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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

Cine Especial: 'David Lynch - O Mestre do Surreal'

É engraçado a maneira como conheço determinados cineastas e que, por vezes, foi de forma tardia, mas muito bem-vinda. Conheci David Lynch mais precisamente nos tempos em que eu comprava a revista de cinema Set, onde a edição tinha o saudoso ET na capa. Na edição, havia uma retrospectiva sobre a carreira do realizador, sobre a forma como ele conduzia as suas obras e uma crítica sobre o seu último filme daquela época que viria a ser um dos meus favoritos, "Cidade dos Sonhos" (2001). 

“Os filmes não precisam ter sentido, pois a própria vida não tem" 

David Lynch 


Essa frase era uma de muitas em que o realizador usava como justificativa para explicar os seus longas, sendo na maioria das vezes são tramas em que há uma transição para o verossímil para situações surrealistas e que nos fazem criar um nó em nossas cabeças. Em sua juventude ele sempre pulava de uma Universidade para outra, pois quase nenhuma lhe agradava na questão do ensino das artes plásticas. Porém, foi na universidade da Belas-Artes da Pensilvânia em que ele finalmente se formou e das artes teve o seu primeiro contato na realização de curtas metragens.

"Six Men Getting Sick" (1966), "The Alphabet" (1968), "The Grandmother" (1970) e "The Amputee"(1974) foram curtas que já colocavam o cinéfilo fora de sua zona de conforto e faziam com que os mesmos ficassem pensando sobre o que realmente haviam testemunhado. Essa estranheza fez com que os seus futuros projetos demorassem para ganhar sinal verde para serem realizadores, ao ponto que o seu primeiro longa "Eraserhead" (1977) levasse anos para ser concluído. Porém, o filme ganhou status de cult rapidamente, pois a obra acabou sendo revisitada diversas vezes em sessões da meia noite, além de ganhar grande prestígio nas cinematecas e posteriormente sendo preservado pela National Film Registry na Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos como "cultural, histórico ou esteticamente significativo".

Em 1980, David Lynch realizou o seu primeiro longa em que obteve sucesso de público e de crítica de forma imediata que foi "O Homem Elefante", longa que reconstitui a história real de John Merrick (John Hurt) que nasceu desfigurado e parecia estar condenado a uma triste existência como atração de um show de aberrações. Com oito indicações ao Oscar, incluindo Melhor Diretor e Melhor Filme, o realizador acabou sendo convidado a dirigir os mais diferentes tipos de ideias que poderia imaginar, mas ao mesmo tempo conhecendo o inferno quando os produtores não estavam de acordo com a sua visão autoral e interferiam em suas obras. A sua versão sobre "Duna" (1984), por exemplo, se tornou um fracasso para época mesmo tendo sido cultuada no decorrer dos anos, mas sendo o suficiente para que Lynch fugisse cada vez mais dos produtores que quase sempre metiam o dedo nos seus projetos.

Isso não o abalou, pois já em 1986 ele lançaria "Veludo Azul", longa que conta a enigmática história do jovem Jeffrey Beaumont (Kyle MacLachlan) que certo dia encontra na grama uma orelha decepada. Essa descoberta lhe faz adentrar em uma trama surpreendente, em que envolve máfia, drogas sexo e momentos absurdos. O filme marcou um dos primeiros grandes sucessos da carreira das atrizes Isabella Rossellini e principalmente de Laura Dern. 



“Eu não estava desiludido com o cinema, eu estava sem paciência para os processos e a estrutura que tinha se criado em torno do cinema” 

David Lynch


Novamente indicado a diversos prêmios, Lynch novamente foi convidado por outros grandes estúdios, mas sempre procurava se distanciar dos mesmos, pois não queria conviver novamente com uma experiência desagradável que teve como "Duna". Por conta disso, ele sempre procurou novos meios de expandir o seu trabalho, mesmo não sendo no formato do cinema como um todo. Só isso para explicar o seu envolvimento com a série "Twin Peaks" (1990), programa criado pelo canal ABC em que o realizador foi o diretor e roteirista de boa parte da primeira temporada.

Até aquela época existia uma grande diferença em se fazer cinema e TV, sendo que neste último caso servia mais como refúgio de realizadores que não obtinham mais prestígio na tela grande. Porém, a história sobre Laura Palmer (Sheryl Lee) que é assassinada e cujo caso é investigado pelo agente do FBI Cooper (Kyle MacLachlan), se tornou um verdadeiro fenômeno de audiência, além de revolucionar a linguagem televisiva e se tornando ainda mais próxima do que se faz no cinema. Pode-se dizer que o programa foi algo à frente do seu tempo e servindo até mesmo de influência para outras séries como "Arquivo X" e "LOST".

Embora com todo o sucesso, Lynch também sofreu nas mãos dos produtores da época, fazendo com que a série fosse mais além da premissa principal da trama e fazendo com que o realizador somente retornasse no episódio final da segunda temporada. Após isso, o realizador conquistaria novamente outro grande sucesso através de "Coração Selvagem" (1990), um roadie movie estrelado por Nicolas Cage e Laura Dern e que presta uma bela homenagem a outros clássicos como "O Mágico de Oz" (1939). O resultado foi a Palma de Ouro em Cannes dada merecidamente para o realizador.

