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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 5 de março de 2025

Cine Dica: Em Cartaz - 'Um Completo Desconhecido'

 Sinopse: O jovem Bob Dylan chega a Nova York com seu violão e talento revolucionário.  

James Mangold não tem exatamente uma visão autoral que a gente identifique em seus filmes, mas é preciso reconhecer que ele é versátil em todos os gêneros. Tanto capaz de fazer boas comédias como "Kate & Leopold" (2002), como também filmes de grande porte como "Logan" (2017). Em "Um Completo Desconhecido" (2024) o realizador tem a tarefa ingrata de retratar os primeiros anos de sucesso de Bob Dylan, mas conseguindo obter com certo êxito para dizer o mínimo.

A trama se situa em Nova York do início dos anos 60, onde Dylan, um jovem músico de Minnesota, tem apenas 19 anos e caminha rumo ao sucesso. Passando de cantor folk, para as salas de concerto e ao topo das paradas, culminando em sua performance inovadora de rock and roll elétrico no Festival Folclórico de Newport em 1965, definindo um dos momentos mais transformadores da música do século XX. Em meio a isso vemos o mesmo lidar com a fama e relacionamentos amorosos complexos.

Ainda acho que um dos filmes mais criativos sobre Bob Dylan seja "Não Estou Lá" (2007), onde ele era interpretado por ao menos seis atores diferentes, já que o artista teve as mais diversas fases de sua carreira e muito diferentes uma da outra. No caso aqui, James Mangold opta em retratar os primeiros anos do cantor, mas não dando muitas explicações sobre as suas verdadeiras raízes, já que o mesmo nunca deixou muito claro sobre isso, nem para a imprensa e tão pouco para os seus fãs. Isso cria uma aura de mistério em torno de sua figura e fazendo com que cada música composta por ele diante das pessoas faça com que se torne um grande momento visto na tela.

Sendo apontado como um dos melhores jovens intérpretes do cinema recente norte americano, timothée chalamet tem a difícil missão de interpretar essa lenda, mas conseguindo isso com certa elegância e não nos passando dificuldade na construção dessa conhecida e enigmática faceta artística. O seu Bob Dylan nos transmite uma pessoa controlada até certo ponto, mas não escondendo certa inocência perante a reação das pessoas perante o seu talento, por vezes, enigmático. Um desempenho digno de nota e que realmente valeu uma indicação ao Oscar.

Com relação ao elenco secundário destaque para Edward Norton, que fazia um bom tempo que não o via em uma boa atuação e aqui ele dá vida ao cantor Pete Seeger e que na trama ele serviu como uma espécie de trampolim para a carreira de Dylan. Porém, é a atriz Monica Barbaro que se sobressai ao dar vida a cantora Joan Baez, sendo que ela possuía uma relação complexa com o cantor e é através do desempenho da atriz que conseguimos sentir essa complexidade em cenas dignas de nota. Já Elle Fanning, ao dar vida ao primeiro grande amor do artista, consegue nos transmitir a dor em seu olhar ao se dar conta que ele não pertence a ela, mas sim ao mundo daquela época.

Com relação a isso, é curioso observar que o cantor surgiu em um momento em que a planta estava em plena guerra fria, minorias ganhando vozes nas ruas e da qual não poderiam mais ser caladas. Através de sua música, pertencente ao gênero folk, rock e pela poesia lírica, o cantor deu voz a milhares de pessoas de como elas se sentiam em um mundo sofrendo metamorfose o tempo todo e do qual não tínhamos ideia de como seria o amanhã. Portanto, músicas como "The Times They Are A-Changin" e "Like a Rolling Stone" se tornaram hinos para uma geração inteira e que hoje soa mais atual do que nunca.

