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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 17 de maio de 2016

Cine Dica: Novo filme de Paula Gaitán estreia na Sala P. F. Gastal

EXILADOS DO VULCÃO ENTRA EM CARTAZ NA SALA P. F. GASTAL

A partir de terça-feira, 17 de maio, a Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) promove a estreia exclusiva de Exilados do Vulcão, novo filme Paula Gaitánvencedor do Prêmio de Melhor Filme no 46º Festival de Brasília. Destaques do fim de semana que retoma a programação regular da sala, os três volumes de As Mil e Uma Noites, do português Miguel Gomes, seguem em exibição. Com projeção digital em alta definição, o valor do ingresso é R$ 8,00.   

SINOPSE: Ela conseguiu salvar do incêndio uma pilha de fotografias e um diário com frases escritas à mão. Estas palavras e rostos são os únicos rastros deixados pelo homem que ela um dia conheceu e amou. Cruzando montanhas e estradas, ela tenta refazer os passos dele. Os lugares que ela visita carregam pessoas, gestos, lembranças e histórias que, pouco a pouco, se tornam parte de sua vida.

O FILME

Exilados do Vulcão é o quinto filme dirigido por Paula Gaitán, cineasta, poeta, fotógrafa e artista visual com uma sólida carreira em documentários desde 1983, incluindo seis longas-metragens, dezenas de trabalhos de curta ou média metragens para cinema e televisão, instalações e trabalhos de vídeo arte para diversas exposições coletivas.

Realizado com equipe e elenco brasileiro e internacional, que inclui o diretor de fotografia peruano Inti Briones (La Maison Nucingen e outros filmes de Raul Ruíz; The Loneliest Planet, de Julia Loktev; Bonsái, de Cristian Jimenez; apontado pela Variety como um dos dez fotógrafos para se acompanhar de perto em 2013), e protagonizado pelo italiano Vincenzo Amato (Respiro e Novo Mundo, de Emanuele Crialese) e pela brasileira Clara Choveaux (Tiresia e O Pornógrafo, de Bertrand Bonello), o filme combina o olhar de poeta e artista visual de Paula Gaitán com um potente trabalho dramatúrgico, abrindo novos caminhos para abordar questões humanas universais: o amor, a memória e a morte, o ciclo primordial da vida e da terra que se espalha com grande força imagética por toda a extensão da tela do cinema.

O filme conta ainda com a colaboração do roteirista e director Rodrigo de Oliveira, que criou o roteiro juntamente com Paula Gaítan, a partir do premiado romance Sobre a Neblina, da mineira Christiane Tassis. A trilha musical tem a participação especial de Elza Soares.

A obra de Paula Gaitan é marcada por obras singulares de grande impacto estético e visual. Em Uaka (1988), o documentário etnográfico é infiltrado pela constante invenção visual. Em Diário de Sintra (2007), a memória aparece como criação involuntária a partir da experiência de vida na pequena cidade portuguesa de Sintra com seu companheiro Glauber Rocha e os filhos do casal. Em Vida (2008) e Agreste (2010), o olhar pessoal da diretora esboça retratos de duas atrizes brasileiras – Maria Gladys, ícone do Cinema Marginal, e Marcélia Cartaxo, presença marcante no cinema brasileiro desde meados da década de 1980. E em  Exilados do Vulcão (2013), a sensibilidade dos ensaios audiovisuais de Paula Gaitán se encontra pela primeira vez com a dramaturgia de ficção, abrindo um novo território para a criação no cinema.

O filme é uma coprodução da FRANCO Filmes, ARUAC Filmes e Mutuca Filmes produzido com recursos públicos geridos pela ANCINE, com patrocínio do Governo do Rio de Janeiro, da Secretaria de Estado de Cultura, da Lei Estadual de Incentivo a Cultura do Rio de Janeiro, e das empresas ENERGISA e Oi. A distribuição é da Livres Filmes.

FICHA TÉCNICA
Duração: 123 min
Cor: Colorido
Cópia: HD
Formato: 2:39
Janela: cinemascope

Direção: Paula Gaitán
Roteiro: Rodrigo de Oliveira
Fotografia de Inti Briones
Produção Executiva: Ailton Franco  Jr. e Eryk Rocha
Montagem: Paula Gaitán e Fábio Andrade
Desenho de som: Fábio Andrade

Atores:   Vincenzo Amato (Respiro; Novo Mundo);
              Clara Choveaux (Tiresia; O Pornógrafo);
              Simone Spoladore (Lavoura Arcaica; Sudoeste)
              Bel Garcia (Filme de Amor; O Bem Amado)
              Lorena Lobato (O Cheiro do Ralo; Hoje)
              Maíra Senise (Diário de Sintra; Vida)
              Ava Rocha (Diário de Sintra; Jardim Atlântico)
              Bruno Cezario
              Daniel Passi


