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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Cine Dica: Raros da Mauritânia, O Franco Atirador e Semana de Portugal (29 de novembro a 6 de dezembro)


LÁSSICO POLÍTICO DA MAURITÂNIA NO PROJETO RAROS SESSÃO ESPECIAL DE 40 ANOS DE O FRANCO ATIRADOR SEMANA DE PORTUGAL E SEGUNDA MOSTRA SESC DE CINEMA
O Franco Atirador 

A última semana de novembro da programação da Cinemateca Capitólio Petrobras está repleta de sessões especiais, incluindo edição do Projeto Raros com clássico político da Mauritânia, exibição de O Franco Atirador de Michael Cimino e sessões da Semana de Portugal e da 2ª Mostra SESC de Cinema.

CLÁSSICO POLÍTICO DA MAURITÂNIA NO PROJETO RAROS

Na sexta-feira, 30 de novembro, às 21h, uma edição especial do Projeto Raros apresenta o longa-metragem Ô Sol (Soleil Ô, 1969, 98 minutos), dirigido por Med Hondo, um dos nomes mais importantes do cinema da Mauritânia. A sessão marca o lançamento da programação da Mostra de Cinemas Africanos em Porto Alegre, que começa no dia 7 de dezembro. O filme será apresentado pelo crítico e pesquisador Pedro Henrique Gomes. Exibição digital e legendas em português. Entrada franca.
Em Ô Sol, um homem da Mauritânia está feliz da vida: escolhido para assumir uma vaga em Paris, na França, ele espera finalmente mudar de vida e se encontrar no mundo. Embora tenha boa educação, ele acaba tendo muitas dificuldades para se estabelecer no país, e se vê cercado pelo racismo, pela indiferença e preconceito. Aos poucos, o sonho de uma vida diferente na terra dos colonizadores vai se desfazendo. Em uma colônia francesa sem nome na África Ocidental, homens negros se alinham diante de um padre branco para batizar e renomear - o primeiro passo em um processo que os descarta e subjuga simultaneamente. Na França, os negros coloniais, encorajados pela propaganda, chegam para buscar uma vida melhor. O que eles encontram é o desemprego ou um punhado de empregos "sujos", condições de vida inaceitáveis, racismo puro e indiferença burocrática. Procurando por uma nova forma cinematográfica, Med Hondo evitou toda a narrativa convencional em seu longa de estreia. Desde as sequências de abertura estilizadas e surreais até as aventuras episódicas de um homem em particular, o diretor apresenta uma série de peças imaginativas, ligadas por narração de voz, que investigam e dramatizam um complexo de temas inter-relacionados. Um ataque mordaz ao colonialismo, o filme é também uma exposição chocante do racismo e uma acusação brutal e irônica dos valores capitalistas ocidentais.

40 ANOS DE O FRANCO ATIRADOR
A Cinemateca Capitólio Petrobras celebra o aniversário de 40 anos de O Franco Atirador (The Deer Hunter, 1978, 183 minutos), a obra-prima de Michael Cimino, com uma sessão especial no sábado, 1 de dezembro, às 19h30. O valor do ingresso é R$ 10,00, com meia entrada para estudantes e idosos. Exibição em alta definição.

SINOPSE: Três jovens metalúrgicos de origem russa da cidadezinha de Clairton, na Pensilvânia, estão prestes a lutar na Guerra do Vietnã. Antes da partida, a comunidade local promove uma grande festa de despedida por ocasião do casamento de um deles. O Franco Atirador é o segundo longa-metragem do diretor Michael Cimino. Antes, ele havia trabalhado ao lado de John Milius no roteiro de Magnum 44 (1972), o segundo filme da série de Dirty Harry, protagonizada por Clint Eastwood. O ator também estava presente na ótima estreia de Cimino na direção, O Último Golpe (1974). Mas foi com o drama sobre o modo como a guerra afeta a vida das pessoas em seu segundo filme, que Cimino transformou-se em um dos principais nomes do cinema americano. O Franco Atirador ganhou cinco prêmios no Oscar, incluindo direção e melhor filme. No topo do mundo, Cimino resolveu arriscar um projeto mais ambicioso: O Portal do Paraíso. Lançado em 1980, o faroeste pessoal do diretor resultou em um dos maiores prejuízos da história de Hollywood. Atribui-se ao filme, inclusive, a derrocada da geração de jovens autores e o fim da maturidade do cinema americano dos anos 1970. A injustiça histórica com essa obra-prima só seria revista recentemente, quando versões restauradas foram exibidas em mostras e festivais. Apesar da relação turbulenta com os estúdios e a má vontade de boa parte da crítica americana, o diretor seguiu realizado grandes filmes como O Ano do Dragão (1985) e Na Trilha do Sol (1994), a sua despedida precoce do cinema.

