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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Cine Dica: Sexta e sábado de intensa programação no Cineclube Torres

 Sexta e sábado de intensa programação no Cineclube Torres, com as exibições de "Dromedário do Asfalto" e "Ainda Orangotangos", com a presença de seus diretores, às 20h.

Na sexta dia 8 o Gilson Vargas vai apresentar seu "Dromedário no Asfalto" e no sábado dia 9 é a vez do Gustavo Spolidoro com seu histórico longa em plano-sequência.Fim de semana com dois filmes marcantes da produção audiovisual gaúcha, na Sala Audiovisual Gilda e Leonardo do Cineclube, pelo projeto "Um Certo Cinema Gaúcho de Porto Alegre em Torres".

Na sexta dia 8, às 20h, será exibido o longa "Dromedário no Asfalto" com a presença do diretor e histórico componente da produtora Clube Silêncio, Gilson Vargas.O filme é uma versão gaúcha de um gênero cinematográfico clássico, um road movie por terras fronteiriças e Cisplatinas: depois de perder a mãe, Pedro se sente devastado e determinado a conhecer a identidade de seu pai. A única informação que ele tem é que o homem partiu para o Uruguai para viver isolado.

No sábado, dia 9, sempre às 20h, o único filme produzido diretamente pela Clube Silêncio, "Ainda Orangotangos" dirigido pelo Gustavo Spolidoro, uma adaptação do livro homônimo do escritor Paulo Scott. O diretor, que estará presente para encontrar o público cineclubista presente, em curtas anteriores já tinha explorado a técnica do plano-sequência (uma gravação contínua sem cortes) e, partindo destas experiências, em 2006, num exemplo único de virtuosismo técnico, controle artístico e esforço de produção, filma os 80 minutos de "Ainda Orangotangos" sem qualquer solução de continuidade.

O filme, ainda um unicum na filmografia brasileira, apresenta uma agitada Porto Alegre, percorrendo com a câmera ligada 15 km da área central, apresentando vários cenários e situações, com duas dezenas de protagonistas e mais de 180 figurantes. Na segunda seguinte, dia 11 às 20h, o ciclo continua com o segundo longa da dupla Marcio Reolon e Filipe Matzembacher, "Tinta Bruta", premiado no Festival de Berlim.

As sessões, com entrada franca, integram a programação continuada realizada na Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, pelo Cineclube Torres, associação sem fins lucrativos com 13 anos de história, em atividade desde 2011, Ponto de Cultura certificado pela Lei Cultura Viva federal e estadual, Ponto de Memória pelo IBRAM, Sala de Espetáculos e Equipamento de Animação Turística certificada pelo Ministério do Turismo (Cadastur), contando para isso com a parceria e o patrocínio da Up Idiomas Torres.

Projeto realizado com recursos da Lei Complementar n.195/23 - Lei Paulo Gustavo.


SEXTA FEIRA DIA 8 DE NOVEMBRO:

“DROMEDÁRIO NO ASFALTO”


Serviço:

O que: Exibição de "Dromedário no Asfalto", de Gilson Vargas, ficção, 83min., 2014, com a presença do diretor.


Onde: Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, na escola Up Idiomas, Rua Cincinato Borges 420, Torres

Quando:

Sexta-feira, dia 8/11, às 20h.

Ingressos: Entrada Franca, até lotação do local (aprox. 22 pessoas).


Mulher com a mão na cabeça

Descrição gerada automaticamente com confiança baixa


SÁBADO DIA 9 DE NOVEMBRO:

“DROMEDÁRIO NO ASFALTO”


Serviço:

O que: Exibição de "Ainda Orangotangos", de Gustavo Spolidoro, ficção, 81min., 2007, com a presença do diretor.

Onde: Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, na escola Up Idiomas, Rua Cincinato Borges 420, Torres


Quando: Sábado, dia 9/11, às 20h.

Ingressos: Entrada Franca, até lotação do local (aprox. 22 pessoas).

Projeto realizado com recursos da Lei Complementar n.195/23 - Lei Paulo Gustavo.


