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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Cine Dica: Durante a Quarentena Assista: 'Viveiro'

Sinopse: Na esperança de encontrar o lugar perfeito para morar, um jovem casal acompanha um estranho corretor de imóveis até um bairro misterioso repleto de casas idênticas.  


A década de cinquenta da realidade norte americana pode ser interpretada em diversas formas. Da minha parte, eu acho que era um período em que o governo de lá tentava passar ao máximo a propaganda de sociedade perfeita e da qual jamais se desequilibraria. Porém, foi a partir do momento em que o presidente Kennedy teve a cabeça estourada em um atentado que foi então que os americanos perderam a sua inocência. 

Olhando para trás, se percebe que foi uma espécie de sistema controlador, do qual o governo fazia de tudo para passar ao mundo a propaganda sobre a terra das oportunidades e de esperanças a serem sempre conquistadas. O cinema, por sua vez, sempre usou essa realidade maniqueísta como uma espécie de metáfora para realização de determinados filmes. Pegamos, por exemplo, o clássico "Eles Vivem" (1988), onde a sociedade convivia e sendo controlada por seres alienígenas que se interagem com elas. 

Por conta disso, se percebe que a nossa realidade, mesmo ela aparentando certa normalidade, possui um material farto para se criar histórias fantásticas e das quais podem nos fazer pensar e gerar inúmeros debates. Porém, é difícil para a maioria dos cinéfilos de hoje, acostumados sempre com o cinema convencional, embarcarem em uma trama que fará os mesmos se perguntarem sobre o que está acontecendo na história. "Viveiro" vem para dividir o público, sendo que muitos irão questionar o que assistiram, mas essa é a principal intenção do projeto como um todo.  

Dirigido por Lorcan Finnegan, o filme conta a história de um casal que procuram uma casa ideal para que possam morar juntos. Porém, após conhecerem um subúrbio onde todas as casas são idênticas, eles se veem presos em um complicado labirinto infinito. Quando eles percebem que o local não é nada do que imaginavam, pode ser tarde demais. 

O prólogo já coloca os nossos pensamentos em movimento, já que testemunhamos um pássaro expulsando um outro recém-nascido para assim apossar do seu ninho. Essa abertura seria uma espécie de representação com relação da questão em obter a sobrevivência, não importando as consequências, mesmo quando as próprias revelam o pior de cada pessoa. Ao testemunharem uma situação incomum, o casal passa a testarem as suas forças físicas e mentais para sobreviverem nessa realidade que não dá nenhuma explicação a eles.  

O cenário, por sua vez, é justamente a realidade que o sistema norte americano queria vender para a sociedade norte americana da década de cinquenta, mas sendo ela sem vida, mesmo colorida, e nos passando uma sensação de realidade plástica propositalmente. Aqui, o sistema controlador não seria necessariamente vindo do governo, mas sim de outro poder já inserido algum tempo e passando a nos controlar gradualmente. Isso acaba abrindo um leque para outras diversas interpretações e cada um levantará a sua própria teoria.  

Já o casal em si nada mais é do que uma representação de um casal contemporâneo, sendo que se amam, mas que não desejam serem controlados, seja pelo sistema ou por eles próprios. Na medida em que o tempo avança, ambos enfrentam os seus lados mais obscuros, assim como os típicos obstáculos que um casal enfrentaria em uma situação de normalidade. Porém, a inserção de um terceiro personagem seria uma espécie de metáfora de um casamento desgastado com a vinda de um filho, mas aqui visto de uma forma ainda mais absurda, para não dizer assustadora.  

Tanto Jesse Eisenberg, como  Imogen Poots, vista pela primeira vez em "V de Vingança" (2006), estão ótimos em seus respectivos papéis, sendo que essa última passa para nós através do seu olhar toda a loucura que a sua personagem começa experimentar. Curiosamente, a interpretação de ambos sintetiza o mesmo estado mental que o nosso, já queremos saber o que está realmente acontecendo, mas o próprio roteiro não nos dá as informações suficientes para obtermos.  Porém, é um filme a ser degustado, revisitado, pois cada momento é algo para ser dissecado aos poucos.  