CINEMATECA CAPITÓLIO PETROBRAS APRESENTA SESSÕES NA SEMANA DE PORTUGAL

De 29 de dezembro a 6 de dezembro, a Cinemateca Capitólio Petrobras apresenta quatro sessões especiais para celebrar a Semana de Portugal. A programação inclui um programa de curtas de animação de José Miguel Ribeiro, dois filmes da essencial produtora O Som e a Fúria e a cinebiografia da poeta Florbela Espanca. Com apoio do Instituto Camões e do Vice-Consulado de Portugal em Porto Alegre, as sessões têm entrada franca.

PROGRAMA DE ANIMAÇÕES DE JOSÉ MIGUEL RIBEIRO

A Suspeita
Portugal, 2000, 25 minutos
Um compartimento de comboio, quatro pessoas, um revisor, um canivete de Barcelos e um potencial assassino. Chegarão todos ao fim da viagem?

Passeio de Domingo
Portugal, 2009, 20 minutos
São capazes de guardar um segredo?... Este domingo vai ser diferente. Nem pomos os pés dentro do carro. A mãe e o pai não vão discutir e nós vamos brincar num jardim de couves gigantes.

Viagem a Cabo Verde
Portugal, 2010, 17 minutos
História de uma viagem de 60 dias a andar em Cabo Verde. Sem telemóvel ou relógio, sem programar antecipadamente e com o essencial às costas, o viajante descobre as montanhas, povoações, o mar, uma tartaruga, a música, as cabras, a bruma seca, os cabo-verdianos e acima de tudo uma parte essencial de si mesmo.

Papel de Natal
Portugal, 2014, 30 minutos
Dodu, um destemido bonequinho de cartão, Camila, uma amorosa menina de 8 anos e Sana, um Pai Natal de todos os dias, resgatam o pai de Camila das garras do Monstro Desperdício, reciclando o papel de embrulho dos presentes de Natal e respirando em sincronia com todas as florestas do Céu e da Terra.

JOHN FROM
Portugal, 2015, 90 minutos
Direção: João Nicolau
Exibição em HD.
Uma adolescente ocupa seu tempo ocioso tomando sol na varanda. Um dia, ela se interessa por um novo vizinho, bem mais velho do que ela e que tem uma filha pequena. Decidida a conquistá-lo, ela elabora planos para atrair sua atenção.

AQUELE QUERIDO MÊS DE AGOSTO
Portugal, 2008, 150 minutos
Direção: Miguel Gomes
Exibição digital
Pai, filha e primo retornam para casa, no coração das montanhas de Portugal, para compartilhar o amor pela música.

FLORBELA
Portugal, 2012, 118 minutos
Direção: Vicente Alves do Ó
Exibição digital
Florbela é uma famosa poetiza portuguesa do início do século 20. Em busca de estabilidade, ela aceita se casar. Logo fica entediada com essa nova vida e vai a Lisboa encontrar o irmão, onde vive intensamente e se inspira para escrever.

