20/07, também às 10h15, será a vez de Dreams (2024), dirigido por Dag Johan Haugerud, da trilogia Sex/Love/Dreams, a qual completamos no CCPA. Dreams mergulha no mundo interior de Johanne, uma adolescente que encontra no diário a única forma de dar conta da avalanche emocional provocada por uma paixão intensa por sua professora de francês.


📽️ PROGRAMAÇÃO DO FINAL DE SEMANA NO CLUBE DE CINEMA


SÁBADO | 19/07

Hannah Arendt – Ideias Que Chocaram o Mundo

📍 Local: Auditório do Goethe-Institut Porto Alegre

Rua 24 de Outubro, 112 – Bairro Moinhos de Vento

(Alemanha, 2012, 113 min, 12 anos)

Direção: Margarethe von Trotta

Elenco: Barbara Sukowa, Axel Milberg, Janet McTeer

Sobre o Filme: Aliando-se, mais uma vez, a Barbara Sukowa, que havia atuado em filmes como "Rosa Luxemburgo" (86) e "Os Anos de Chumbo" (81), a cineasta Margarethe Von Trotta entrega-se ao desafio de retratar uma das pensadoras políticas mais importantes e influentes do século passado, que foi autora de livros como  "As Origens do Totalitarismo". Ignorando boa parte da historia de sua vida, o filme somente foca num momento crucial da vida de Hannah. Em 1961, a filósofa alemã, já radicada nos EUA, viaja a Israel para acompanhar um dos julgamentos mais bombásticos de todos os tempos, do carrasco nazista Adolf Eichmann, capturado pelo serviço secreto israelense na Argentina.

Confira a minha crítica já publicada clicando aqui. 

DOMINGO | 20/07


Dreams

📍 Local: Sala Eduardo Hirtz,

Cinemateca Paulo Amorim

R. dos Andradas, 736  –   Centro Histórico, Porto Alegre

(Noruega, 2024, 110 min, 14 anos)

Direção: Dag Johan Haugerud

Elenco: Ella Øverbye, Selome Emnetu, Ane Dahl Torp

Sobre o Filme: Dag Johan Haugerud já pode ser apontado como uma das melhores surpresas dos últimos tempos em termos de cinema autoral. Com a sua trilogia recente, incluindo os últimos "Sex" (2024) e "Love" (2024), o realizador faz uma análise madura com relação aos relacionamentos contemporâneos e dos quais nos identificamos facilmente como um todo. "Dreams" (2025) encerra essa trilogia de uma forma singela, reflexiva e de como deve ser lidada o primeiro despertar do amor.

Na trama, conhecemos Johanne (lla Øverbye), uma garota de dezessete anos que experimenta um despertar sexual inesperado ao se apaixonar por sua professora. Para colocar toda a carga emocional dessa paixão para fora, ela utiliza um caderno para documentar essa recente e intensa descoberta, colocando em palavras seus sentimentos mais arrebatadores. Quando mãe e avó têm conhecimento desse diário elas ficam preocupadas, mas aos poucos refletem o quanto é complexo o despertar da paixão e o quanto a jovem tem talento com relação à escrita. 

Confira a minha crítica já publicada clicando aqui. 

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quinta-feira, 17 de julho de 2025

Cine Dica: Cinesemana de 17 a 23 de julho de 2025

A cinesemana de 17 a 23 julho destaca a estreia do novo filme do diretor Costa-Gavras, que aos 92 anos nos oferece uma reflexão comovente sobre a finitude da vida. Recebemos o longa HOT MILK, primeiro longa da diretora inglesa Rebecca Lenkiewicz e com fortes atuações femininas. Na semana em que se comemora o Dia do Rock, chega às telas CAZUZA: BOAS NOVAS, documentário dedicado aos últimos anos de uma das grandes estrelas do rock brasileiro da década de 1980.