FESTIVAIS:
46º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro - Melhor Filme  e Melhor Desenho Sonoro
XI Panorama Coisa de Cinema - Prêmio Especial do Júri
37º Mostra Internacional de São Paulo - Seleção Oficial
V Semana dos Realizadores - Seleção Oficial


DISTRIBUIDORA:
Livres Filmes
Contatos:
Carla Osório
(21) 983480021

Rebecca Ramos
(21) 981744561



GRADE DE HORÁRIOS
14 a 22 de maio de 2016

14 de maio (sábado)
15h – As Mil e Uma Noites: Volume 1 – O Inquieto
17h15 – As Mil e Uma Noites: Volume 2 – O Desolado
19h30 – As Mil e Uma Noites: Volume 3 – O Encantado

15 de maio (domingo)
15h – As Mil e Uma Noites: Volume 1 – O Inquieto
17h15 – As Mil e Uma Noites: Volume 2 – O Desolado
19h30 – As Mil e Uma Noites: Volume 3 – O Encantado

17 de maio (terça)
15h – As Mil e Uma Noites: Volume 1 – O Inquieto
17h15 – As Mil e Uma Noites: Volume 2 – O Desolado
19h30 – Exilados do Vulcão

18 de maio (quarta)
15h – As Mil e Uma Noites: Volume 2 – O Desolado
17h15 – As Mil e Uma Noites: Volume 3 – O Encantado
19h30 – Exilados do Vulcão

19 de maio (quinta)
15h – As Mil e Uma Noites: Volume 2 – O Desolado
17h15 – Exilados do Vulcão
19h30 – Festipoa Literária: Tropykaos, com a presença do ator Gabriel Pardal

20 de maio (sexta)
15h – As Mil e Uma Noites: Volume 2 – O Desolado
17h15 – As Mil e Uma Noites: Volume 3 – O Encantado
19h30 – Exilados do Vulcão

21 de maio (sábado)
15h – As Mil e Uma Noites: Volume 1 – O Inquieto
17h15 – As Mil e Uma Noites: Volume 2 – O Desolado
19h30 – Exilados do Vulcão

22 de maio (domingo)
15h – As Mil e Uma Noites: Volume 2 – O Desolado
17h15 – As Mil e Uma Noites: Volume 3 – O Encantado
19h30 – Exilados do Vulcão

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: A ASSASSINA

Sinopse: Durante a Dinastia Tang, Nie (Shu Qi) foi raptada e é treinada para ser uma assassina. Sua missão é relembrar feridas do passado quando é incumbida de matar seu primo, líder da força militar da China. Mas ela sente dúvidas em executá-lo, pois na verdade é apaixonada por ele. 

Vencedor do Prêmio de Melhor Diretor em Cannes 2015, A assassina chamou atenção entre os fãs de cinema autoral quando foi anunciado a sua produção. Isso se deve ao fato do cineasta Hou Hsiao Hsien é reconhecido pelos seus filmes como Barão Vermelho, onde então se criou um cinema mais minimalista. Em A assassina, de forma inédita, o cineasta trabalha no gênero de artes marciais.
Contudo, não esperem por algo parecido como foi visto em filmes como Tigre e o Dragão, longe disso. O filme não é ação que possui o foco principal, mesmo possuindo belissimas cenas de combate das quais não deve nada ao já citado clássico filme.  Porém, é o drama, os conflitos interiores dos personagens, como no caso de Yinniang  ( Qi Shu de Carga explosiva).
No Séc 9, durante a Dinastia Tan, Yinniang é enviada, aos 10 anos de idade, para as mãos da freira Jiaxin, que a treina para ser uma assassina. Durante uma missão, Yonniang falha: vendo a sua vitima abraçada ao filho pequeno, ela desiste de matá-lo. Por conta dessa fraqueza humana, Jiaxin a envia até Weibo, cidade onde Yinniang nasceu, com a incumbência de matar o seu primo, que outrora haviam se apaixonados e impedidos de se amar pelos pais de Yinniang. Agora, ela precisa decidir se cumpre a sua missão, ou se deixa mais uma vez o seu coração comandar as suas ações.
O que poderia render um tipico filme de ação de artes marciais, o cineasta vai contra a maré e cria  um filme belíssimo, com fotografia espetacular de Pin Bing Lee (um dos fotógrafos de Amor à for da pele, de Wong Kar Wai), Direção de arte, figurino e trilha sonora que se torna o verdadeiro foco principal.  Para aqueles que esperam ação, o filme  filme tem um ritmo extremamente lento, e recomenda-se que quem for assistir ao filme em ter paciencia com ele, pois estará perdendo uma grande obra para ser assistida na tela grande.
Contudo, as suas cenas de ação são ótimas, mas nem dá para comparar com as coreografias malabarísticas dos filmes de Zhang Yimou. Há planos longos, fixos e com panorâmicas, uma marca até do cinema de Mizogushi em "O intendente Sancho" e "Ohayo". Planos gerais e muito raramente, fecha-se em closes. É um cinema do qual a gente somente observa, do qual nos faz analisar tudo que se encontra no quadro.   Aplaudido em Cannes no ano passado, o filme é uma curiosa e bela experiencia e que vai contra as nossas expectativas. 


