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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 10 de maio de 2018

Cine Dicas: Estreias do final de semana (10/05/18)

A Noite do Jogo
Sinopse:Max e Annie participam de um grupo de casais que organizam noites de jogos. O irmão de Max, Brooks, chega decidido a organizar uma festa de assassinato e mistério e acaba sequestrado, levando todos a acreditarem que o sumiço faz parte da misteriosa brincadeira. Os seis amigos competitivos precisam então resolver o caso para vencer o jogo, cujo rumo vai se tornando cada vez mais inesperado.
 
 Acertando o Passo
Sinopse: Casada há 40 anos, Lady Sandra Abbott descobre que seu marido tem tido um caso amoroso com sua melhor amiga. Ela decide começar a fazer aulas de dança comunitária junto da irmã e acaba descobrindo um novo sopro de diversão e romance em sua vida.
 
 
 
Ciganos da Ciambra
Sinopse: Em Ciambra, uma pequena comunidade romana na Calábria, Pio Amato não vê a hora de virar adulto. Aos 14 anos, ele já bebe, fuma e é um dos poucos a circular com facilidade entre os grupos da região: os italianos locais, os refugiados africanos e o grupo de ciganos Romani. Pio tem como referência seu irmão mais velho Cosimo, mas quando ele desaparece, Pio vê uma chance de provar sua maturidade, mas logo se encontra diante de uma decisão que coloca tudo à prova.
 
 
Guarnieri
Sinopse:Gianfrancesco Guarnieri foi um dos nomes mais importantes da história do teatro brasileiro. Além de ter sido um grande ator na televisão, ele foi uma imagem-síntese do artista engajado brasileiro. Porém, seus filhos atores, escolheram por distanciar arte, trabalho e política em suas vidas. Agora, seu neto e diretor Francisco busca compreender o lugar de sua geração na história, nas artes e no mundo.
 
 
 
Para ter onde ir
Sinopse: Três mulheres com diferentes visões sobre a vida e o amor seguem juntas em uma única viagem, partindo de um cenário urbano para outro onde a natureza bruta prevalece. Eva, mulher madura e pragmática, convida para a sua jornada a amiga Melina, uma mulher livre e sem compromissos, e Keithylennye, uma jovem ex-dançarina de tecnobrega. No caminho, os acontecimentos vividos separadamente pelas três revelam as incertezas e os diferentes sentidos daquela viagem para cada uma delas.
 
Desejo de Matar
Sinopse: Um homem gentil tem sua vida transformada quando sua família é abalada por um ato de violência que machuca a todos. Em busca de justiça, ele se transforma em uma máquina mortífera, para conseguir fazer justiça com as próprias mãos.

 Esplendor
Sinopse: Misako escreve versões de filmes para deficientes visuais. Durante uma exibição, ela conhece Nakamori, um fotógrafo mais velho que, lentamente, está perdendo a visão. Quando Misako descobre as fotografias de Nakamori, essas imagens irão, estranhamente, levá-la de volta ao seu passado. Juntos, os dois vão aprender a enxergar o mundo radiante que, antes, estava invisível aos olhos dela.

O renascimento do parto 2
Sinopse:O Brasil é o país com o maior número de cesáreas no mundo. O documentário busca elucidar os mitos e torno do parto normal e divulgar os cuidados para a realização dele.

Todos os Paulos do mundo
Sinopse: A criação da Babel despeja pelo mundo homens que falam línguas diferentes: todos os rostos, corpos e vozes de Paulo José, encarnados nos personagens que o ator interpretou em sua carreira no teatro, na televisão e no cinema. Este filme é um ensaio cinematográfico sobre este que é um dos maiores artistas do Brasil, no ano em que completa 80 anos de vida.

quarta-feira, 9 de maio de 2018

Cine Dica: Em Cartaz: Rogério Duarte, o Tropikaoslista




Sinopse: Um mergulho na vida e na obra de Rogério Duarte, uma das figuras seminais das artes e do pensamento brasileiro dos últimos 50 anos. Músico, compositor, artista gráfico, um dos criadores do Tropicalismo, Rogério sempre esteve por trás - e sempre à frente - de tudo que havia de mais moderno e contemporâneo na cultura brasileira.

