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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 18 de julho de 2025

Cine Especial: Sessão DUPLA Clube de Cinema: "Hannah Arendt" (19/07) e "Dreams" (20/07)

Neste final de semana teremos uma programação dupla no Clube de Cinema de Porto Alegre!

No sábado, dia 19/07, às 10h15 da manhã, no auditório do Goethe-Institut, exibiremos Hannah Arendt – Ideias Que Chocaram o Mundo (2012), filme que acompanha o impacto causado pelas reportagens escritas por Arendt após cobrir o julgamento do nazista Adolf Eichmann. Ao propor a ideia da “banalidade do mal” e criticar o papel de lideranças judaicas durante o Holocausto, a filósofa provoca um escândalo internacional e enfrenta o isolamento intelectual e afetivo. Uma obra potente sobre pensamento crítico, coragem e consequências.

Já no domingo, 20/07, também às 10h15, será a vez de Dreams (2024), dirigido por Dag Johan Haugerud, da trilogia Sex/Love/Dreams, a qual completamos no CCPA. Dreams mergulha no mundo interior de Johanne, uma adolescente que encontra no diário a única forma de dar conta da avalanche emocional provocada por uma paixão intensa por sua professora de francês.


📽️ PROGRAMAÇÃO DO FINAL DE SEMANA NO CLUBE DE CINEMA


SÁBADO | 19/07

Hannah Arendt – Ideias Que Chocaram o Mundo

📍 Local: Auditório do Goethe-Institut Porto Alegre

Rua 24 de Outubro, 112 – Bairro Moinhos de Vento

(Alemanha, 2012, 113 min, 12 anos)

Direção: Margarethe von Trotta

Elenco: Barbara Sukowa, Axel Milberg, Janet McTeer

Sobre o Filme: Aliando-se, mais uma vez, a Barbara Sukowa, que havia atuado em filmes como "Rosa Luxemburgo" (86) e "Os Anos de Chumbo" (81), a cineasta Margarethe Von Trotta entrega-se ao desafio de retratar uma das pensadoras políticas mais importantes e influentes do século passado, que foi autora de livros como  "As Origens do Totalitarismo". Ignorando boa parte da historia de sua vida, o filme somente foca num momento crucial da vida de Hannah. Em 1961, a filósofa alemã, já radicada nos EUA, viaja a Israel para acompanhar um dos julgamentos mais bombásticos de todos os tempos, do carrasco nazista Adolf Eichmann, capturado pelo serviço secreto israelense na Argentina.

Confira a minha crítica já publicada clicando aqui. 

DOMINGO | 20/07


Dreams

📍 Local: Sala Eduardo Hirtz,

Cinemateca Paulo Amorim

R. dos Andradas, 736  –   Centro Histórico, Porto Alegre

(Noruega, 2024, 110 min, 14 anos)

Direção: Dag Johan Haugerud

Elenco: Ella Øverbye, Selome Emnetu, Ane Dahl Torp

Sobre o Filme: Dag Johan Haugerud já pode ser apontado como uma das melhores surpresas dos últimos tempos em termos de cinema autoral. Com a sua trilogia recente, incluindo os últimos "Sex" (2024) e "Love" (2024), o realizador faz uma análise madura com relação aos relacionamentos contemporâneos e dos quais nos identificamos facilmente como um todo. "Dreams" (2025) encerra essa trilogia de uma forma singela, reflexiva e de como deve ser lidada o primeiro despertar do amor.

Na trama, conhecemos Johanne (lla Øverbye), uma garota de dezessete anos que experimenta um despertar sexual inesperado ao se apaixonar por sua professora. Para colocar toda a carga emocional dessa paixão para fora, ela utiliza um caderno para documentar essa recente e intensa descoberta, colocando em palavras seus sentimentos mais arrebatadores. Quando mãe e avó têm conhecimento desse diário elas ficam preocupadas, mas aos poucos refletem o quanto é complexo o despertar da paixão e o quanto a jovem tem talento com relação à escrita. 

Confira a minha crítica já publicada clicando aqui. 

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quinta-feira, 17 de julho de 2025

Cine Dica: Cinesemana de 17 a 23 de julho de 2025

A cinesemana de 17 a 23 julho destaca a estreia do novo filme do diretor Costa-Gavras, que aos 92 anos nos oferece uma reflexão comovente sobre a finitude da vida. Recebemos o longa HOT MILK, primeiro longa da diretora inglesa Rebecca Lenkiewicz e com fortes atuações femininas. Na semana em que se comemora o Dia do Rock, chega às telas CAZUZA: BOAS NOVAS, documentário dedicado aos últimos anos de uma das grandes estrelas do rock brasileiro da década de 1980.

