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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 20 de março de 2020

Cine Dica: Durante a Quarentena Assista: 'Stan e Ollie' - O Gordo e o Magro

Sinopse: Esta é a história de uma das melhores duplas de comediantes: Laurel e Hardy.  

É sempre difícil fazer uma cinebiografia que respeite a imagem de um grande ídolo, principalmente quando esse for um dos representantes da era de ouro do cinema. Laurel e Hardy foi uma das maiores duplas do gênero da comédia e fazer um filme que reconstitui as suas vidas seria muito arriscado para dizer o mínimo. Porém, "Stan e Ollie - O Gordo e o Magro" é uma agradável surpresa para os nostálgicos de plantão, pois a obra é uma declaração de amor para essas duas pessoas que se dedicaram ao máximo em suas profissões mesmo com todas as adversidades que ela pode causar.  
Dirigido por Jon S. Baird, filme conta a história real de uma das maiores duplas de comediantes de todos os tempos, Laurel e Hardy. Os dois embarcaram em uma longa jornada em sua turnê pela Grã-Bretanha, em 1953, buscando colocar suas carreiras novamente nos holofotes, mesmo com o mundo ainda abalado pelos efeitos da Segunda Guerra Mundial. Porém as diferenças pessoais entre os interpretes pode colocar a vida pessoal e a carreira dos dois em cheque.  
Com uma maravilhosa abertura em plano-sequência, o filme começa exatamente na época em que ambos os interpretes estavam em seu auge. Embora caracterizados ainda com os seus respectivos personagens no set de filmagens, nós já conseguimos enxergar nesse ponto o lado humano que eles guardavam longe das câmeras e revelando, tanto as suas ambições, como também as suas próprias fraquezas. Devido a diferenças, ambos seguiram em determinado tempo carreiras separadas, mas anos mais tarde decidem se unir novamente e é aí que o filme começa. 
Ao reconstituir a turnê da qual eles participaram, o filme ganha contornos que remetem aos tempos mais dourados de Hollywood, com os seus cenários mais fantasiosos e menos realistas. Isso, logicamente, é proposital para que o público, principalmente aquele que viveu assistindo aos clássicos do “Gordo e o Magro”, se lembrem de tempos mais inocentes. Contudo, o filme não esconde o lado feio por detrás da indústria cinematográfica e da qual os próprios enfrentaram nas devidas penas.  
Mas nada disso faria sentido se a dupla de interpretes não conseguisse fazer jus ao legado da clássica dupla. Mais eis que Steve Coogan, como Stan, e John C. Reilly como Oliver, simplesmente se entregam de corpo e alma e ambos se tornando os corações pulsantes do filme. Aliás, John C. Reilly  nos brinda aqui com a melhor atuação de sua carreira e cuja a ótima maquiagem colabora ainda mais para causar esse efeito em cena.  
O ato final é digno de nota, pois em meio as dificuldades, diferenças, além do estado de saúde delicada de Oliver, a dupla percebe que a união e a amizade é o que moverá eles para sempre. Em tempos atuais em que a comédia anda em declínio, é sempre bom assistir dois grandes exemplos que se dedicavam ao seu maior dom que era alegrar as plateias de todo mundo. Com uma ótima atuação das atrizes Nina Arianda e Shirley Henderson, em que ambas interpretam as respectivas esposas dos atores, "Stan e Ollie - O Gordo e o Magro" é uma agradável surpresa para os fãs de uma boa comédia das antigas e revela o lado humano desses grandes artistas. 


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NOTA: Cine Um suspende suas atividades devido ao Coronavírus



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quinta-feira, 19 de março de 2020

Cine Dica: Durante a Quarentena Assista: 'Klaus'

Sinopse: Prestes a desistir da profissão, ele encontra apoio na professora Alva (Rashida Jones) e no misterioso carpinteiro Klaus (J.K. Simmons), que vive sozinho em sua casa repleta de brinquedos feitos a mão.