Uma das coisas que, às vezes, mais me incomoda no cinema atual, não é somente a sua falta de originalidade, como também a sua forma divulgação sem nenhuma criatividade. Bom exemplo disso para ser destacado é os pôsteres dos filmes americanos que, ao invés de destacar o filme em si, destacam os seus astros, como se isso fosse salvar determinados filmes de um grande fracasso. Rogério Duarte, o Tropikaoslista me fez relembrar, tanto desse pensamento atual que as vezes me incomoda, como também ter a chance de poder apreciar na tela soobre o melhor de nossa cultura e que não pode ser esquecida.
Dirigido por Walter Lima (Antônio Conselheiro - O Taumaturgo Dos Sertões) o documentário é estrelado por Rogério Duarte, artista que iniciou a carreira fazendo as artes de pôsteres de divulgação de filmes e dando destaque a proposta principal vinda de cada um deles. Ao longo de sua vida, o artista foi de tudo um pouco, desde músico, compositor, artista gráfico e um dos fundadores do tropicalismo brasileiro. Porém, assim como os demais artistas, Rogério Duarte também sofreu dos males vindos da ditadura, mas não o impediu de seguir em frente e fazer a sua própria história.
Assim como o recente Torquato Neto - Todas as Horas do Fim, o filme possui algumas passagens de cenas dos filmes da época do "Cinema Novo" para, não somente homenagear aquele período, como também prestar uma homenagem ao cineasta Glauber Rocha, grande amigo de Rogério Duarte e que ambos trabalharam juntos em grandes projetos. Com ideias criativas, Duarte foi, por exemplo, o realizador do pôster clássico de Deus e o Diabo na Terra do Sol, além de também ser de sua autoria muitas artes de divulgação de inúmeros filmes e que são lembradas por sintetizar um período mais rebelde, realístico e reflexivo do nosso cinema. Em contrapartida,  Duarte sofreu com a censura dos tempos da ditadura, mas não o impediu em seguir fazendo outras realizações.
Embora seja 100% de Rogério Duarte narrando em cena sobre a sua cruzada, o documentário também tem participações especiais de Gilberto Gil e Caetano Veloso, ambos os amigos do artista de longa data e que receberam inúmeras ideias vindas de sua mente criativa. Não é preciso ser gênio para adivinhar que foi Duarte o foi responsável pelas capas dos discos daquele tempo e sintetizando em suas artes o movimento tropicália, do qual seria um refresco para nossa cultura e um símbolo de rebeldia contra a tirania da época do qual o nosso país passava. E se por um lado 1968 pioraram ainda mais para inúmeros artistas, tanto que alguns tiveram que recorrer ao exílio, Rogério Duarte se manteve com o que tinha, mesmo tendo sido preso, torturado e quase sentenciado a morte.
O cineasta Walter Lima consegue nos passar uma transição entre tempos mais dourados para nebulosos, dos quais criaram cicatrizes profundas, tanto físicas como também psicológicas para a vida de Duarte, mas que o fizeram mais forte para seguir em frente. Embora tenha meio que desaparecido no mundo artístico durante os anos 80, o período fez com que ele procurasse maiores fontes de conhecimento, tanto científico como espiritual e fizesse com que se reerguesse para os novos tempos. Infelizmente o documentário perde um pouco do seu ritmo em sua reta final, principalmente quando Duarte já não tem muito que dizer em cena, a não desfrutar do pouco que a vida lhe deu e passar os seus pensamentos e ideias que lhe fizeram permanecer em pé perante os obstáculos. 
Rogério Duarte, o Tropikaoslista pode ser o documentário sobre um artista, mas também fala um pouco de nossa cultura, da qual sofre represálias de alguns, mas que sobrevive pela boa vontade de mentes bem intencionadas e nada hipócritas de outros.  


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Cine Dica: Projeto Raros, Maio de 68 e Uma viagem a Philippson (10 a 16 de maio)




TERROR COM COGUMELOS DE ISHIRO HONDA É ATRAÇÃO DO PROJETO RAROS SESSÕES COM DEBATE NA MOSTRA DESTRUA-SE: MAIO DE 68 NO CINEMADOCUMENTÁRIO DE CÁSSIO TOLPOLAR GANHA EXIBIÇÃO ESPECIAL


  Matango, A Ilha da Morte

A Cinemateca Capitólio Petrobras realiza uma série de sessões especiais com entrada franca entre 10 e 16 de maio, incluindo nova edição do Projeto Raros, sessões com debate na mostra Destrua-se: Maio de 68 no Cinema e a exibição especial do novo documentário de Cássio Tolpolar.