Resumidamente, eu interpreto como um filme que retrata um sistema controlador querendo nos controlar e fazer de nós como mercadoria para que, posteriormente, seja descartada. O final não dará satisfação para aqueles que buscam alguma solução para obter uma compreensão, mas sim um modo de adquirir um bom tempo de questionamentos, reflexão e de debates acalorados. "Viveiro" te convida para assistir uma trama incomum, porém, uma metáfora sobre controle e alienação que enfrentamos do nosso próprio mundo real. 

Onde Assistir: Google Play Filmes. 

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quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Cine Dica: WARNER BROS. PICTURES PARTICIPA DE FESTIVAL ‘DE VOLTA PARA O CINEMA’

 Idealizado por Érico Borgo, projeto é o maior Festival já realizado no Brasil em número de salas e entra em cartaz a partir da reabertura dos cinemas.


A Warner Bros. Pictures estará presente com nove filmes no Festival “De Volta Para o Cinema”, que celebra a reabertura do circuito exibidor no Brasil. O projeto estará nos cinemas a partir de 3 de setembro nas cidades onde as salas estiverem abertas, e os filmes entrarão em cartaz sempre na primeira semana de abertura dos cinemas em cada cidade. Os preços são fixos, sendo R$ 10,00 para salas convencionais e R$ 20,00 para salas VIP, além da meia-entrada.

Parte do projeto #JuntosPeloCinema – colocado em prática por mais de 200 profissionais do setor no Brasil – o Festival é idealizado por Érico Borgo e conta com apoio de estúdios, exibidores, produtores e um board de curadores.

Confira abaixo a lista de filmes da Warner que você pode conferir nas telonas. A programação completa está disponível no site oficial do festival.


Superman (1978)

Matrix

Invocação do Mal

O Exorcista (Versão do Diretor)

O Iluminado

Harry Potter e a Pedra Filosofal

O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel

Batman: O Cavaleiro das Trevas

Mulher-Maravilha

Festival “De Volta Para o Cinema”


Quando: A partir de 3 de setembro. Consulte a programação no site.

Valores: R$20,00 (Salas VIP), R$ 10,00 (Salas Convencionais), além de meia-entrada. Mais informações:https://www.devoltaparaocinema.com.br/

Instagram/Twitter @devoltaparaocinema


terça-feira, 18 de agosto de 2020

Cine Dica: Durante a Quarentena Assista: 'MISTER PIP'

 Sinopse: O senhor Watts é o único homem branco que vive na ilha de Bougainville. Ele decide ensinar às crianças do local a história do livro "Grandes Expectativas", de Charles Dickens. 


Em tempos em que o autoritarismo sobrevive se camuflando de democracia sempre acaba surgindo poderosos com o intuito de extorquir patrimônios naturais de outros povos. Em meio a isso, a cultura vs ignorância duelam de igual para igual e culminando na vitória do primeiro, mesmo tendo tido diversos sacrifícios em meio ao percurso. "Mister Pip" (2012) fala sobre o poder do conhecimento que pode mudar o mundo, mas para isso é preciso enfrentar inúmeros obstáculos.

Dirigido por Andrew Adamson, do primeiro filme "Sherk" (2001), o filme conta a história de uma pequena ilha da Papua Nova Guiné, onde Mr. Watts (Hugh Laurie) é o único homem branco. Este professor decide reabrir uma escola, e ensinar às crianças a história do livro Grandes Esperanças, de Charles Dickens. A adolescente Matilda (Xzannjah Matsi) fica fascinada com o romance, mas seus sonhos são interrompidos pela dura realidade local, quando inimigos chegam à ilha em busca de rebeldes, e um mal entendido leva-os a crer que o jovem Pip é um homem perigoso.

