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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 24 de novembro de 2015

Cine Dica: Em Cartaz: Macbeth: Ambição & Guerra



Sinopse: Macbeth (Michael Fassbender) é um general do exército escocês que trai seu rei após ouvir um presságio de três bruxas que dizem que ele será o novo monarca. Ele é altamente influenciado pela esposa Lady Macbeth (Marion Cotillard), uma figura manipuladora que sofre por não poder lhe dar filhos.


Baseado na obra de Wiliam Shakespeare, Macbeth já um conto conhecido pelos cinéfilos, pois até mesmo Orson Wells (Cidadão Kane) já havia adaptado a obra em 1948. Não é de hoje, por exemplo, que o cinema até mesmo se inspira nas obras do escritor para se criar tramas originais. Foi assim que aconteceu com a criação de alguns clássicos, como o belo exemplo visto em O Rei Leão. 
Macbeth: Ambição e Guerra, a mais nova adaptação da obra de Shakespeare é fiel a sua fonte, mas possui alguns ingredientes de sucesso atuais que faz com a pessoa identifique rapidamente. Para começar, não espere batalhas a campal por ser tratar de um filme épico, mas aguarde para inúmeros jogos políticos, cujo intuito é unicamente é obter o trono. É algo que essa geração de hoje gosta de assistir, pois basta presenciar o desempenho de series como Game Of Throne e mais recentemente Marco Pólo como exemplo.
Porém, a ação está ali, mais precisamente no início do filme, onde uma bela fotografia, auxiliada com uma cuidadosa câmera lenta, faz com que as cenas violentas se tornam belas, ao ponto do cinéfilo não se chocar, mas sim maravilhar. A fotografia por sinal é uma das mais belas do ano, onde faz com que qualquer imagem se torne um belo quadro em movimento. Portanto é um filme para ser degustado principalmente na tela grande e desfrutar dessa beleza plástica que a produção nos proporciona.
Dirigido por Justin Kurzel (do aguardado Assassin's Creed), o filme  ainda nos espanta pelo fato de ser um longa ágil, mesmo com suas quase duas horas de duração. Muito se deve a isso também pela presença de grandes interpretes, como no caso de Michael Fassbender (Shane) como Macbeth e de Marion Cotillard (Piaf) como a sua esposa. Ambos é o coração do filme e juntos em cena sempre são momentos para prestarmos atenção a cada gesto e palavras que ambos jogam na tela. 
Fassbender se sai muito bem como Macbeth, pois ator passa que o seu personagem  é uma pessoa ambiciosa, mas que não significa que não sofra da culpa, pois a todo o momento sofre com a perseguição de seus próprios fantasmas. Já Marion Cotillard soube dosar muito bem os momentos em que sua Lady Macbeth induz ao seu marido a fazer coisas que não deveria, mas assim como ele, Cotillard nos convence quando sua personagem começa a sofrer de arrependimento. Ambos buscam pelo poder, mas ao mesmo tempo por uma redenção que talvez não venha tão cedo para as suas almas.
Ambos possuem suas “vias cruz” pessoais no ato final da trama, que nos brinda novamente com belas imagens na tela. Como eu disse acima, Macbeth: Ambição & Guerra é um filme ágil que, merece ser visto na tela grande e que fortifica cada vez mais a tendência das tramas épicas explorarem os jogos políticos pelo poder, pois bem da verdade isso acaba se tornado uma obra muito mais rica e interessante de assistir.  