2ª MOSTRA SESC DE CINEMA NA CINEMATECA CAPITÓLIO PETROBRAS

Com o objetivo de promover a difusão da produção cinematográfica brasileira que não chega ao circuito comercial de exibição, a Mostra Sesc de Cinema pretende contribuir para o campo audiovisual sendo um espaço de lançamento e promoção de artistas de todo o país. A Cinemateca Capitólio Petrobras recebe sessões de três longas na programação: Leste Oeste, de Rodrigo Grota, Aurora 1964, de Diego Di Niglio, e Escolas em Luta, de Eduardo Consonni. A entrada é franca. Leste Oeste (Londrina/PR, 2016, 86 min, 14 anos) Dir. Rodrigo Grota Ezequiel, um ex-piloto, volta a sua cidade natal após 15 anos para disputar uma última corrida . Ele reencontra Stela, um antigo affair; Angelo, o patriarca da família; além de Pedro, um jovem de 16 anos que sonha em ser piloto.
AURORA 1964 (Olinda/PE, 2017, 66 min, 12 anos) Dir. DIEGO DI NIGLIO Recife, Brasil, 2016. Dona Lourdes vai ser avó outra vez. Seu Jarbas coloca para tocar um velho Lp de Ave Sangria. Anacleto Julião assiste as imagens em super8 de seu pai exiliado no México. Seu Cícero revisita fotos antigas num melancólico fim de tarde no Engenho Galileia. Jacira relembra a tortura pública de seu tio, Gregório Bezerra. Um país em plena crise de sua democracia, marcado por conflitos políticos e sociais, é o pano de fundo das narrativas do cotidiano desses e de outros personagens que tiveram a vida atingida pelo regime militar instalado com o golpe de 1964. Aurora 1964 é um exercício de memória, que constrói pontes entre épocas da história brasileira dos séculos XX e XXI. E ́ um registro sobre vidas recompostas, constituídas por desvios e atravessadas pela imprevisibilidade das dinâmicas políticas do presente e do passado.
Escolas em Luta (São Paulo/SP, 77 min, Livre) Dir. Eduardo Consonni, Rodrigo T. Marques e Tiago Tambelli No estado mais rico e um dos mais conservadores do Brasil, o modus operandi da educação pública sofre um revés quando estudantes secundaristas reagem ao decreto oficial que determina o fechamento de 94 escolas e a realocação dos alunos. A resposta estudantil surpreende. Em poucos dias, por meio de redes sociais e aplicativos, eles organizam uma reação em uma verdadeira Primavera Secundarista – algo completamente inédito. Ocupam 241 escolas e saem às ruas para protestar. O estado decreta guerra aos estudantes. Toda relação se transforma após uma revolução. ESCOLAS EM LUTA aprende e apreende com essa garotada um novo modo de construção e de estar no mundo.

GRADE DE HORÁRIOS
28 de novembro a 6 de dezembro de 2018

28 de novembro (quarta-feira)
14h – Rua da Vergonha
16h - Jean Douchet L’enfant Agité 
18h – Sessão de encerramento do Cine Esquema Novo (Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos, de João Salaviza e Renée Nader Messora)
20h30 - Premiação do Cine Esquema Novo

29 de novembro (quinta-feira)
16h - Torre - Um Dia Brilhante
18h - Sessão SESC (Aurora 1964)
19h45 - Le Scandale Clouzot
21h - Semana de Portugal (Curtas de Animação de José Miguel Ribeiro)

30 de novembro (sexta-feira)
14h - Bom Dia Tristeza

16h - Torre - Um Dia Brilhante
18h - Sessão SESC (Escolas em Luta)
19h30 - Jean Douchet L’enfant Agité 
21h - Projeto Raros (Ó, Sol, de Med Hondo)

1 de dezembro (sábado)
14h - Suplício de uma Alma
16h - Torre - Um Dia Brilhante
18h - Mon Histoire N’est Pas Encore Écrite 
19h30 - Sessão Especial de 40 anos de O Franco Atirador (divulgação em breve)

2 de dezembro (domingo)
14h - Semana de Portugal (John From)
15h30 – A Bela Intrigante + debate com Milton do Prado
21h - Torre - Um Dia Brilhante

4 de dezembro (terça-feira)
18h -  Sessão Sesc (Aurora 1964) Leste Oeste
19h30 - Jean Douchet L’enfant Agité 
21h – Abertura oficial da 12º mostra de cinema e direitos humanos

5 de dezembro (quarta-feira)
18h - Suplício de uma Alma
19h30 - Le Scandale Clouzot  
20h30 - Semana de Portugal (Aquele Querido Mês de Agosto)

6 de dezembro (quinta-feira)
14h - Bom Dia Tristeza
16h - Torre - Um Dia Brilhante
18h - Rua da Vergonha
19h30 - Mon Histoire N’est Pas Encore Écrite 
21h - Semana de Portugal (Florbela)

Cine Dica: Documentários sobre o cinema e filme polonês em cartaz (28 de novembro a 6 de dezembro)



DOCUMENTÁRIOS CELEBRAM O CINEMA NA CINEMATECA CAPITÓLIO PETROBRAS
CRÍTICO JEAN DOUCHET É HOMENAGEADO NA PROGRAMAÇÃO
FILME DE JOVEM POLONESA ENTRA EM CARTAZ

 Torre. Um dia brilhante

A partir de quarta-feira, 28 de novembro, a Cinemateca Capitólio Petrobras apresenta uma nova programação com três documentários que celebram o cinema: Le Scandale Clouzot, de Pierre-Henri Gibert, sobre o mítico cineasta Henri-Georges Clouzot; Jean Douchet L’enfant Agité, de Fabien Hagege, Guillaume Namur e Vincent
Haasser, retrato de um dos principais nomes da crítica e da cinefilia francesa; e Mon Histoire N’est Pas Encore Écrite, de Jacqueline Gozland, um resgate pessoal da história da Cinemateca da Argélia. A programação tem apoio da Aliança Francesa de Porto Alegre.  

