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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 24 de abril de 2024

Cine Dica: O que vem por aí (maio e junho)

Fritz Lang

Depois do Fantaspoa, a Cinemateca Capitólio retomará a programação regular com mostras especiais e sessões exclusivas nos meses de maio e junho.


Confira alguns destaques!


VOLTA AO MUNDO – DIÁLOGOS AFRICANOS

Nas primeiras semanas de maio, a mostra Volta ao Mundo – Diálogos Africanos apresentará uma viagem cinematográfica pelo continente africano. Com apoio da Cinemateca da Embaixada da França e do Institut Français, a seleção de filmes destaca produções realizadas entre 1964 e 2023 por cineastas de Costa do Marfim, Madagascar, Congo, República Centro-Africana, Guiné, Cabo Verde, Somália, Níger, Guiné-Bissau, Egito e Tunísia.


1944, ANO NOIR

A partir de 14 de maio, a mostra 1944, ano noir destacará seis títulos lançados há 80 anos que definiram as bases do subgênero mais sedutor do cinema policial norte-americano, com obras-primas de Fritz Lang, Otto Preminger, Billy Wilder, Edgar G. Ulmer, Robert Siodmak e Edward Dmytryk.


O MUNDO PROIBIDO DA TCHECOSLOVÁQUIA

De 6 a 19 de junho, a mostra O Mundo Proibido da Tchecoslováquia: filmes do cofre apresentará um panorama de filmes banidos no país europeu após a invasão soviética no ano de 1968. A programação destacará 25 obras marcantes produzidos nos territórios tchecos e eslovacos, de diretores como Miloš Forman, Věra Chytilová, Juraj Jakubisko, Dušan Hanák e Jiří Trnka.

Apoio: Apoio: Associação Cultural Tcheco-Brasileira de Porto Alegre, Embaixada eslovaca, CzechArte, Consulado Geral da República Tcheca em São Paulo, NFA e SFU.


DEMY & DENEUVE

A partir de 20 de junho, a Cinemateca Capitólio exibe o ciclo Demy & Deneuve, com cópias restauradas de Os Guarda-Chuvas do Amor, Duas Garotas Românticas e Pele de Asno, três musicais sublimes de Jacques Demy protagonizados por Catherine Deneuve. Apoio do Institut Français e a Aliança Francesa Porto Alegre.

segunda-feira, 22 de abril de 2024

Cine Dica: Em Cartaz - 'Guerra Civil'

Sinopse: Um grupo de repórteres luta pela sobrevivência para atravessar uma guerra civil na américa.  

Alex Garland já era conhecido no mundo do cinema através de trabalhos como roteirista em "A Praia" (1999) e "Não Me Abandone Jamais" (2010). Porém, foi através da direção que ele demonstrou um uma visão autoral curiosa, independente de qual gênero e do qual destacam-se "Ex_Machina: Instinto Artificial" (2014), "Aniquilação" (2018) e "Men" (2022).  "Guerra Civil" (2024) vem para consolidar de forma definitiva a carreira como diretor, pois o filme é assustador pelo seu realismo mesmo sendo uma ficção, ou não.

A trama é ambientada em um possível futuro próximo, onde uma guerra civil explode nos EUA. Neste ambiente, uma equipe de jornalistas, formada por Joel (Wagner Moura), Sammy (Stephen McKinley Henderson) e as fotografas Lee (Kirsten Dunst) e Jassie (Cailee Spaeny) se unem para atravessar o país e chegar em Washington para entrevistar o Presidente. Porém, existe a possibilidade do mesmo ser morto antes disso pelos separatistas.

Nos últimos tempos o que era ficção se tornou realidade e qualquer mera fantasia se torna irrelevante perto do que já acontece no nosso mundo real. Em tempos de polarização política, principalmente vindo de uma extrema direita, cada vez mais o mundo se vê a beira de uma possível Terceira Guerra Mundial, ou simplesmente de uma guerra Civil de um determinado país. Os EUA é um que a polarização se tornou tão desenfreada que as chances de Donald Trump voltar a ser Presidente novamente se tornam tão grandes que atravessa qualquer ficção e fazendo a gente até mesmo perder a fé pela humanidade.