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Cine Dica: CLOSE 2015 - Festival de Cinema da Diversidade Sexual inicia dia 24 de novembro

 Festival terá foco na produção nacional e ocorre em Porto Alegre entre os dias 24 e 29 de novembro com entrada franca em todas as sessões 
 ATENÇÃO: DURANTE OS DIAS DO FESTIVAL NÃO HAVERÁ SESSÕES DA PROGRAMAÇÃO NORMAL DO CINEBANCÁRIOS 
 
Realizada em parceria pela Avante FilmesBesouro Filmes e SOMOS - Comunicação, Saúde e Sexualidade, a quinta edição do CLOSE - Festival de Cinema da Diversidade Sexual, acontecerá entre os dias 24 e 29 de novembro na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. A programação do CLOSE deste ano consiste em duas mostras principais: a Mostra Competitiva de curtas e a Mostra Panoramaalém das sessões especiais "cinema gaúcho"com os longas Beira-Mar, de Filipe Matzembacher e Marcio Reolon e Castanha de Davi Pretto. .
O foco do CLOSE 2015 é voltado aos filmes nacionais que abordam o cinema LGBTQ. Ano após ano o festival foi agregando novos olhares sobre o tema e expandindo seu público (reflexo também da produção cinematográfica brasileira que está cada vez mais diversa e numerosa). Novamente oferecendo diversos debates e tendo todas as exibições com entrada franca, as sessões de curtas, médias e longas, ocorrerão no CineBancários e na Aldeia. 
Entre os destaques da programação da Mostra Panorama, estão filmes inéditos no RS como: Nova Dubai, média-metragem de Gustavo Vinagre, exibido em festivais como International Film Festival Rotterdam, Torino Film Festival,  Art of the Real – NY e QueerLisboa, que propõe uma forte crítica ao setor imobiliário em uma narrativa extremamente erótica; e E Agora? Lembra-me, documentário de Joaquim Pinto, exibido no Festival de Locarno (em que foi agraciado com três prêmios, incluindo o Prêmio Especial do Júri), em que o diretor, que convive há 20 anos com o HIV, realiza um diário clínico de seu tratamento médico, em meio à crise financeira na Europa. 
 Já A Seita, também inédito no estado, primeiro longa-metragem do pernambucano André Antônio, trata-se de uma ficção científica futurista sobre um jovem que retorna da Lua para o Recife. O filme teve sua estreia esse ano no Festival Internacional de Cinema do Rio. Chama atenção na programação ainda Nós Duas Descendo a Escadasegundo longa-metragem do diretor gaúcho Fabiano de Souza, que narra vários meses no relacionamento de duas garotas.
Mostra Competitiva de Curtas Nacionais terá um total de 11 títulos de 7 estados diferentes, as duas sessões da mostra contam com títulos de curta duração que abordam aspectos variados da vivência, estética e temática LGBTQ. 
Todas as sessões do festival terão debate após o filme, alguma delas com a presença dos realizadores. Confira a programação completa:
 
Programação CLOSE 2015

TERÇA-FEIRA, 24/11
20:00 - Panorama: NOVA DUBAI
de Gustavo Vinagre / 55min / 2014 / Brasil
Local: CineBancários
Classificação Indicativa: 18 anos
Com presença do realizador

QUARTA-FEIRA, 25/11
18:00 – Cinema Social: NEGA LÚ
de Ana Mendes e Natália Chaves Bandeira / 2015 / Brasil
Local: CineBancários
Com presença das realizadoras

20:00 - Panorama: YORIMATÃ
de Rafael Saar / 116min / 2014 / Brasil
Local: CineBancários
Classificação Indicativa: Livre

QUINTA-FEIRA, 26/11
15:30 – Especial Cinema Gaúcho: BEIRA-MAR
de Filipe Matzembacher e Marcio Reolon / 84min / 2015 / Brasil
Local: CineBancários
Classificação Indicativa: 14 anos
Com presença dos realizadores

18:00 – Sessão Competitiva de Curtas-Metragens I:
Javaporco - de Leando das Neves e Will Domingos; 13min; RJ; 2015 
A Hora Azul - de Giovani Barros, 18min, RJ; 2014
De que lado me olhas - de Ana Carolina de Azevedo e Elena Sassi; 15min; RS; 2014
Se o mundo acabar, me dê um toque - de Renato Sircilli; 17min; SP; 2014
Quinze - de Maurílio Martins; 25min; MG; 2014 
Virgindade - de Chico Lacerda; 16min; PE; 2015
Local: CineBancários
Classificação Indicativa: 16 anos
Com presença dos realizadores
Apresentando os curtas:
 