Falando em rock, seguimos com a programação da Mostra Rock Gaúcho no Cinema, com as exibições de títulos dedicados a artistas e/ou bandas representativas do gênero no RS. Outra sessão especial será a da pré-estreia de UM LOBO ENTRE OS CISNES, com a história de um jovem da periferia carioca que se tornou um dos principais bailarinos da Europa.

Seguimos em cartaz com o longa da italiana Valeria Bruni-Tedeschi que dirige JOVENS AMANTES, baseado em suas memórias pessoais durante o período em que cursou artes dramáticas na França e DREAMS, o filme ganhador do Festival de Berlim e que completa a elogiada trilogia do norueguês Dag Johan Haugerud.

Estas são as últimas semanas de exibição dos longas O GRANDE GOLPE DO LESTE, com Sandra Hüller, ambientado às vésperas da reunificação da Alemanha, e EMANUELLE, versão da francesa Audrey Diwan para o clássico erótico dos anos 1970. Muito procurados pelo público,  o longa chinês LEVADOS PELAS MARÉS, de Jia Zhang-Ke, e ENTRE DOIS MUNDOS, protagonizado por Juliette Binoche, ganham mais uma semana de exibição.

Confira a programação completa no site oficial da Cinemateca clicando aqui. 

Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS DE 17 A 23 DE JULHO

 ESTREIAS:

CAZUZA, BOAS NOVAS

Brasil/ Documentário/ 202 / 90 min.

Direção: Roberto Moret, Nilo Romer

Sinopse: Cazuza: Boas Novas revisita o período mais criativo e intenso da vida de um dos maiores artistas do Brasil. Entre os anos de 1987 e 1989, Cazuza produziu três álbuns, ganhou diversos prêmios e subiu no palco para mais de 40 apresentações do espetáculo O Tempo Não Para. Tudo isso lidava com o diagnóstico de AIDS e vivia sob o risco de morte e o agravamento contínuo de sua saúde. O documentário conta com imagens exclusivas e depoimentos inéditos de figuras que conviveram com o grande compositor, como Ney Matogrosso, Gilberto Gil, Frejat, sua mãe Lucinha Araújo e o próprio diretor do longa, Nilo Romero, quem dirigiu o último show do cantor e com quem Cazuza foi amigo e parceiro de composições. Com uma riqueza de registros e vídeos de arquivo, Cazuza: Boas Novas revela o legado de um vanguardista e o impacto de uma mente criativa que mudou a trajetória da música brasileira como poucos.

UMA BELA VIDA

França/ Drama/2024/ 100 min.

Direção: Costa-Gavras

Sinopse: Numa espécie de diálogo filosófico, o doutor Augustin Masset e o renomado escritor Fabrice Toussaint discutem a vida e a morte... Um turbilhão de encontros em que o médico é o guia e o escritor, seu passageiro, levou a enfrentar seus próprios medos e angústias... Uma poética onde cada paciente é um livro de emoções, risos e lágrimas… Uma viagem ao coração pulsante de nossas vidas.

Elenco: Denis Podalydès, Kad Merad, Marilyne Canto, Angela Molina, Charlotte Rampling, Hiam Abbass, Karin Viard, Agathe Bonitzer. os e lágrimas. Uma viagem ao coração pulsante de nossas vidas.


AINDA NÃO É AMANHÃ

Brasil/ Drama/ 2024/ 76min

Direção: Milena Times

Sinopse: Janaína é uma garota de 18 anos que vive com sua mãe e avó em um conjunto habitacional na periferia de Recife. Ela é a primeira de sua família que pode obter um diploma universitário, mas uma gravidez indesejada ameaça seus planos.

Elenco: Bárbara Vitória, Clau Barros, Lalá Vieira, Mayara Santos, Cláudia Conceição, Guta Menelau.