Com uma ótima reconstituição de época, James Mangold capricha ao colocar os principais eventos políticos da época em cena, mas nunca deixando exatamente como grande destaque, mas sim servindo mais como válvula de escape para que Dylan criasse as suas canções perante o calor do momento. Por conta disso desejamos em nosso íntimo, principalmente para quem é fã, para que o filme não termine tão cedo, pois nunca é demais ouvir os seus grandes feitos. Portanto, uma vez que o filme se encerra, a primeira coisa que eu fiz foi ouvir uma boa música composta por esse grande artista.

"Um Completo Desconhecido" é uma declaração de amor para um dos maiores artistas que surgiram no século vinte e cuja sua obra serviu de influência para muitos até hoje. 

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Cine Dica: CINEMATECA CAPITÓLIO PROGRAMAÇÃO 6 a 12 de março de 2025

 Sete Oportunidades


FILMES RESTAURADOS DE CHANTAL AKERMAN EM CARTAZ

Entre os dias 7 e 16 de março, a Cinemateca Capitólio apresenta a mostra Chantal Akerman, 1085, Rua Demétrio Ribeiro, Porto Alegre, dedicada à cineasta belga que é considerada um dos nomes mais influentes do cinema contemporâneo. Com entrada franca, a programação reúne um conjunto de 12 filmes dirigidos por Akerman, em cópias restauradas pela Cinematek de Bruxelas.

Na sexta-feira, 07 de março, às 19h30, a sessão de abertura apresenta A Prisioneira, adaptação de Chantal Akerman para o quinto volume de Em Busca do Tempo Perdido, de Marcel Proust, inspirada no clássico Um Corpo que Cai, de Alfred Hitchcock.


Mais informações: https://www.capitolio.org.br/novidades/8487/chantal-akerman-1085-rua-demetrio-ribeiro-porto-alegre/


BUSTER KEATON NA SESSÃO VAGALUME

Em março, embarque em uma viagem no tempo com a Sessão Vagalume para a era de ouro do cinema silencioso. Nos dias 08 e 09, sempre às 15h, será exibido o filme Sete Oportunidades, de Buster Keaton (1925). O valor do ingresso é R$ 4,00.


Mais informações: https://www.capitolio.org.br/eventos/8507/sessao-vagalume-sete-oportunidades/


DOCUMENTÁRIOS EM EXIBIÇÃO

A Cinemateca Capitólio segue exibindo o documentário Luiz Melodia – No Coração do Brasil, de Alessandra Dorgan, até o dia 12 de março. A partir do dia 6, entra em cartaz As Cores e Amores de Lore, longa-metragem de Jorge Bodanzky sobre a pintora alemã Eleonore Koch, única discípula de Volpi. O valor do ingresso é R$ 16,00.   


Mais informações: https://www.capitolio.org.br/eventos/8503/8503/


GRADE DE HORÁRIOS

6 a 12 de março de 2025


6 de março (quinta-feira)

15h – As Cores e Amores de Lore

17h – Luiz Melodia – No Coração do Brasil

19h – As Cores e Amores de Lore


7 de março (sexta-feira)

15h – As Cores e Amores de Lore

17h – Luiz Melodia – No Coração do Brasil

19h30 – A Prisioneira


8 de março (sábado)

15h – Sessão Vagalume: Sete Oportunidades

17h – Luiz Melodia – No Coração do Brasil

18h30 - A Loucura de Almayer


9 de março (domingo)

15h – Sessão Vagalume: Sete Oportunidades

16h30 - Do Leste

19h - Toda uma Noite


11 de março (terça-feira)

15h – As Cores e Amores de Lore

17h – Luiz Melodia – No Coração do Brasil

19h30 – Os Encontros de Anna       


12 de março (quarta-feira)

15h – As Cores e Amores de Lore

17h – Luiz Melodia – No Coração do Brasil

19h – Mostra Mulheres em Ação

terça-feira, 4 de março de 2025

Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS DE 06 A 12 DE MARÇO

 ESTREIA:

AINDA ESTOU AQUI

DESSA ARTE EU SEI UM POUCO

Brasil/ Documentário/ 2024/80 min

Direção: Cled Pereira

Sinopse: Mestre Paulo dos Anjos, foi um dos mais importantes mestres de capoeira da sua época. Através das memórias de três de seus discípulos, suas afinidades e divergências com o velho mestre, tentamos entender como se deu a transmissão desse legado. “Dessa arte eu sei um pouco” tenta trazer um pequeno fragmento desse imenso universo de conhecimento que é a capoeira, buscando manter vivo na memória não só um grande mestre, mas também todo um modo de se viver essa arte. É um filme sobre capoeira, mas é também um filme sobre solidariedade e companheirismo entre homens negros, que encontraram na capoeira um ambiente agregador que transformou suas vidas.


EM CARTAZ:

AINDA ESTOU AQUI

Brasil/ Drama/2024/135min

Direção: Walter Salles

Sinopse: Ainda Estou Aqui se passa no Brasil, em 1970 e é uma adaptação do livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva sobre sua mãe, Eunice Paiva. Na trama, uma mulher casada com um importante político precisa mudar sua vida completamente depois que ele é exilado durante a ditadura. A dona de casa se vê obrigada a virar ativista de direitos humanos após o desaparecimento de seu marido.

Elenco: Fernanda Torres, Selton Mello, Fernanda Montenegro


ALMA DO DESERTO

Brasil-Colômbia /Documentário/ 2024/87 min.

Direção: Mónica Taboada-Tapia

Sinopse: Vencedor do prestigiado Queer Lion no 81º Festival de Veneza, ALMA DO DESERTO narra a emocionante história de Georgina, uma mulher trans da etnia Wayúu, que luta pelo direito à sua identidade reconhecida. Após perder seus documentos em um incêndio criminoso, ela embarca em uma jornada de coragem e resiliência para recuperá-los.



HORÁRIOS DE 06 A 12 DE MARÇO (não há sessões nas segundas-feiras):

15h: DESSA ARTE EU SEI UM POUCO

17h: ALMA DO DESERTO

19h: AINDA ESTOU AQUI


Ingressos

Os ingressos podem ser adquiridos a R$ 14,00 na bilheteria do CineBancários. Idosos (as), estudantes, bancários (as), jornalistas sindicalizados (as), portadores de ID Jovem e pessoas com deficiência pagam R$ 7,00. São aceitos cartões nas bandeiras Banricompras, Visa, MasterCard e Elo. Na quinta-feira, a meia-entrada é para todos e todas.

EM TODAS AS QUINTAS TEMOS A PROMOÇÃO QUE REDUZ O VALOR DO INGRESSO PARA TODOS E EM TODAS AS SESSÕES PARA R$ 7,00.


CineBancários/ Rua General Câmara, 424 – Centro – Porto Alegre/ (51) 3030.9405 ou pelo e-mail cinebancarios@sindbancarios.org.br

C i n e B a n c á r i o s 

Rua General Câmara, 424, Centro 

Porto Alegre - RS - CEP 90010-230 

Fone: 51- 30309405

Cine Dica: Em Cartaz - 'Meu Verão com Glória'

Sinopse: A trama acompanha a pequena Cleo, de seis anos, uma menina completamente apaixonada por Gloria, sua babá, desde que perdeu sua mãe.

Os nossos primeiros anos de infância são momentos mágicos e dos quais enxergamos como tempos cada vez mais dourados. Porém, por mais precoce que seja, o amadurecimento acaba surgindo perante as dores emocionais que precisamos enfrentar logo cedo e para que assim estejamos mais preparados perante o mundo. "Meu Verão Com Glória" (2023) fala sobre o amor que nós sentimos pelos nossos entes queridos quando éramos crianças, mas que precisamos aceitar enfrentar a realidade mesmo quando eles não se encontram mais presentes.