20:00 - Panorama: NÓS DUAS DESCENDO A ESCADA
de Fabiano de Souza / 107min / 2015 / Brasil
Local: CineBancários
Classificação Indicativa: 16 anos
Com presença do realizador

SEXTA-FEIRA, 27/11
15:30 – Especial Cinema Gaúcho: CASTANHA
de Davi Pretto / 95min / 2014 / Brasil
Local: CineBancários
Classificação Indicativa: 16 anos

18:00 – Sessão Competitiva de Curtas-Metragens II:
Como era gostoso meu cafuçu - de Rodrigo Almeida; 14min; PE; 2015
Viver de mim - de Juily Manghirmalani; 26min; SP; 2015
Plutão - de Daniel Nolasco; 12 min; RJ; 2015
Monstro - de Breno Baptista; 20min; CE; 2015 
Vermelho - de Márcia Bellotti; 4min; RJ; 2014 
A vida do fósforo não é bolinho, gatinho - de Sérgio Silva; 29min; SP; 2014
Local: CineBancários
Classificação Indicativa: 16 anos
Com presença dos realizadores

20:00 - Panorama: A SEITA
de André Antônio / 70min / 2015 / Brasil
Local: CineBancários
Classificação Indicativa: 16 anos

SÁBADO, 28/11
15:00 - Panorama: O ANIMAL SONHADO
de Breno Baptista, Luciana Vieira, Rodrigo Fernandes, Samuel Brasileiro, Ticiana Augusto Lima e Victor Costa Lopes / 79min / 2015 / Brasil
Local: CineBancários
Classificação Indicativa: 18 anos

17:30 – Premiação
Local: CineBancários

19:00 - Panorama: E AGORA? LEMBRA-ME
de Joaquim Pinto / 164min / 2013 / Portugal
Local: CineBancários
Classificação Indicativa: 18 anos

DOMINGO, 29/11
16:00 – REPRISE: Sessão Competitiva de Curtas-Metragens I
Local: CineBancários
Classificação Indicativa: 16 anos

17:30 – REPRISE: Sessão Competitiva de Curtas-Metragens II
Local: CineBancários
Classificação Indicativa: 16 anos

20:00 - Sessão Especial | Ressaca Close: SESSÃO SURPRESA
Local: Aldeia
Classificação Indicativa: 14 anos

LOCAIS DE EXIBIÇÃO:
CineBancários: Rua General Câmara, 424
Aldeia: Rua Santana, 252
- Entrada franca para todas as sessões

- Ingressos começarão a ser distribuídos 30 minutos antes das exibições
 
O CLOSE tem como principal objetivo estimular a troca entre olhares e reflexões acerca das temáticas de Gênero e Sexualidade através do Cinema. Em seu aspecto e compromisso social, proporciona debates sempre abertos ao público e todas suas sessões gratuitas. Mais informações e sinopse completa de todos os filmes participantes podem ser encontradas no endereço: www.somos.org.br/close

Cine Dica: Mostra Ela na Tela na Sala P. F. Gastal

SALA P. F. GASTAL RECEBE MOSTRA ELA NA TELA 
A Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) recebe nos dias 28 e 29 de novembro a mostra Ela na Tela, uma janela de exibição de filmes dirigidos e protagonizados por mulheres. Sem caráter competitivo, a mostra propõe abrir espaço para troca de experiências e busca de igualdade de gêneros no fazer cinematográfico. Entrada franca.
A mostra é composta por uma seleção de curtas-metragens dirigidos e protagonizados por mulheres, priorizando a qualidade, diversidade de forma e temática dos filmes. Será exibido também um longa-metragem por dia, seguido de debate com realizadores. A mostra tem a programação complementada por intervenções musicais e a exposição Ela na Cena, da fotógrafa Luciana Pires Ferreira, composta por retratos de mulheres em mais de 50 peças de teatro.
“Além de ampliar a visibilidade das mulheres cineastas, buscamos a conscientização sobre o tema e sobre a representação feminina na tela de cinema”, afirma Gabriela Burck, uma das realizadoras que participam da mostra.
As sessões de curtas-metragens acontecem nos dias 28 e 29, a primeira às 14h e a segunda às 16h30min. As noites são reservadas aos longas-metragens, exibidos às 19h. Na noite de sábado, 28, será exibido o longa-metragem “O Cárcere e a Rua”, dirigido por Liliana Sulzbach, e o curta “A Casa sem Separação”, de Nathália Tereza. No domingo, a mostra tem encerramento com o filme A Casa de Cecília, longa dirigido por Clarissa Appelt (RJ).
Gabriela Burck e Renata Heinz é a dupla de criação que assina a primeira edição da Mostra Ela na Tela.
GRADE DE HORÁRIOS
Sábado, 28 de novembro