HORÁRIOS DE 17 A 23 DE JULHO (não há sessões nas segundas-feiras):

15H: AINDA NÃO É AMANHÃ

17h: UMA BELA VIDA

19h: CAZUZA, BOAS NOVAS


Ingressos: Os ingressos podem ser adquiridos a R$ 14,00 na bilheteria do CineBancários. Idosos (as), estudantes, bancários (as), jornalistas sindicalizados (as), portadores de ID Jovem e pessoas com deficiência pagam R$ 7,00. São aceitos PIX, cartões nas bandeiras Banricompras, Visa, MasterCard e Elo. 

Na quinta-feira, a meia-entrada é para todos e todas. 

quarta-feira, 16 de julho de 2025

Cine Dica: Em Cartaz - 'Jurassic World: Recomeço'

Sinopse: Agentes habilidosos viajam para uma instalação de pesquisa em uma ilha para obter DNA que pode salvar vidas de dinossauros. 

O maior ponto negativo da franquia "jurassic Park" é justamente pelo fato de que nenhuma continuação superou o grande clássico dirigido por Steven Spielberg em 1993. Após seis filmes muitos achavam que não seria mais possível uma nova sequência, principalmente pelo fato que "Jurassic World: Domínio" (2022) ter sido o mais fraco dentre eles. Porém, enquanto fizer dinheiro, Hollywood insiste e lança agora "Jurassic World: Recomeço" (2025), cujo título engana, pois de recomeço não tem nada.

Dirigido por Gareth Edwards, de "Godzilla" (2014), acompanhamos na trama uma equipe intrépida em uma missão para obter amostras de DNA das três criaturas mais colossais da terra, mar e ar. É constatado que a ecologia do planeta se mostrou amplamente inóspita para os dinossauros. Os poucos sobreviventes vivem em ambientes equatoriais isolados, onde o clima se assemelha ao que permitiu sua prosperidade no passado. Dentro dessa biosfera tropical, as três criaturas mais colossais detêm a chave para a criação de um medicamento com potencial para salvar inúmeras vidas humanas.

Gareth Edwards tem se mostrado habilidoso na realização de grandes espetáculos cinematográficos, pois basta vermos "Rogue One" (2016) como exemplo e que é apontado por muitos como o melhor capítulo de "Star Wars". Porém, aqui se percebe que pouco ele pode fazer algo de novo com uma franquia que obteve grande lucro não através da novidade, mas sim através da nostalgia daqueles que cresceram assistindo ao filme clássico de 1993. Por conta disso, infelizmente, o que vemos na tela é apenas uma releitura do longa original, sendo que as velhas passagens da trama se encontram todas lá e fazendo com que a gente até saiba o que irá acontecer.

Por mais que a ideia de os Dinos serem a fonte da cura de inúmeras doenças para os humanos seja algo que soe original, em contrapartida, isso não escapa de uma curiosa sensação de dejavu, principalmente quando surge aquele típico vilão que tenta somente obter o controle da situação para obter lucro. E o que dizer da família que é inserida na trama unicamente para remeter as outras crianças que surgiram ao longo da franquia, mas que aqui mais atrapalha do que ajuda. Porém, é preciso reconhecer que eles protagonizam o momento mais tenso da trama e é onde surge T-Rex em toda a sua glória.

Scarlett Johansson está à vontade em um papel de heroína da vez, sendo que ela já está mais do que acostumada a esse tipo de produção após anos trabalhando para a Marvel no cinema. Por outro lado, fico me perguntando o que Mahershala Ali está fazendo nesta produção, sendo que o seu personagem poderia ter sido facilmente interpretado por qualquer um em cena. No ato final, por exemplo, o destino do seu personagem soa tão previsível para não dizer ridículo e servindo apenas como uma grande enganação para o público.

Mais de trinta anos após o filme original é curioso observar como os efeitos visuais estão cada vez piores, sendo que não sentimos o peso desses animais na tela e tão pouco uma ameaça que nos assusta. Em tempos atuais em que o público deseja maior realismo e menos efeitos, o filme já nasce ultrapassado e que somente irá arrecadar dinheiro graças ao peso do longa original que sentimos até hoje. Para um recomeço está mais para fim da linha.

"Jurassic World: Domínio" sofre com a grande sombra imposta pelo clássico e do qual nenhuma continuação até hoje conseguiu superá-la. 

