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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Cine Dica: Um é Pouco, Dois é Bom no Projeto Raros

PROJETO RAROS ESPECIAL APRESENTA PIONEIRO FILME DE ODILON LOPEZ
Na sexta-feira, 08 de setembro, às 20h, a Cinemateca Capitólio Petrobras apresenta uma edição especial do Projeto Raros com exibição da cópia em 35mm de Um é Pouco, Dois é Bom (1970, 97 minutos), de Odilon Lopez, um dos primeiros longas realizados por um diretor negro no Brasil. A sessão tem entrada franca.

Sinopse: Episódio “Com Um Pouquinho de Sorte”: Jorge, motorista de ônibus, e Maria, comerciária, se casam e vão residir num apartamento popular. Ela, grávida, é despedida do emprego e ele, sofrendo um acidente, tem o mesmo destino. O casal começa a sofrer com problemas financeiros. Episódio “Vida Nova Por Acaso”: Magrão e Crioulo vivem às custas de pungas de bolsas femininas nas ruas centrais de Porto Alegre, embora nem sempre sejam bem-sucedidos em seus golpes.

Odilon Lopez nasceu em 1941 em Minas Gerais. Órfão de pai e mãe, foi criado pelos avós em Belo Horizonte. A primeira paixão cinematográfica foram os filmes de Charles Chaplin. Em 1959, mudou-se para Porto Alegre. Estabelecido no Rio Grande do Sul, atuou no clássico Coração de Luto (1967), de Eduardo Llorente. Em 1970, vendeu um apartamento e realizou de forma independente Um é Pouco, Dois é Bom, seu única longa-metragem, com diálogos escritos por Luís Fernando Veríssimo. O filme é interpretado por Araci Esteves, Francisco Silva e pelo próprio Odilon.

GRADE DE HORÁRIOS
5 a 10 de setembro de 2017

5 de setembro (terça)
16h – Para Sempre
18h – Mulher do Pai
20h – O Bravo Guerreiro

6 de setembro (quarta)
16h – Rifle
18h – Para Sempre
20h – Os Herdeiros

7 de setembro (quinta)
16h – Mulher do Pai
18h – Os Inconfidentes
20h - Quem é Beta?

8 de setembro (sexta)
16h – Para Sempre
18h – Rifle
20h - Projeto Raros Especial: Um é Pouco, Dois é Bom

9 de setembro (sábado)
16h – Sessão Especial - Curtas Premiados em Gramado
18h – São Bernardo
20h – Longo Caminho da Morte (+ debate com o diretor Julio Calasso)

10 de setembro (domingo)
18h – Crônica de um Industrial
20h - Blábláblá + Conversas no Maranhão

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Cine Dica: Em Cartaz: Atômica



Sinopse: Charlize Theron interpreta Lorraine Broughton, uma agente disposta a enfrentar qualquer desafio e a usar todas as suas habilidades para sobreviver à uma missão impossível. Na véspera da queda do muro de Berlim, a assassina mais brutal do MI6 é enviada a cidade para recuperar um dossiê de valor inestimável. Ela se une ao chefe da estação local, David Percival (James McAvoy) e se envolve em um jogo letal de espiões.

O clima de nostalgia pelos anos 80 está se alastrando em todos os gêneros, seja ação, comédia ou até mesmo drama. Esse ano, por exemplo, será lembrado como ano que mais tivemos títulos dessa leva, que vai desde Guardiões da Galáxia: Volume 2, como também Em Ritmo de Fuga. Agora chega Atômica, filme que segue esse ritmo do momento e nos brinda com um belo filme de ação feito na medida certa.
Dirigido por David Leitch (De Volta ao Jogo), o filme se passa na véspera em que o muro de Berlim está prestes a cair após mais de vinte oito anos em que a cidade ficou dividida. Nesse cenário do qual se encerrará a Guerra Fria, a espiã inglesa Lorraine Broughton (Charlize Theron) tem a missão de encontrar uma importante lista, da qual contém inúmeros nomes importantes dessa guerra silenciosa e da qual não pode cair em mãos erradas. Porém, Lorraine não pode confiar em ninguém nessa missão, nem mesmo naqueles que se dizem seus aliados.
Para começo de conversa não estamos diante de um filme de ação convencional, mas sim com algo que usa os velhos ingredientes de sucesso do gênero e fundi-los com uma dose de ousadia e criatividade. A primeira cena da protagonista, por exemplo, ela está saindo de uma banheira cheia de gelo e testemunhamos o seu corpo cheio de hematomas. Um pequeno exemplo do que estará por vir em seguida, muito embora não estejamos preparados para tamanha montanha russa da qual a personagem irá embarcar.
Aliás, o filme nos pega desprevenido pelo seu perfeccionismo por meio da reconstituição de época precisa, como se realmente voltássemos no tempo e embarcássemos numa subtrama em meio aos eventos que antecederam aquele momento histórico na Alemanha. Ao mesmo tempo, as melhores cenas são sempre embaladas por grandes sucessos da música daquele período e fazendo com que cada uma delas se torne empolgantes. Não irei dizer quais os cantores e suas musicas embalam o filme, mas garanto que todas elas são familiares para os nossos ouvidos e fazendo com que a gente salte em nosso rosto um grande sorriso.
Embora a trama em si não seja um primor de originalidade, é graças ao empenho do seu elenco e as mirabolantes cenas de ação que faz com que não tiremos os olhos da tela. Sendo um dublê do ramo da ação, David Leitch usa tudo o que aprendeu nos anos anteriores e elaborou cenas de ação primorosas, onde exige um grande esforço físico, tanto de sua protagonista, como também do restante do elenco. Charlize Theron realmente luta se machuca e bate em cena de uma maneira assustadora e empolgante. 
Em meio a essa salada pop, o filme ainda nos brinda com uma sensual cena de sexo entre a personagem de Theron com a espiã francesa Delphine (Sofia Boutella, do recente A Múmia), num momento de puro êxtase e que fará qualquer um se empolgar. Do restante do elenco, destaque para James McAvoy, que surge como aliado para a protagonista, mas não escondendo uma aura de ambiguidade e que nos faz duvidar de suas ações. Já John Goodman e Toby Jones (O Nevoeiro) pouco faz em cena, muito embora sejam peões importantes desse jogo de espionagem.
Mas tudo isso nada se compara à surpreendente sequência de ação dentro de um prédio, onde a protagonista encara inúmeros agentes. Apresentado num plano sequência de vários minutos sem cortes, testemunhamos de tudo um pouco, desde a presença de muito sangue, mortes, ossos quebrados e uma Charlize Theron não dando mole em nenhum momento. Desde já, me arrisco a dizer que essa é uma das melhores cenas de ação do ano.
Com toda a pinta para o nascimento de uma franquia de sucesso, Atômica é cinema de entretenimento com estilo, ousadia e sem medo de represálias.  