Dirigido por Marie Amachoukeli, a história é sobre amor e amizade entre uma criança e sua cuidadora. Aos seis anos, Cleo é apaixonada por sua babá Glória, que a cria e cuida desde seu nascimento. Um dia, após uma notícia trágica, Gloria precisa retornar urgentemente ao seu país natal Cabo Verde, onde vivem sua família e seus filhos. Não demora muito para que Cleo tenha a chance de visitá-la, mas conhecendo um outro lado da vida de Glória do qual desconhecia.

O filme gira quase 90% sobre a perspectiva de Cleo, onde pelo seu olhar inocente observa cada detalhe de sua realidade e fazendo com que compreendêssemos os seus sentimentos em determinados momentos. Vale destacar as passagens em que testemunhamos as suas lembranças, sendo elas emolduradas em animação feita a mão e sintetizando o seu lado infantil com relação a como ela enxerga esse mundo ao lado de Glória. São passagens como essa que faz do filme se tornar mais rico, pois é sempre interessante o protagonismo de uma criança e da forma como ela enxerga a sua própria vida como um todo.

A relação de Cleo e Glória é a força matriz do filme. onde cada gesto e olhar simbolizam essa relação quase de mãe e filha e da qual dificilmente é desvencilhada. A separação das duas, por exemplo, serve como catalisador para que ambas revelem suas reais naturezas, seja com relação ao que ambas escondiam uma para outra, como também as suas perspectivas com relação a própria vida. Do segundo ato em diante vemos uma Cléo tentando compreender as verdadeiras raízes de Glória e criando-se assim um mosaico de informações com relação à própria.

Se por um lado Glória é uma pessoa vivida perante os obstáculos que a fizeram tornar a mulher que ela é, por outro lado, Cléo se encontra ainda na superfície e que será preciso nadar de forma mais persistente para compreender sobre a realidade adulta ainda desconhecida. Ao mesmo tempo, a sua inocência faz com que revele o seu lado mais inconsequente, mas tendo que desvencilhá-lo antes que seja tarde. Portanto, a sua cena em que ela quase comete um ato horrível, logo dá lugar a sua redenção como um todo e sabendo lidar com o fato que nem sempre podemos ter o que mais desejamos.

Tanto a pequena Louise Mauroy-Panzani como a veterana Ilça Moreno Zego estão ótimas em seus respectivos papéis, onde cada olhar que elas constroem para as suas respectivas personagens simboliza uma doçura verossímil e da qual não esqueceremos tão cedo. Portanto, a cena final entre ambas as personagens é de cortar o coração, pois o amor ali é real e simboliza o fechamento de um ciclo entre elas. Um filme que facilmente nos identificamos, já que todos nós fomos um dia inocentes e que deseja ter os nossos entes queridos com a gente desde sempre.

"Meu Verão Com Glória" é sobre a inocência perante os dilemas em que a vida nos traz e de como é difícil amadurecer. 

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segunda-feira, 3 de março de 2025

Especial: Clube de Cinema - 'Trilha Sonora para um Golpe de Estado'

 Nota: Filme exibido para os associados no dia 01/03/25

Sinopse: O Cinecineasta Johan Grimonprez examina as maquinações políticas por trás do assassinato do líder congolês Patrice Lumumba em 1961. 


Os erros do passado servem como exemplo para que os mesmos não se repitam em nosso presente. Infelizmente nas últimas décadas parece que de nada se aprendeu com relação a guerras, preconceito e o desejo das superpotências dominarem outros povos. "Trilha Sonora para um Golpe de Estado" (2024) é uma análise de como a Democracia se torna um mero sonho quando ela nasce como uma mera desculpa para um país começar a ser saqueado.

Dirigido por Johan Grimonprez, o documentário reconstitui os últimos meses antes de Patrice Lumumba, primeiro presidente eleito democraticamente do Congo, ser assassinado em 1961. Em protesto, os músicos Abbey Lincoln e Max Roach invadem o Conselho de Segurança da ONU. Ao mesmo tempo, Louis Armstrong é enviado para o país como uma cortina de fumaça dos planos norte-americanos de depor Patrice.