Porém, não satisfeito com a conclusão da segunda temporada de "Twin Peaks", o realizador decidiu na criação de um longa-metragem em 1992 e que ficasse nos últimos dias de Laura Palmer. O filme explorou o grande talento da atriz Sheryl Lee, além do fato do diretor ter tido o direito de fazer tudo o que ele queria e que não havia sido feito para a série. O resultado foi um filme em que adentrava ainda mais o surrealismo do cineasta e cujos sonhos e pesadelos seriam o seu cartão de visita.

Vale mencionar os cenários que o realizador construía para os seus filmes, sendo que uma de suas principais características era as cortinas, sejam elas vermelhas ou azuis, que moldavam o local como um todo. Ao meu ver os cenários serviam como um simbolismo em que se escondia os verdadeiros fatos da trama principal. Portanto, a homenagem que o realizador fez ao "Mágico de Oz" em "Coração Selvagem" não é mera coincidência, pois na fantasia sempre há um fundo de verdade.  


"Ideias são como peixes. Se quiser pescar peixes pequenos, pode ficar na água rasa. Mas se quiser pescar peixe grande, precisará ir mais fundo. No fundo, os peixes são mais poderosos e mais puros. São enormes e abstratos. E eles são muito bonitos". 

David Lynch 

Embora seja apreciado por muitos daqueles que vivem da Hollywood, David Lynch nunca escondeu o seu desapontamento com relação a cidade, sendo rotulada como a terra das oportunidades para aqueles que buscam pelo sucesso, mas que por vezes se tornam somente meros sonhos. Diante desse pensamento ele criou uma espécie de trilogia não oficial sobre o lado mais sombrio desta cidade, sendo que o primeiro longa "Estrada Perdida" (1997) é uma jornada complexa sobre Fred Madison (Bill Pullman), um saxofonista que é casado com Renee (Patricia Arquette) e da qual ele suspeita que ela esteja sendo infiel a ele. Ao mesmo tempo, eles recebem uma fita VHS com imagens do lado de fora da sua casa.

Esse é o ponto pé inicial de uma trama que foge completamente das regras de um cinema convencional, onde os personagens fogem para se esconderem através de outras identidades e sendo uma verdadeira crítica ácida à própria Hollywood. Curiosamente, o realizador fez uma pausa do seu surrealismo para algo mais verossímil que foi "História Real" (1999), onde vemos um aposentado (Richard Farnsworth) que atravessa os EUA com um pequeno trator para reencontrar o seu irmão (Harry Dean Stanton) que está doente. Embora com uma trama simples, David Lynch nos passa ideia através desse longa que as situações cotidianas da vida podem sim serem mais estranhas do que a sua própria visão na criação de suas obras.  


“Toda coisa no mundo feita por alguém começou com uma ideia. Então apanhar uma poderosa o suficiente para te apaixonar, é uma das experiências mais belas. É como ser atingido por eletricidade e conhecimento ao mesmo tempo.” 

David Lynch 

Voltando a sua trilogia particular sobre Hollywood, Lynch realizou em 2001 o que talvez seja a sua maior obra prima e um dos meus filmes favoritos. "Cidade dos Sonhos" marcou o primeiro grande sucesso da atriz Naomi Watts, cuja a sua personagem busca pelo seu sucesso na cidade do cinema, mas se vê em um mistério a partir do momento que ajuda Rita ( Laura Harring) que se encontra sem memória. Se o filme possui certa compreensão em seu primeiro ato, logo ele dá um verdadeiro giro de 360º graus e fazendo com que tudo o que a gente estava assistindo seja questionado e analisado.

Inicialmente pensado para ser uma série de tv, o projeto foi recusado pelo canal por ser confuso demais para os engravatados e fazendo com que Lynch fizesse alterações para que fosse levado ao cinema como um longa-metragem. O filme foi um dos primeiros longas da história a ser diversas vezes citado em redes sociais no início do século, onde os fãs levantaram diversas teorias sobre a trama e sendo uma mais criativa do que a outra. Prêmio de direção no Festival de Cannes de 2001, além de uma indicação ao Oscar de Melhor Direção, "Cidade dos Sonhos" é o único filme do século XXI presente na atual lista dos melhores filmes de todos os tempos, da tradicional revista Sight & Sound, ocupando a 8ª posição e considerado o melhor filme do século também segundo a lista dos 100 melhores, da BBC.

Fechando a sua trilogia temos então "Império dos Sonhos" (2006), filme estrelado por novamente por Laura Dern, onde ela interpreta uma atriz que recebe a proposta de atuar em um novo projeto, mas cuja a sua identidade se perde no decorrer do caminho. Isso o que eu falei é somente uma implicação desse filme complexo, já que inicialmente David Lynch queria somente realizar um experimento com câmeras digitais, sendo uma novidade para época e cuja cenas rodadas poderiam se interligar, ou não, com as demais que ele ia rodando ao longo do projeto. Reavaliando agora, percebo que o longa não somente encerra a sua jornada com relação a essa trilogia, como também pode ser rotulado como espécie de carta de Adeus para o próprio cinema. 