Muitas jovens gerações cresceram assistindo a contos de natal para tv, onde na maioria das histórias reconta a origem do natal, ou então a data festiva é usada como pano de fundo para a história principal. Com tantos bons exemplos, como no caso do clássico "Rudolph, a Rena do Nariz Vermelho"(1964), ou "O Fantástico Mundo de Jack" (1993), fica dificil de imaginar que nos dias de hoje ainda haja espaço para um filme que explore o natal e venha ser um clássico para ser assistido nos finais de ano. Felizmente "Klaus" vem para nos dizer ao contrário e provando que muito do natal ainda precisa ser explorado.
Dirigido por Sergio Pablos, responsável por títulos como "Meu Malvado Favorito" (2010), o filme se passa em Smeerensburg, remota ilha localizada acima do Círculo Ártico, Jesper (Jason Schwartzman) é um estudante da Academia Postal que enfrenta um sério problema: os habitantes da cidade brigam o tempo todo, sem demonstrar o menor interesse por cartas. Prestes a desistir da profissão, ele encontra apoio na professora Alva (Rashida Jones) e no misterioso carpinteiro Klaus (J.K. Simmons), que vive sozinho em sua casa repleta de brinquedos feitos a mão.
Quando se acha que os desenhos feitos a mão estão praticamente extintos, eis que Sergio Pablos e os realizadores da netflix nos dizem ao contrário. Os primeiros minutos, aliás, são um choque para os nossos olhos, pois as cores são vibrantes, os traços são cartunescos e fazendo a gente relembrar até mesmo da fase de ouro da Disney quando reinava com produções como essa como um todo. Porém, há um belo casamento com o desenho a mão com os últimos recursos de ponta e fazendo do visual da obra algo ainda mais prazeroso para ser degustado.
Falando em Disney, a premissa do filme lembra um pouco o clássico "A Nova Onda do Imperador" (2000), já que o protagonista Jesper é um personagem mimado e egoísta, mas que aos poucos vai mudando o seu comportamento a partir do momento que pisa na ilha em que se passa os principais acontecimentos da trama. Não deixa de ser curioso também constatarmos que os habitantes que vivem nesse cenário sejam uma espécie de metáfora com relação aos povos do mundo real, onde cada vez mais convivem entre atritos, indiferenças e hostilidades que, por vezes, nem sabem por onde começaram.  Nada mal para uma animação infantil tocar em um assunto, por vezes, delicado, mas que precisa ser discutido.
O divertido do filme está nos detalhes que dão origem a lenda do Papai Noel e por onde tudo começou. Curiosamente, há uma transição de tom do filme para humor e momentos de pura emoção e que faz a gente se identificar cada vez mais com os personagens. O final é singelo, delicado e que irá com certeza emocionar muitas pessoas de todas as idades que forem assisti-lo.
"Klaus" é uma grata surpresa vinda do universo da animação e provando que não importa se a produção é realiza com novos ou velhos recursos de ponta, desde que seja feito com coração. 

Onde Assistir: Na Netflix.  

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NOTA: Cinemateca Paulo Amorim fecha por tempo indeterminado


Desde o último dia quinze, assim como Cinebancários e Cinemateca Capitólio, a Cinemateca Paulo Amorim também fecha as suas portas devido ao Coranavírus. Assim como as salas já citadas, a Cinemateca que é abrigada na Casa de Cultura Mario Quintana se destaca por nos brindar com um cinema mais alternativo, dos quais dificilmente se vê em um cinema convencional e proporcionando para nós sessões inesquecíveis. Vale lembrar que boa parte das sessões do Clube de Cinema de Porto Alegre ocorrem também nessa Cinemateca e se tornando uma das melhores casas para o cinéfilo que busque qualidade e reflexões após cada sessão. 
Ficamos na torcida para que esses tempos nebulosos acabem e que voltemos a ter boas sessões para todos nós por lá. 


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quarta-feira, 18 de março de 2020

Cine Dica: Em Cartaz: 'Meio Irmão' - Abandonados e sem perdão

Sinopse: Sandra está procurando sua mãe que está desaparecida há dias. Com o passar do tempo, a busca se torna mais difícil e ela decide procurar Jorge, seu meio-irmão que vive e trabalha com o pai instalando sistemas de vigilância. 

No recente filme "Você Não Estava aqui" vemos as consequências do capitalismo fortalecendo o mercado de trabalho informal e de como hoje o trabalhador se torna escravo do seu próprio negócio e que acha que um dia obterá algum lucro. Ao mesmo tempo observamos a desarmonia da família dentro da trama se fortalecer, ao ponto de adentrar um caminho nem um pouco acolhedor para todos que se encontram ali. "Meio Irmão" explora mais esse segundo caso, mas tendo nas entrelinhas a influência dos rumos em que a sociedade presa ao sistema está vivendo.
Dirigido por Eliane Coster, do filme conta a história de Sandra, uma adolescente de 16 anos, passa por um momento difícil. Sua mãe está desaparecida há dias e, por isso, a garota passa as tardes varando a cidade de bicicleta, procurando seu paradeiro. Quando a jovem começa a perder as esperanças, ela decide pedir ajuda para seu meio irmão, com quem cultiva uma relação distante. Ele, que também se encontra em uma situação pessoal delicada, não sabe como pode colaborar.
O interessante no início do primeiro ato está no fato de não sabermos ao certo quem é irmão de quem, mas sim nos é apresentado jovens em suas rotinas da juventude. Ao mesmo tempo, gradualmente, observamos as alterações explosivas de Sandra, que é brilhantemente interpretada pela jovem atriz Natália Molina, onde aos poucos descobrimos os motivos que a levam em agir dessa forma. Em contrapartida observamos o seu meio irmão Jorge, interpretado pelo ator Diego Avelino, testemunhar e gravar algo que não devia e adentrar em um caminho sem volta.
É por essas duas linhas narrativa se cruzando que temos então um pequeno retrato da sociedade brasileira atual, onde a família em si não é somente formada pelos laços de sangue, mas sim também pela boa vontade daqueles que ainda acreditam em uma razão em continuar vivendo em uma realidade, por vezes, sem sentido. Mas embora a trama se passe em uma única cidade, por outro lado, o cenário ali fala um pouco de um Brasil atual desgovernado, onde há trabalhos dos quais não dão muitas expectativas para o futuro, aumento da violência vinda de milicianos e do desdém dos pais que não procuram cuidar de forma melhor dos seus próprios filhos. Nesse último caso, por exemplo, é visto de forma ainda mais explicita, principalmente ao vermos uma Sandra tentando sobreviver com o que tem, mas não escondendo a dor pelo fato de ter sido abandonada pela própria mãe.
Eliane Coster procura não dar soluções fáceis para os seus personagens, já que o próprio mundo real em que nos encontramos não surge soluções que a gente desfrute facilmente. Ao constatarmos que fica em aberto os destinos dos personagens principais, concluímos que a situação fala sobre nós, do nosso dia a dia atual em nosso Brasil e que não há muita coisa a ser feita, a não ser seguir em frente antes que o pior aconteça. "Meio Irmão" fala de uma geração sem muitas expectativas, mas enfrentando os obstáculos para se encontrarem na vida. 