A Guerra Fria pode ser considerada uma espécie de 3ª Guerra Mundial silenciosa, já que muitos países sofreram com alterações ou até mesmo golpes de estado indiretos vindo das superpotências e usando a ONU como uma grande alavanca. Os países Africanos, por exemplo, foram locais severamente colonizados, mas dos quais chamaram atenção das potências como os EUA que se diziam os salvadores e que vendiam a ideia da Democracia para todos. O país do Congo foi uma espécie de laboratório do que se estenderia não somente para outros países daquele continente, como também dos demais pontos do mundo.

O cineasta Johan Grimonprez capricha em uma edição através de várias cenas de arquivos guardados há muito tempo, mas sendo o suficiente para construir um mosaico de informações que nos conduzem aos principais eventos políticos dos anos cinquenta e sessenta. Curiosamente, é notório o quanto tudo estava interligado, desde a revolução Cubana, como até mesmo os golpes de estados orquestrados contra os países Sul-americanos após Fidel Castro fazer a diferença em seu país como um todo. O documentário pode ser sobre tempos difíceis do Congo, mas não sendo muito diferente do que o próprio Brasil viveu nos tempos de Chumbo.

Porém, o ápice do longa se encontra através das figuras ilustres da música, mais precisamente no ramo do jazz e cujo os seus artistas usavam as suas obras musicais como uma espécie de discurso contra a opressão. Curiosamente, esses momentos emolduram o documentário como um todo, fazendo com que tudo se torne mais dinâmico e ao mesmo tempo sintetize o calor de tempos mais politizados e onde a música tinha um papel de grande peso. Infelizmente pessoas ilustres como Louis Armstrong somente serviram como uma espécie de cortina de fumaça para esconder os verdadeiros propósitos, seja dos poderes vindos dos EUA, como também da ONU diante do caso do Congo.

Em seu ato final, o documentário nos revela de uma forma nua e crua que a ideia da Democracia pode se tornar algo frágil quando há motivos escusos vindo de outros poderes, desde colonizar o estado para obter as suas riquezas, como também expandir essa ideia de forma camuflada e estendendo para os demais continentes. Uma vez assistindo ao documentário, logo percebemos que o papel da ONU pode se tornar, tanto primordial, como também uma grande piada de mal gosto e custando a vida de milhares de pessoas e do qual poderia ser evitado. Infelizmente a ideia da colonização e a execução de determinados líderes pelo globo se estende até os dias de hoje e nos dá a entender que nada foi aprendido em mais de meio século.

"Trilha Sonora para um Golpe de Estado" nos revela quando Democracia se torna um mero sonho enquanto houver potências colonizadoras pelo mundo. 



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Cine Curiosidade: Oscar 2025 - confira a lista completa de vencedores

Domingo histórico para o Brasil. A pausa no Carnaval rendeu ao cinema nacional o Oscar de Melhor Filme Internacional, que contou com Walter Salles no palco do evento para homenagear Eunice Paiva. Entretanto, Anora ficou com a estatueta de Melhor Filme e Mikey Madison, por esse filme, Melhor Atriz.

Apesar das duas derrotas, a obra, inspirada na vida de Eunice Paiva e Rubens Paiva, voltou para casa com o primeiro Oscar do Brasil e tornou a noite ainda mais especial. Para acompanhar tudo o que aconteceu em Los Angeles. Após conquistar o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Drama, Fernanda Torres recebeu a tão aguardada indicação ao Oscar, mas foi derrota por Mikey Madison (Anora), As duas concorreram com outros grandes nomes, como Karla Sofía Gascón (Emilia Pérez), Demi Moore (A Substância) e Cynthia Erivo (Wicked).

