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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 26 de maio de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: JOGO DO DINHEIRO

Sinopse:Lee Gates (George Clooney) é um guru financeiro que faz sucesso por causa de seu programa televisivo. Todos os dias ele tira dúvidas de telespectadores, entre eles o jovem Kyle (Jack O'Connell), que acaba perdendo todo seu dinheiro após uma dica dada por Gates. Descontrolado, Kyle invade o programa e faz o apresentador de refém.

George Clooney, Julia Robert e Jodie Foster. Ambos tem muito em comum, pois embora a última tenha se consagrado nos anos 70 a partir de Taxi Drive, foi realmente na década de 90 que garantiu o seu auge com O Silêncio dos Inocentes. Já Clooney e Robert construiram as suas carreiras de sucesso no início daquela década: o primeiro teve a sorte de atuar na série de sucesso Plantão Médico e dando sinal verde para estrelar inúmeros filmes para o cinema. Já Julia Robert se tornou namoradinha da América a partir do já clássico Uma Linda Mulher.
Passados os anos, os três passaram por altos e baixos na carreira, mas jamais perderam a postura, mesmo não estando nem sempre a frente de grandes ou até mesmo pequenas produções. Foster então decidiu seguir a carreira de diretora e criou o ótimo Um Novo Despertar, estrelado pelo também astro dos anos 90 (esse sim hoje em decadência) Mel Gibson. Eis que então Foster decide dirigir novamente esse filme intitulado Jogo do Dinheiro e convidando os seus colegas dos anos 90 Clooney e Robert. O resultado é um filme, cuja a proposta é fazer uma crítica sobre as engrenagens da bolsa de valores hoje, mas que infelizmente chega um pouco atrasado para tal missão.
Para começar, o filme funcionaria muito bem na década de 90, tanto que o filme lembra até mesmo a estética  que determinados  filmes  tinham naquele tempo. Apresentado agora com essa proposta, o filme já se encontra datado, principalmente se a obra é comparada ao recente A Grande Aposta, sendo esse sim, um filme que é inteligente, original e que nos mostra de uma forma criativa e bem humorada como funciona as engrenagens da movimentação do dinheiro de hoje e como qualquer passo em falso pode acarretar consequências desastrosas.
O que sobra então é George Clooney sendo  George Clooney, uma Julia Robert  sendo Julia Robert e uma cineasta Jodie Foster no piloto automatico e que tenta a todo momento tirar algo de original nisso, mas sem muito sucesso. Nem ao menos o personagem Kyle Budwell (Jack O'Connell) responsavel pelo estopim para a movimentação da trama ajuda muito nisso, já que ele não nos emociona em nenhum momento e tão pouco nos preocupamos com o seu destino, que alías, já sabemos onde ele irá chegar. Vale destacar também é o fato da grande midía fazer um verdadeiro circo com determinadas situações, mas isso já deixa claro que já foi explorado a exaustão em clássicos como A Montanha dos Sete Abutres e até mesmo em filmes pequenos como O Quarto Poder.
Com um final previsivel e sem nenhum atrativo, Jogo do Dinheiro é apenas uma representação palida de como eram feitos inúmeros filmes americanos da década de 90, sendo muitos deles hoje esquecidos e fazendo a gente se dar conta de como a década de 80 era bem mais dourada. 


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Cine Dicas: Estreias no final de semana (26/05/16)

ALICE ATRAVÉS DO ESPELHO

Sinopse: Sequência revisita as adoradas histórias de Lewis Carroll em um conto inédito que retorna no tempo e ao País das Maravilhas.


ROTEIRO DE CASAMENTO

Sinopse:No início da carreirra e ainda desconhecida, uma atriz, namorada do diretor do filme no qual está trabalhando, acaba se apaixonando por outro homem. No entanto, sua fixação não é por uma pessoa real, mas pelo personagem que ele interpreta.


PEPPA PIG: AS BOTAS DE OURO E OUTRAS HISTÓRIAS

Sinopse:Com a ajuda de seus amigos, a Mamãe Pig, o Papai Pig, o George e o Avô Coelho, Peppa tem que viajar por terra, mar e até espaço para localizer as Botas Douradas antes da grande competição de Pulos em Poças.