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Cine Dica : “Central”, um filme indispensável


Este domingo, tive o privilégio de assistir à segunda exibição pública do documentário brasileiro “Central”, em competição na secção de documentários do FESTIN. Realizado por Tatiana Sager, o filme leva-nos para dentro do Presídio Central de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, com imagens gravadas pelos próprios presos e alguns depoimentos vivos que nos dão uma exímia descrição do funcionamento do sistema penitenciário no Brasil. Apesar de sairmos da sessão com o estômago do avesso, reina em nós uma profunda sensação de esclarecimento e de que acabamos de ver uma verdadeira obra prima do cinema documental brasileiro.
“Central” é baseado no livro “Falange Gaúcha”, do jornalista Renato Dornelles e conta a história daquele que foi, em tempos, considerado o pior presídio da América. As imagens mostram a degradação do edifício, projectado para receber um número máximo de 1600 pessoas, mas que já chegou a albergar mais de 5 mil. As consequências estão à vista: uma gritante superlotação, esgotos a céu aberto, falta de saneamento básico, de energia eléctrica e de água potável. Uma verdadeira bomba relógio, que incumpre violentamente com as regras mínimas estabelecidas pela Declaração Universal dos Direitos Humanos.
No entanto, para além de visibilizar a falta de conservação da prisão e o estado indigno em que vivem os detentos, o documentário dá-nos uma visão mais ampla e crítica sobre o sistema penitenciário em si. Vemos como cai pelo chão o afã teórico de “correcção”, face a uma taxa de reincidência da ordem dos 70%. A ideia de que se consegue diminuir o crime aumentando o número de detenções nas ruas não passa de um engano. Um jovem de 18 anos entra na Central por vender de drogas, cumpre a sua pena numa autêntica universidade do crime, sai em liberdade e dá-se conta de que poucas opções lhe restam para além de voltar ao crime – ou por dívidas e compromissos contraídos na prisão, ou simplesmente por não conseguir um trabalho. A prisão transforma-se numa dívida eterna paga por toda a sociedade.
“Quanto pior estiver a situação na prisão, melhor para o crime”, repetia um dos entrevistados.
O filme desmonta a teoria da ressocialização, mostrando as complexas dinâmicas internas do presídio, os jogos de poder e o equilíbrio alcançado entre as autoridades e os presos, mediante constantes negociações com os líderes das facções criminosas, que se auto-organizam quase que partilhando a gestão da Central com os guardas. Grande parte das decisões precisa da aprovação tácita ou explícita dos chamados Plantões, os porta-vozes, líderes dos vários grupos, que chegam ao poder de forma autocrática na maior parte das vezes.
Negociar é a palavra de ordem. Essa foi a forma de minimizar as rebeliões, diminuir o número de mortes dentro do presídio e acalmar o fogo mediático à volta da imagem da instituição. Mas quais as consequências desse empoderamento dos presos? Com o decorrer do filme vamos entendendo porque é que esse estado de permanente negociação beneficia tanto o Estado como o próprio crime organizado dentro e fora do presídio.
Os muros, as grades e o arame farpado não separam realmente o mundo de dentro e o de fora, pois o crime organizado tem a possibilidade de se fortalecer ainda mais dentro da Central, aproveitando-se das fraquezas do sistema. Como o Estado investe pouquíssimo dinheiro naquele presídio (20 mil reais mensais, de acordo com o filme), a enorme escassez de tudo, desde alimentos a produtos de higiene básicos, é colmatada pelo mercado clandestino. Este comércio paralelo é uma enorme fonte de rendimento para os bandos. 

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Cine Dica: Em Blu-Ray, DVD, Netflix e locação via TV a Cabo:



CREED: NASCIDO PARA LUTAR

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A GRANDE APOSTA
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O REGRESSO

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