Alex Garland, por sua vez, não constrói uma trama que nos dê uma explicação plausível sobre o porquê da origem dessa Guerra, sendo que as próprias grandes guerras da nossa história acontecem e se alastram de tal ponto que as suas raízes se tornam irrelevantes. O que vemos aqui é um cenário já pronto, de um país dividido e cuja palavras "em nome de Deus" se tornam meras desculpas para as pessoas cometerem certas barbaridades. Portanto esse mundo molda as perspectivas dos protagonistas principais, ao ponto de que alguns já se encontram preparados pelo que está por vir enquanto outros ainda não encararam o verdadeiro horror que já aconteceu e que se estenderá ao longo do percurso.

A personagem Lee de Kirsten Dunst possui uma expressão dura, onde ela carrega todos os horrores que já presenciou e por conta disso mantém uma frieza constante para não enlouquecer durante essa viagem. Porém, uma vez que se vê obrigada a cuidar da futura fotografa Jassie eis que ela em algumas ocasiões baixa a sua guarda e revelando que é ainda um ser humano mesmo quando demonstra ao contrário. Revelada ao mundo quando pequena em "Entrevista com um Vampiro" (1994) ela nos apresenta aqui o seu papel mais maduro de sua carreira e sendo um dos melhores desde Melancolia (2011).

Já Cailee Spaeny tenta provar desde cedo que possui uma versatilidade que quer colocar a prova desde "Priscila" (2024) e realmente a sua personagem muda conforme vai encarando aos poucos horror da guerra. Mas se por um lado Sammy é alguém que procura não se aventurar em meio ao inferno, por outro lado, o personagem Joel de Wagner Moura não esconde uma certa obsessão em obter uma entrevista com o Presidente antes que a capital caia, nem que para isso arrisque a sua própria vida. Curiosamente, alguns elementos remetem "O Coração das Trevas", obra literária de Joseph Conrad e que já serviu como base na criação de clássicos como "Apocalypse Now" (1979).

Tecnicamente Alex Garland dirige como ninguém, ao saber transitar elementos de ficção com ares quase documentais, principalmente nas cenas em que as imagens congelam e revelando um registro não identificado ao olho nu. Além disso, é interessante observar que novamente ele nos traz uma fotografia, por vezes, colorida, como se fossem manchas que se espalham pela realidade dos protagonistas e que ele já havia usado em "Aniquilação". Mas se lá existe uma explicação plausível, aqui tudo fica em aberto, muito embora o horror que os protagonistas testemunham desmontam qualquer realidade que eles vão encontrando.

O ato final, por sua vez, nos guarda momentos de tensão acalorados e dos quais nos soam verossímeis e nenhum pouco artificiais. Em tempos em que o CGI anda perdendo o seu espaço é bom ver os realizadores cada vez mais querendo algo com maior peso e que sintamos um impacto maior do que estamos testemunhamos. Impacto esse que faz com que saiamos da sala com um peso nas costas, pois o futuro está há poucos metros de nós e cabe estarmos preparados para o que está por vir.

"Guerra Civil" é uma ficção muito próxima de nossa realidade, pois o que nos separa dela é apenas uma linha fina e fazendo a gente temer pelo nosso amanhã. 


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domingo, 21 de abril de 2024

Cine Especial: Próximo Cine Debate - ‘Lendas da Paixão’

Sobre o Filme: 

A primeira vez que eu assisti a esse filme foi nos tempos em que passava bons filmes na tv aberta, mais precisamente na Band e que acabei gravando em VHS. A história de três irmãos que se apaixonam pela mesma mulher pode soar meio que noveleiro para alguns, mas o filme fala também de questões que vai sobre o papel do ser humano com relação ao mundo e onde ele se questiona até onde se pode servir para o mundo civilizado como um todo. É trama se passa no início do século, sobre tempos de transformação, o início da primeira Grande Guerra e levando os três irmãos para um caminho sem volta.