"Nem sempre sou bom com as palavras. Algumas pessoas são poetas e têm uma linda forma de se expressar com palavras. Mas o cinema é sua própria linguagem. E, com ele, você pode dizer tantas coisas, porque você tem tempo e sequências. Tem diálogo. Tem música. Tem efeitos sonoros. Tem tantas ferramentas. E então você pode expressar um sentimento e um pensamento que não poderiam ser transmitidos de nenhuma outra forma. É um meio mágico". 

David Lynch 


Após "Império dos Sonhos" o realizador se dedicou à meditação e pintura no decorrer dos anos, sendo que em 2007 ele somente dirigiu um curta de apenas três minutos para longa "Cada um com seu Cinema" (2007). Porém, o realizador voltaria para direção de um grande projeto, mas novamente para tv e surpreendendo os seus fãs ao retornar para o universo de Twin Peaks. Tendo total controle criativo no decorrer de dezoito episódios, o realizador cria uma belíssima experiência sensorial fazendo com que o programa se tornasse puramente cinema da sua maneira.

Nos seus últimos anos de vida, o diretor foi visto atuando em longas como "Os Fabelmans" (2022), de Steven Spielberg, onde interpretou ninguém mesmo que o próprio John Ford. Diagnosticado anos atrás com enfisema pulmonar, David Lynch sabia que isso poderia provocar a sua morte, porém, ele jamais largou o seu vício pelo cigarro, pois sempre estava consigo durante os seus pensamentos para a realização dos seus projetos. Por fim, o realizador repousaria para o seu sono eterno no último dia 16 de janeiro e deixando um legado único para os fãs do cinema como um todo.

Para mim foi com uma enorme tristeza quando recebi a notícia, pois ele ser o criador de um dos meus filmes preferidos, que é "Cidade dos Sonhos", é como se eu tivesse perdido aquele parente próximo, do qual é rotulado o menos sociável da família, mas que eu sempre o via com outros olhos. Claro que há e haverá outros diretores que tentarão sair da zona de conforto para ter a chance de criar algo no mínimo diferente, mas que dificilmente obterão o mesmo patamar que o cineasta havia obtido. Ele foi um estranho no ninho em uma Hollywood viciada na realização do óbvio, mas que será lembrado como um dos poucos que elaboraram algo reflexivo em um sistema cinematográfico movido apenas pelo dinheiro.

Descanse em paz senhor David Lynch e que continue servindo de inspiração para aqueles que apreciam a verdadeira arte de se fazer cinema para os próximos anos que virão.  

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Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (24/01/25)

 CONCLAVE 

Sinopse: Um m dos eventos mais secretos e antigos do mundo: a escolha de um novo Papa. Após a morte inesperada do atual pontífice, o Cardeal Lawrence (Ralph Fiennes) é encarregado de conduzir esse processo confidencial. Os líderes mais poderosos da Igreja Católica de todo o mundo se reúnem nos corredores do Vaticano para participar da seleção, cada um com suas próprias ambições.


ANORA

Sinopse: Anora, uma profissional do sexo do Brooklyn, conhece e se casa com o filho de um oligarca. Assim que a notícia chega à Rússia, seu conto de fadas é ameaçado quando os pais de seu marido partem para Nova York para anular o casamento.



Paddington - Uma Aventura na Floresta

Sinopse: O urso icônico retorna ao Peru com a família Brown para uma emocionante jornada pela Amazônia, enfrentando desafios e celebrando amizade e coragem Classificação indicativa 10 Anos. Contém violência.

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quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

Cine Dica: Fim de Semana Clube de Cinema: Festim Diabólico (sábado) e Como Ganhar Milhões Antes que a Avó Morra (domingo)

Neste final de semana, o Clube de Cinema de Porto Alegre preparou uma programação imperdível!

No sábado, vamos nos deleitar com um clássico do cinema de suspense, Alfred Hitchcock a cores no engenhoso "Festim Diabólico". Já no domingo, embarcamos para a Tailândia com "Como Ganhar Milhões Antes que a Avó Morra", uma comédia dramática sensível e aclamada internacionalmente.

Confira os detalhes e programe-se:


🎥 SESSÃO DE SÁBADO

Filme: Festim Diabólico (Rope)

Direção: Alfred Hitchcock

EUA, 1948, 83 min, 14 anos

Sinopse: Brandon e Philip assassinam um colega da escola preparatória apenas para sentir a adrenalina do crime perfeito. Em um jogo perigoso, eles convidam amigos e familiares para uma reunião no apartamento onde escondem o corpo, desafiando-os sem que saibam.


📍 Onde? Cinemateca Capitólio (Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Centro Histórico)

🗓️ Quando? Sábado, 25/01/2025, às 10h15


🎥 SESSÃO DE DOMINGO

Filme: Como Ganhar Milhões Antes que a Avó Morra (Lahn Mah)

Direção: Pat Boonnitipat

Tailândia, 2024, 125 min, 12 anos

Sinopse: Um jovem tenta se aproximar da avó idosa, motivado pela herança que ela pode deixar. À medida que convivem, o vínculo entre eles transforma suas vidas de maneira inesperada. Este longa é o representante da Tailândia no Oscar e está pré-selecionado ao prêmio de filme internacional.

