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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 24 de abril de 2018

LUTO



Nelson Pereira dos Santos 1928 - 2018

A primeira obra que eu conheci de Nelson Pereira dos Santos foi Vidas Secas, na extinta Rede Manchete e na sessão de sábado intitulada Cinema Nacional. Havia duas sessões, uma onde exibia clássicos do tempo do Cinema Novo, Marginal e a segunda é onde se exibia os tempos da Pornochanchada. Foi em uma dessas que eu encarei Vidas Secas, um filme em que sintetizava uma realidade que perdura até hoje e que, raramente, era vista em nosso cinema nacional naquele tempo. 
Nelson Pereira dos Santos não foi somente um dos pilares do nosso Cinema Novo, como também de uma sétima arte menos plástica e mais moderna e que, felizmente, serviu de modelo para cineastas que viriam posteriormente.     
 

Filmografia:



2012    

A Luz do Tom

2012    

A Música Segundo Tom Jobim

2006    

Brasília 18%

2003    

Raízes do Brasil

1995    

Cinema de Lágrimas

1993    

A Terceira Margem do Rio

1986    

Jubiabá

1984    

Memórias do Cárcere

1980    

Estrada da Vida

1977    

Tenda dos Milagres

1974    

O Amuleto de Ogum

1972    

Quem é Beta?

1971    

Como era Gostoso o meu Francês

1970    

Azyllo Muito Louco

1967    

El Justicero

1967    

Fome de Amor

1963    

Boca de Ouro

1963    

Vidas Secas

1960    

Mandacaru Vermelho

1957    

Rio, Zona Norte

1955    

Rio, 40 Graus



Outros que não podem ser esquecidos:  

 

Milos Forman 1932 - 2018
Filmografia: 



2005    

Sombras de Goya

1999    

O Mundo de Andy

1996    

O Povo Contra Larry Flynt

1989    

Valmont - Uma História de Seduções

1984    

Amadeus

1981    

Na Época do Ragtime

1979    

Hair

1975    

Um Estranho no Ninho

1973    

Visions of Eight

1971    

Procura Insaciável

1967    

O Baile dos Bombeiros

1965    

Os Amores de Uma Loira

1964    

Pedro, O Negro



Vittorio Taviani 1929 - 2018 
Filmografia:


2017    

Uma Questão Pessoal

2014    

Maravilhoso Boccaccio

2012    

César Deve Morrer

1996    

As Afinidades Eletivas

1989    

Noites com Sol

1987    

Bom Dia, Babilônia

1983    

Kaos

1982    

A Noite de São Lourenço

1977    

Pai Patrão

1974    

Allonsanfan



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segunda-feira, 23 de abril de 2018

Cine Dica: Em Cartaz: Em Pedaços


Sinopse: Após cumprir pena por tráfico de drogas, o turco Nuri Sekerci leva uma vida amorosa e tranqüila com a esposa Katja Sekerci e o filho Rocco na Alemanha. Certo dia, ele e o menino estão no escritório e morrem vítimas de uma explosão criminosa, tragédia que deixa Katja arrasada. Ela batalha na justiça pela punição dos culpados, um casal neonazista, e, insatisfeita com o desenrolar do caso, decide pela vingança com as próprias mãos.