O filme é baseado em um dos livros do Escritor Jim Harrison. Grande parte da escrita de Harrison retrata regiões da América do Norte escassamente povoada com muitas histórias ambientadas em locais como Nebraska Sand Hills, Península superior de Michigan, Montanhas de Montana, e ao longo da fronteira Arizona-México. Um dos pontos fortes de "Lendas da Paixão" é o elenco talentoso, que entrega performances marcantes. Brad Pitt se destaca no papel de Tristan, um homem atormentado por seus demônios internos e suas escolhas amorosas controversas. Sua atuação intensa e carismática ajuda a criar empatia com o personagem e a transmitir suas emoções de forma visceral.

A cinematografia do filme também merece elogios, com cenas magníficas que retratam a paisagem deslumbrante das montanhas e dos campos. A fotografia exuberante e os enquadramentos cuidadosamente escolhidos contribuem para criar uma atmosfera poética e melancólica, intensificando a experiência emocional do espectador. No entanto, apesar de seus pontos positivos, o filme apresenta algumas falhas em sua narrativa. A história, embora repleta de paixão e emoção, pode parecer excessivamente melodramática e clichê em certos momentos.

Além disso, o desenvolvimento dos personagens secundários é insuficiente, pois eles não recebem a mesma profundidade e exploração que os protagonistas. Outro aspecto que pode ser criticado é o ritmo do filme, que em determinados momentos se arrasta e torna-se lento. Algumas cenas poderiam ter sido encurtadas ou mais bem trabalhadas para evitar a sensação de que a história se estende além do necessário.

No entanto, apesar de suas falhas, "Lendas da Paixão" é um filme que consegue emocionar e tocar o público. Sua temática central, que aborda temas como amor, lealdade, perda e redenção, é universal e atinge as emoções mais profundas dos espectadores. A trilha sonora envolvente e as performances cativantes dos atores principais ajudam a criar uma conexão emocional com a história.

Em suma, "Lendas da Paixão" é um filme que mescla drama, romance e tragédia de forma intensa e apaixonante. 

Onde Assistir: Netflix. 

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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Cine Especial: 'Matrix - 25 Anos Depois'

A primeira lembrança que eu tenho com relação ao clássico "Matrix" (1999) foi um vislumbre do filme em um noticiário de tv, onde ela ligou o filme ao massacre de Columbine e dizendo que os dois jovens que cometeram o ataque se inspiraram no longa. No final das contas não passava de um jornal sensacionalista e do qual nem me lembro o nome, mas cuja cena fiquei bastante curioso, já que mostravam homens e mulheres vestidos de preto e cujo visual costumava usá-lo nos tempos de escola antes mesmo de assistir a obra. O filme estreou em 21 de maio de 1999 no Brasil e o resto é história.

Me lembro que convidei uma amiga minha para assisti-lo na saudosa sala do Cine Imperial na rua da Andradas de Porto Alegre. O bom é que eu fui assistir ao filme sem saber sobre o que realmente se tratava a trama, pois os próprios críticos da época falavam somente por cima sobre isso e fazendo com que a verdadeira revelação sobre o que era a Matrix se tornasse bombástica. Bons tempos em que a internet da época só estava engatinhando e cuja palavra “spoiler” era desconhecida por todos.

"Matrix" também faz parte de uma época que os estúdios se arriscavam um pouco mais na hora de investir em uma ideia nova e que difere muito de tempos atuais em que tudo é moldado por franquias intermináveis. As irmãs Lana e Lily Wachowski eram carne nova nesta dança das cadeiras pelos estúdios, pois elas tinham uma ideia criativa para um filme, mas colocá-lo em prática era algo muito distante. O cenário mudou quando ambas dirigiram e lançaram o filme "Ligadas Pelo Desejo" (1996), um filme contemporâneo com uma pegada bem noir e que acabou conquistando o público e a crítica especializada tão exigente.