A GAROTA DO LIVRO

Sinopse:O maior sonho de Alice Harvey é ser escritora, mas por enquanto ela é apenas uma assistente de editora de livros. Filha de um agente literário de Nova York, ela recebe a grande chance de avançar na carreira, mas para isso terá que enfrentar os fantasmas de seu passado. Alice também sofre com um terrível bloqueio criativo, que a impede de escrever.

PONTO ZERO

Sinopse:Ênio é um menino de 14 anos que precisa enfrentar a jornada rumo à vida adulta. Ao roubar o carro do pai, ele desafia uma noite tempestuosa que o levará a um encontro brutal com o destino quando tenta escapar de uma claustrofóbica cena familiar.


JOGO DO DINHEIRO

Sinopse:Lee Gates é uma personalidade da TV, que se tornou conhecido como o guru de Wall Street ao utilizar informações privilegiadas da Bolsa de Valores. Porém, quando Kely, um telespectador, perde todas as economias da família graças a uma dica do apresentador, ele decide fazê-lo refém no ar, criando uma situação tensa e elevando os níveis de audiência.


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quarta-feira, 25 de maio de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: PONTO ZERO

Sinopse: O adolescente Ênio (Sandro Aliprandini) tem um pai tempestuoso e uma mãe nervosa. Ele se vê entre os dois sem saber ao certo que rumo tomar em sua vida, tentando escapar de uma rotina claustrofóbica.

Adolecencia é uma faca de dois rumes, pois o adolescente em si segue em linha reta, ou se perde na curva da vida. Isso se deve pelo fato de que, querendo ou não, é preciso ter uma mão de apoio e faze-lo com que siga o caminho certo que venha a trilhar. No prólogo de Ponto Zero há uma comparação desse fato com os astronautas do espaço, que precisam um do outro para cumprir determinadas missões nos confins do universo, pois uma vez perdido não tem como mais econtra-lo por lá.
Em sua estréia em longa metragens, o cineasta José Pedro Goulart cria um retrato sobre adolecência contemporânea, através do olhar do jovem protagonista Ênio (Sandro Aliprandini): ridicularizado por seus colegas de escola, Ênio é um garoto quieto, que vai descobrindo o que chega junto com adolecencia, mas ao mesmo tempo tendo que encarar os atritos de seus pais, vividos pelos atores Eucir de Souza (O Gorila) e Patricia Selonk. Nesse cenário em que sua realidade se vê em estado de mudanças, o mundo em volta, por vezes, não faz nenhum sentido.
José Pedro Goulart  cria como ninguém uma cidade de Porto Alegre familiar, mas  com um olhar particular, do qual se extrai uma visão jamais vista. Por vezes, Ênio (e nós) enxergamos o ambiente da cidade distorcido, fora do lugar e um sinal de até mesmo retrocesso do mundo em que vivemos: a cena em que vemos pessoas e carros andando para trás sintetiza muito bem isso. Esse clima cria uma sensação de verdadeiro contraste quando é comparado com as lembranças do protagonista, sendo elas uma época mais dourada, mas já sinalizando pelos tempos dificieis que viria.
Embora atuando pela primeira vez num longa metragem, Sandro Aliprandini se sai muito bem como protagonista da trama, pois ele acaba nos transmitindo, mesmo que sem palavras, todo um conflito interno sobre não saber o que fazer nesse mundo caotico dentro e fora de sua casa. Com o marido ausente, a mãe recorre o filho numa cena , por exemplo, um pouco de carinho a muito tempo não sentido, mas Ênio não sabe como reagir sobre isso. Isso então se cria no jovem protagonista a sensação de não interesse pelas coisas que acontecem com as pessoas em volta e fazendo com que sua posição se desmorone perante o terceiro ato final que ele virá enfrentar.
Falando nesse ato, é preciso dar palmas para esse momento, pois o cineasta coloca o protagonista numa situação que nos faz lembrar aqueles terriveis pesadelos dos quais a gente não consegue acordar. Tudo isso moldurado numa Porto Alegre que sofre uma chuva torrencial insessante e que não deve nada a uma Los Angeles humida e perigosa como foi vista no clássico Seven de David Fincher. Porém, o cinéfilo irá reparar que há elementos  que lembram até mesmo a filmografia do cineasta  David Lynch (Mulholland Drive), pois nesse labirinto desconcertante que o personagem passa, surge personagem dos quais desafiam a sua propia sanidade.
Com um  epílogo que se casa muito bem com o prólogo do início do filme, Ponto Zero, é um pequeno mas grande filme do qual fala sobre pessoas x realidade e as consequências sobre falta de interesse delas de ajudar e ouvir o próximo, ou ente querido. 