Cineclube Torres

Associação sem fins lucrativos

Ponto de Cultura – Lei Federal e Estadual Cultura Viva

Ponto de Memória – Instituto Brasileiro de Museus

CNPJ 15.324.175/0001-21

Registro ANCINE n. 33764

Produtor Cultural Estadual n. 4917

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Cine Dica: Streaming - 'Agatha Desde Sempre'

 Sinopse: A trama se passa alguns anos após os eventos vistos da série Wandavision. Agatha relembra quem é e decide ir em busca de mais poder.  

"WandaVision" (2021) foi sem sombra dúvida uma das melhores coisas que a Marvel lançou para o seu universo do MCU, ao saber explorar melhor as origens da Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen) e ao mesmo tempo prestando uma curiosa homenagem a fase de ouro das séries norte-americanas. O que ninguém poderia imaginar é que uma personagem secundária roubaria a cena na reta final da história que foi Agatha, antiga feiticeira que estava por trás das manipulações da história e sendo brilhantemente interpretada pela atriz Kathryn Hahn. "Agatha Desde Sempre" (2024) não é somente um Spin-off digno de nota, como também um exemplo de um  personagem da Marvel não precisa necessariamente da sombra de outros para obter o seu grande brilho.

Realizado pela produtora Jac Schaeffer, responsável também por "WandaVision", a trama vemos Agatha acordar do feitiço que a Feiticeira Escarlate havia imposto contra ela, mas ao mesmo tempo se encontra mais do que disposta em obter poder e para isso decide adentrar no Caminho das Bruxas, uma cruzada da qual quem conseguir chegar até o seu final obterá o tão sonhado desejo. Porém, ela precisa da ajuda de outras bruxas, sendo que cada uma tem o seu desejo particular e por conta disso se aliam à protagonista mesmo não confiando nela. Além disso, um jovem misterioso (Joe Locke) se alia à trupe, mas mal sabendo dos segredos que guarda dentro de si.

Mesmo com um orçamento limitado de produção é surpreendente como a realizadora Jac Schaeffer consegue construir uma trama que vai se elevando cada vez mais na medida em que as personagens vão adentrando no Caminho das Bruxas. A cruzada é dividida em etapas, sendo que cada uma acontece em uma determinada casa e lá há novamente referências, seja da cultura pop, assim como também da maneira em que as feiticeiras eram vistas em cada época. Portanto, é muito divertido não somente referências a moda e a música dos anos oitenta em uma determinada etapa, como também uma curiosa homenagem aos filmes protagonizados por Bruxas clássicas, como a Bruxa do Oeste do clássico "O Mágico de Oz" (1939).

É impressionante que no decorrer de cada episódio vamos nos simpatizando com cada uma das personagens, mesmo a gente sabendo que o risco de elas morrerem se torna cada vez mais inevitável. As Atrizes Sasheer Zamata, Ali Hahn, Debra Jo Rupp, Aubrey Plaz e Patti Lupone obtém cada uma o seu espaço na trama, sendo que Lupone protagoniza um dos melhores episódios em que se explora as idas e vindas no tempo. Porém, a estrela da série é realmente Kathryn Hahn.

Certa vez o escritor Alan Moore disse que não há personagens ruins, mas sim roteiristas ruins. Esse pensamento pode ser muito bem lembrado quando pensamos na personagem Agatha, sendo uma figura não muito importante nas HQ, mas ganhando aqui sua origem de maneira convincente, uma construção gradual de sua real personalidade e cuja a mesma é imprevisível e sendo justamente por isso nos simpatizamos com ela como um todo. Kathryn Hahn consegue construir uma personagem que transita entre o humor e dramaticidade na medida certa e a série não obteria esse status que obteve sem o seu incrível desempenho em cena.

Contudo, é preciso dar crédito também ao ator Joe Locke, cujo seu personagem, aparentemente, sem nome se torna aos poucos peça importante desse jogo de xadrez da trama e tendo até mesmo laços fortes com "WandaVision". Tudo isso é para ser encaminhado para os dois últimos capítulos dos quais nos brinda com desdobramentos emocionantes, revelações surpreendentes e nos gerando emoções devido aos destinos destes ricos personagens. Nada mal para uma personagem obscura do universo Marvel e provando que a teoria de Alan Moore dita acima está mais do que certa e que deve ser sempre lembrada.

"Agatha Desde Sempre" é aquele típico projeto que a gente não esperava nada, mas nos entregou tudo e conquistando os nossos corações como um todo. 

