Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
Me acompanhem no meu:
Twitter: @cinemaanosluz
Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com
Sinopse: Jean Martin
Charcot (1825-1893), médico francês que pode ser considerado um dos fundadores
da neurologia moderna, estudava as doenças nervosas, especialmente a histeria,
no seu trabalho em Paris, em 1885, no hospital Salpêtrière, quando apareceu o
caso da jovem Augustine, de 19 anos, retratado no filme da diretora estreante
Alice Winocour.
No final do século
XIX, a histeria ainda era uma doença cujos sintomas desafiavam a medicina, que
infelizmente alguns associavam á processam demoníacas e o que levou a muitas
mulheres inocentes para a fogueira. O trabalho de Charcot é, por isso, muito
importante. A compreensão mais profunda
do fenômeno psíquico que dá origem à histeria só aconteceu com o trabalho
desenvolvido por Sigmund Freud (1856-1939), que foi discípulo de Charcot.
O médico francês
aplicou a hipnose na abordagem clínica da histeria, com resultados
notáveis. Por meio dela, conseguia
produzir a crise histérica e seus estranhos sintomas em pacientes, diante de
uma platéia médica. Freud acompanhou as famosas
conferências e estudos clínicos de Charcot, em que a idéia de um ou mais
eventos traumáticos estaria na origem dos sintomas.
Estava preparado o
terreno para a emergência do conceito de inconsciente, que revolucionou o
conhecimento médico e deu origem à psicologia moderna. Nisso tudo, se situa a
situação de Augustine (Soko), que vive tento crises violentas, mas que acaba
sendo acolhido por Charcot, para ajudá-la, mas ao mesmo tempo servindo de cobaia
para suas pesquisas. A relação de ambos acaba por ficar mais profunda, para não
dizer intimamente e o que leva uma cumplicidade silenciosa um com o outro.
Embora o filme não se
preocupe em explicar em que época se passa a historia, visualmente a
reconstituição de época e a fotografia escura acabam por ajudar o espectador se
situar no período. O visual sombrio a meu ver representa aflição e a
indefinição sobre qual o caminho a humanidade podia trilhar na época, principalmente
com relação à medicina que somente avançava de uma forma gradual. Cada descoberta
na época era uma vitoria para se festejar e em parte o filme reconstitui bem
isso.
A dupla central da um show a
parte: Vincent Lindon, no papel de Charcot, que já havia desempenhado um papel
de médico, no filme “A Criança da Meia-Noite”, de 2011, tem aqui uma
interpretação que nos convence a todo o momento que ele é um verdadeiro
profissional da área. Já a cantora francesa Soko é Augustine, que embora
apresente uma interpretação contida, acaba nos convencendo na sua atuação,
principalmente nos momentos de crise.
Grande vencedor da
última edição do festival É Tudo Verdade, o documentário Mataram Meu Irmão, de
Cristiano Burlan, abre na terça-feira, 26 de novembro, às 20h, a programação do
evento Aquecendo o Democracine – Mostra Latinidades. Será a primeira exibição
do filme no Estado, em sessão que será comentada por seu diretor. Gaúcho
radicado em São Paulo há vários anos, Cristiano Burlan vem especialmente a
Porto Alegre para debater com o público seu premiado documentário, no qual
recupera a dramática história de seu irmão, assassinado em 2001, aos 21 anos de
idade. Com uma história familiar trágica, o diretor de 37 anos que viveu no
violento bairro do Capão Redondo conseguiu escapar ao triste destino de outros
de seus familiares (além de Rafael, morto em 2001, seu outro irmão está preso
em Cuiabá, sua mãe foi assassinada pelo segundo marido e seu pai alcoólatra
morreu ao cair e bater a cabeça no meio fio de uma calçada). Mataram Meu Irmão
é o segundo título da Trilogia do Luto, na qual Cristiano se dedica a recuperar
a história de sua família. O primeiro filme, Construção, foi dedicado ao pai, e
o próximo será dedicado à sua mãe.
Além da exibição do elogiado documentário de
Cristiano Burlan, a programação do Aquecendo o Democracine – Mostra
Latinidades, que se estende até o dia 31 de novembro, inclui diversos debates e
exibições de filmes, em dois locais distintos (na Sala P. F. Gastal e no Ritter
Hotel). O Aquecendo o Democracine – Mostra Latinidades é uma preparação para a
segunda edição do festival Democracine, marcada para o segundo semestre de
2014. Integrado à 18ª Conferência da Rede Mercocidades, o evento tem por
objetivo auxiliar na compreensão da identidade do sujeito latino-americano,
resgatando as marcas geográficas, culturais, políticas e sociais que o
constituem. As atividades foram organizadas num conjunto de esforços entre o
InovaPoa, a Secretaria de Governança Local e a Secretaria da Cultura de Porto
Alegre. Toda a programação do evento é aberta ao público e tem entrada franca.