Adolf Hitler está morto, mas a sua ideia, infelizmente, está viva e ainda ganhando seguidores no mundo a fora. Basta vermos a explosão que foi o surgimento de nazistas dentro do governo Trump, ou de pessoas que aprovam discursos conservadores e retrógrados de tal político chamado Jair Bolsonaro aqui no Brasil. Em Pedaços é a síntese de uma realidade global, aonde discursos politicamente incorretos vão ganhando, não somente as redes sociais, como também as ruas e assim colecionando suas vitimas.
Dirigido por Faith Akin (Do Outro Lado), acompanhamos na trama os primeiros anos de casamento do turco Nuri (Numan Acar) e de sua esposa Katja (Diane Kruger, de Bastados Inglórios). Certo dia, Katja deixa o seu filho no trabalho do seu marido, para ele assim cuidá-lo, mas quando ela retorna o local sofreu um grave atentado e provocando a morte de seu marido e filho. Na busca pela Justiça legal, Katja descobre que o atentado foi provocado por um casal nazista, mas para a sua surpresa, descobrirá que a justiça terá que ser feita de outra maneira.
Com o desejo de querer que embarquemos numa trama, cuja ficção e realidade se separam somente numa linha bem fina, o cineasta Faith Akin já nos apresenta o início do filme de uma forma convidativa. Os primeiros minutos são inundados por imagem de um filme caseiro, onde assistimos o casal central se casando e desejando um para o outro um belo futuro. Uma forma criativa para já nos familiarizarmos com os personagens e para, logo em seguida, sentirmos a dor e a realidade crua que virá.
Após o atentado, testemunhamos um Faith em frangalhos e com todo o peso do mundo por ter perdido os seus entes queridos num ato cruel tão sem sentido. Embora seja conhecida por ter atuado em superproduções americanas como Tróia e A Lenda do Tesouro Perdido, é somente aqui que Diane Kruger nos brinda com o melhor desempenho de sua carreira e que, talvez, tenha sido o melhor desempenho feminino do ano passado. Sua Faith é uma personagem cheia de vida nos primeiros minutos da obra, mas que sua energia vai desaparecendo e dando lugar a um ser humano a beira do precipício.
Dividido em três atos, o início da trama é sobre a queda e a procura por uma força interna da qual a protagonista busca para não desistir. Já o segundo ato, testemunhamos o cenário do julgamento, onde se desencadeara eventos irreversíveis para todos. Diferente do filme recente, o libanês O Insulto, aqui a justiça é falha, não somente por sua parcialidade nítida, mas porque, talvez, represente uma parcela de Alemanha atual, que vê a questão do nazismo com desdém e não leve o caso a sério como deveria ser.
Devido essa falha da justiça, é assim que, lamentavelmente, surja cada vez mais seguidores de ideias que não deveriam mais existir, mas que existem graças à falha do homem em não querer combater de frente os horrores de um passado distante que insiste em voltar. O terceiro ato é o resultado de uma justiça falha, mas não espere pelo típico filme de ação de “olho por olho”, mas sim de uma realidade crua, em que a vingança com as próprias mãos pode até ser mais rápida, mas que não aliviará a dor que jamais termina. 
Em Pedaços é uma trama que se passa na Alemanha, mas retratando um problema global e do qual, infelizmente, é vinda de um passado errôneo e que nunca se apaga. 


Onde assistir: Casa de Cultura Mario Quintana, na sala Paulo Amorim as 15h30. Rua das Andradas, nº 736, centro de Porto Alegre.   


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Ciine Dica:"Construindo Pontes" de Heloísa Passos tem pré-estreia dia 23 de abril no CineBancários




Sessão especial de estreia do longa contará com a presença da diretora, Heloísa Passos, além da cineasta Ana Luisa Azevedo e da crítica Ivonete Pinto no debate, que acontece dia 23 de abril, às 20h, com entrada franca, no CineBancários.
Heloísa Passos, responsável pela direção de fotografia de mais de 20 títulos, entre os quais Viajo porque Preciso, Volto Porque Te Amo; Mulher do Pai; Lixo Extraordinário e O Que se Move, é hoje integrante da Academia de Artes e Ciência Cinematográfica de Hollywood e estreia na direção de longas com CONSTRUINDO PONTES. O documentário fala do embate político familiar e da relação afetiva entre a diretora e seu pai, engenheiro que trabalhou construindo pontes durante a ditadura militar.

CONSTRUINDO PONTES é um filme que não distingue a política da vida. As reminiscências são como a chegada inesperada de um trem: quando o forte tremor nos obriga a movimentar-nos para vislumbrar, mesmo no escuro, um outro horizonte.
O filme entra em cartaz no dia 26 de abril, com sessões de terça a domingo, sempre às 17h.Ingressos: R$ 12,00. Estudantes, idosos, pessoas com deficiência, bancários sindicalizados e jornalistas sindicalizados pagam R$6,00. Os ingressos podem ser adquiridos no local ou no site ingresso.com . Aceitamos os cartões Banricompras, Visa e Mastercard.