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Cine Dica:Projeto Raros exibe filme político da Nouvelle Vague Japonesa

GOLPE DE ESTADO DE KIJU YOSHIDA NA SALA P. F. GASTAL

Na sexta-feira, 27 de maio, às 20h, o Projeto Raros da Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) exibe o filme Golpe de Estado (Kaigenrei, 1973, 110 minutos), de Yoshishige "Kiju" Yoshida, um dos mestres da Nouvelle Vague Japonesa. Com projeção digital e legendas em português, a sessão tem entrada franca.

SINOPSE Sem motivo aparente, Heigo Asahi mata um poderoso homem de negócios e comete suicídio. Mesmo sem conhecer o homem, um escritor descobre que um de seus livros inspirou o assassinato. Golpe de Estado é a biografia livre de Ikki Kita, o intelectual ultranacionalista cujas ideias inspiraram uma tentativa de golpe militar no Japão em 1936.

Golpe de Estado é o terceiro filme da trilogia de Yoshida que encara a história política japonesa do século 20, completada por Eros + Massacre (1969), sobre a vida do pensador anarquista dos anos 1920, Sakae Osugi, e Purgatório Eroica (1970), reconstrução ultraexperimental dos anos radicais dos grupos estudantis na década de 1950. O filme foi considerado pelo próprio cineasta o ápice de sua obra em conteúdo e estilo. Depois de Golpe de Estado, Yoshida permaneceu treze anos sem realizar longas-metragens. 

Yoshishige Yoshida é um dos principais nomes da Nuberu Bagu, também conhecida como a Nouvelle Vague Japonesa, responsável pela ruptura no cinema japonês a partir do final dos anos 1950. Trabalhando em uma das produtoras mais tradicionais do país, a Shochiku, Yoshida realizou melodramas delicadíssimos, como o celebrado As Termas de Akitsu, sobre um amor impossível no pós-guerra. A partir de 1965, o diretor decide sair da produtora e realizar filmes independentes, movimento simultâneo a de vários nomes importantes de sua geração, como Nagisa Oshima, Shohei Imamura e Seijun Suzuki (esse último acabou demitido da produtora Nikkatsu por conta de sua guinada experimental).

Apostando cada vez mais na experimentação da linguagem cinematográfica, a fase independente de Yoshida é caracterizado em um primeiro momento pelos filmes sobre a libertação da mulher japonesa no contexto da modernização do país no pós-guerra, em uma impressionante parceria criativa e amorosa com a atriz Mariko Okada. No final dos anos 1960, busca os conflitos políticos da história recente do Japão e radicaliza aquilo que se tornou sua marca registrada: o desenquadramento, quando o protagonista deixa de ser o centro da imagem, esmagado entre paredes, tetos, objetos e pelos próprios limites do fotograma.

PROJETO RAROS
GOLPE DE ESTADO
27/05
(Kaigenrei, 1973, 110 minutos)
Direção: Yoshishige Yoshida
Elenco: Rentarô Mikuni, Yasuo Miyake, Akiko Kurano, Tadahiko Sugano.

Exibição digital com legendas em português
 

Sala P. F. Gastal
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro
Fone 3289 8133

terça-feira, 24 de maio de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: EXILADOS DO VULCÃO

Sinopse: Ela conseguiu salvar do incêndio uma pilha de fotografias e um diário com frases escritas à mão. Estas palavras e rostos são os únicos rastros deixados pelo homem que ela um dia conheceu e amou. Cruzando montanhas e estradas, ela tenta refazer os passos dele. Os lugares que ela visita carregam pessoas, gestos, lembranças e histórias que, pouco a pouco, se tornam parte de sua vida.