📍 Onde? Sala Paulo Amorim, Cinemateca Paulo Amorim – Casa de Cultura Mario Quintana (Rua dos Andradas, 736 - Centro Histórico)

🗓️ Quando? Domingo, 26/01/2025, às 10h15

Confira a minha crítica sobre o filme já publicada clicando aqui. 


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Cine Dica: CINEMATECA PAULO AMORIM - PROGRAMAÇÃO DE 23 A 29 DE JANEIRO DE 2025

 SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES

A última cinesemana de janeiro destaca a estreia do longa SEBASTIAN, do jovem diretor finlandês Mikko Mäkelä. Seguimos com dois representantes do cinema iraniano que são sucesso de público: A SEMENTE DO FRUTO SAGRADO, indicado pela Alemanha ao Oscar de filme internacional, e MEU BOLO FAVORITO, premiado no Festival de Berlim.

A semana traz várias sessões especiais, incluindo uma exibição de CORAÇÃO SELVAGEM, em homenagem ao grande cineasta David Lynch que nos deixou no último dia 15. A Cinemateca também se integra à programação do Janeiro Lilás, em comemoração ao Mês da Visibilidade Trans, com a sessão comentada de ORLANDO – MINHA BIOGRAFIA POLÍTICA e CONCHA DE ÁGUA DOCE.

Para quem ainda não viu, estes são os últimos dias de exibição do indiano TUDO QUE IMAGINAMOS COMO LUZ e do tailandês COMO GANHAR MILHÕES ANTES QUE A AVÓ MORRA.

Confira nossa programação completa e o Portal do Cinema Gaúcho em www.cinematecapauloamorim.com.br


SALA PAULO AMORIM


14h30 – TUDO QUE IMAGINAMOS COMO LUZ (NOS DIAS 23, 25 E 28) 

(All we imagine as light - Índia/França/Holanda/Luxemburgo, 2024, 120min). Direção de Payal Kapadia, com Kani Kusruti, Divya Prabha, Chhaya Kadam. Filmes da Mostra, 14 anos. Drama.

Sinopse: Na caótica Mumbai, a rotina de três mulheres que trabalham em um hospital é atravessada por sentimentos e situações que dão conta das tradições de um país. Prahna não tem notícias do marido, que foi tentar a sorte em outro país. Anu vive um romance com um rapaz que os pais não aprovam. Parvaty perdeu o marido e também está prestes a perder sua casa. O alento para o caos pode estar em uma viagem para o interior, onde há paz de espírito. O filme foi o vencedor do grande prêmio do júri no Festival de Cannes e já aparece em várias listas de melhores produções do ano.


14h30 – COMO GANHAR MILHÕES ANTES QUE A AVÓ MORRA (NOS DIAS 24, 26 E 29) Assista o trailer aqui.

(Lahn Mah - Tailândia, 2024, 125min). Direção de Pat Boonnitipat, com Putthipong Assaratanakul, Usha Seamkhum, Sanya Kunakorn. Paris Filmes, 12 anos. Drama.

Sinopse: Amah é uma senhora idosa que, de acordo com as tradições de seu país, sonha em ter uma sepultura própria quando morrer. Isso atrai o interesse de seu neto, que resolve cuidar da avó por conta da herança que ela pode deixar depois que partir. À medida em que o jovem se aproxima da idosa, as vivências e sentimentos entre ambos vão se modificando, com base no amor e respeito. O longa é o representante da Tailândia no Oscar e está entre os 15 títulos pré-selecionados ao prêmio de filme internacional.


17h – MEU BOLO FAVORITO Assista o trailer aqui.

(Keyke mahboobe man – Irã/França/ Suécia/Alemanha, 2024, 97min). Direção de Maryam Moghadam e Behtash Sanaeeha, com Lily Farhadpour e Esmail Mehrabi. Imovision, 14 anos. Drama.

Sinopse: Mahin tem 70 anos, é viúva e vive sozinha em Teerã. Apesar da rotina solitária, ela mantém a vitalidade e o interesse pelas coisas do cotidiano – o que inclui afrontar a Polícia da Moral que controla os costumes no país. Disposta a revitalizar sua vida amorosa, a viúva convida o taxista Faramarz para um encontro. O filme foi o vencedor do prêmio Fipresci (da crítica) e do Juri Ecumênico no Festival de Berlim 2024, mas seus diretores foram proibidos de deixar o Irã para acompanhar a premiação.


19h – ENCONTRO COM O DITADOR (NOS DIAS 24 E 26) Assista o trailer aqui.

(Rendez-vous avec Pol Pot - Camboja/França/Turquia, 2024, 110min). Direção de Rithy Panh, com Irène Jacob, Grégoire Colin, Cyril Guei. Pandora Filmes, 14 anos. Drama histórico.

