Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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Nos dias 20 e 21 de Outubro eu
estarei na Cinemateca Capitólio de Porto Alegre, onde participarei do curso
Mulheres Na Direção: Uma Outra História do Cinema Americano, criado pelo Cine
Um e ministrado pela pesquisadora de cinema Juliana Costa. Pensando sobre o
assunto eu decidi fazer um especial, mas com relação as nossas cineastas
brasileiras e as que melhor se destacaram nesse ano com os seus respectivos filmes.
Nota: para lerem sobre cada filme cliquem no título.
Cris Lopes está
estreando em mais 2 longas no Brasil na 42a. Mostra Internacional de Cinema de
São Paulo: Meio-Irmão de Eliane Coster como Delegada e participação especial em
Bia 2.0 de Cristiano Calegari e Lucas Zampieri. "Miguel" de
Natália Grecco estará na telona argentina, retratando a violência doméstica
pela perspectiva da criança. Seu filho (ator Caue Camargo) afetado
psicologicamente com o conflito dos pais, presencia a mãe (Cris Lopes) sendo
agredida pelo pai e revive a situação em sua mente de maneira inusitada.
A atriz de cinema
Cris Lopes marcará presença no Festival de Cine Inusual de Buenos Aires de 18 a
28/outubro/2018 como convidada especial para conferir os filmes desta 14a
edição do festival estreando na telona na Argentina pela segunda vez como
protagonista, agora com o filme brasileiro "Miguel" no Cine Gaumont
no festival que será exibido dia 24/outubro às 21h.O filme fala sobre violência contra a mulher
pela perspectiva da criança. Seu filho Miguel, vivido pelo ator Caue Camargo, é
afetado psicologicamente com a situação de conflito dos pais no lar e revive a
situação em sua mente de maneira inusitada. Cris Lopes vive a mãe de Miguel que
tem apenas 10 anos e presencia sua mãe Clara sendo agredida pelo pai.
Cris está promovendo
a campanha internacional "Mais amor, carinho e respeito com Nossas
Mulheres". No Brasil, a atrizesteve em debate no Brasil com Líderes Femininas de Goiás no festival
Curta Canedo que abordou o tema violência contra a mulher. Cris recebeu prêmio
Menção Honrosa como Atriz pelo filme Miguel. A atriz já possui 5 premiações
recentes por sua atuação no cinema nacional e estreiando mais 2 longas no
Brasil esta semana na 42a. Mostra Internacional de Cinema de São Paulo:
Meio-Irmão de Eliane Coster como Delegada e participação especial em Bia 2.0 de
Cristiano Belderrain Calegari e Lucas Zampieri.
Nota: filme exibido
em sessão especial no Cinebancários de Porto Alegre no último dia 15/10/18.
Sinopse: "Anauê",
filme documentário de longa metragem, revê os tempos do Integralismo e Nazismo na região de Blumenau,
em Santa Catarina. Com depoimentos de
populares da região de Blumenau, historiadores, filósofos e sociólogos, o filme, ao tratar da história
passada, visita enfaticamente o momento
atual no Brasil e no mundo.
Muitos se perguntam como
pode as pessoas ter a capacidade de serem seduzidas pelo discurso vindo do
fascismo, ao ponto de se cegarem e não aceitarem a real realidade sobre o quão
é errado isso. Há quem diga que todos nós temos o anjo e o diabo dentro do
corpo, sendo que esse último é bem mais fácil de ser seduzido e levado a um
lado obscuro. “Anauê!” é um filme
denuncia sobre uma história pouco conhecida, mas que é preciso ser
redescoberta. Dirigido pelo catarinense
Zeca Pires, o filme conta a história dos primórdios da vinda dos imigrantes alemães
a Blumenau, Santa Catarina. Lá criaram a sua política, baseado nos seus costumes
do seu país, mas não se desligando do que estava acontecendo nos tempos da
Alemanha Nazista. Não demorou muito para esses imigrantes criassem o seu próprio
partido, o integralista Anauê, que é derivado do próprio partido nazista da
época. Assim como o
documentário Menino 29 de Belisário Franca, “Anauê!” escancara da maneira mais
explicita possível sobre como o partido nazista chegou pelas beiradas em território
brasileiro e de como ele seduziu uma boa parcela dos imigrantes alemães e dos
demais brasileiros que viviam naquele tempo. Não há como não se chocar ao
vermos imagens verdadeiras das bandeiras nazistas ao lado das bandeiras do
Brasil e gerando um verdadeiro paradoxo. É como se assistíssemos uma realidade
alternativa, mas que estava lá escancarada em nossa história. O integralismo possuía
as mesmas regras de etiqueta dos nazistas, assim como uniformes e da maneira como
as famílias se comportavam em seu dia a dia. Não faltam momentos em que
testemunhamos na tela crianças adorando os líderes integralistas, além do próprio
Hitler que se encontrava do outro lado do mundo. O filme ainda ganha mais peso
com depoimentos de professores, historiadores e até mesmo de pessoas que conviviam
com aquela realidade. Com narração do próprio
cineasta Zeca Pires, o filme faz um curioso paralelo com o clássico Aleluia,
Gretchen (1976), de Sylvio Back, que fazia uma reconstituição dos fatos da
época e sendo, até então, uma das poucas obras brasileiras ao tocar o dedo
nessa ferida. O ritmo da obra de Pires é dinâmico, mas não somente pelas
imagens de arquivo saltando da tela, como também dos depoimentos dos entrevistados
que não escondem os seus olhares de espanto sobre o assunto. É claro que aquela
realidade teve o seu fim, principalmente na era Vargas, mas não eliminando toda
a ideia.
“Anauê!” é sobre um
passado desconhecido do Brasil perante os olhares da maioria do povo, mas que,
em tempos nebulosos atuais, precisa ser revelado.