Já Ainda Estou Aqui, produção de Walter Salles, garantiu um lugar na disputa de Melhor Filme Internacional e fez história ao levar o Brasil pela primeira vez à categoria de Melhor Filme. A estatueta ficou com Anora, que venceu outros quatro prêmios durante a noite e bateu os concorrentes Conclave, O Brutalista, Duna: Parte 2, Nickel Boys, Wicked, Emilia Pérez, Um Completo Desconhecido e A Substância.

Vale lembrar que Walter Salles esteve no Oscar de 1999 com Central do Brasil, também indicado a Melhor Filme Internacional. Naquela edição, Fernanda Montenegro, mãe de Fernanda Torres, ficou entre as finalistas na categoria de Melhor Atriz por sua atuação. Na ocasião, Montenegro perdeu a estatueta para Gwyneth Paltrow.


Confira a lista completa de vencedores do Oscar 2025


Melhor Filme

Anora – VENCEDOR

O Brutalista

Um Completo Desconhecido

Conclave

Duna: Parte Dois

Emilia Pérez

Ainda Estou Aqui

Nickel Boys

A Substância

The Wicked


Melhor Diretor

Sean Baker (Anora) – VENCEDOR

O Brutalista (Brady Corbet)

Um Completo Desconhecido (James Mangold)

Jacques Audiard (Emilia Pérez)

Coralie Fargeat (A Substância)


Melhor Ator

Adrien Brody (O Brutalista) – VENCEDOR

Timothée Chalamet (Um Completo Desconhecido)

Colman Domingo (Sing Sing)

Ralph Fiennes (Conclave)

Sebastian Stan (O Aprendiz)


Melhor Atriz

Mikey Madison (Anora) – VENCEDORA

Cynthia Erivo (Wicked)

Karla Sofía Gascón (Emilia Perez)

Demi Moore (A Substância)

Fernanda Torres (Ainda Estou Aqui)


Melhor Ator Coadjuvante

Kieran Culkin (A Verdadeira Dor) – VENCEDOR

Yura Borisov (Anora)

Edward Norton (Um Completo Desconhecido)

Guy Pearce (O Brutalista)

Jemery Strong (O Aprendiz)


Melhor Atriz Coadjuvante

Zoe Saldaña (Emilia Pérez) – VENCEDORA

Mônica Barbaro (Um Completo Desconhecido)

Ariana Grande (Wicked)

Felicity Jones (O Brutalista)

Isabella Rossellini (Conclave)


Melhor Roteiro Original

Anora – VENCEDOR

O Brutalista

A Verdadeira Dor

September 5

A Substância


Melhor Roteiro Adaptado

Conclave – VENCEDOR

Um Completo Desconhecido

Emilia Perez

Nickel Boys

Sing Sing


Melhor Filme Internacional

Ainda Estou Aqui (Brasil) – VENCEDOR

The Girl with the Needle (Dinamarca)

Emilia Perez (França)

The Seed of The Sacred Fig (Alemanha)

Flow (Letônia)


Melhor Filme de Animação

Flow – VENCEDOR

Divertida Mente 2

Memoir of a Snail

Wallace & Gromit: Vengeance Most Fowl


Robô Selvagem

Melhor Documentário de Longa-Metragem

No Other Land – VENCEDOR

Black Box Diaries

Porcelain War

Soundtrack to a Coup D’etat

Sugarcane


Melhor Documentário de Curta-Metragem

The Only Girl in the Orchestra – VENCEDOR

Death by Numbers

I Am Ready, Warden

Incident

Instruments of a Beating Heart


Melhor Curta-metragem em Live Action

I’m Not a Robot – VENCEDOR

A Lien

Anuja

The Last Ranger

The Man Who Could not Remain Silent


Melhor Curta-metragem de Animação

In the Shadow of the Cypress – VENCEDOR

Beautiful Men

Magic Candies

Wander to Wonder

Yuck!