Onde Assistir: Disney+

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terça-feira, 5 de novembro de 2024

Cine Dica: Em Cartaz - 'O Quarto ao Lado'

Sinopse: Martha e Ingrid são duas amigas de longa data, mas que não se viam há um bom tempo. Quando Martha fica doente, elas retornam a se verem e juntas se unem neste momento tão delicado. 

Pedro Almodóvar já estava namorando a ideia de trabalhar em obras de língua inglesa já algum tempo. Embora isso possa soar estranho em um primeiro momento, ele prova que ainda manteve a sua visão com relação ao mundo mesmo em território americano como no curta "Voz Humana" (2021) e na média metragem "Estranha Forma de Vida" (2023). Em seu primeiro longa-metragem em língua inglesa, "O Quarto ao Lado" (2024) revela um Almodóvar mais sintonia com relação ao mundo e revelando os seus pensamentos através das duas protagonistas da trama como um todo.

Na história, baseada na obra da escritora Sigrid Nunez, acompanhamos sobre as jornalistas Ingrid (Julianne Moore) e Martha (Tilda Swinton), que foram muito amigas no passado quando trabalhavam juntas em uma mesma editora. Devido aos trabalhos distintos, isso fez com que elas se distanciassem ao longo dos anos, mas se reencontrando após Martha revelar para a sua amiga que está sofrendo de um câncer terminal. Em meio a isso, Ingrid carrega uma grande responsabilidade com relação a um pedido que Martha faz para ela.

Pode parecer estranho em um primeiro momento o filme ser em inglês e se passar inicialmente na cidade de Nova York. Porém, Almodóvar mantém as suas características intactas, ao fazer uma trama em que há várias passagens de que estamos diante de um teatro filmado e que nos relembra dos seus primeiros grandes sucessos como "Mulheres à Beira de Um Ataque de Nervos" (1988). Além disso, como não poderia deixar de ser em sua filmografia, o filme possui uma fotografia com cores quentes bastante vivas, como se quase a obra tivesse sido filmada nos tempos da technicolor.

Com relação a isso, é notório que Almodóvar faz, a partir de sua fotografia, uma homenagem ao pintor americano Edward Hopper, sendo que a pintura "A Arte Pessoas no Sol" realizada em 1960 é vista em uma passagem do filme e se casando com a sua proposta no decorrer da obra. Tanto o filme, como as pinturas de Edward Hopper, falam de uma sociedade com as suas vidas vazias, mesmo com todo o colorido e realizações que elas podem obter.

E as referências sobre as pinturas não param por aí, pois em um determinado momento da trama, onde ocorre um flashback, Almodóvar presta uma homenagem a pintura Christina's World, do artista americano Andrew Wyeth, em que simboliza a casa como sendo o centro de um mundo do qual não conseguimos escapar. Isso, portanto, se casa com a situação de ambas as protagonistas vistas na história, das quais retornam ao ponto zero de suas vidas para se unirem no momento mais delicado da vida de uma delas.

Com relação a essa amizade, Almodóvar constrói de forma serena, delicada e especialmente humana. O realizador até faz uma ligeira referência ao clássico "Persona" (1960), de Ingmar Bergman em um determinado enquadramento de cena, mas aqui não há troca de papéis de ambas as atrizes, pois as suas personalidades se diferem uma da outra, mesmo quando a ligação entre as duas se torna bastante intensa. Curiosamente, há uma questão da ideia do duplo vista no ato final do filme, sendo que aqui Almodóvar faz uma ligeira homenagem ao clássico "Um Corpo Que Cai" (1958) de Alfred Hitchcock, mas que simboliza somente um desejo de Ingrid que não pode mais ser alcançado após os desdobramentos da história.

Falando sobre o mestre do suspense, é notório que desde "Julieta" (2016) eu sinto que Almodóvar presta uma homenagem ao realizador inglês em algumas passagens de suas tramas recentes. Porém, mesmo de forma subliminar, isso é notado principalmente em suas trilhas sonoras e das quais são compostas pelo seu antigo colaborador, o compositor Alberto Iglesias. Nota-se, por exemplo, que as suas notas remetem até mesmo aos melhores trabalhos do compositor Bernard Herrmann e, portanto, não estranhe que ao soar as suas notas o clássico "Psicose" (1960) surge em nossas cabeças.