Três anos depois de ser premiado no Festival de Brasília, finalmente chega na capital gaúcha o imprevisivel Exilados do vulcão, primeiro longa de Paula Gaitán, que no passado criava ensaios documentais Diário de Sintra (em torno dos últimos anos de Glauber Rocha), Vida (sobre a atriz Maria Gladys) e Agreste (sobre Marcélia Cartaxo).
Há algo de diferente no ar em Exilados do vulcão, uma qualidade cinematografica incomum se anuncia em suas primeiras imagens em cena: uma longa panorâmica das montanhas de Minas sob uma espessa névoa. É o foco principal de que será feita essa trama, de acordo como ficamos descobrindo pelas palavras em off, ou seja: memória ou mesmo antes da tentativa de renascer a memória.
O ponto de partida, é um incêndio em que se destruiu  tudo o que constituía a identidade e a história de um fotógrafo (Vincenzo Amato). Sobraram um diário e uma inumeras fotos. É a partir desses poucos fragimentos que seu amor (Clara Choveaux) se embrenha em uma cruzada para montar a trajetória do desaparecido.
A mulher, se aproximará então de lembranças, lugares e imagens registradas em palavra ou do rosto da pessoa que amou. No longa, a busca faz com que o passado e o presente se fundem em inumeras cenas e criando um verdadeiro mosaico de som e imagem que soltam aos nossos olhos e fazendo com que montemos as inumeras possiblidades sobre o que realmente acontece na tela.
Nesse jogo de quebra cabeça, em que não por acaso são frequentes as referências à mineração, à prospecção, à escavação, a apresentação das cenas se dá de uma forma pessoal, como se todo o trabalho autoral que a  cineasta fez no passado se juntasse aqui e formasse algo que pretende acima de tudo nos querer dizer algo. O mundo do qual a protagonista caminha, por vezes, parece um limbo, ou de um lugar que um dia já foi melhor, mas que não esconde a vida que ainda se encontra por lá. Há uma ligação forte da pele do ser humano com o barro, como o fato da possiblidade de termos nascido da terra e termos que então retornar as nossas raizes.
É um filme experimental, autoral, mas acima de tudo um cinema de arte, do qual dificilmente o que é visto na tela poderia ser visto em qualquer outro lugar, seja num teatro ou tão pouco na tv. Luzes e sombras formam um uníco mosaico, cuja a câmera, por vezes tremula propositalmente, remete um cinema amador, mas de qualidade e genialidade. Um belo exemplo é a cena em que a protagonista pega o homem que ela ama (ou assim como é em sua mente) com a sua amante numa sala de revelação de fotos em meio a uma forte luz vermelha.
Transtornada ela se afasta e se adentra em meio as sombras e diminuindo a sua luz até desaparecer por completo nas trevas. Desde já uma das melhores cenas do filme. ´Há em Exilados do Vulcão uma atmosfera poética, da qual poesias em off se casam com perfeição com as cenas e fazendo delas algo ainda mais precisoso para ser pensado e sentido.
Como em suas obras anteriores, a cineasta Paula Gaitán parece obsecada com relação ao tempo e espaço entre os obejtos e a imagem dos objetos em si. Sobre um horizonte recortado de montanhas, a mulher estende uma fotografia do mesmo local. Diante do pedaço de afresco (Piero della Francesca) numa parede em ruínas, um jovem casal reproduz com seus gestos a cena pintada.
Claro que o cinéfilo mais atento irá sentir e enxergar de cara que há referencias ao já clássico Arvore da Vida, mas Exilados do Vulcão  possui uma identidade própia e uma forma de fazer com que saiamos do cinema e termos a absoluta certeza que  assistimos um filme fora dos padrões normais do cinema convencional.


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Cine Dica: Sessão especial de destaque do cinema alemão na Sala P. F. Gastal

PROJETO ACADEMIA DAS MUSAS EXIBE FILME DE MAREN ADE NA SALA P. F. GASTAL

Na quinta-feira, 26 de maio, às 19h30, o grupo de pesquisa Academia das Musas exibe na Sala P. F.Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) o filme Todos os Outros (Alle anderen, 2009, 120 minutos), da diretora alemã Maren Ade. A sessão é uma parceria com o Goethe-Institut de Porto Alegre. Projeção em blu-ray. Entrada franca.