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Cine Dica: Curso Filme Comédia

Curso

Apresentação

Conceitualmente o filme cômico se caracteriza pela inclusão de gags, piadas, cenas e sequências de humor (visuais ou verbais) em meio à narrativa, com o objetivo explícito de provocar o riso da plateia (gozo sensorial). A comédia está presente no cinema desde os primórdios de sua existência. Na verdade, não havia como ser de outra forma, se levarmos em conta que os primeiros filmes eram exibidos como atrações de feiras e parques de diversões. Existiam essencialmente como produto de entretenimento. Em termos históricos, a considerada primeira comédia do cinema está completando 120 anos. Foi O Regador Regado, realizado pelos irmãos Lumière em 1896.


A comédia, como gênero cinematográfico, estabeleceu-se ainda no período do cinema mudo. A impossibilidade de utilizar sons para transmitir a comicidade foi fundamental para o desenvolvimento do humor visual. A graça estava toda nas situações e ações externas dos personagens. Aquele foi um período do chamado “humor pastelão” que explorou muitas tortas na cara, muitas perseguições, correrias e a velocidade de um mundo que estava em constante evolução industrial.


Sabidamente o homem é o único animal que ri e rindo, reflete sobre a sua própria imagem. A comédia, portanto, representa o homem e suas imperfeições. Nos anos 1920 a comédia de costumes fez escola no cinema norte americano e depois se espalhou mesclando com outros gêneros. A comédia musical, a comédia de erros e a comédia erótica são subgêneros que perpassaram a história do cinema.


No Brasil temos o início do Teatro de Revista, na década de 1930 e a tradição dos espetáculos de atrações. O ciclo da Chanchada no cinema brasileiro, a comédia popular e o filme musical. A comédia popular cinematográfica dos anos 1970, a Pornochanchada, chegou também a influenciar os programas de televisão. As comédias de costumes são influenciaram fortemente os filmes europeus e latinos americanos. Por fim, chegamos ao atual momento das comédias populares contemporâneas no cinema brasileiro.


Objetivos

O Curso Filme Comédia: O Cinema Que Faz Rir, ministrado por Flávia Seligman, vai desenvolver uma análise da evolução do gênero da Comédia no cinema mundial e também brasileiro. Serão revisitados os grandes filmes, os realizadores e atores de destaque deste gênero que surgiu já no nascimento do cinema há 120 anos. Trechos de obras clássicas e representativas serão exibidos e comentados durante o curso.


Conteúdo das aulas

Aula 1
- A história do riso e suas particularidades. O riso no teatro, na literatura e no princípio do cinema.
- Os filmes mudos, as pequenas comédias de costumes. A comédia norte-americana dos anos 1920.
- O Slapstick, gênero de comédia cinematográfica onde predominam as cenas de ação física.
- A evolução do gênero dentro da indústria norte americana de cinema: a comédia popular, a comédia musical, a comédia independente.
- O Sitcom e as séries de televisão com personagens comuns e humor cotidiano.


Aula 2
- A comédia pelo mundo. A tradição da comédia francesa e a sua representação no cinema. A comédia de costumes no cinema latino americano.
- A comédia no Brasil, o folhetim, o teatro de revista e a comédia no cinema.
- A Chanchada e o filme carnavalesco dos anos 1940 e 1950.
- A Pornochanchada dos anos 1970 e a comédia erótica.
- A “Globochanchada” e a comédia de costumes contemporânea, no cinema e na televisão.