Falando em "Julieta", é notório também que desde aquele filme Almodóvar percebe as mudanças retrógradas e significativas que acontecem no mundo, seja com relação ao mundo político, religioso e as mudanças climáticas que nos aflige a todo momento. Em um determinado momento, por exemplo, o personagem Damian, interpretado pelo veterano John Turturro, faz um pesado desabafo para a personagem Ingrid, desde os retrocessos que andam acontecendo, como também pela possibilidade de estarmos nos encaminhando para a extinção. Neste momento, é mais do que nítido que Almodóvar faz de Damian o seu Avatar para se expressar, mesmo quando as palavras sejam meramente jogadas ao vento, mas que cumpre com certo êxito.

Porém, acima de tudo, o filme toca em um assunto espinhoso com relação a eutanásia, sendo algo revisitado em títulos recentes como "Está Tudo Bem" (2022) de François Ozon. Almodóvar, por sua vez, procura explorar esse assunto da forma mais humana possível, sendo que Martha não demonstra dúvidas na sua escolha, mas sim somente o desejo de obter uma transição tranquila. O cineasta procura não se estender com relação aqueles que são contrários a essa escolha, sendo que isso é somente colocado em pauta de forma rápida no final da obra e cujo personagem contrário nada mais é do que uma síntese sobre os fanatismos religiosos que rondam pelo mundo.

Tanto Tilda Swinton como Julianne Moore estão ótimas em seus respectivos papéis, sendo que ambas são uma representação da forma como Almodóvar enxerga o universo feminino desde o início de sua carreira e que também fala da sua própria pessoa. Das duas, Swinton é a que melhor se sobressai em cena, ao construir uma personagem cheia de camadas, onde os erros do passado lhe assombram, mas não influenciando na sua decisão como um todo. Já Moore seria uma representação do nosso olhar perante aquele cenário, que nos convida para refletirmos com a mente aberta e para ouvirmos o que a personagem Martha tem a dizer no decorrer dessa encruzilhada.

Ao final, constatamos que não é somente um filme de Almodóvar em sua essência, como também uma obra que fala sobre a solidão que a vida pode nos provocar e tornando ela cada vez mais vazia na medida em que o tempo passa. Mesmo em território americano, o tema é universal, do qual Almodóvar poderia ter feito na sua amada Barcelona, mas optando em explorar novos territórios, mas sempre sendo ele mesmo. Ao meu ver, a temática de Almodóvar pode ser degustada em qualquer lugar e cujo sabor sempre nos soará familiar.

"A Porta ao Lado" é uma delicada história de amor e amizade sobre duas mulheres perante uma realidade vazia, mas que obtêm cores e vida nas mãos autorais de Pedro Almodóvar. 

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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS DE 07 a 13 de NOVEMBRO DE 2024

 ESTREIA:

A FESTA DE LÉO

Brasil/Drama/ 86 min.

Direção: Luciana Bezerra e Gustavo Melo

Sinopse: Moradora do morro do Vidigal, uma das favelas mais famosas do Rio, Rita é uma vendedora ambulante que trabalha na praia e há meses vem economizando dinheiro para dar ao seu filho Léo uma festa de aniversário. Até que descobre que todo o dinheiro foi roubado pelo seu próprio marido, Dudu, que contraiu uma dívida perigosa com os moradores locais e precisa pagar de maneira urgente para preservar sua vida. A partir dessa desilusão, Rita precisa correr contra o tempo para descobrir formas de viabilizar o dinheiro para salvar A vida do pai de seu filho e finalmente poder comemorar o aniversário de Léo.

Elenco:Cíntia Rosa, Jonathan Haagensen, Arthur Ferreira, Mary Sheyla, Neusa Borges, Babu Santana,Jonathan Azevedo,Luciano Vidigal,Márcio Vito,Roberta Rodrigues,Thiago Martins.


EM CARTAZ:

CONTINENTE

Brasil/ Drama/ 2024/115 min.