Sinopse
Heloísa ganha de presente uma coleção de filmes em Super-8 com imagens das “Sete Quedas”, paraíso natural destruído no início dos anos 80 para a construção da maior usina hidrelétrica do mundo. Falar sobre a construção da usina, realizada no auge do regime militar brasileiro, desperta recordações de um passado imerso em um autoritarismo político e econômico. Projeções, mapas e fotos são usados como primeiras pontes para se chegar ao passado. Mas é o inevitável presente que golpeia Álvaro e Heloísa quando, diante da conturbada situação política do Brasil de hoje, cada um se coloca em um ponto oposto.

Nota da diretora
“O filme é conduzido pelas conversas que traço com o meu pai nos dias de hoje. Em busca de uma relação possível com ele, proponho idas ao passado através de projeções de fotos e filmes. Em jantares, na conversa quotidiana, entrelaçamos mundos. Mas o presente mostra suas garras: na televisão, o único tema é a perturbadora situação política do meu país que, menos de 30 anos depois do fim da ditadura, novamente tem o seu processo democrático sob risco. Esta, no entanto, é a minha visão. Para o meu pai, o futuro do Brasil está ligado a uma política autoritária. Proponho uma viagem, só nós dois. As fronteiras entre diretora e personagem foram borradas e estamos, ambos, pela primeira vez, abertos ao inesperado da vida – esta que, por algumas vezes, consegue ser mais inacreditável que a ficção.”

Sobre a diretora
Heloísa Passos é cineasta, produtora e diretora de fotografia de mais de 20 filmes, pelos quais recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais. Dirigiu a série Caminhos, em coprodução com o SESCTV, e o premiado curta-metragem Viva volta. É integrante da Academia de Artes e Ciência Cinematográfica de Hollywood. Construindo Pontes, seu primeiro longa-metragem, recebeu o prêmio IDFA de melhor pitching no DocMontevideo em 2016.

Sobre a produtora
A Maquina Filmes tem como principal objetivo contribuir para a produção contemporânea com criatividade e responsabilidade. É produtora de vários curtas que participaram de festivais ao redor do mundo, tais como: New York Film Festival, Uppsala International Short Film Festival, É Tudo Verdade, Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, Festival Internacional de Cine Documental y Cortometraje de Bilbao, Festival de Cine Latino-Americano de Havana, Festival Internacional de Cine en Guadalajara. Caminhos, uma coprodução da Maquina com o SESCTV, recebeu o prêmio TAL de melhor série latino americana no DOCMONTEVIDEO, em 2013. A Maquina é a única produtora brasileira com dois curtas na plataforma The Intercept / Field of Vision.


CONSTRUINDO PONTES
Brasil, 2017, 72 min
Direção: Heloisa Passos
Produção: Heloísa Passos e Tina Hardy
Produtora: Maquina Filmes
Distribuição: Espaço Filmes

Grade de horários:

23 de abril (segunda-feira)
20h - Sessão especial de estreia com a presença da diretora Heloísa Passos, da cineasta Ana Luisa Azevedo e da crítica Ivonete Pinto (retirada de senhas às 19h30)

24 de abril (terça-feira)
15h - Arabia
17h - Severina
19h - Em nome da América

25 de abril (quarta-feira)
15h - Arabia
17h - Severina
19h - Em nome da América

26 de abril (quinta-feira)
15h - O Pacto de Adriana
17h - Construindo Pontes
19h - O Pacto de Adriana

27 de abril (sexta-feira)
15h - O Pacto de Adriana
17h - Construindo Pontes
19h - O Pacto de Adriana

28 de abril (sábado)
15h - O Pacto de Adriana
17h - Construindo Pontes
19h - O Pacto de Adriana

29 de abril (domingo)
15h - O Pacto de Adriana
17h - Construindo Pontes
19h - O Pacto de Adriana

01 de maio (terça-feira)
15h - O Pacto de Adriana
17h - Construindo Pontes
19h - O Pacto de Adriana

02 de maio (quarta-feira)
15h - O Pacto de Adriana
17h - Construindo Pontes
19h - O Pacto de Adriana

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