Com um orçamento de R$ 70 Milhões de Dólares, as cineastas obtiveram carta branca pelo estúdio Warner que viu no roteiro o potencial para se transformar em um grande filme. A trama mostra um jovem chamado Neo (Keanu Reeves), um nerd especialista em informática e que começa a ser perseguido por homens que se dizem agentes e que são liderados por Smith (Hugo Weaving). Não demora muito para que Neo seja acolhido por uma misteriosa equipe liderada por Morpheus (Laurence Fishburne) e Trinity (Carrie-Anne Moss) e que através deles ele descobre a surpreendente verdade sobre a nossa realidade.

Por mais original que nos passe a trama é notório que as cineastas beberam da fonte de inúmeras ideias já vistas por outras mídias. Uma realidade virtual, onde os seres humanos vivem em um eterno sonho enquanto as máquinas se alimentam de suas energias, é inspirado nas ideais extraídas de "O mito da caverna, onde existe um diálogo platônico apresentado no livro VII da República e tem como interlocutores Sócrates e Glauco. Sócrates apresenta uma situação na qual escravos se encontram presos no fundo de uma caverna com os olhos voltados apenas para o fundo dela."

É através do fogo que os escravos começam a enxergar sombras de pessoas que não se encontram no local e fazendo entender que existe uma realidade que está além daquele local. Além disso, as irmãs Wachowski são fãs da cultura japonesa, sendo que o visual do filme foi inspirado no subgênero ciberpunk e cujo mesmo sempre é adaptado em animes japoneses. Mas se há um anime que as irmãs cineastas realmente se inspiraram foi no clássico "Fantasmas do Futuro" (1995), sendo que sua abertura serviu claramente de inspiração para a realização de Matrix.

Com diálogos afiados e puramente filosóficos, o filme explora um pensamento que as vezes cutuca as nossas vidas sobre a possibilidade de vivermos em um mundo falso, ou que somos controlados por cordas invisíveis e fazendo a gente não ter realmente o controle de nossas próprias vidas. Era o final do século vinte, onde as pessoas cada vez mais estavam se questionando sobre o amanhã e o prelúdio de tempos em que começaríamos a ficar cada vez mais conectados através da internet, suas redes sociais e fazendo com que as pessoas não tirassem mais os seus olhos dos seus celulares viciantes. A meu ver não precisamos estar presos em uma Matrix como é vista no filme, pois já nos encontramos presos em um sistema que nos faz cada vez mais estarmos longe da realidade.

Além de uma trilha sonora eletrônica revolucionária, o filme possui efeitos visuais inéditos para época, sendo que o famoso "bullet time", entrou para a história. Em câmera lenta, há cenas em que vemos os personagens sendo focados, porém, em um giro de 360 graus e nos dando uma sensação dimensional, como se não houvesse limitações para a cena se expandir mesmo com as limitações das telas daquela época. Um efeito visual criativo, mas que foi copiado tanto que acabou sendo aos poucos esquecidos.

Curiosamente, as irmãs Wachowski parecem ser grandes fãs do mestre Alfred Hitchcock, pois o filme foi todo pensado visualmente através do storyboard e sendo um artificio que o mestre do suspense usava em praticamente todos os seus filmes. Isso é notado em alguns planos fechados, como na cena inicial onde vemos Trinity sendo emboscada pelos agentes e a polícia e como se cada cena tivesse sido extraída de uma HQ. Neste último caso, há quem diga que as realizadoras se inspiraram na HQ “Os Invisíveis” de Grant Morrison e sendo que o mesmo até chegou a dizer que o filme é um verdadeiro plágio de sua obra.

Polêmicas à parte, na época do seu lançamento, o filme se tornou um verdadeiro sucesso, arrecadando mais de R$ 400 milhões pelo mundo, sendo vencedor de diversos prêmios e incluindo quatro Oscar. Logicamente, o clássico renderia mais três filmes, além de animações, vídeo game, livros e HQs. Revisto hoje, é uma obra que não somente representou uma geração questionadora sobre o mundo em que vivemos, como também não deixa de ser algo profético, sendo que alienação do ser humano está cada vez mais aumentando e fazendo com que os mesmos nem mais enxerguem a grandeza do mundo real como um todo.