14h - Curtas-metragens:
"27 Corações", de Cris Aldreyn (RS)
"Liga-Pontos", de Teresa Assis Brasil (RS)
"Ponto Final", de Andréa Cohim (PE)
"Domingo de Marta", de Gabriela Bervian (RS)
“Na Minha Sopa Não”, de Mirela Kruel (RS)

16h30 - Curtas-metragens
"A Que Chamamos Aurora", de Gabriela Burck (RS)
"Dona Lila: Uma Senhora de Oxum", de Kamyla Belli e Diego Tafarel (RS)
"Frágil", de Renata Heinz (RS)
"A Princesa", de Taísa Ennes Marques e Rafael Duarte (RS)
“Crônicas do meu Silêncio”, de Beatrliz Pessoa (SP)

19h - Curta + Longa (debate após a sessão)
“A Casa sem Separação”, de Nathália Tereza (PR) “O Cárcere e a Rua”, de Liliana Sulzbach (RS)
Domingo, 29 de novembro 14h - Curtas-metragens “Trocam-se Bolinhos por Histórias de Vida”, de Denise Marchi (RS)
“Sob a Pele de Vênus”, de Julia Sondermann (RS)
“Retrato de Dora”, de Bruna Callegari (SP)
“O fusca e a Dona Hortência”, de Flávia Seligman (RS)
“Balão Selvagem”, de Marina Kerber (RS)

16h30 - Curtas-metragens
“Gotas de Fumaça”, de Ane Siderman (RS)
“Madrepérola”, de Deise Hauenstein (RS)
“Sesmaria“, de Gabriela Richter Lamas (RS)
“O fim do Verão”, de Caroline Biagi (PR) “Três Minutos”, de Ana Luiza Azevedo (RS)
19h- Longa-metragem (debate com a diretora após o filme)
“A Casa de Cecília”, de Clarissa Appelt (RJ)
Sala P. F. Gastal
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro
Fone 3289 8133
www.salapfgastal.blogspot.com

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Cine Dica: Em Cartaz: Jogos Vorazes: A Esperança - O Final



Sinopse: Ainda se recuperando do choque de ver Peeta (Josh Hutcherson) contra si, Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) é enviada ao Distrito 2 pela presidente Coin (Julianne Moore). Lá ela ajuda a convencer os moradores locais a se rebelarem contra a Capital. Com todos os distritos unidos, tem início o ataque decisivo contra o presidente Snow (Donald Sutherland). Só que Katniss tem seus próprios planos para o combate e, para levá-los adiante, precisa da ajuda de Gale (Liam Hemsworth), Finnick (Sam Claflin), Cressida (Natalie Dormer), Pollux (Elder Henson) e do próprio Peeta, enviado para compôr sua equipe.