Sinopse: O ano é 1978 e o Camboja, que foi renomeado como Kampuchea Democrático, está sob o domínio de Pol Pot e do seu Khmer Vermelho há três anos. O país está economicamente devastado e quase 2 milhões de cambojanos morreram durante um genocídio ainda não conhecido. Neste contexto, três franceses aceitam o convite do regime para visitar o país, todos com diferentes expectativas: um repórter que conhece o país, um fotojornalista e um intelectual que apoia os revolucionários. Este é mais um filme do diretor em que resgata a história do seu país e traz suas memórias de sobrevivente – ele conseguiu fugir para a Tailândia em 1979, com apenas 15 anos.


19h – BABY (NOS DIAS 25 E 28) Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2024, 106min). Direção de Marcelo Caetano, com João Pedro Mariano e Ricardo Teodoro. Vitrine Filmes, 16 anos. Drama.

Sinopse: Após ser liberado de um centro de detenção juvenil, Wellington se vê sozinho nas ruas de São Paulo, sem nenhum contato com os pais ou recursos para reconstruir a vida. Ele encontra Ronaldo, um homem maduro que lhe ensina novas formas de sobrevivência. Prêmios de melhor filme e ator no Festival do Rio.


SESSÃO CINE LITERATURA

Seguida de debate com os pesquisadores Caio Amon e Morgan Lemes.


DIA 23 ÀS 19h

ORLANDO, MINHA BIOGRAFIA POLÍTICA

(França, 2023, 100min). Documentário de Paul B. Preciado, dentro da programação do Mês da Visibilidade Trans.

Sinopse: Em 1928, Virginia Woolf escreveu “Orlando”, o primeiro romance em que o personagem principal muda de sexo no meio da história. Um século depois, o escritor, filósofo e ativista trans Paul B. Preciado envia uma carta cinematográfica à autora contando que seu Orlando saiu da ficção.


SESSÃO ALMANAQUE 21

Com apresentação de Rodrigo de Oliveira, editor da Almanaque 21.


DIA 29 ÀS 19h – INGRESSOS À R$ 8.

CORAÇÃO SELVAGEM

(Wild at Heart - EUA, 1990, 120min). Direção de David Lynch.

Sinopse: Sailor Ripley (Nicolas Cage) e Lula Pace Fortune (Laura Dern) são um jovem casal apaixonado que foge de mãe dominadora da garota e dos bandidos que ela contrata para matar Sailor. Com este filme, o diretor David Lynch, que morreu no dia 15 de janeiro, ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes.


SALA EDUARDO HIRTZ


14h45 – LUIZ MELODIA - NO CORAÇÃO DO BRASIL Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2024, 75min). Documentário de Alessandra Dorgan. Embaúba Filmes, 12 anos.

Sinopse: Carioca do Morro do Estácio, Luiz Melodia (1951 - 2017) é um dos principais representantes da música brasileira dos anos 1970 e 1980, lembrado pela sua originalidade e mistura de ritmos. O filme, com narrativa em primeira pessoa, traz imagens raras e vídeos de arquivo que contam a história de canções como “Estácio Holly, Estácio”, “Pérola Negra” e “Juventude Transviada”, além das parcerias com Gal Costa, Elza Soares, Jards Macalé e outros artistas. Vencedor do prêmio de melhor filme no Festival In-Edit de 2024.


16h15 – A SEMENTE DO FRUTO SAGRADO Assista o trailer aqui.

(The Secret of the Sacred Fig - Alemanha/França/Irã, 2024, 165min). Direção de Mohammad Rasoulof, com Mahsa Rostami, Setareh Maleki, Niousha Akhshi. Mares Filmes, 16 anos. Drama.

Sinopse: Casado e pai de duas filhas, Iman acaba de ser promovido a juiz de instrução no Tribunal Revolucionário de Teerã. Isso representa uma vida mais confortável para a família, mas também obriga Iman a ignorar alguns valores éticos e morais. Ao mesmo tempo em que tenta se manter fiel ao regime, o protagonista vê as relações familiares se deteriorarem. O filme tem como pano de fundo os episódios recentes de protestos pela jovem que foi morta por usar o véu de maneira incorreta, que aparecem em imagens de arquivo. Proibido no Irã, o filme foi indicado pela Alemanha na corrida ao Oscar de filme internacional e já ganhou vários prêmios, incluindo o prêmio Especial do Júri e o da crítica no Festival de Cannes.


19h15 – SEBASTIAN – ESTREIA – (NÃO TEM SESSÃO DIA 28) Assista o trailer aqui.

(Reino Unido/Finlândia/Bélgica, 2024, 110min). Direção de Mikko Mäkelä, com Ruaridh Mollica, Hiftu Quasem, Jonathan Hyde. Imovision, 18 anos. Drama.

Sinopse: Max é um escritor freelancer de 25 anos que vive em Londres. Durante a noite, ele se apresenta como Sebastian, um profissional do sexo. Sebastian é, na verdade, um personagem que Max criou para inspirar seu romance de estreia. Conforme Max luta para equilibrar essa vida dupla, ele recebe o reconhecimento pelos seus textos e começa a questionar se Sebastian é apenas uma ferramenta criativa ou se há algo mais em jogo.