Falando em rock, seguimos com a programação da Mostra Rock Gaúcho no Cinema, com as exibições de títulos dedicados a artistas e/ou bandas representativas do gênero no RS. Outra sessão especial será a da pré-estreia de UM LOBO ENTRE OS CISNES, com a história de um jovem da periferia carioca que se tornou um dos principais bailarinos da Europa.

Seguimos em cartaz com o longa da italiana Valeria Bruni-Tedeschi que dirige JOVENS AMANTES, baseado em suas memórias pessoais durante o período em que cursou artes dramáticas na França e DREAMS, o filme ganhador do Festival de Berlim e que completa a elogiada trilogia do norueguês Dag Johan Haugerud.

Estas são as últimas semanas de exibição dos longas O GRANDE GOLPE DO LESTE, com Sandra Hüller, ambientado às vésperas da reunificação da Alemanha, e EMANUELLE, versão da francesa Audrey Diwan para o clássico erótico dos anos 1970. Muito procurados pelo público,  o longa chinês LEVADOS PELAS MARÉS, de Jia Zhang-Ke, e ENTRE DOIS MUNDOS, protagonizado por Juliette Binoche, ganham mais uma semana de exibição.

Confira a programação completa no site oficial da Cinemateca clicando aqui. 

Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS DE 17 A 23 DE JULHO

 ESTREIAS:

CAZUZA, BOAS NOVAS

Brasil/ Documentário/ 202 / 90 min.

Direção: Roberto Moret, Nilo Romer

Sinopse: Cazuza: Boas Novas revisita o período mais criativo e intenso da vida de um dos maiores artistas do Brasil. Entre os anos de 1987 e 1989, Cazuza produziu três álbuns, ganhou diversos prêmios e subiu no palco para mais de 40 apresentações do espetáculo O Tempo Não Para. Tudo isso lidava com o diagnóstico de AIDS e vivia sob o risco de morte e o agravamento contínuo de sua saúde. O documentário conta com imagens exclusivas e depoimentos inéditos de figuras que conviveram com o grande compositor, como Ney Matogrosso, Gilberto Gil, Frejat, sua mãe Lucinha Araújo e o próprio diretor do longa, Nilo Romero, quem dirigiu o último show do cantor e com quem Cazuza foi amigo e parceiro de composições. Com uma riqueza de registros e vídeos de arquivo, Cazuza: Boas Novas revela o legado de um vanguardista e o impacto de uma mente criativa que mudou a trajetória da música brasileira como poucos.

UMA BELA VIDA

França/ Drama/2024/ 100 min.

Direção: Costa-Gavras

Sinopse: Numa espécie de diálogo filosófico, o doutor Augustin Masset e o renomado escritor Fabrice Toussaint discutem a vida e a morte... Um turbilhão de encontros em que o médico é o guia e o escritor, seu passageiro, levou a enfrentar seus próprios medos e angústias... Uma poética onde cada paciente é um livro de emoções, risos e lágrimas… Uma viagem ao coração pulsante de nossas vidas.

Elenco: Denis Podalydès, Kad Merad, Marilyne Canto, Angela Molina, Charlotte Rampling, Hiam Abbass, Karin Viard, Agathe Bonitzer. os e lágrimas. Uma viagem ao coração pulsante de nossas vidas.


AINDA NÃO É AMANHÃ

Brasil/ Drama/ 2024/ 76min

Direção: Milena Times

Sinopse: Janaína é uma garota de 18 anos que vive com sua mãe e avó em um conjunto habitacional na periferia de Recife. Ela é a primeira de sua família que pode obter um diploma universitário, mas uma gravidez indesejada ameaça seus planos.

Elenco: Bárbara Vitória, Clau Barros, Lalá Vieira, Mayara Santos, Cláudia Conceição, Guta Menelau.

HORÁRIOS DE 17 A 23 DE JULHO (não há sessões nas segundas-feiras):

15H: AINDA NÃO É AMANHÃ

17h: UMA BELA VIDA

19h: CAZUZA, BOAS NOVAS


Ingressos: Os ingressos podem ser adquiridos a R$ 14,00 na bilheteria do CineBancários. Idosos (as), estudantes, bancários (as), jornalistas sindicalizados (as), portadores de ID Jovem e pessoas com deficiência pagam R$ 7,00. São aceitos PIX, cartões nas bandeiras Banricompras, Visa, MasterCard e Elo. 