SINOPSE: Chris e Gitti estão em um aparente idílio amoroso durante férias na Sardenha. Porém, em meio às brincadeiras, rituais íntimos e hábitos fúteis, esconde-se uma tensão. Cheia de entusiasmo, ela não teme expressar seu amor por Chris, enquanto ele é mais reservado em relação à exposição de sua vida pessoal e profissional, demonstrando certa insegurança. Numa tola tentativa de viver perigosamente, Chris começa a revelar seu gênio voluntarioso, querendo mostrar à namorada quem domina a relação. Com isso, a confiança que ela tinha por ele sofre um duro golpe. Gitti tenta se conformar com o novo comportamento de Chris, mas o que começara como uma experiência lúdica logo se transforma numa luta contra sua própria personalidade. Enquanto ele se afirma como o mais forte da relação, ela começa a perder a cabeça.

Maren Ade nasceu em 1976 em Karlsruhe, na Alemanha. Estudou Produção e Direção na Universidade de Televisão e Cinema de Munique. Dirigiu seu primeiro curta, Ebene 9, em 2000. Seu longa-metragem de estreia, Forrest for the Trees (2003), filme de graduação na universidade, ganhou o Prêmio Especial do Júri no Festival de Sundance em 2005. Lançado em 2009, Todos os Outros ganhou o Prêmio Especial do Júri no Festival de Berlim. O novo filme de Ade, Toni Erdmann, é uma das sensações do Festival de Cannes deste ano.

Promovendo sessões e debates, o projeto Academia das Musas pesquisa obras realizadas por mulheres ao longo da história do cinema. Os encontros acontecem quinzenalmente na Sala P. F. Gastal, nos sábados, às 10h30.

GRADE DE HORÁRIOS
24 a 29 de maio de 2016

24 de maio (terça)
15h – As Mil e Uma Noites: Volume 1 – O Inquieto
17h15 – Exilados do Vulcão
19h30 – As Mil e Uma Noites: Volume 2 – O Desolado

25 de maio (quarta)
15h – As Mil e Uma Noites: Volume 2 – O Desolado
17h15 – Exilados do Vulcão
19h30 – As Mil e Uma Noites: Volume 3 – O Encantado

26 de maio (quinta)
15h – As Mil e Uma Noites: Volume 2 – O Desolado
17h15 – Exilados do Vulcão
19h30 – Academia das Musas: Todos os Outros, de Maren Ade

27 de maio (sexta)
15h – As Mil e Uma Noites: Volume 3 – O Encantado
17h15 – Exilados do Vulcão
20h – Projeto Raros – Golpe de Estado, de Yoshishige Yoshida

28 de maio (sábado)
10h30 – Academia das Musas (Sessão Primeiro Cinema – Alice Guy e Lois Weber)
15h – As Mil e Uma Noites: Volume 1 – O Inquieto
17h15 – Exilados do Vulcão
19h30 – As Mil e Uma Noites: Volume 2 – O Desolado

29 de maio (domingo)
15h – As Mil e Uma Noites: Volume 2 – O Desolado
17h15 – Exilados do Vulcão
19h30 – As Mil e Uma Noites: Volume 3 – O Encantado
 
Sala P. F. Gastal
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro

Fone 3289 8133
www.salapfgastal.blogspot.com

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: X-MEN: APOCALIPSE

Sinopse: O Apocalipse (Oscar Isaac) é o primeiro e mais poderoso mutante do mundo. Ele tem planos de mergulhar o mundo em um apocalipse para garantir a supremacia. Para isso, Apocalipse recruta uma equipe de mutantes, como Magneto (Michael Fassbender). Do lado oposto estão o Professor Xavier (James McAvoy) e Raven (Jennifer Lawrence).