SESSÃO CINE DEBATE

Seguida de debate com os diretores e com a artista Viridiana.


DIA 28 ÀS 19h30 – ENTRADA FRANCA

CONCHA DE ÁGUA DOCE

(2022, 11 min). Curta-metragem de Lau Azevedo e João Pires, dentro da programação do Mês da Visibilidade Trans.

Sinopse: Após anos vivendo na capital, Ariel retorna à sua cidade natal no litoral com uma nova identidade de gênero, tendo que lidar com todos os sentimentos que ficaram internalizados durante essa ausência ao mesmo tempo em que reencontra Ana, sua irmã mais nova. Vencedor do Kikito de melhor curta-metragem do Festival de Gramado.


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 16,00 (R$ 8,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 20,00 (R$ 10,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTE BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES MEDIANTE PAGAMENTO COM O CARTÃO DO BANCO.


Estudantes devem apresentar Carteira de Identidade Estudantil.

Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos. Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


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Cine Curiosidade: “Ainda Estou Aqui” indicado a 3 Oscars

Nomeação a Melhor Filme é inédita para o Brasil. “É um dia muito importante na vida de todos nós que amamos o Brasil, que amamos a cultura, que amamos a justiça”, declara Fernanda Torres. Em sua 12ª semana, longa segue em cartaz em 500 salas e já foi visto por mais de 3,6 milhões de espectadores.

O Brasil está de volta ao Oscar! “Ainda Estou Aqui” foi indicado nesta quinta-feira, 23, pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas em três categorias: Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz, para Fernanda Torres. Esta é a primeira vez que o cinema brasileiro tem um representante na disputa pela estatueta de Melhor Filme, maior honraria da premiação. As indicações a Melhor Atriz e Melhor Filme Internacional encerram um período de 26 anos em que produções brasileiras não competiram nessas categorias. A última vez que o país teve um representante entre os indicados foi em 1999, com Fernanda Montenegro e “Central do Brasil”, também dirigido por Walter Salles.

O cineasta comentou as nomeações recebidas por “Ainda Estou Aqui”: “muita alegria e emoção pela indicação tão merecida da Nanda, 26 anos depois de dona Fernanda, e do ‘Central do Brasil’.  Esse é um momento de celebração não só para todos nós que fizemos ‘Ainda Estou Aqui’, mas para toda a cultura brasileira. É o reconhecimento da literatura brasileira do livro seminal de Marcelo, da música brasileira genial de Caetano, Gal, Erasmo e Tom Zé, do cinema brasileiro que forma atores e artistas tão incríveis quanto os que eu tive a honra de colaborar com em ‘Ainda Estou Aqui’. Acima de tudo, é o reconhecimento da importância de Eunice Paiva como protagonista da história do país, algo que o público brasileiro soube abraçar antes de qualquer outro. Uma parte importante dessas indicações se deve à cada uma das 3,6 milhões de pessoas que foram ao cinema para se reencontrar com um pedaço submerso da história do Brasil. Esse retorno do público gerou artigos em muitos jornais fora do Brasil, o que acabou construindo uma maior atenção para o filme. Finalmente, queria dizer que não teríamos tido essas indicações sem o apoio e a generosidade de cineastas e atrizes que abraçaram ‘Ainda Estou Aqui’, como Alfonso Cuarón, Sean Penn, Valeria Golino, Olivier Assayas, Alice Braga, Alexander Payne, Wim Wenders e muitos outros. Não fizemos propriamente uma “campanha”, e sim uma série de projeções e debates em muitos países em torno do filme. A trajetória do filme pelo mundo foi construída por uma família muito pequena de pessoas, sem festas ou jantares, falando sobre o que importa: cinema.”

Walter Salles totaliza agora sete indicações ao Oscar ao longo de sua carreira. Além de “Ainda Estou Aqui” e “Central do Brasil”, também foi reconhecido pela Academia por “Diários de Motocicleta” nas categorias de Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Canção Original, que rendeu a estatueta a Jorge Drexler.

“É mais do que merecida não só indicação para Filme Internacional como a indicação para Melhor Filme, geral. Um filme falado em português! Isso é uma coisa muito grande, muito importante para nossa cultura, para o nosso cinema. É um filme que, no Brasil, levou milhões de espectadores ao cinema, gente de todos os credos de todas as posições políticas, todos concordando em torno de um fato que é o que aconteceu com a família Paiva, que é inadmissível uma violência de estado como aquela, é algo que a gente não pode aceitar”, declarou Fernanda Torres.

A atriz complementa que “é um dia muito importante na vida de todos nós que amamos o Brasil, que amamos a cultura, que amamos a justiça. Eunice Paiva merece. Enquanto eu estiver lá, com o Walter, no Oscar, eu quero que o Brasil comemore muito no carnaval. Nada como uma tragédia grega como essa terminar numa celebração dionisíaca como a do Carnaval do Brasil inteiro.”