Ministrante: Profª Dra. Flávia Seligman

Bacharel em Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo pela Famecos / PUC RS (1986). Mestre (1990) e Doutora (2000) em Cinema pela ECA/USP. Professora do Curso de Realização Audiovisual e do Curso de Jornalismo da Unisinos - RS, nas áreas de Estética, Cinema Brasileiro, Televisão e Produção. Professora de Cinema e de Semiótica, dos Cursos de Design e Jornalismo da ESPM - SUL em Porto Alegre.
Diretora, produtora e roteirista. Desenvolveu a pesquisa "Globo Filmes para um Globo Público" junto ao Núcleo de Pesquisas e Publicações da ESPM–Sul. Dirigiu os curtas metragens O Último Chocolate (2013) e O Fusca e a Dona Hortência (2014), selecionados pelo projeto Histórias Curtas, da RBS TV, com exibições na TV aberta e na TV paga (Canal Brasil). Já ministrou o curso “Cinema Brasileiro nos Anos de Chumbo”.


Curso
FILME COMÉDIA: O CINEMA QUE FAZ RIR
de Flávia Seligman


Datas: 30/Set. e 01/Out. (sábado e domingo)

Horário: 14h às 17h

Duração: 2 encontros presenciais (6 horas / aula)

Local: Cinemateca Capitólio Petrobras
(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Centro Histórico - Porto Alegre - RS)

Investimento: R$ 85,00
* Desconto para pagamento por depósito bancário:
a) R$ 70,00 (primeiras 10 inscrições)
b) R$ 80,00 (demais inscrições)

Formas de pagamento: Depósito ou transferência bancária / Cartão de crédito (PagSeguro)

Material: Certificado de participação e Apostila

Informações:
cineum@cineum.com.br  /  Fone: (51) 99320-2714

Inscrições:

Realização
Cine UM Produtora Cultural

Patrocínio
Editora Intrínseca
Back in Black
B&B Games

Apoio
Cinemateca Capitólio Petrobras

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segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Cine Dica: Em Cartaz: O Deserto do Deserto



Sinopse:O Deserto do Deserto é um documentário de longa-metragem sobre um dos mais duradouros e menos conhecidos conflitos do planeta, a invasão do Saara Ocidental, a última colônia da África, ocupada pelo Marrocos há 40 anos, e o drama de seu povo, os beduínos nômades Saharauis.

Dirigido por Samir Abujamra e Tito Gonzalez Garcia, O Deserto do Deserto é um documentário sobre um dos mais longos, além de pouco conhecido para o mundo, o conflitos sobre a invasão do Saara Ocidental, a última colônia da África, ocupada pelo Marrocos desde 1975, e o drama de seu povo, os beduínos nômades Saharauis.
“Fui “apresentado” ao Saara Ocidental no apartamento de Tito Gonzalez Garcia, em Paris. Lá ele me mostrou imagens impactantes que havia feito numa rápida visita aos campos de refugiados Saharauis, na Argélia. Tive três reações quase imediatas – a primeira foi de curiosidade e espanto sobre aquele conflito tão duradouro do qual nunca havia ouvido falar. Em seguida fiquei arrepiado ao ver aqueles sofridos beduínos falando Espanhol. Por fim fui invadido pela certeza de que tinha de ir ao encontro do Deserto”, conta o cineasta Samir. 
Colocados em uma das partes mais sem vida do  Deserto do Saara, o povo Saharaui persiste em continuar vivendo nestes 40 anos de guerra e confinamento. As missões para obter o território foram impedidas pela construção pelo Exército Marroquino de um muro com quase três mil quilômetros de extensão guarnecida por quase sento e cinquenta mim soldados e sete milhões de minas, isolando os Saharauis das suas infindáveis  riquezas minerais e pesqueiras do território ocupado. O muro marroquino, conhecido como “Muro de la Vergüenza”, é a maior barreira militar defensiva do globo. 
Samir Abujamra e Tito Gonzalez Garcia passaram trinta dias filmando nos Campos de Refugiados Saharauis, na Argélia e no chamado Território Livre Saharaui. Metade desse tempo foi realizado em uma viagem de três mil e duzentos quilômetros  pelo deserto, por regiões das quais ninguém de outro país teve acesso desde o ano de 1991, com o intuito de alcançar até a última e pequena porção de costa ainda pertencente aos Saharauis. Curiosamente, os diretores acabaram fazendo parte desse conflito quando o jipe que estavam explodiu ao passar por sobre uma mina antitanque, a apenas 800 metros de distancia do Oceano Atlântico.
O Deserto do Deserto é um filme que nos dá um olhar inédito sobre o melancólico destino de um povo obrigado a viverem isolados e que, infelizmente, essa cruzada de sofrimento é praticamente desconhecida aos olhos do mundo.

Em Cartaz no Cinebancários as 19h e a partir do dia 07 de setembro as 15h. Cinebancários: R. Gen. Câmara, 424 - Centro, Porto Alegre.

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