O filme pode ser dividido em dois atos distintos, onde no princípio testemunhamos a cultura vs crença, mas das quais começam a conviver em harmonia. Porém, ambição e ignorância é que se torna o principal veneno do segundo ato, que vem para invadir o cenário e fazendo daquela realidade um verdadeiro pesadelo. Em meio a isso, cabe a jovem Maltida abraçar a magia da literatura para não desistir de sua própria vida.

Logicamente, o filme nos chama atenção pela atuação sempre competente de Hugh Laurie. Conhecido mundialmente como protagonista da série  "House" (2004 a 2012) sua atuação como professor de literatura da trama se equipara a outros professores do cinema, que vai desde ao que foi visto "Ao Mestre com Carinho" (1967), como também do "Sociedade dos Poetas Mortos"(1989). Com uma personalidade complexa, seu personagem nos emociona a cada cena e sua última aparição na história é sem dúvida um dos momentos mais angustiantes de todo o longa.

Além dos filmes já citados, o longa também não se difere de outras obras como, por exemplo, "Farenheit 451" (1966), já que ambos os casos colocam o papel do livro como um símbolo de resistência perante os horrores criados pelo próprio homem. Aliás, esse horror sempre acontecerá enquanto houver a ambição pelas fontes de riqueza, mas o bem mais valioso que é o conhecimento sempre se tornará intocável enquanto houver uma pessoa em busca para abraçá-lo. Maltida encara o verdadeiro horror de frente, mas é graças ao amor pela literatura ensinado pelo professor Mr. Watts que fará toda a diferença.

Com um final esperançoso, mesmo com o horror que testemunhamos, "Mister Pip" fala sobre conhecimento e fé e dos quais ambos elementos podem sim caminhar em frente para enfrentar as adversidades que podem nos alcançar. 


Onde assistir: Completo pelo Youtube 


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segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Cine Dica: Durante a Quarentena Assista: 'A Noite Americana' (1973)

Sinopse: Um diretor tenta terminar seu filme ao mesmo tempo em que observa o drama nas vidas de seus atores. Severine, ícone em decadência, esquece as falas quando bebe, enquanto a atriz britânica Julie acaba de se recuperar de um colapso nervoso.


François Truffaut é, sem nenhuma dúvida, um dos gênios do cinema francês. Aqui ele faz uma verdadeira declaração de amor ao cinema  e retrata de uma maneira bem humorada o dia a dia de um set de filmagens que, durante o percurso de semanas de filmagens até a  finalização de um filme, pode acontecer de tudo. Atenção pelas cenas em que o diretor presta seu amor e carinho ao cinema: seu alter-ego (Ferrand), em flashbacks, relembra sua infância, quando roubava pôsteres dos filmes em cartaz, entre eles, do filme "Cidadão Kane"(1941), coisa que o próprio Truffaut confessou que fazia quando jovem. Ou então na cena quando o diretor recebe um telefonema do compositor do filme para mostrar-lhe uma música, que esta seria o tema de amor de outro filme de Truffaut. Neste momento, enquanto ouve a música ao telefone, ele abre uma encomenda, onde recebeu vários livros sobre cinema e de diretores como Hitchcock e Godard, que vão sendo exibidos com a música de amor ao fundo.


Curiosidade: O nome do filme é uma alusão à técnica criada nos Estados Unidos para filmar uma cena noturna durante o dia, usando um filtro especial nas lentes da câmera. O filme é dedicado às irmãs Lillian e Dorothy Gish.

NOTA: Amanhã nova live da minha amiga Tânia Cardoso revisitando o filme "A Noite Americana". Mais informações abaixo. 


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Cine Dica: Durante a Quarenta Assista: 'Clipe Express Yourself' (1989)

Sinopse: Em uma grande metrópole, poderosa mulher seduz operário de seu maior interesse.  