 

Atualmente o nosso país, e outros inclusive, vivem com uma política em que se encontra rachada, onde oposição e esquerda brigam para quem arrebenta primeiro a corda. Duas semanas atrás o mundo testemunhou  os piores atentados em Paris desde o 11 de Setembro.
Em ambos os casos a pessoa comum jamais saberá a natureza real da história, pois há muita ambição e poderes envolvidos, das quais ficamos nos perguntando onde isso começa e até aonde isso termina.
Portanto, é preciso tirar o chapéu pela proposta que os livros dos Jogos Vorazes nos passa, pois embora seja uma ficção, ela soa a todo o momento como uma metáfora sobre os problemas do mundo contemporâneo de hoje.  Política, reality Show, golpe, traição, terrorismo e redenção são alguns dos ingredientes que moldaram essa obra literária e muitos se perguntaram se os filmes seriam fieis a sua proposta. Ao término de Jogos Vorazes: A Esperança - O Final chego a conclusão que, não só foram fieis a sua proposta, como também se torna o filme mais corajoso do momento, pois toca na ferida de assuntos espinhosos do mundo atual. 
O filme começa exatamente no ponto onde se encerra o filme anterior. Cada vez mais Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) se dá conta que é apenas uma peça num jogo de tabuleiro e essa sensação piora ao ver Peeta (Josh Hutcherson) quase destroçado mentalmente e tentando matá-la. A presidente Coin (Julianne Moore) envia ela para a missão final, da qual é se infiltrar na mansão do presidente Snow (Donald Sutherland) e eliminá-lo. Para isso, contará com ajuda de Gale (Liam Hemsworth), Finnick (Sam Claflin), Cressida (Natalie Dormer), Pollux (Elder Henson) e até mesmo de Peeta, que ainda não se recuperou muito bem mentalmente.
Quem viu o filme anterior percebeu que ação ficou bem para o segundo plano e dando mais ênfase aos preparativos para que Katniss se torne a grande salvadora da pátria daquele mundo. Já nesse último filme da saga não existe mais escapatória, independente de quem ganha ou perca, pois haverá um final para tudo e a todos. Essa sensação do inevitável é sentido durante o filme a todo o momento e o peso pela responsabilidade é sentido graças à interpretação convincente como sempre de Jennifer Lawrence.
Se a saga Jogos Vorazes no cinema tem alma tudo se deve a Lawrence, pois ela consegue passar todo o grau de peso e responsabilidade que Katniss sente a todo o momento. A protagonista nunca desejou esse fardo, pois tudo começou lá no primeiro filme ao proteger a sua irmã, mas que isso acabou servindo de ponta pé inicial para um caminho sem volta do qual ela embarcou. Pode-se dizer Katniss chega a um momento do filme que ela não deseja mais aquilo e tudo que deseja é acabar com tudo isso de uma vez.
Em meio a isso, companheiros morrem, em meio um jogo mortífero até chegar ao alvo principal, mas algo sempre pior pode acabar vindo do céu literalmente. É por esse ponto que o filme talvez não fosse fiel e corajoso que nem nos livros, mas Francis Lawrence (Constantine) não nos decepciona e nos brinda da maneira que deveria ser os derradeiros momentos vistos no ato final da trama. Para aqueles que não leram os livros, aguardem para grandes surpresas vistas num determinado pátio da trama e que com certeza irá assombrar os fãs por um bom tempo. 
 Se há um ponto falho no filme é o fato que nesse último quiseram fortalecer o triangulo amoroso que existe desde o primeiro capítulo, mas ele sempre foi algo sem sal e que poderia ser descartado com total facilidade na trama. Se ele existe é porque é regra sagrada de Hollywood de haver romance na trama, mas não significa que seja uma regra valida para todos os filmes. Jogos Vorazes sempre se sustentou pela sua temática adulta com relação à política intolerante da trama e não por um romance açucarado descartável. 
Pesares a parte, Jogos Vorazes: A Esperança - O Final termina com um final digno, onde não há vencedores ou perdedores, mas sim apenas a sensação de dever comprido vindo da protagonista. Porém, nos minutos finais, vemos uma Katniss bem diferente do que foi vista no primeiro filme, onde a responsabilidade não lhe pesa mais, mas as feridas e dores ainda se encontram lá e que talvez jamais venham cicatrizar. Um final que sintetiza a incerteza sobre o mundo contemporâneo do qual nos vivemos e tudo que nos resta é apenas seguirmos em frente e ver o que acontece.   

 

Leia também: Tudo sobre os capítulos anteriores clicando aqui.


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