Mais informações e horários
das sessões, vocês conferem na pagina da sala clicando aqui.
NOTA: Como não havia
visto o primeiro Sobrenatural na época da estréia, deixo abaixo primeiro a
minha critica sobre o capitulo 1 para
depois falar sobre o que eu achei de sua seqüência.
SOBRENATURAL
Sinopse: A família
Lambert, formada por Josh (Patrick Wilson), Renai (Rose Byrne) e os filhos
Dalton (Ty Simpkins) e Foster (Andrew Astor), acaba de se mudar. Logo, uma das crianças
entra em coma de forma inexplicável, o que faz os pais pensarem que a nova casa
abriga algum tipo de espírito do mal. Mas eles logo se mudam do local e nos
dias seguintes acabam descobrindo que o problema não estava na casa e sim no
próprio filho.
O diretor James Wan
(Jogos Mortais e o recente Invocação do Mal) e o produtor Oren Peli (diretor de
Atividade Paranormal), provaram serem os homens certos do cinema de horror
atual, pois com pouco dinheiro e sem abusar do sangue na tela, criam filmes de
horror caprichados e que fazem o cinéfilo pular da cadeira facilmente. Neste
Sobrenatural, uma família que vê sua tentativa de melhorar a rotina abalada
quando um dos filhos do professor Josh (Patrick Wilson) e da pianista Renai
Lambert (Rose Byrne) entra em um tipo de coma profundo, vítima de um acidente
caseiro. Espíritos passam a assombrar a casa, perseguindo-os mesmo após a
mudança de residência, tentando se apossar da mente enfraquecida do garoto.
Embora seja produzido
por Peli, e possuir um tema semelhante, não espere um novo Atividade
Paranormal, pois aqui o filme é narrado de modo tradicional e que lembra os
últimos filmes de horror produzidos no final da década de 90, mas sem apelar
para os excessos como violência e sangue, mas sim em algo sugestivo e bem
certeiro. Assim como Invocação do Mal, Sobrenatural é um filme que remete como
os filmes de horror eram apresentados ao publico antigamente: mansão mal
assombrada, ruídos ao fundo, algo escondido nas sombras, portas e paredes
rangendo e etc. Tudo isso, para criar um clima de apreensão e sempre esperando
para que o pior surja na tela.
Embora tenha se
consagrado em um filme mais violento como Jogos Mortais, Wan soube comprar a
idéia de Peli. Ao ver o filme, acredito que foi um trabalho de equipe, não de um
homem só, fazendo com que a obra jamais passe o ar de pretensão de nenhum deles
e se preocupando mais com a reação do publico. Patrick Wilson (Watchmen) e Rose
Byrne (X-Mem: Primeira Classe), estão bem como o casal desesperado perante o
fato do filho estar em estado de coma e ao mesmo tempo com as coisas estranhas que
vão acontecendo na casa.
O ato final onde é mostrado
dois dos personagens principais no mundo dos espíritos, que mais parece uma
realidade mais escura e ameaçadora do mundo onde eles vivem, rende inúmeros momentos
que provoca verdadeiros arrepios no cinéfilo e uma forma até bem original de
mostrar o outro lado desse mundo ainda desconhecidos para os mortais. Como é de
costume, o final deixa um belo de um gancho para uma inevitável continuação.
Sobrenatural:
Capítulo 2
Sinopse: No longa uma
família torturada por assombrações luta para descobrir um segredo aterrorizante
que os deixou perigosamente conectados com o mundo dos espíritos.
A trama começa exatamente aonde
o filme anterior havia terminado, mas essa seqüência pode muito bem ser vista por
aqueles que não assistiram a primeira parte. Isso foi conseguido, graças ao fato
dos produtores terem criado uma pequena sub trama, onde mostra o pequeno Josh
Lambert em 1985 tendo os mesmos problemas com o sobrenatural que teria o seu
filho futuramente. Após isso, retornamos ao presente, com Josh Lambert já
adulto (Patrick Wilson), mas agindo de uma forma estranha, após ter resgatado o
seu filho do mundo sobrenatural. Para piorar, ele se torna o principal suspeito
de ter matado a médium Elise (Lin Shaye).