Na quinta-feira, a meia-entrada é para todos e todas. 

quarta-feira, 16 de julho de 2025

Cine Dica: Em Cartaz - 'Jurassic World: Recomeço'

Sinopse: Agentes habilidosos viajam para uma instalação de pesquisa em uma ilha para obter DNA que pode salvar vidas de dinossauros. 

O maior ponto negativo da franquia "jurassic Park" é justamente pelo fato de que nenhuma continuação superou o grande clássico dirigido por Steven Spielberg em 1993. Após seis filmes muitos achavam que não seria mais possível uma nova sequência, principalmente pelo fato que "Jurassic World: Domínio" (2022) ter sido o mais fraco dentre eles. Porém, enquanto fizer dinheiro, Hollywood insiste e lança agora "Jurassic World: Recomeço" (2025), cujo título engana, pois de recomeço não tem nada.

Dirigido por Gareth Edwards, de "Godzilla" (2014), acompanhamos na trama uma equipe intrépida em uma missão para obter amostras de DNA das três criaturas mais colossais da terra, mar e ar. É constatado que a ecologia do planeta se mostrou amplamente inóspita para os dinossauros. Os poucos sobreviventes vivem em ambientes equatoriais isolados, onde o clima se assemelha ao que permitiu sua prosperidade no passado. Dentro dessa biosfera tropical, as três criaturas mais colossais detêm a chave para a criação de um medicamento com potencial para salvar inúmeras vidas humanas.

Gareth Edwards tem se mostrado habilidoso na realização de grandes espetáculos cinematográficos, pois basta vermos "Rogue One" (2016) como exemplo e que é apontado por muitos como o melhor capítulo de "Star Wars". Porém, aqui se percebe que pouco ele pode fazer algo de novo com uma franquia que obteve grande lucro não através da novidade, mas sim através da nostalgia daqueles que cresceram assistindo ao filme clássico de 1993. Por conta disso, infelizmente, o que vemos na tela é apenas uma releitura do longa original, sendo que as velhas passagens da trama se encontram todas lá e fazendo com que a gente até saiba o que irá acontecer.

Por mais que a ideia de os Dinos serem a fonte da cura de inúmeras doenças para os humanos seja algo que soe original, em contrapartida, isso não escapa de uma curiosa sensação de dejavu, principalmente quando surge aquele típico vilão que tenta somente obter o controle da situação para obter lucro. E o que dizer da família que é inserida na trama unicamente para remeter as outras crianças que surgiram ao longo da franquia, mas que aqui mais atrapalha do que ajuda. Porém, é preciso reconhecer que eles protagonizam o momento mais tenso da trama e é onde surge T-Rex em toda a sua glória.

Scarlett Johansson está à vontade em um papel de heroína da vez, sendo que ela já está mais do que acostumada a esse tipo de produção após anos trabalhando para a Marvel no cinema. Por outro lado, fico me perguntando o que Mahershala Ali está fazendo nesta produção, sendo que o seu personagem poderia ter sido facilmente interpretado por qualquer um em cena. No ato final, por exemplo, o destino do seu personagem soa tão previsível para não dizer ridículo e servindo apenas como uma grande enganação para o público.

Mais de trinta anos após o filme original é curioso observar como os efeitos visuais estão cada vez piores, sendo que não sentimos o peso desses animais na tela e tão pouco uma ameaça que nos assusta. Em tempos atuais em que o público deseja maior realismo e menos efeitos, o filme já nasce ultrapassado e que somente irá arrecadar dinheiro graças ao peso do longa original que sentimos até hoje. Para um recomeço está mais para fim da linha.

"Jurassic World: Domínio" sofre com a grande sombra imposta pelo clássico e do qual nenhuma continuação até hoje conseguiu superá-la. 

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