Completam a programação quatro filmes favoritos de Jean Douchet com projeção em alta definição: A Rua da Vergonha, derradeira obra do japonês Kenji Mizoguchi, Suplício de uma Alma, de Fritz Lang, Bom Dia, Tristeza, de Otto Preminger e A Bela Intrigante, de Jacques Rivette, em sessão única no domingo, 02 de dezembro,
comentada por Milton  do Prado, coordenador e professor do Curso de Realização Audiovisual da Unisinos, montador e produtor da Rainer Cine.
Na quinta-feira, 29 de novembro, entra em cartaz na Cinemateca Capitólio Petrobras o longa-metragem Torre. Um Dia Brilhante, dirigido pela jovem polonesa Jagoda Szelc. O valor do ingresso para os filmes do ciclo de documentários e para as obras favoritas de Jean Douchet é R$ 10,00, com meia entrada para estudantes e idosos.
O valor do ingresso para Torre. Um Dia Brilhante é R$ 16,00, com meia entrada para estudantes e idosos.

FILMES

Torre. Um dia brilhante
(Wieża. Jasny Dzień)
um filme de Jagoda Szelc
106 min., 2017, Polônia, DCP
Distribuição: Zeta Filmes

É início de verão e Nina, a filha de Mula,está prestes a celebrar sua Primeira Comunhão e os parentes começam a chegar. Entre eles, Kaja, irmã de Mula e mãe biológica de Nina, que, por alguma razão, permaneceu ausente nos últimos seis anos. Seu retorno desencadeia asansiedades de Mula, que passa a desconfiar de qualquer interação entre Kaja e Nina. A família acredita na reconciliação, mas, para Mula, Kaja retornou com a pretensão de levar a criança embora. Enquanto a presença de Kaja desencadeia mudanças na família, ocorrem uma série de peculiares eventos metafísicos. O medo de Mula cresce e ela deseja se livrar da irmã. Entretanto, há uma razão para o retorno de Kaja.

Le Scandale Clouzot
França, 2017, 60 minutos, HD
Direção: Pierre-Henri Gibert
Hoje, cineastas e grandes artistas reivindicam a influência de Henri-Georges Clouzot. Dotado de uma visão singular do mundo, esse mestre do suspense foi capaz de combinar o grande espetáculo e o estudo sutil dos personagens. Além do mito do diretor tirânico, este filme propõe fazer o retrato contrastado de um visionário, um agitador, um artista contra o sistema.

Jean Douchet L’enfant
Agité
França, 2017, 75 minutos, HD
Direção: Fabien Hagege, Guillaume Namur
e Vincent Haasser
Através do olhar de três jovens
cinéfilos, o documentário segue a trajetória de Jean Douchet e questiona seus
amigos e ex-alunos. Revelando conteúdo sobre o homem e a sua curiosa filosofia
crítica, apresenta sua arte de amar e o objetivo que ele dedicou sua existência.

Mon Histoire N’est Pas
Encore Écrite
Argélia, 2017, 76 minutos, HD
Legendas em inglês
Direção: Jacqueline Gozland.

Enquanto minha mãe e eu estamos fugindo de Constantine dilacerada, por uma terra desconhecida e hostil, tornando-se “pied noirs”, a Cinemateca de Argel almejada por Mahieddine Moussaoui, figura importante da independência argelina, instigando sua política cultural, liderada por Ahmed Hocine e incentivada por Jean Michel Arnold, filho
espiritual de Henri Langlois, nasceu em 23 de janeiro de 1965. Argel corre para ver filmes e conhecer Von Sternberg, Losey, Godard, Nicholas Ray,, Chabrol, Visconti, Chahine, Herzog, Ousmane Sembene, Mustapha Alassane, Med Hondo ...
Jean Michel Arnold deixa Argel em 1970 depois do Festival Pan-Africano. Boudgemâa Kareche continua este trabalho de transmissão e conservação da cinematografia árabe e africana até 2004. ACinémathèque de Argel celebrou o seu 50º aniversário em 2015. Chego em casa para correr atrás dos meus fantasmas.