Direção: David Pretto

Sinopse:Após 15 anos vivendo no exterior, Amanda (Olívia Torres) retorna ao Brasil acompanhada de seu namorado francês, Martin (Corentin Fila). Eles chegam à isolada fazenda de seu pai, situada em um remoto vilarejo no sul do país, apenas para encontrar o mesmo em estado de coma. A situação é cercada por tensões crescentes entre o fazendeiro e os trabalhadores da propriedade, criando um clima de descontentamento e conflito. No vilarejo, a única médica disponível é Helô (Ana Flavia Cavalcanti), uma jovem dedicada que cuida dos moradores locais e se vê envolvida na crise que se desenrola. Com a iminente morte do fazendeiro, Amanda, Martin e Helô se encontram no epicentro de um drama que expõe as fraturas entre os habitantes do vilarejo e a família proprietária da fazenda. O filme apresenta um retrato intenso e envolvente de como o retorno a um passado doloroso pode provocar consequências profundas e inesperadas.

Elenco: Olívia Torres,Ana Flavia Cavalcanti,Corentin Fila

O DIA DA POSSE

Brasil/ Documentário/2021/70 min

Direção: Allan Ribeiro

Sinopse: Brendo quer ser presidente do Brasil. Enquanto esse dia não chega, ele estuda direito, faz vídeos para as redes, sonha com novas conquistas e se imagina em um reality show, durante a pandemia.



HORÁRIOS DE 07 a 13 DE NOVEMBRO(não há sessões nas segundas):

15h: O DIA DA POSSE

17h: CONTINENTE

19h: A FESTA DE LÉO


Ingressos

Os ingressos podem ser adquiridos a R$ 12 na bilheteria do CineBancários. Idosos (as), estudantes, bancários (as), jornalistas sindicalizados (as), portadores de ID Jovem e pessoas com deficiência pagam R$ 6. São aceitos cartões nas bandeiras Banricompras, Visa, MasterCard e Elo. Na quinta-feira, a meia-entrada é para todos e todas.

EM TODAS AS QUINTAS TEMOS A PROMOÇÃO QUE REDUZ O VALOR DO INGRESSO PARA TODOS E EM TODAS AS SESSÕES PARA R$ 6,00.

CineBancários/ Rua General Câmara, 424 – Centro – Porto Alegre/ (51) 3030.9405 ou pelo e-mail cinebancarios@sindbancarios.org.br


C i n e B a n c á r i o s 

Rua General Câmara, 424, Centro 

Porto Alegre - RS - CEP 90010-230 

Fone: 51- 30309405

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Cine Especial: Clube de Cinema - 'Sidonie no Japão' 

Sinopse: A viúva Sidonie inicia um caso com um editor enquanto é assombrada pelo fantasma de seu marido.

Isabelle Huppert é uma das atrizes mais versáteis e atuantes do cinema francês e se tornando uma figura presente nas Cinematecas de Porto Alegre. Porém, a intérprete também se arrisca em novos cenários, principalmente no oriente onde atuou em filmes como "A Visitante Francesa" (2012) e "A Câmera de Claire" (2017), sendo ambos feitos na Coreia e pelo diretor Hong Sang-Soo. Em "Sidonie no Japão" (2023) a intérprete retorna ao oriente, mas desta vez no Japão, onde a sua personagem transita entre a saudade, solidão e recomeços.

Dirigido por Élise Girard, o filme conta a história de  Sidonie Perceval (Isabelle Huppert) escritora francesa que viaja para o Japão para o relançamento do seu livro mais conhecido. Chegando na cidade de Kioto, ela é acompanhada pelo seu editor Japonês Zenso (Tsuyoshi Ihara) e deste encontro nasce uma curiosa relação de amor e amizade enquanto ambos  visitam monumentos históricos do país. Porém, Élise começa a ser assombrada pelo espírito do seu falecido marido (August Diehl) e fazendo com que ela transite entre lembranças e novas escolhas no decorrer do percurso.

É bom ir assistir a um filme com poucas informações, fazendo com que o longa se torne uma grata surpresa. No caso aqui, Élise Girard cria uma trama que transita em elementos já vistos em outros clássicos, que vão desde ao brasileiro "Dona Flor e Seus Dois Maridos"(1976), como a produção gringa "Ghost - Do Outro Lado da Vida" (1990). Porém, "Sidonie no Japão" se diferencia ao não cair no óbvio, já que nunca sabemos ao certo se a protagonista está vendo realmente um fantasma ou se tudo não passa do seu desejo em não deixar o passado e cujo mesmo vai aos poucos se materializando.