Já se passaram 25 anos, mas "Matrix" é o melhor que soube profetizar uma humanidade cada vez mais presa em suas redes sociais e prestes a ser engolida por uma realidade virtual e que fará muitos esquecerem de olhar para o céu.  



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quinta-feira, 18 de abril de 2024

Cine Especial: Sessão Clube de Cinema 20/04: "Lupicínio Rodrigues: Confissões de um Sofredor"

 Segue a programação do Clube de Cinema do próximo final de semana!


SESSÃO CLUBE DE CINEMA DE PORTO ALEGRE

Local: Sala Eduardo Hirtz, Cinemateca Paulo Amorim, Casa de Cultura Mario Quintana

Data: 20/04/2024, sábado, às 10:15 da manhã


"Lupicínio Rodrigues: Confissões de um Sofredor"

Brasil, 2022, 96 min, 12 anos

Direção: Alfredo Manevy

Elenco: Lupicínio Rodrigues 

Sinopse: Lupicínio Rodrigues (1914 – 1974) transformou em canções todo o sofrimento e as angústias das desilusões amorosas. Sua trajetória está intimamente ligada com a boêmia e a boa música brasileira, em lembranças de amigos e admiradores como Nelson Coelho de Castro, Arthur de Faria, Ney Matogrosso, Gal Costa, Cazuza, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Marisa Monte e seu próprio filho, o Lupinho O filme também traz imagens de arquivo em que o próprio Lupicínio relata episódios de sua carreira e interpreta suas composições.

Sobre o Filme: Em alguns casos um grande talento não é reconhecido de imediato, mas  é ao longo do tempo que ele ganha o seu merecido reconhecimento. Lupicíano Rodrigues foi um desses grandes talentos da nossa música que sabia dançar conforme o que era tocado, ou seja, sabendo jogar para assim continuar fazendo o que melhor fazia em sua vida.  "Lupicínio Rodrigues: Confissões de Um Sofredor" (2024) destrincha não somente sobre a sua pessoa e carreira, como também nos mostra como o artista fazia parte da nossa cultura porto-alegrense como um todo.

Dirigido por Alfredo Manevy, o documentário conta sobre Lupicínio Rodrigues (1914 – 1974), do qual moldou as músicas amorosas em outro patamar para a época. Sua formação como músico está próxima com a boêmia e o lado mais lírico da música brasileira. O documentário nos passa todas as lembranças através de amigos como Nelson Coelho de Castro, Arthur de Faria, Ney Matogrosso, Gal Costa, Cazuza, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Marisa Monte e seu próprio filho, o Lupinho.

Confira a minha crítica completa já publicada clicando aqui. 

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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS DE 18 A 24 DE ABRIL DE 2024

 ESTREIAS:

SEM CORAÇÃO

Brasil/Drama/ 2023 / 91min

Direção:Nara Normande,Tião

Sinopse:Sem Coração se passa durante o verão de 1996, no litoral de Alagoas. Tamara (Maya de Vicq) está aproveitando suas últimas semanas na vila pesqueira onde mora antes de partir para estudar em Brasília. Um dia, ela ouve falar de uma adolescente apelidada de "Sem Coração" por causa de uma cicatriz que tem no peito. Ao longo do verão, Tamara sente uma atração crescente por essa menina misteriosa.

Elenco:Maya de Vicq,Eduarda Samara,Alaylson Emanuel


UMA BAÍA

Brasil/Documentário/ 2021 / 110min.

Direção: Murilo Salles

Sinopse: Uma Baía observa a Baía de Guanabara no que tem de mais bela, e naquilo que ela oculta, criando fábulas visuais sobe oito personagens que habitam no seu entorno, durante suas lutas diárias pela sobrevivência que são o sentido às suas existências. Vivem em plena tensão ente a beleza e a crueldade.