Nos tempos em que diria videoclipes nos anos oitenta “Express Yourself” foi a produção de maior sucesso do qual David Fincher havia dirigido, foi baseado no longa-metragem Metrópolis (1927) e estreou em 17 de maio de 1989 na MTV. Foi o vídeo musical de maior custo da época, com 5 milhões de dólares sendo gastos em sua produção; atualmente, é o terceiro vídeo mais caro de todos os tempos. O vídeo apresenta Madonna como uma mulher glamorosa e masoquista chefe de grande uma empresa, onde trabalham homens musculosos. No final do vídeo musical, ela escolhe um deles — interpretado por Cameron Alborzian — como seu parceiro. Análises da mídia especializada aclamaram o vídeo e concluíram que a imagem masculina de Madonna refere-se à igualdade. Entretanto, outros comparam a cena em que Madonna coloca a mão em sua virilha com o passo similar feito por Michael Jackson. Consequentemente, a gravação foi nomeada para cinco prêmios nos MTV Video Music Awards de 1989, vencendo nas categorias de Best Cinematography, Best Direction e Best Art Direction.

Embora todos apontem Madonna como a alma do clipe, por outro lado, é notório todo lado autoral que David Fincher inseri aqui e que, posteriormente, iria exercer quando ingressasse para o cinema no início dos anos noventa. Com um clima sombrio, bem típico para época, o clipe é uma bela homenagem ao clássico de Fritz Lang, do qual falava sobre o conflito entre as classes dominantes e operárias. Se nota que em alguns momentos o cineasta construiu os cenários similares ao clássico do expressionismo alemão e cuja a semelhança é o grande chamariz da obra.  

Com "Express Yourself", David Fincher teria passe livre para obter a sua primeira chance na direção de um longa metragem para o cinema com o filme “Alien 3” (1992), mas ganharia status de respeito a partir do seu grande filme “Seven” (1996).   


Curiosidade: Confira abaixo as comparações entre o clássico "Metropolis" e o clipe "Express Yourself" dirigido pelo cineasta.




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sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Cine Dica: Durante a Quarentena Assista: 'Shirley'

Sinopse: Dois jovens decidem abrigar em sua casa um casal de jovens estudantes por um período. Shirley encontra nessa rotina peculiar a inspiração que precisava para sua mais nova obra. 

As vezes gostaríamos de explorar a personalidade de um determinado escritor e para assim conhecer as suas motivações que o levaram a realizar determinadas obras primas da literatura. O filme "Mary Shelly" (2017), por exemplo, serviu para descobrirmos as raízes que serviram de ideias para a escritora realizar sua obra prima "Frankenstein". "Shirley" segue um caminho inverso, mas muito eficaz sobre a vida de outra grande escritora.
Dirigido por Josephine Decker, o filme conta a história de Shirley Jackson (Elisabeth Moss), uma escritora de contos de suspense casada com Stanley Hyman (Michael Stuhlbarg), um renomado professor da Bennington College. Os dois decidem abrigar em sua casa um casal de jovens estudantes por um período. Shirley encontra nessa rotina peculiar a inspiração que precisava para sua mais nova obra.
Escritora do livro clássico "A Assombração da Casa da Colina", que por sua vez ganhou uma adaptação recente em forma de série pela Netflix, Shirley Jackson com certeza possuía uma vida e personalidade complexa, sendo que qualquer filme que adaptasse sua vida teria um resultado meramente parcial. Portanto, ao retratar somente um ponto específico de sua história, a diretora Josephine Decker obtém certo êxito em conseguir nos passar um pouco sobre como era a personalidade dessa pessoa, mas muito disso se deve ao estupendo trabalho de atuação de Elisabeth Moss.
Elogiada pela crítica, e vencedora de vários prêmios, Moss tem nos brindado com atuações poderosas, desde a série "The Handmaid's Tale", como também o recente sucesso do cinema "O Homem Invisível". Em "Shirley", atriz consegue extrair de sua personagem uma mulher que transita entre a genialidade e a loucura, mas sabendo dançar conforme a música para não se perder na estrada. A trama se passa em 1960, época em que as mulheres ainda passavam por diversos abusos vindo dos homens e o filme explicita muito bem isso, mesmo não havendo abusos físicos. mas sim psicológicos.
Aliás, isso é muito bem representado pelo marido de Shirley, o professor Stanley e interpretado pelo ótimo ator Michael Stuhlbarg, visto recentemente pelo filme "Me Chame Pelo seu Nome" (2018). Aqui, o jogo de Stanley é persuadir Shirley a se manter em casa e formando assim um mito para a sociedade sobre a real saúde mental dela. Embora não seja explicado no princípio os motivos que a levam a não querer sair de casa, aos poucos, logo isso vai ficando esclarecido em peças chaves que vão nos sendo apresentadas aos poucos.
Porém, o jovem casal de hóspedes, Fred (Logan Lerman) e Rose (dessa Young), se tornam uma espécie de protótipos para que a escritora busque inspiração para o seu próximo livro. Shirley e Rose, por exemplo, compartilham de uma dor similar, onde ambas percebem a vida dura de uma mulher perante uma sociedade machista e da qual faz da vida delas um verdadeiro inferno a cada dia que passa. Porém, tudo se encaminha para um jogo de gato e rato, onde um manipula o outro e cabe cada um deles saber onde deverá parar para não cair no precipício literalmente falando.
Com uma belíssima fotografia e edição de arte caprichada, "Shirley" não é somente sobre a vida de uma escritora, como também a voz de várias mulheres do passado e presente e que se sentem enclausuradas como um todo.  