 Bom Dia, Tristeza
(Bonjour, Tristesse)
Estados Unidos/Reino Unido, 1958, 94
minutos, HD
Direção: Otto Preminger
Paris. Cecile (Jean Seberg) tenta se divertir para esquecer a tristeza que se apossou dela. Esta tristeza teve origem no último verão, quando seu pai, Raymond (David Niven), um viúvo rico que só pensava em se divertir, viajou para a Riviera Francesa acompanhado por sua amante, Elsa Mackenbourg (Mylène Demongeot) e Cecile.

A Rua da Vergonha
(Akasen Chitai)
Japão, 1956, 87 minutos, HD
Direção: Kenji Mizoguchi
A trajetória e histórias de vida de diversas prostitutas se encontram nos arredores de um famoso bordel em Tóquio, no Japão. A "Terra dos Sonhos", como era conhecida a casa, abrigava diversos dramas que são trazidos à luz. Cópia: Versátil Filmes.

Suplício de uma Alma
(Beyond a Reasonable Doubt)
Estados Unidos, 1956, 80 minutos, HD
Direção: Fritz Lang
Susan, que é contra a pena de morte,convence seu futuro genro Garrett a assumir a culpa por um crime, para explorar os meandros do sistema penal americano. Ela promete salvá-lo, com provas cabais de sua inocência, depois de conseguir as informações.

A Bela Intrigante
(La Belle Noiseuse)
França, 1991, 229 minutos, HD
Direção: Jacques Rivette
O pintor Edouard vive recluso em sua casa de campo em uma cidadezinha francesa. Quando recebe uma visita do jovem artista Nicolas com sua namorada Marianne, Edouard resolve voltar a pintar um quadro inacabado: “A Bela Intrigante”, tendo Marianne como modelo. O processo criativo pelo qual o pintor passa faz com que não  apenas a sua vida mude, mas a de todos ao seu redor. Livre adaptação de A obra­-prima ignorada, de Honoré de Balzac, A Bela Intrigante é um filme sobre a arte, seus limites e dificuldades. Sessão comentada por Milton do Prado, coordenador e professor do Curso de Realização Audiovisual da Unisinos, montador e produtor da Rainer Cine.Cópia: Versátil Filmes.

GRADE DE HORÁRIOS
28 de novembro a 6 de
dezembro de 2018

28 de novembro (quarta-feira)
14h – Rua da Vergonha
16h – Jean Douchet L’enfant Agité 
18h – Sessão de encerramento do Cine Esquema Novo (Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos, de João Salaviza e Renée Nader Messora)

20h30 -
Premiação do Cine Esquema Novo

29 de novembro (quinta-feira)
16h - Torre - Um Dia Brilhante
18h - Sessão SESC (Aurora 1964)
19h45 – Le Scandale Clouzot
21h - Semana de Portugal (divulgação em breve)

30 de novembro (sexta-feira)
14h - Bom Dia Tristeza
16h - Torre - Um Dia Brilhante
18h – Sessão SESC (Escolas em Luta)
19h30 – Jean Douchet L’enfant Agité 
21h – Projeto Raros (Ó, Sol, de Med Hondo)

1 de dezembro (sábado)
14h – Suplício de uma Alma
16h - Torre - Um Dia Brilhante
18h – Mon Histoire N’est Pas Encore Écrite 
19h30 – Sessão Especial de 40 anos de O
 Franco Atirador (divulgação em breve)

2 de dezembro (domingo)
14h - Semana de Portugal (divulgação em breve)
15h30 – A Bela Intrigante + debate com Milton
 do Prado 21h - Torre - Um Dia Brilhante

4 de dezembro (terça-feira)
18h - Sessão Sesc (Aurora 1964) Leste Oeste
19h30 – Jean Douchet L’enfant Agité 
21h – Abertura oficial da 12º mostra de cinema e direitos humanos

 5 de dezembro (quarta-feira)
18h - Suplício
de uma Alma
19h30 – Le Scandale Clouzot  
20h30 – Semana de Portugal (divulgação em breve)

6 de dezembro (quinta-feira)
14h - Bom Dia Tristeza
16h - Torre - Um Dia Brilhante
18h - Rua da Vergonha

19h30 – Mon Histoire N’est Pas Encore Écrite 
21h - Semana de Portugal (divulgação em breve)

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Cine Dica: Em Cartaz: Excelentíssimos

Sinopse: Documentário registra passo a passo as manobras, procedimentos e movimentações que levaram ao impeachment da presidenta Dilma Roussef, em 2016, focalizando os bastidores do Congresso na ocasião.