Elise Girard aproveita essa questão para explorar os mistérios sobre a vida e a morte de acordo com os costumes vindos do Japão, sendo que o ritmo lento da trama se torna proposital para desfrutarmos de belas imagens de locais turísticos e que nos passam uma ideia dos costumes de lá como um todo. Porém, o filme possui até mesmo umas pinceladas de um humor refinado, mesmo que tímido, mas que deixa o espectador mais descontraído e atraído sobre o significado da aparição do falecido marido. As aparições, aliás, surgem sem menor aviso e fazendo a gente questionar a lucidez da protagonista por alguns momentos.

Como não poderia deixar de ser, Isabelle Huppert novamente interpreta uma personagem complexa, cuja solidão é vista em seu olhar, mas que aos poucos ganha novo significado a partir do momento que se envolve cada vez mais com seu editor. Curiosamente, o personagem  Zenso é talvez a figura que mais muda na medida em que a trama avança, sendo uma pessoa vazia por dentro, mas que aos poucos vai sendo preenchido pela protagonista e fazendo com que o mesmo libere o seu lado mais significativo de sua pessoa. Embora pouco conhecido mundialmente Tsuyoshi Ihara se sai muito bem perante a veterana e fazendo com que ambos os personagens se casem perfeitamente em cena.

Assim como o cultuado "Encontros e Desencontros" (2004) de Sofia Coppola, o filme funciona também ao tornar o cenário japonês como uma espécie de lugar em que os personagens buscam uma forma de se encontrarem com eles mesmos e para que assim possam dar um novo passo que antes parecia até mesmo impossível. Se por um lado os protagonistas desfrutam de momentos românticos, do outro, o filme propõe em não esconder o quanto é complexo tempos atuais em que é cada vez mais complicado manter um relacionamento enquanto o mundo cada vez se torna mais complicado. Ao menos, há sempre uma pequena esperança no final do túnel, mesmo quando os próprios personagens vistos na tela digam ao contrário.

"Sidonie no Japão" é uma singela história sobre como se conhecer a si próprio em novo território e nunca se limitar aos novos desafios que irão surgir mesmo quando o mundo lhe tirou tudo. 

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Cine Dica: CINEMATECA CAPITÓLIO PROGRAMAÇÃO 07 a 13 de novembro de 2024

 ESTREIA DE NOVO FILME DE ORLANDO SENNA

Na quinta-feira, 07 de novembro, a Cinemateca Capitólio promove a estreia de Longe do Paraíso, o mais novo filme do diretor Orlando Senna. O valor do ingresso é R$ 16,00.


Mais informações: https://www.capitolio.org.br/eventos/7868/longe-do-paraiso/


MOSTRA DESTACA CINEMA DE MAYA DEREN

Entre os dias 8 e 10 de novembro, a Cinemateca Capitólio apresenta a mostra Programa Maya Deren, dedicada à obra da cineasta que criou as bases do novo cinema experimental dos Estados Unidos na primeira metade do século vinte. Suas obras-primas serão exibidas em diálogo com filmes de outras diretoras, como Barbara Hammer, Vivian Ostrovsky, José Agrippino de Paula e Maria Esther Stockler. Realização da Vai e Vem Produções, a mostra tem entrada franca.


Programação completa: https://www.capitolio.org.br/novidades/7865/programa-maya-deren/


CRISTINA AMARAL EM PORTO ALEGRE

De 11 a 14 de novembro, o V Encontro Teoria de Cineastas: Práticas e Políticas do Pensamento por Imagens realiza a Mostra Cristina Amaral na Cinemateca Capitólio, com a presença da lendária montadora, e exibição de filmes dirigidos por Carlos Reichenbach, Andrea Tonacci e Adirley Queirós e Joana Pimenta. Entrada franca.