Embora possa ser visto de
uma forma independente do primeiro, os produtores também foram gênios ao saber
explicar eventos não muito bem esclarecidos vistos no primeiro capítulo. Para
isso, fizeram com que alguns dos protagonistas perambulassem no mundo pós morte
(ou plano astral) e fazerem com que eles revisitassem tanto o Lambert pequeno do
inicio desse filme, como também aos eventos vistos do primeiro capitulo. Ou
seja: os produtores não só criam um engenhoso filme de horror, como também uma espécie
de viagem no tempo pouco visto dentro do gênero e que com certeza muitos irão
acabar se lembrando do segundo filme De Volta do Futuro como referencia.
Além disso, não faltam referencias
aos outros filmes de horror, que vai de Silencio dos Inocentes e até mesmo Psicose.
Se por um lado isso possa parecer uma verdadeira salada nesta mistura, por
outro prova que James Wan e Oren Peli são verdadeiros fãs do gênero e que
tentam ao máximo respeitá-lo. É claro que nem tudo é perfeito, pois o filme escorrega
em alguns momentos cômicos desnecessários, principalmente protagonizados pela
dupla de ajudantes da médium Elise, mas que não compromete muito.
O final em si, resolve todas
as pontas soltas de ambos os filmes e faz com que trama dessa família termine
por aqui. Contudo, os segundos finais da historia acabam criando dois caminhos,
onde á cine-série pode ir para uma nova trama independente dessa, ou inventando
uma mirabolante revelação, para que a vida do casal protagonista e de seus filhos
não fique sossegada por um bom tempo.
Sinopse: Recife 1978.
Com a ditadura militar ainda atuante mas mostrando sinais de esgotamento um
grupo de artistas provoca a moral estabelecida com seus espetáculos de cabaré
ensaiando a resistência política a partir do deboche. Fininha um soldado de 18
anos do interior de Pernambuco se apaixona por Clécio dono de uma trupe
anarquista.
Sobrenatural:
Capítulo 2
Sinopse: No longa uma
família torturada por assombrações luta para descobrir um segredo aterrorizante
que os deixou perigosamente conectados com o mundo dos espíritos.
Cidade Cinza
Sinopse: Nas ruas de
uma das maiores e mais desorganizadas metrópolis do mundo nasceu uma nova forma
de graffiti na qual o hip hop americano foi substituído pela cultura regional
brasileira. Rapidamente as obras d Osgemeos Nunca e Nina se espalharam pelas
ruas de São Paulo e depois pelas galerias do mundo. No entanto uma nova lei de
combate à poluição visual fez a prefeitura de são paulo cobrir suas pinturas de
cinza.
Eu Respiro
Sinopse: Em um ano
Neil Platt fica paralisado do pescoçopara baixo. Com o seu corpo cada vez mais
fraco ele tenta dar sentido a sua vida para escrever sobre quem é em uma carta
a seu filho de um ano de idade.
Vazio Coração
Sinopse: Hugo Kari é
um famoso cantor brasileiro que resolve fazer uma pausa em sua atribulada
agenda para se encontrar com o pai o embaixador Mário Meneses na cidade de
Araxá onde a família passava férias quando Hugo era criança. Nesse cenário de
boas recordações para ambos pai e filho tentam colar os cacos de uma relação
quebrada por desencontros de sonhos ideais e uma tragédia que marcou a família
para sempre.
Mais uma Canção
Sinopse: Documentário
sobre Bebeto Alves, um dos nomes mais consagrados da música popular gaúcha.
Investigando as raízes da milonga, gênero que ultrapassa fronteiras, Bebeto
viaja da Península Ibérica ao norte da África, provocando discussões a respeito
do velho embate entre música periférica e mainstream.
Os Filhos da
Meia-Noite
Sinopse: Em 15 de agosto de
1947, a Índia conquistou a sua independência. Neste exato momento, à
meia-noite, nasceram duas crianças em uma maternidade. No entanto, uma
enfermeira decidiu trocá-los: Saleem, filho indesejado de uma mãe pobre, foi
criado no lugar de Shiva, o filho biológico de um casal rico. A história dos
dois garotos será para sempre ligada ao destino político do país,
principalmente quando a Índia entra em guerra, e eles se encontram em lados
opostos na batalha.
Sinopse: Jasmine é uma
elegante socialite de Nova York. Sua vida toma um novo rumo quando
acontecimentos inesperados a levam a se separar do marido o rico empresário
Hal. Em crise existencial ela decide se mudar para a casa de sua irmã Ginger
que vive num modesto apartamento em São Francisco. Morando numa nova cidade e
distante de seu universo Jasmine precisará reorganizar toda sua vida. O filme
marca a primeira parceria entre o diretor Woody Allen e a atriz Cate Blanchett.