Nas redes sociais, Selton Mello também comemorou as indicações: “Fizemos um filme. Ele nasceu vitorioso por motivos variados: por lembrar o que não pode ser esquecido; por comover com uma beleza austera; por encher as salas de cinema de novo; por levar nossa sensibilidade para o mundo; por recuperar nossa autoestima cultural; por abrir tantas portas para outros que virão; por restaurar o amor pelo cinema brasileiro; por ter criado algo emocionalmente poderoso; por alcançar o raro equilíbrio entre estética & ética; por ser sublime em sua justa simplicidade. Muitas camadas. Nosso país precisava desse filme. O mundo todo precisava desse filme. Nesse exato momento. Três indicações ao Oscar. Com a de Melhor Filme, nós entramos para a história para sempre. Ainda estamos aqui: Eunice, Rubens, nós & vocês”.

A repercussão de “Ainda Estou Aqui” na temporada de premiações reflete também nos resultados em circuitos de mercados internacionais. O longa liderou as bilheterias de Portugal no fim de semana de estreia, quando registrou sessões esgotadas nas cidades de Porto e Lisboa, com 55 cópias em cartaz. Nos Estados Unidos, onde teve lançamento selecionado em cinco salas em Nova York e Los Angeles, antes de expandir o circuito, o filme teve a maior média de arrecadação por cinema (US$ 22,7 mil) entre todos os longas em cartaz. Na França, onde ganhou exibição em 180 complexos, também registrou a maior média de renda por cinema (US$ 3,1 mil). Nas próximas semanas, o filme também chega a outros países europeus: na Itália, o lançamento ocorre no próximo dia 30 de janeiro, enquanto Espanha e Inglaterra recebem a abertura do filme no dia 21 de fevereiro.

Os resultados de “Ainda Estou Aqui” nos cinemas brasileiros seguem fortes e também são impulsionados por suas indicações e vitórias pelo mundo. Com público de mais de 3,6 milhões de espectadores é, no momento, o longa brasileiro de melhor desempenho após a pandemia, e, em sua 12ª semana, segue em cartaz em 500 salas.

Além da nomeação ao Oscar, o longa de Walter Salles também foi recentemente indicado ao Dorian Awards (premiação concedida pela Associação LGBTQ de Críticos de Entretenimento). No Gold Derby Film Awards disputa quatro prêmios: Melhor Filme, Melhor Atriz (Fernanda Torres), Melhor Roteiro Adaptado (Murilo Hauser e Heitor Lorega) e Melhor Filme Internacional. No BAFTA (maior premiação do cinema britânico, concedida pela Academia Britânica de Cinema e Televisão) a competição é pelo prêmio de Melhor Filme em Língua Não Inglesa.

“Ainda Estou Aqui” já conta com mais de dez prêmios. Além de vencer como o Melhor Roteiro em Veneza, onde fez sua estreia mundial, o longa rendeu a Fernanda Torres Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme de Drama – prêmio inédito para o Brasil –, e conquistou cinco prêmios de Melhor Filme segundo o Júri Popular: no Festival Internacional de Cinema de Miami; na 48ª Mostra de S. Paulo; no Festival Internacional de Cinema de Vancouver, no Canadá; no Festival de Cinema de Mill Valley, nos Estados Unidos; e no  Festival de Pessac, na França, onde também recebeu o Prêmio Danielle Le Roy, dado pelo júri jovem. A lista de vitórias inclui ainda Melhor Filme e Melhor Atriz, para Fernanda Torres, no Prêmio APCA 2024 (dado pela Associação Paulista de Críticos da Arte); Prêmio FIPRESCI de Melhor Filme Internacional no 36º Festival Internacional de Cinema de Palm Springs e na premiação da Associação de Críticos de Porto Rico, que também concedeu a Fernanda Torres o segundo lugar na categoria de Melhor Atriz. Torres ainda foi eleita Melhor Atriz em Filme Internacional pelo The Critics Choice Awards, na seção Latino Cinema & Television, e ficou em segundo lugar, ao lado de Demi Moore, no prêmio da Associação de Críticos de Los Angeles. A produção venceu também o prêmio de Melhor Filme Estrangeiro no New Mexico Critics Awards 2024 e recebeu uma menção honrosa como um dos cinco melhores longas- metragens internacionais do ano no National Board of Review Awards, nos Estados Unidos.

O longa foi eleito o melhor filme de 2024 pela Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro (ACCRJ), foi um dos 20 títulos selecionados pela BBC para a prestigiosa lista de melhores filmes de 2024, foi escolhido por um júri de 100 jornalistas como o Melhor Filme de 2024 pela Revista Exame no Brasil, e foi reconhecido pela revista Hollywood Reporter – importante publicação americana sobre a indústria do entretenimento – como um dos dez melhores filmes de 2024. “Ainda Estou Aqui” também foi indicado a Melhor Filme pela Internacional Utah Film Critics Association, e Melhor Filme em Língua Estrangeira no North Carolina Film Critics Association Awards. E recebeu as indicações de Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz em Filme de Drama, para Fernanda Torres, no Satellite Awards, premiação concedida pela Academia Internacional de Imprensa.

Baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva sobre a história de sua família, “Ainda Estou Aqui” é uma coprodução Brasil-França, e é o primeiro filme Original Globoplay, produzido por VideoFilmes, RT Features e Mact Productions, em coprodução com ARTE France e Conspiração, e tem distribuição nacional da Sony Pictures.