Mais informações: https://www.ufrgs.br/teoriadecineastas/programacao-completa/


GRADE DE HORÁRIOS

07 a 13 de novembro de 2024


07 de novembro (quinta-feira)

15h – Longe do Paraíso

17h – A Hora do Pesadelo 2 - A Vingança de Freddy

19h – Cemitério do Esplendor


08 de novembro (sexta-feira)

15h – Longe do Paraíso

17h – O Novo Pesadelo de Freddy Krueger

19h30 – Maya Deren: Os filmes abandonados


09 de novembro (sábado)

15h – Longe do Paraíso

17h – Disparo Para Matar

18h30 – Maya Deren: ritmos e cinema

20h – Maya Deren: rituais


10 de novembro (domingo)

15h – Longe do Paraíso

17h – A Morta-Viva

19h – Maya Deren: O corpo místico


11 de novembro (segunda-feira)

19h – Garotas do ABC

12 de novembro (terça-feira)

15h – Longe do Paraíso

17h – Providence

19h – Já Visto, Jamais Visto + debate


13 de novembro (quarta-feira)

15h – Longe do Paraíso

17h – Walkover

19h – Serras da Desordem

domingo, 3 de novembro de 2024

Cine Dica: Cineclube Torres exibe "Beira Mar"

O ciclo de cinema gaúcho do Cineclube Torres continua na segunda dia 4, às 20h, com "Beira Mar" da dupla Filipe Matzembacher e Marcio Reolon. Após a primeira sessão do documentário que inspirou o ciclo, começa a sequência de longas de ficção com filme ambientado no litoral.

A intensa programação de novembro do Cineclube Torres, uma oficina cineclubista contemplada no Edital Municipal da Lei Paulo Gustavo, segue com a sequência de longas selecionados a partir do estudo do diretor e professor de cinema, Boca Migotto.O projeto "Um Certo Cinema Gaúcho de Porto Alegre em Torres" procura oferecer um panorama significativo da mais recente produção gaúcha que orbita em torno da histórica produtora porto-alegrense "Clube Silêncio".

Na sessão de segunda, um filme de uma dupla de jovens diretores de uma geração sucessiva àquela da produtora e que já são considerados uma realidade emergente pela crítica internacional.Filipe Matzembacher e Marcio Reolon com este delicado filme de estreia conseguiram ser selecionados no Festival de Berlim em 2015 na mostra Fórum, primeiro passo para futuros triunfos neste festival, com “Tinta Bruta”, que também será exibido em Torres.

A história do filme ocorre durante o inverno, quando dois jovens viajam até o litoral norte gaúcho. Martin precisa resolver algumas pendências familiares e Tomaz aceita acompanhá-lo nessa jornada, aproveitando a oportunidade para se reaproximar do amigo.O filme acaba sendo "um registro intimista, quase sensorial, das descobertas silenciosas, das escolhas incontornáveis de corpos que vibram e desejam, e das desconstruções perenes que não cabem no mundo." (Gustavo Guilherme, UFES, Cine Metrópolis).

Este ciclo/oficina (em cuja imagem de cartaz, o símbolo de Porto Alegre aparece como irônica citação cinematográfica alusiva aos recentes desastres políticos/ambientais da capital) integra a programação continuada realizada com ENTRADA FRANCA, na Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, pelo Cineclube Torres, associação sem fins lucrativos com 13 anos de história, em atividade desde 2011, Ponto de Cultura certificado pela Lei Cultura Viva federal e estadual, Ponto de Memória pelo IBRAM, Sala de Espetáculos e Equipamento de Animação Turística certificada pelo Ministério do Turismo (Cadastur), contando para isso com a parceria e o patrocínio da Up Idiomas Torres.

Serviço:

O que: Exibição de "Beira Mar", de Filipe Matzembacher e Marcio Reolon, ficção, 83min., 2015

Onde: Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, na escola Up Idiomas, Rua Cincinato Borges 420, Torres

Quando:

Sexta-feira, dia 4/11, às 20h.

Ingressos: Entrada Franca, até lotação do local (aprox. 22 pessoas).

Projeto realizado com recursos da Lei Complementar n.195/23 - Lei Paulo Gustavo.


Cineclube Torres

Associação sem fins lucrativos

Ponto de Cultura – Lei Federal e Estadual Cultura Viva

Ponto de Memória – Instituto Brasileiro de Museus

CNPJ 15.324.175/0001-21

Registro ANCINE n. 33764

Produtor Cultural Estadual n. 4917