EM CARTAZ:

A PAIXÃO SEGUNDO GH

Brasil/ Drama/ 20 /

Direção: Luiz Fernando Carvalho:

Sinopse:Rio de Janeiro, 1964. Após o fim de uma paixão, G.H., escultora da elite de Copacabana, decide arrumar seu apartamento, começando pelo quarto de serviço. No dia anterior, a empregada pediu demissão. No quarto, G.H. se depara com uma enorme barata que revela seu próprio horror diante do mundo, reflexo de uma sociedade repleta de preconceitos contra os seres que elege como subalternos. Diante do inseto, G.H. vive sua via-crúcis existencial. A experiência narra a perda de sua identidade e a faz questionar todas as convenções sociais que aprisionam o feminino até hoje. Baseado no romance de Clarice Lispector.

Elenco: Maria Fernanda Cândido, Samira Nancassa


HORÁRIOS DE 18 A 24 DE ABRIL (não há sessões nas segundas-feiras):

14h45m: A PAIXÃO SEGUNDO GH

17h: UMA BAÍA

19h: SEM CORAÇÃO – Dia 18, às 19h, haverá sessão especial comentada pelos diretores Nara e Tião e mediação de Daniela Strack.


Ingressos

Os ingressos podem ser adquiridos a R$ 12 na bilheteria do CineBancários. Idosos (as), estudantes, bancários (as), jornalistas sindicalizados (as), portadores de ID Jovem e pessoas com deficiência pagam R$ 6. São aceitos cartões nas bandeiras Banricompras, Visa, MasterCard e Elo. Na quinta-feira, a meia-entrada é para todos e todas.

EM TODAS AS QUINTAS TEMOS A PROMOÇÃO QUE REDUZ O VALOR DO INGRESSO PARA TODOS E EM TODAS AS SESSÕES PARA R$ 6,00.


CineBancários

Rua General Câmara, 424 – Centro – Porto Alegre

Mais informações pelo telefone (51) 3030.9405 ou pelo e-mail cinebancarios@sindbancarios.org.br


C i n e B a n c á r i o s 

Rua General Câmara, 424, Centro 

Porto Alegre - RS - CEP 90010-230 

Fone: 51- 30309405

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (19/04/24)

 GUERRA CIVIL

Sinopse: Na superprodução GUERRA CIVIL, em um futuro distópico, um grupo de jornalistas percorre os Estados Unidos durante um intenso conflito que envolve toda a nação. Com roteiro e direção de Alex Garland, o filme é estrelado por Kirsten Dunst e Wagner Moura.

20.000 ESPÉCIE DE ABELHAS

Sinopse: Uma criança de oito anos luta com o fato de que as pessoas continuam se dirigindo a ela de maneiras confusas. Durante um verão no País Basco, entre as colmeias e as abelhas, ela explora sua feminilidade ao lado das mulheres de sua família, que ao mesmo tempo refletem sobre suas próprias vidas e desejos.

ABIGAIL

Sinopse: Em Abigail, um peculiar grupo de criminosos aceita mais um típico trabalho. Dessa vez, a proposta é sequestrar uma bailarina de doze anos, que também é filha de um dos mais poderosos homens do submundo. 



UM GATO DE SORTE

Sinopse: Nesta animação, Beckett (Mo Gilligan) é um gato mimado que não reconhece a sorte que ao ser resgatado e acolhido por Rose (Simone Ashley), uma estudante apaixonada e de bom coração. Mas sua rotina sofre mudanças quando ele perde sua nona vida e o destino entra em cena para colocá-lo em uma jornada transformadora.


UMA BAIA

Sinopse: À partir do modo observacional do documentário, Uma baía tece oito fábulas visuais que fazem pulsar o que dá sentido às jornadas pela sobrevivência de cada um de seus personagens. São investigações sobre os conflitos entre vida e história, entre a beleza da baía com o espanto de seus personagens no entorno da Baía de Guanabara.

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