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NOTA: Clube de Cinema: paralisação das atividades.


O Clube de Cinema de Porto Alegre informa que, em virtude da disseminação do Covid-19, está suspendendo suas atividades por, no mínimo, três semanas.  Dessa forma, as sessões de 21 de março, 28 março, e 4 de abril estão canceladas.
Até a terça-feira, 7 de abril, informaremos quanto ao retorno, ou não.

Cuidem-se.
Atenciosamente;
Márcio von Diemen
Paulo Casanova
Carlos Eduardo Lersch


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terça-feira, 17 de março de 2020

Cine DIca: Em Cartaz: 'Fotografação' - Um mosaico de imagens e infomação

Sinopose: O documentário fala sobre momentos marcantes da História da Fotografia Brasileira, construído através do olhar de Lauro Escorel, atuante diretor de fotografia do cinema brasileiro. O filme focaliza a representação do País no trabalho de diversos fotógrafos e reflete sobre o impacto da fotografia digital na sociedade contemporânea.

A era digital tanto facilitou como também fez com que a fotografia se tornasse banal, ao ponto que muitas pessoas tiram fotos de si mesmas, mas não obtendo significado algum. Em tempos anteriores, a fotografia era algo bem próximo da arte de se fazer pintura, onde fotografos firavam fotos de momentos historicos de nosso país. "Fotografação" procura nos mostrar tempos em que a fotografia era levado a sério e e nos brindando com imagens de tempos mais dourados.
Dirigido por  Lauro Escorel, fotografo responsavel responsavel por vários clássicos do cinema brasileiro como, por exemplo, "Bye Bye Brasil" (1980), o documentário começa nos tempos atuais, onde as pessoas registram pelos seus celulares momentos, tanto importantes do nosso país atual, como momentos corriqueiros e esquecidos. O filme dá uma guinada para o passado, onde vemos a transição da monarquia para a republica reçém nascida. Um registro de nossa história, através de belas imagens que valem a pena serem redescobertas.
Através de entrevistas com historiadores e críticos de fotografias, Lauro Escorel cria um mosaico de imagens cheias de informações, cuja as imagens quais sintetizam quase tudo como eram os nossos costumes e a nossa cultura vasta que não pode ser abandonada. Em especial, o realizador destaca  os primeiros fotógrafos a atuarem no Brasil, ainda no século XIX, como Marc Ferrez e Augusto Malta, sendo que ambos registravam a maneira que a familia real gostaria que o mundo de fora visse o Brasil. Curiosamente, os fotografos foram na época corajosos ao revelar em belas imagens, tanto os reais donos dessas terras que são os indíos, como também os homens escravos que diziam muito de suas vidas somente pelo seu olhar registrado.
Mas, talvez, o apice do documentário se encontra nos registros fotograficos criados pelo poeta Mário de Andrade e cujo o seu talento não se restringia somente pelo seu lapis. Em suas fotográfias, Andrade destava as pessoas vistas de longe, mesmo em cenários que eram maiores do que sua própria vida. Curiosamente, há fotos em que ele registra a sua própria sombra,  cuja  ela se faz presente até mesmo na extinta sédula de quinhentos mil cruzeiros.
Passando da monarquia, para nova republica, o filme vai gradualmente chegando aos tempos atuais e fazendo com que o futuro da fotografia artistica se torne indefinido. Ao mesmo tempo em que a era digital trouxe bons frutos, por outro lado, é tanta informação que as pessoas registram que fica até mesmo dificil de prever se um dia alguma desssas imagens serão lembradas como um todo. Ao menos, resta torcer para que essa nova geração consiga olhar para trás e se dar conta que a fotografia guarda muito mais do que um mero instrumento para a pessoa se mostrar nas redes sociais.
"Fotografação" é um registro sobre a nossa cultura e patrimonio através de belas fotográfias e das quais jamais podem ser esquecidas. 


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