Onde Assistir: Em Breve.   

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quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Cine Especial: 'Redescobrindo No Coração do Mar'


Se há um ponto positivo com relação a Netflix é no fato da plataforma guardar para si algumas pérolas esquecidas, mas que acabam sendo redescobertas pelo público em geral hoje em dia. Bom exemplo disso é o filme "Contágio" (2011), de Steven Soderbergh, do qual teve apenas um relativo sucesso na época do seu lançamento, mas sendo redescoberto pelo público graças pelas suas semelhanças com esses tempos em que vivemos com o coronavírus. Em uma época em que muitas pessoas se mantém em casa isso acaba gerando a procura de filmes para serem degustados e "No "Coração do Mar" (2015) acabou sendo alguns desses escolhidos.  

Dirigido por Ron Howard, do filme "Rush - No Limite da Emoção" (2013), acompanhamos a jornada do baleeiro Essex, cuja missão da tripulação é caçar baleias e retirar delas o óleo que dá luz as cidades daquele tempo. A tripulação é comandada pelo capitão George Pollard  (Herman Melville), mas liderada pelo primeiro almirante Owen Chase (Chris Hemsworth) e se criando assim uma rixa entre ambos ao longo da viagens. As desavenças entre eles começam a se desfazer, no momento que precisam unir suas forças, para que a viagem tenha sucesso, mas ao mesmo tempo quando precisam sobreviver perante aos ataques de uma imensa baleia branca. 

O filme é baseado no livro de  Nathaniel Philbrick que, por sua vez, é baseado em fatos verídicos e que serviu de inspiração para a criação do clássico da literatura "Moby Dick" de  Herman Melville. Embora eu jamais tenha até hoje lido a obra, o nome Moby Dick é algo que me soava sempre familiar, já que meus pais haviam assistido antigamente a versão cinematográfica de 1956 estrelada por Gregory Peck e sempre me contavam como o filme havia marcado eles. Portanto, eu tinha grandes expectativas para assistir na época "No Coração do Mar" e do qual não havia me decepcionado.  

Infelizmente isto é cinema e as vezes alguns filmes acabam não ganhando o reconhecimento que merecia na época de sua estreia. Felizmente o tempo faz justiça para todos e "No Coração do Mar" agora é visto e revisto pela Netflix e ganhando fãs que na época não havia adquirido. Para conferir a minha crítica da época cliquem aqui. Por fim, "No Coração do Mar" é um belo filme de aventura, onde a humanidade abraça as suas limitações, mas ao mesmo tempo se fortalece perante os seus erros e obstáculos que surgem nesse imenso mundo de mistérios. 



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