Melhor Trilha Sonora

O Brutalista – VENCEDOR

Conclave

Emilia Pérez

Wicked

Robô Selvagem


Melhor Som

Duna: Parte 2 – VENCEDOR

Um Completo Desconhecido

Emilia Pérez

Wicked

Robô Desconhecido


Melhor Canção Original

El Mal (Emilia Perez) – VENCEDOR

Mi Camino (Emilia Perez)

The Journey (The Six Triple Eight)

Like a Bird (Sing Sing)

Never Too Late (Elton John: Never Too Late)


Melhor Fotografia

O Brutalista – VENCEDOR

Duna: Parte Dois

Emilia Pérez

Maria

Nosferatu


Melhor Efeito Visual

Duna: Parte Dois – VENCEDOR

Planeta dos Macacos: O Reinado

Alien: Romulus

Better Man

Wicked


Melhor Figurino

Wicked – VENCEDOR

Um Completo Desconhecido

Conclave

Gladiador II

Nosferatu


Melhor Edição

Anora – VENCEDOR

O Brutalista

Conclave

Emilia Perez

Wicked


Melhor Maquiagem e Penteados

A Substância – VENCEDOR

Um Homem Diferente

Emilia Pérez

Noferatu

Wicked


Melhor Design de Produção

Wicked – VENCEDOR

O Brutalista

Conclave

Duna: Parte Dois

Nosferatu

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domingo, 2 de março de 2025

Cine Dica: "Rosa Chumbe", do diretor peruano Jonatan Relayze, na próxima sessão do Cineclube Torres, segunda dia 3 de março, às 20h.

 Sessão especial na semana do Dia Internacional da Mulher, na Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, do Cineclube Torres, junto da Up Idiomas Torres.

Completando uma imaginária trilogia feminina das últimas sessões, começada com "A Camareira", passando pelo mundo onírico da "Família Submersa", o ciclo de filmes de expressão Ibero-americana continua com mais um retrato atual e realista de uma mulher latino americana. Rosa, policial veterana com problemas de jogo e bebida, mora com a sua filha e o seu neto. Um dia, depois de uma briga, a jovem sai de casa deixando Rosa e a criança para trás.

O drama familiar é representado, com fotografia vibrante e excelente desenho de som, em estreita articulação com a caótica e fervilhante vida urbana de Lima. O filme foi finalizado para festivais em 2015 (ganhando o prêmio FIPRESCI no Montreal World Film Festival), mas foi lançado em salas só em 2017, selecionado como representante de seu país aos Oscar de 2018, não chegando a ser nomeado pela academia.

"Rosa Chumbe pode ser considerado um dos melhores filmes nacionais da última década pelo seu impecável acabamento técnico ou pelas suas excelentes atuações centrais, mas principalmente, pela forma intimista e credível como representa a nossa Lima contemporânea." (Sebastian Zavala Kahn, Me gusta el cine). A sessão, com entrada franca, integra o 10° Ciclo de filmes de expressão ibero americana, realizado na Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, pelo Cineclube Torres, associação sem fins lucrativos com 13 anos de história, em atividade desde 2011, Ponto de Cultura certificado pela Lei Cultura Viva federal e estadual, Ponto de Memória pelo IBRAM, Sala de Espetáculos e Equipamento de Animação Turística certificada pelo Ministério do Turismo (Cadastur), contando para isso com a parceria e o patrocínio da Up Idiomas Torres.

Serviço:

O que: Exibição do filme "Rosa Chumbe" de Jonatan Relayze (Peru) - 1h15m

Onde: Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, junto à escola Up Idiomas, Rua Cincinato Borges 420, Torres

Quando: Segunda-feira, 3/3, às 20:00

Ingressos: Entrada Franca, até lotação do local (aprox. 22 pessoas).


Cineclube Torres

Associação sem fins lucrativos

Ponto de Cultura – Lei Federal e Estadual Cultura Viva

Ponto de Memória – Instituto Brasileiro de Museus

Sala de Espetáculos e Equipamento de Animação Turística - Cadastur


CNPJ 15.324.175/0001-21

Registro ANCINE n. 33764

Produtor Cultural Estadual n. 4917