Fonte: Primeiro Plano


SINOPSE

Rio de Janeiro, início dos anos 70. O país enfrenta o endurecimento da ditadura militar. Estamos no centro de uma família, os Paiva: Rubens, Eunice e seus cinco filhos. Vivem na frente da praia, numa casa de portas abertas para os amigos. Um dia, Rubens Paiva é levado por militares à paisana e desaparece. Eunice - cuja busca pela verdade sobre o destino de seu marido se estenderia por décadas - é obrigada a se reinventar e traçar um novo futuro para si e seus filhos. Baseada no livro biográfico de Marcelo Rubens Paiva, a história emocionante dessa família ajudou a redefinir a história do país.


Confira a lista completa de indicados ao Oscar 2025:

Melhor Ator Coadjuvante

Yura Borisov, por “Anora”

Kieran Culkin, “A Verdadeira Dor”

Edward Norton, “Um Completo Desconhecido”

Guy Pearce, de “O Brutalista”

Jeremy Strong, de “O Aprendiz”

Melhor Figurino


“Um Completo Desconhecido”

“Conclave“

“Gladiador II”

“Nosferatu”

“Wicked”


Melhor Cabelo e Maquiagem

“Um Homem Diferente”

“Emilia Pérez”

“Nosferatu”

“A Substância”


Melhor Trilha Sonora Original

“O Brutalista”

“Conclave”

“Emilia Pérez”

“Wicked”

“Robô Selvagem”


Melhor Curta-Metragem em Live-Action

“A Lien”

“Anuja”

“I’m Not a Robot”

“The Last Ranger”

“The Man Who Could Not Remain Silent”


Melhor Animação em Curta-Metragem

“Beautiful Men”

“In the Shadow of the Cypress”

“Magic Candies”

“Wander to Wonder”

“Yuck!”


Melhor Roteiro Adaptado

“Um Completo Desconhecido”

“Conclave”

“Emilia Pérez”

“Nickel Boys”

“Sing Sing”


Melhor Atriz Coadjuvante

Monica Barbaro, por “Um Completo Desconhecido”

Ariana Grande, por “Wicked”

Felicity Jones, por “O Brutalista”

Isabella Rossellini, por “Conclave”

Zoe Saldaña, por “Emilia Pérez”


Melhor Canção Original

“El Mal”, de “Emilia Pérez”

“The Journey”, de “The Six Triple Eight”

“Like a Bird”, de “Sing Sing”

“Mi Camino”, de “Emilia Pérez”

“Never Too Late”, de “Elton John: Never Too Late”


Melhor Documentário

“Black Box Diaries”

“No Other Land”

“Porcelain War”

“Soundtrack to A Coup D’Etat”

“Sugarcane”


Melhor Documentário de Curta-Metragem

“Death By Numbers”

“I am Ready, Warden”

“Incident”

“Instruments of a Beating Heart”

“The Only Girl in the Orchestra”


Melhor Filme Internacional

“Ainda Estou Aqui”

“The Girl with the Needle”

“Emilia Pérez”

“The Seed of the Sacred Fig”

“Flow”


Melhor Animação

“Flow”

“DivertidaMente 2”

“Memoir of a Snail”

“Wallace e Gromit: Vengeance Most Fowl”

“O Robô Selvagem”


Melhor Design de Produção

“O Brutalista”

“Conclave”

“Duna: Parte 2”

“Nosferatu”

“Wicked”


Melhor Edição

“Anora”

“O Brutalista”

“Conclave”

“Emilia Pérez”

“Wicked”


Melhor Som

“Um Completo Desconhecido”

“Duna: Parte 2”

“Emilia Pérez”

“Wicked”


Melhores Efeitos Visuais

“Alien: Romulus”

“Better Man”

“Duna: Parte 2”

“O Reino do Planeta dos Macacos”

“Wicked”


Melhor Fotografia

“O Brutalista”

“Duna: Parte 2”

“Emilia Pérez”

“Maria”

“Nosferatu”


Melhor Ator

Adrien Brody, por “O Brutalista”

Timothée Chalamet, por “Um Completo Desconhecido”

Colman Domingo, por “Sing Sing”

Ralph Fiennes, por “Conclave”

Sebastian Stan, por “O Aprendiz”


Melhor Atriz

Cynthia Erivo, de “Wicked”

Karla Sofía Gascón, de Emilia Pérez

Mikey Madison, por “Anora”

Demi Moore, por “A Substância”

Fernanda Torres, por “Ainda Estou Aqui”


Melhor Direção

Sean Baker por “Anora”

Brady Cobert por “O Brutalista”

James Mangold por “Um Completo Desconhecido”

Jacques Audiard por “Emilia Pérez”

Coralie Fargeat por “A Substância”


Melhor Filme

“Anora”

“O Brutalista”

“Um Completo Desconhecido”

“Conclave“

“Duna: Parte 2”

“Emilia Pérez”

“Ainda Estou Aqui”

“Nickel Boys”

“A Substância”

“Wicked”