E lá se vão mais de 15 anos desde que Bryan Singer (Os Suspeitos) introduziram os heróis mutantes para o cinema e que deu início a febre das adaptações das HQ. Foram cinco filmes com a equipe e mais dois filmes solo com o seu personagem popular Wolverine.  Mesmo com as suas perfeições, houve claro algumas irregularidades ao longo desse percursso na saga e o pouco desses dois mundos se encontra em X-Men: Apocalipse, mas que o resultado final diverte e não desanima.
Dez anos se passaram desde que o  mundo descobriu que os mutantes realmente existem. Estamos em 1983, onde a sociedade oitentista convive com os mutantes, mesmo ainda existindo o preconceito acalorado contra eles. Porém, o primeiro mutante do planeta desperta e deseja que a sua raça se torne os donos do planeta.
Pois bem, para começar, uma coisa que eu sempre me preocupou (desde X-Men: O Confronto Final) foi a insistencia dos produtores colocarem inúmeros personagens na tela, que  além de prejudicarem o ritmo da trama, poderiam ser facilmente descartados, pois nada acrescentam. Felizmente não é o que acontece exatamente aqui, pois além de velhos conhecidos como Ciclope (Tye Sheridan), Fenix (SophieTurner), Tempestade (Alexandra Shipp) e Noturno  (Kodi Smit-McPhee) serem reentroduzidos na saga, os demais personagens surgidos na segunda trilogia, como Mistica (Jennifer Lawrence) e até mesmo Destrutor (Lucas Till) tem suas presenças respeitadas e tendo tempo necessário para o melhor desenvolvimento de cada um deles. O mesmo não pode se dizer de personagens como  Psylocke (Olivia Munn) e Jubileu (Lana Condor), que embora tenham visuais fieis se comparado as HQ, por outro lado pouco elas são desenvolvidas, sendo que essa última poderia facilmente ser descartada da trama.
Falando em trama, Singer novamente foi esperto em focar o principal elemento de sucesso da franquia: mutantes vs preconceito, sendo que isso é muito bem representado novamente pelo personagem Eric/Magneto (Michael Fassbender),que sofre novamente o duro golpe vindo de pessoas que simplesmente tem medo ou não querem entender as pessoas que são diferentes como ele. Fassbender novamente dá um show de interpretação e uma vez que ocorre esse ato protagonizado por ele nós já estamos mais do que fisgados pela trama.
Já sua contraparte Charles Xavier / Professor X (James McAvoy) demonstra um amadurecimento definitivo e fazendo a gente crer que realmente ele venha se tornar o professor X interpretado por  Patrick Stewart   da trilogia original. Embora o seu desempenho visto no filme anterior  (Dias de um Futuro Esquecido)  ainda seja o melhor, McAvoy demonstra segurança e uma dose de seriedade dentro desse gênero fantástico. Como não poderia deixar de ser, as cenas de MacAvoy e Fassbender sempre se torna um aperetivo a mais na trama.
Sendo que o preconceito sempre foi o principal vilão da franquia, eu sempre achei que introduzir um vilão poderoso como Apocalipse seria um tanto que desnecessário, mas eis que ele finalmente surge. Intepreado por Oscar Isaac (Star Wars: O Despertar da Força), Apocalipse tem uma única ambição: devastar a terra e fazer com que os mutantes dominem o novo mundo reerguido por eles. Ou seja, tipico plano de vilão megalomaníaco e que somente não se tornou caricato graças ao esforço de Issaac, mesmo com todo o peso da maquiagem em seu rosto.
Se as intenções do vilão não convencem, pelo menos elas rendem inúmeras cenas de ação que, embora virtiginosas em alguns momentos, elas rendem bom entreterimento. Cada um dos personagens usa os seus poderes ao máximo e gerando um verdadeiro contraste se comparado ao que foi visto lá atrás em X-Men: O filme. Porém, nada se compara a maravilhosa cena em que Peter / Mercúrio (Eva Peters) novamente usa a sua velocidade ao máximo para fazer uma boa ação e nos brindando com a melhor e mais divertida cena de todo o filme.
Tendo ainda uma bela participação de um velho mutante conhecido nosso, X-Men: Apocalipse cumpre o seu dever de encerrar essa segunda trilogia dos mutantes com dignidade, mesmo com todos os percalços e que poderia gerar um desastre total. 


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