Documentário que
retrata as relações entre índios Yanomami e agentes de saúde estreia dia 09 de
agosto na sala CineBancários com sessões às 19h. Com direção e roteiro de
Otavio Cury, o longa que estreou no Festival de Cinema Latino-Americano de São
Paulo em julho, mostra as particularidades de uma convivência que transcende
língua e costumes.
Uma viagem feita em
2013 pelo diretor Otavio Cury (diretor do também documental Constantino) a uma
das regiões mais remotas da Terra Yanomami – a Serra de Surucucu, em Roraima,
nas montanhas que fazem divisa com a Venezuela – foi o ponto de partida para o
documentário Como fotografei os Yanomami. O filme estreia no CineBancários dia
9 de agosto, quinta-feira, com sessões sempre às 19h.
O desencontro
cultural entre os índios e agentes de saúde chamou a atenção do diretor.
Aqueles que levavam as seringas não falavam o idioma Yanomami e não conseguiam
conversar com seus pacientes. “Só depois percebi que, ao tentar filmar aquele
desencontro com minha câmera, eu havia me incluído no problema. Porque para os
Yanomami, imagem e saúde estão intimamente ligadas. Foi a partir dessas
tensões, ou desse duplo desequilíbrio, que decidi realizar o documentário”,
reflete Otavio.
Para os Yanomami,
estar doente é ter sua imagem agredida. Para resgata-la, os xamãs fazem seus
rituais de cura. Mas para os enfermeiros que chegam às aldeias, as doenças e os
remédios são outros.
A narrativa traz o
ponto de vista de enfermeiros e técnicos de enfermagem que passam mais tempo na
floresta do que com suas famílias: como veem os Yanomami e como se transformam
com a longa vivência nas aldeias? Como lidam com os pajés e com uma concepção
diferente de doença? Em sequências que oferecem contraponto à visão branca dos
atendimentos, o filme dá voz a uma agente de saúde Yanomami e apresenta a visão
de mundo do xamã Davi Kopenawa, a partir de passagens do livro “A queda do céu,
memórias de um xamã yanomami”, de Davi Kopenawa e Bruce Albert. Por meio de sua
narrativa documental, Cury apresenta um relato sensível e chama ainda atenção
para o futuro da floresta e dos Yanomami.
O paulistano Otavio
Cury é diretor de fotografia e de documentários. Sua filmografia inclui
Cosmópolis (2005), Constantino (2012) e História de Abraim (2015). Em
Constantino, sua obra de maior destaque, retoma a trajetória do bisavô, o
dramaturgo sírio Daud Constantino Al-Khoury (1860-1939), por meio de uma viagem
à Síria. Constantino foi filmado antes do início da revolução síria. Já o
curta-metragem História de Abraim (2015) retrata a vida de uma liderança da
etnia Macuxi na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, também em Roraima.
Como fotografei os
Yanomami
BRASIL, 2018 | 72 min
| Documentário
Direção e roteiro
Otavio Cury
Produção executiva
Alice Riff e Leonardo Kehdi Jr
Direção de fotografia
Julia Zakia e Otavio Cury
Técnico de som
Maurício Zani
Desenho de som e
mixagem Dr Morris
Direção de produção
Laila Pas
Colaboração no
roteiro Sofia Mariutti
Montagem Otavio Cury
e João Toledo
Letreiros Renato
Batata
Design Diego Prosen
Pesquisa de
personagens Flavia Maia
Correção de cor
Henrique Reganatti
Produtor de
finalização Giba Yamashiro
Produção Outros
Filmes
Co-produção Studio
Riff
Distribuição Descoloniza
Filmes
GRADE DE HORÁRIOS
*Não abrimos
segundas-feiras
9 de agosto
(quinta-feira)
15h – Vinte Anos
17h – Alguma Coisa
Assim
19h – Como Fotografei
os Yanomami
10 de agosto
(sexta-feira)
15h – Vinte Anos
17h – Alguma Coisa
Assim
19h – Como Fotografei
os Yanomami
11 de agosto (sábado)
15h – Vinte Anos
17h – Alguma Coisa
Assim
19h – Como Fotografei
os Yanomami
12 de agosto
(domingo)
15h – Vinte Anos
17h – Alguma Coisa
Assim
19h – Como Fotografei
os Yanomami
14 de agosto
(terça-feira)
15h – Vinte Anos
17h – Alguma Coisa
Assim
19h – Como Fotografei
os Yanomami
15 de agosto
(quarta-feira)
15h – Vinte Anos
17h – Alguma Coisa
Assim
19h – Como Fotografei
os Yanomami
Os ingressos podem
ser adquiridos por R$ 12,00 na bilheteria do cinema ou no site ingresso.com .
Idosos, estudantes, bancários sindicalizados, jornalistas sindicalizados,
portadores de ID Jovem e pessoas com deficiência pagam R$ 6,00. Aceitamos
Banricompras, Visa, MasterCard e Elo.