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Cine Dica: Lançamento - Horror Brasileiro

 INSCRIÇÕES ABERTAS

Curso

 MONSTROS DO NOSSO TEMPO: HORROR BRASILEIRO EM PERSPECTIVA SOCIOPOLÍTICA 

de Giancarlo Backes Couto


* Datas: 09 e 10 / Agosto (sábado e domingo)

* Local: Cinemateca Capitólio (Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Centro - Porto Alegre - RS)

* Horário: 14h30 às 17h30

 * APROVEITE O LOTE PROMOCIONAL *


 Apresentação

O ano de 1964 marcou a entrada do Brasil em um dos períodos mais sombrios de sua história recente: o golpe militar instaurou uma ditadura que perduraria até 1985, deixando um rastro de violência, repressão e morte. Curiosamente, no mesmo ano, estreava o primeiro longa-metragem brasileiro a se autodenominar "filme de terror": À Meia-Noite Levarei Sua Alma, de José Mojica Marins. O filme foi um sucesso de público, gerou intenso debate crítico e chamou a atenção até mesmo de cineastas engajados politicamente, como Glauber Rocha. Com sua abordagem transgressora, Mojica acabou perseguido pela censura, que tentou sufocar sua obra durante todo o regime autoritário.

Será mera coincidência que 1964 tenha marcado tanto o horror no cinema quanto na vida dos brasileiros? Partindo da ideia de que o cinema é um documento de seu tempo, percebe-se que o horror brasileiro sempre esteve profundamente ligado a questões políticas e sociais. Seja de forma direta ou simbólica, os filmes do gênero refletem os medos, os traumas e as contradições de cada época. Diversos exemplares do nosso cinema de horror lançam um olhar crítico sobre a realidade, demonstrando que, mesmo ao explorar o sobrenatural, esses filmes dialogam diretamente com o mundo em que foram produzidos.


Objetivos

O curso MONSTROS DO NOSSO TEMPO: HORROR BRASILEIRO EM PERSPECTIVA SOCIOPOLÍTICA, ministrado por Giancarlo Backes Couto, analisa filmes do gênero, demonstrando como eles se relacionam com os contextos históricos em que foram produzidos. Para isso, serão discutidas obras nacionais emblemáticas, que servirão como ponto de partida para debates sobre política, sociedade e cultura. Também serão estabelecidos paralelos com o cinema internacional, destacando as particularidades do horror brasileiro e sua potência como ferramenta de crítica social.


Ministrante: Giancarlo Backes Couto

Bolsista de Doutorado CNPq em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS, na linha de pesquisa Cultura e Tecnologias das imagens e dos imaginários, com período sanduíche no departamento de Sociologia da Université Paul-Valéry, Montpellier 3. Mestre na mesma área e Programa, com bolsa CAPES/PROSUC. Graduado em Jornalismo pela Universidade Feevale e em Filosofia (Licenciatura) pela Universidade Federal de Pelotas - UFPEL. Desde 2018 desenvolve pesquisas na área do Cinema de Horror, priorizando seus cruzamentos com os campos da Ética, Estética e Política.


Informações / Inscrições

https://cinemacineum.blogspot.com/2025/06/horror-brasileiro.html

terça-feira, 15 de julho de 2025

Cine Dica: Em Cartaz - 'Uma Bela Vida'

Sinopse: A vida e a morte através das histórias de diferentes pacientes com doenças terminais.  

Costa-Gavras sempre foi um diretor ferrenho ao realizar longas que exploram as questões políticas e como elas se movem com relação ao sistema que os domina. Atualmente, por exemplo, existe uma população cada vez maior de idosos e fazendo muitos se perguntarem qual seria o melhor destino para eles enquanto o tempo e o dinheiro nunca dormem. "Uma Bela Vida" (2025) nos mostra a força de vontade de uns para que pessoas em seus momentos finais de vida sejam mais dignos enquanto outros tentam compreender essa realidade sem ter medo do inevitável fim.

Na trama, acompanhamos a relação profissional de um médico especializado em tratamentos paliativos Augustin Masset (Kad Merad) e um renomado escritor e filósofo Fabrice Toussaint (Denis Podalydés). A trama examina a vida e a morte através das histórias de diferentes pacientes com doenças terminais, como uma rica socialite parisiense, uma mãe com o último desejo de comer ostras e tomar um vinho Breizh’Cadet à beira do mar, e uma matriarca que prefere que sua morte assistida seja mantida em segredo.