MATANGO NO PROJETO RAROS
Na sexta-feira, 11 de maio, às 20h, o Projeto Raros apresenta Matango, A Ilha da Morte (89 minutos, 1963), um clássico do cinema de horror japonês dirigido por Ishirō Honda. Após a sessão, acontece um debate com os pesquisadores Carlos Thomaz Albornoz e Marcelo Severo. Com exibição digital e legenda em português, a sessão tem entrada franca.
Na trama de Matango, um grupo de sete jovens em um iate à deriva acaba desembarcando em uma ilha deserta. Na luta pela sobrevivência, acabam entrando em conflito uns com os outros. Ao mesmo tempo, surgem estranhas alterações de comportamento quando consomem os cogumelos da região, que parecem esconder um mistério ainda maior. Inspirado no conto Uma Voz na Noite, do escritor inglês William Hope Hodgson, o filme quase teve seu lançamento proibido no Japão por conta da similaridade entre a maquiagem dos atores e os rostos desfigurados reais dos sobreviventes dos bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki. Produzido pela lendária companhia Toho, Matango é um dos filmes mais singulares do grande mestre do kaiju eiga (o subgênero dos filmes de monstro do Japão), Ishirō Honda, diretor de Godzilla, Mothra, King Kong vs. Godzilla, Ghidrah, O Monstro Tricéfalo, entre outros.

SESSÕES ESPECIAIS DA MOSTRA DESTRUA-SE: MAIO DE 68 NO CINEMA
No sábado, 12 de maio, às 19h30, acontece a sessão de Acéfalo, de Patrick Deval, um dos principais filmes do grupo Zanbibar, movimento de jovens cineastas franceses, atuantes no final dos anos 1960 e início dos anos 1970, que buscava estabelecer a ponte entre a Nouvelle Vague e o cinema underground norte-americano, em uma sintonia radical e experimental com as faíscas mais desconcertantes de Maio de 1968.  Após a projeção uma edição do Débats d'idées da Aliança Francesa de Porto Alegre com a presença do artista inglês Michael Chapman, um dos atores da obra, do diretor e curador Renato Coelho. A mediação será feita pelo jornalista Roger Lerina.

No dia 15 de maio, terça-feira, às 19h30, outra sessão especial apresenta Perplexos: Artistas na Cúpula do Circo, um dos primeiros longas do diretor alemão Alexander Kluge, filme essencial do pensamento político cinematográfico dos anos 1960. Após a exibição, acontece um debate com Gabriela Linck, coordenadora da seção alemã da associação internacional de pesquisadores de cinema CAMIRA (Cinema and Moving Image Research Assembly) e pesquisadora da obra do diretor alemão. Com entrada franca, a sessão tem apoio do Goethe-Institut Porto Alegre.

No dia 16 de maio, às 20h, acontece a sessão de pré-lançamento do documentário A Vida Extra-Ordinária de Tarso de Castro, de Leo Garcia e Zeca Brito, que revive, por meio da fascinante trajetória de Tarso de Castro, a história do Brasil dos anos 60, 70 e 80 e da geração de intelectuais que resistiram à ditadura militar e promoveram uma verdadeira revolução nos costumes e na cultura brasileira. Entrada franca.

UMA VIAGEM A PHILIIPPSON
Na sexta-feira, 11 de maio, às 19h, acontece exibição do curta documentário sobre a primeira colônia judaica no Brasil, Uma viagem a Philippson (2017, 17 minutos), de Cássio Tolpolar. Após a exibição, haverá um espaço para perguntas e respostas com o diretor. Entrada franca.
Sinopse: A primeira imigração judaica organizada ao Brasil foi feita pela Jewish Colonization Association em 1904, estabelecendo uma colônia no interior do Sul do Brasil chamada Philippson. Esta colônia agrícola recebeu famílias vindas da Bessarábia, tinha uma sinagoga, escola e um cemitério – durando até 1928. Filmado em três períodos distintos entre 2015 e 2017, Uma Viagem a Philippson introduz esta história, procurando entender como Philippson ecoa na memória dos mais velhos e o que pode significar às gerações futuras.

GRADE DE HORÁRIOS
10 a 16 de maio de 2018

10 de maio (quinta)
18h30 – A Chinesa
20h – Morrer aos Trinta Anos

11 de maio (sexta)
16h – O Parque
19h – Uma viagem a Philippson
20h – Projeto Raros (Matango, a Ilha da Morte)

12 de maio (sábado)
14h – Arábia
16h – O Parque
18h – Destrua-se
19h30 – Acéfalo + debate com Michael Chapman e Renato Coelho

13 de maio (domingo)
14h – O Parque
16h – Duas Vezes
18h – Amantes Constantes

15 de maio (terça)
14h - Arábia
16h – O Parque
18h – Morrer aos Trinta Anos
19h30 – Perplexos: Artistas na Cúpula do Circo + debate com Gabriela Linck

16 de maio (quarta)
14h – Arábia
16h – O Parque
18h - Weekend à Francesa
20h – Pré-lançamento de A Vida Extra-ordinária de Tarso de Castro