Sinopse: Macbeth (Michael Fassbender) é um
general do exército escocês que trai seu rei após ouvir um presságio de três
bruxas que dizem que ele será o novo monarca. Ele é altamente influenciado pela
esposa Lady Macbeth (Marion Cotillard), uma figura manipuladora que sofre por
não poder lhe dar filhos.
Baseado na obra de Wiliam
Shakespeare, Macbeth já um conto conhecido pelos cinéfilos, pois até mesmo Orson
Wells (Cidadão Kane) já havia adaptado a obra em 1948. Não é de hoje, por
exemplo, que o cinema até mesmo se inspira nas obras do escritor para se criar
tramas originais. Foi assim que aconteceu com a criação de alguns clássicos,
como o belo exemplo visto em O Rei Leão.
Macbeth: Ambição e Guerra, a mais nova adaptação da obra de Shakespeare é fiel a sua fonte,
mas possui alguns ingredientes de sucesso atuais que faz com a pessoa identifique
rapidamente. Para começar, não espere batalhas a campal por ser tratar de um
filme épico, mas aguarde para inúmeros jogos políticos, cujo intuito é
unicamente é obter o trono. É algo que essa geração de hoje gosta de assistir, pois
basta presenciar o desempenho de series como Game Of Throne e mais recentemente
Marco Pólo como exemplo.
Porém, a ação está
ali, mais precisamente no início do filme, onde uma bela fotografia, auxiliada
com uma cuidadosa câmera lenta, faz com que as cenas violentas se tornam belas,
ao ponto do cinéfilo não se chocar, mas sim maravilhar. A fotografia por sinal
é uma das mais belas do ano, onde faz com que qualquer imagem se torne um belo
quadro em movimento. Portanto é um filme para ser degustado principalmente na
tela grande e desfrutar dessa beleza plástica que a produção nos proporciona.
Dirigido por Justin
Kurzel (do aguardado Assassin's Creed), o filme ainda nos espanta pelo fato de ser um longa ágil,
mesmo com suas quase duas horas de duração. Muito se deve a isso também pela
presença de grandes interpretes, como no caso de Michael Fassbender (Shane)
como Macbeth e de Marion Cotillard (Piaf) como a sua esposa. Ambos é o coração
do filme e juntos em cena sempre são momentos para prestarmos atenção a cada gesto
e palavras que ambos jogam na tela.
Fassbender se sai
muito bem como Macbeth, pois ator passa que o seu personagem é uma pessoa ambiciosa, mas que não significa
que não sofra da culpa, pois a todo o momento sofre com a perseguição de seus próprios
fantasmas. Já Marion Cotillard soube dosar muito bem os momentos em que sua Lady
Macbeth induz ao seu marido a fazer coisas que não deveria, mas assim como ele,
Cotillard nos convence quando sua personagem começa a sofrer de arrependimento.
Ambos buscam pelo poder, mas ao mesmo tempo por uma redenção que talvez não venha
tão cedo para as suas almas.
Ambos possuem suas “vias
cruz” pessoais no ato final da trama, que nos brinda novamente com belas
imagens na tela. Como eu disse acima, Macbeth: Ambição & Guerra é um filme ágil
que, merece ser visto na tela grande e que fortifica cada vez mais a tendência das
tramas épicas explorarem os jogos políticos pelo poder, pois bem da verdade
isso acaba se tornado uma obra muito mais rica e interessante de assistir.
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