 


O documentário O Processo de Maria Augusta Ramos nasceu com a proposta de focar os dois lados da mesma moeda, ou seja, mostrar os "pros" e "contras" com relação ao processo de Impeachment da até então presidenta Dilma Rousseff. Contudo, percebe-se que a oposição quase não aparece na frente das câmeras para se posicionar com relação aos fatos, sendo que somente advogada Janaina Paschoal é que não teve vergonha de se posicionar e dar os seus argumentos (sempre forçados) com relação ao assunto. Já o documentário Excelentíssimos, de Douglas Durte, coloca novamente em foco o pesadelo do impeachment da presidenta Dilma Rousseff e suas consequências, mas focando de forma mais explicitamente possível a oposição da época.
Diretor de Personal Che (2007) e Sete Visitas (2015), Duarte se viu em meio aos eventos quando tinha a intenção de realizar um projeto que focasse o Congresso Nacional a partir de março de 2016. Tendo carta branca para filmar do lado de dentro da instituição, o cineasta acabou embarcando, mesmo de forma indireta, nos eventos que sacudiram aqueles dias e cuja suas consequências ainda são sentidas. Filmado em meio aos poderosos, assim como foi visto no já citado O Processo, o cineasta mais do que nunca foca ao máximo a sua câmera diante do comportamento destes que se dizem representantes do povo, tantos os "pros' como "contras", mas revelando muito mais desses últimos e de que maneira eles faziam manobras em meio aos bastidores do Palácio do Planalto.
Embora esses momentos sejam mais do que conhecidos pelo povo brasileiro, mesmo quando alguns casos foram expostos de forma parcial pela mídia, a obra nos fornece uma  linha do tempo, da qual se inicia com o surgimento gradual da última aparição pública de Dilma, já deposta, recebendo flores na porta do Planalto e volta em flashback para as eleições de 2014, desvendando as manobras do candidato derrotado Aécio Neves, para desconstruir o resultado daquela eleição e colecionando os discursos de líderes da oposição peessedebista para desqualificar o governo, abrindo um leque para a traição do MDB e nascendo assim impeachment.
Assim como O Processo, é possível rever esses fatos no documentário através de capítulos que moldam, de forma dramática, a história política recente de nosso país, como numa espécie de filme de suspense e cujo final já conhecemos infelizmente. E nada mais representativo com relação a essa sensação do que assistir novamente ao fatídico dia 17 de abril de 2016, quando ocorreu a votação para aprovação do impeachment, em 17 de abril de 2016. Com a transmissão ao vivo, o povo brasileiro veio assim a conhecer alguns desses políticos, aonde cada um vinha com um discurso mais hipócrita do que o outro e, por vezes, politicamente incorreto.
Além de registrar essas imagens, sendo que algumas delas se encontram pela internet, o filme se sobressai quando se envereda para algumas entrevistas, sendo algumas delas reveladoras. É o caso de uma conversa com o deputado Carlos Marun (MDB), em que ele admite sem nenhuma vergonha que “faria o impeachment independente do que se usasse como pretexto. “Se dissessem que Dilma roubou um picolé, eu faria o impeachment”, afirma ele descaradamente. Curiosamente ele chama de “loucos”, mesmo que não num sentido em querer julgar, já que eram peças fundamentais para o impeachment, ao juiz Sérgio Moro e ao então presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha.
Esses e outros momentos, vistos em ordem cronológica, terminam no que poderia se chamar num epilogo após impeachment. Excelentíssimos arranca a mascara da real natureza do governo Temer, ao mostrar principais envolvidos em diversos escândalos de corrupção, dos quais se tornaram concretos e muito piores ao governo antecessor. Por fim, Excelentíssimos tem o seu valor ao registrar momentos que entraram, infelizmente, para a história do país e nos fazendo a gente se dar conta que a Caixa de Pandora foi aberta e que dificilmente tão cedo será fechada.       



Onde assisti: Cinebancários. Rua General Câmara, nº 424, centro de Porto Alegre. Horário: 14h30 e 19h.



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