Através do protagonista Fabrice, o cineasta faz com que ele se torne o nosso guia para adentrarmos nesta realidade em que a espera da morte não precise necessariamente ser dolorida, mas sim uma passagem que simboliza o que a pessoa foi em vida. É curioso, por exemplo, a ação e reação de cada um deles com relação ao seu destino, onde vemos os parentes se preparando para o inevitável, mas tudo de uma forma controlada e serena de acordo como o médico Augustin deseja. Em contrapartida, o olhar curioso de Fabrice é uma representação da nossa surpresa diante daquelas situações serem tratadas com maior controle, de uma forma mais humana e menos mecânica.

Temendo por estar com uma possível doença, Fabrice procura através dessas histórias apresentadas na trama uma forma de conter os seus temores, mesmo quando essa jornada não ameniza os seus pensamentos negativos. Ao mesmo tempo, em meio a possibilidade de escrever um livro sobre o assunto, o protagonista adentra sobre a questão do crescimento da população idosa e como ela está cada vez mais sendo abandonada por um sistema que não pensa de forma humana, mas sim que somente respira através das engrenagens capitalistas. Quando vemos determinados personagens debaterem sobre isso é quando o cineasta usa os mesmos como avatares e colocando as suas opiniões e pensamentos sobre o assunto em cena e fazendo com que a gente refletisse sobre elas.

Em tempos pós pandemia em que muitas pessoas viram os seus entes queridos partirem, ao mesmo tempo se nota menos humanidade e mais ação para avanços nos mais diversos setores, mas esquecendo do calor humano diga-se de passagem. Nos seus noventa e dois anos de vida, Costa-Gavras testemunhou a metamorfose de uma população cada vez menos pensante e mais presa em números e fazendo se esquecerem do que fazem realmente humanos. Ao menos, o realizador está fazendo a sua parte, mesmo quando o seu trabalho não seja visto por todos, infelizmente.

"Uma Bela Vida" é um filme de Costa-Gavras em sua essência e provando que o realizador está sintonizado com esse mundo cada vez mais desumano. 

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Cine Dica: Programação Cinemateca Capitólio - 17 a 23 de julho de 2025

SESSÃO RECONTO DEBATE FILME DE SOFIA COPPOLA

No sábado, 19 de julho, às 18h, o Coletivo Reconto convida para um debate sobre o filme As Virgens Suicidas, dirigido por Sofia Coppola, logo após a exibição do longa-metragem na Cinemateca Capitólio. A proposta é abrir um espaço de conversa onde o cinema encontra a psicanálise — e onde o pensamento pode se deslocar a partir das imagens. A entrada custa R$16, com ingressos à venda no dia, a partir das 17h, diretamente na bilheteria da Cinemateca. O pagamento é feito somente em dinheiro.


Mais informações: https://www.capitolio.org.br/eventos/9058/sessao-reconto-as-virgens-suicidas/


RODRIGO ARAGÃO DEBATE PRÉDIO VAZIO

No domingo, 20 de julho, às 19h, o cineasta Rodrigo Aragão, um dos nomes mais importantes do horror contemporâneo brasileiro, participa de uma sessão comentada de seu mais novo filme, Prédio Vazio, na Cinemateca Capitólio. O debate será mediado por Cristian Verardi, produtor da mostra A Vingança dos Filmes B.


Mais informações: https://www.capitolio.org.br/eventos/9055/predio-vazio-debate/


FILHOS DO MANGUE ENTRA EM CARTAZ

O mais novo filme de Eliane Caffé, Filhos do Mangue, entra em cartaz na Cinemateca Capitólio nesta quinta-feira, 17 de julho. A pedido do público, Andy Warhol - Um Sonho Americano, de Lubomir Slivka, e O Império, de Bruno Dumont, ganham mais exibições durante a semana.   


GRADE DE HORÁRIOS

17 a 23 de julho


17 de julho (quinta-feira)

15h – Andy Warhol - Um Sonho Americano

17h – Malu

19h – Filhos do Mangue


18 de julho (sexta-feira)

15h – Andy Warhol - Um Sonho Americano

17h – Filhos do Mangue 

19h – O Império


19 de julho (sábado)

15h – Ainda Estou Aqui

18h – Sessão Reconto: As Virgens Suicidas


20 de julho (domingo)

15h – Andy Warhol - Um Sonho Americano 

17h – Filhos do Mangue 

19h – Prédio Vazio + debate


22 de julho (terça-feira)

15h – O Império 

17h – Filhos do Mangue

19h – Motel Destino


23 de julho (quarta-feira)

15h – Andy Warhol - Um Sonho Americano

17h – Baby

19h – Filhos do Mangue