Desde sua estreia nos EUA em julho vem sendo considerado um dos melhores
trabalhos da carreira do cineasta.
Depois de dar um giro pelo
mundo contando suas historias, Woody Allen decidiu novamente trazer o seu
universo neurótico para o território americano após alguns anos de ausência. Assim como um
bom e velho vinho, Allen prova que não será pela idade já meio avançada que irá
deixar o seu talento decair e neste mais novo filme ele fortalece isso que eu
digo. Como sempre, paranóias, inquietudes e duvidas novamente surgem na vida
dos personagens e aqui em um grau muito maior.
Inspirado no clássico Um
Bonde Chamado Desejo, acompanhamos a personagem Jasmine (Cate Blanchett espetacular),
tentando se reerguer na vida, após a morte do seu marido (Alec Baldwin) na
cadeia. Ao mesmo tempo, a trama vem e volta no tempo, mostrando a vida dela
antes desses eventos e como a sua situação era mais glamorosa, para então
depois acontecer uma grande queda. Isso acaba provocando uma Jasmine paranóica,
irritada e insatisfeita com as pessoas em volta, como no caso de sua irmã (Sally
Hawkins) que vive meio sem perspectivas de vida ao lado do marido grosseiro (Bobby
Cannavale).
Não é preciso ser gênio em adivinhar
que todo o foco da historia está voltado em Jasmine, onde se disseca toda a sua
personalidade e caráter, tanto antes como depois. O filme foca principalmente
ao fato de que ela sempre vivia em busca de algo maior, mas sempre através da
ajuda de outras pessoas: no passado através do seu marido, ou no presente, através
do mais novo bom partido (Peter Sarsgaard).
Com isso, temos um retrato
de uma pessoa que mente para ela própria, que vendia a imagem da pessoa bem
sucedida, mas que no final das contas se tornou um ser frustrado graças as suas
ações suspeitas e que a tornou uma entidade imprevisível e com um temperamento
explosivo. Arrisco dizer que aqui, Cate Blanchett nos brinda com o seu melhor
desempenho da carreira, pois sua Jasmine é um ser de inúmeras camadas, onde cada
uma delas pode simplesmente submergir e nos surpreender de uma forma única. O
ato final nos reserva revelações surpreendes, nas quais ficamos chocados, e por
que não dizer frustrados com as ações da
protagonista, mesmo quando compreendemos do porque dela ter agido assim.
Allen como sempre cria um
humor único, mesmo em meio às situações, que nas quais nos meros mortais passássemos,
não acharíamos menor graça. Porém, nos surpreende o fato dele saber casar entre
as cenas de humor, com momentos mais pesados, fazendo a gente ter uma ligeira
sensação de que entramos em outro filme, principalmente no ato final da trama. Essa
mistura de humor e drama ele havia provado que conseguia fazer em Crimes e
Pecados (1989) provado novamente em Ponto Final - Match Point (2005) e aqui atingindo
um novo patamar dessa mistura.
Com uma câmera elegante que
jamais perde o foco das ações dos seus personagens, Woody Allen nos brinda com
um filme, cujo final nos faz querer saber qual seria o próximo passo de cada um
deles, principalmente com relação à Jasmine. Personagem afetada não somente
pelas ações de pessoas próximas, como também desconstruída por não ter sabido
administrar as suas próprias ações e criando um universo no qual ela se isola e
se separa do mundo cinzento que ela tenta desvencilhar.
Começa hoje à noite o curso
Narrativas seriadas: da TV ás novas mídias e portanto encerro por aqui essas
postagens sobre séries de TV que eu acompanhei ao longo desses anos. Contudo, gostaria de encerrar de uma forma
especial: talvez alguns não saibam, mas The
Walking Dead é uma série baseada uma HQ premiada e talvez seja uma das
primeiras adaptações televisivas cuja a fonte é uma HQ voltado para um publico
mais maduro.
Sempre houve inúmeras séries
de TV baseada em HQ ao longo das décadas, mas essa série de zumbis provou que HQ
não é somente habitável aos seres com colantes e super poderes. Pensando nisso,
solto abaixo as melhores HQ com conteúdo mais adulto que poderia ser levado
para televisão.
100
BALAS
A obra máxima Brian
Azzarello, Eduardo Risso é considerada como uma das melhores séries policias
dos últimos anos. Quando se pensa em 100 balas, todos imaginam uma adaptação
feita para HBO, mas nunca saiu do papel por um motivo ou outro. Seria super interessante
nos primeiros episódios ver agente Graves entregar sua bendita maleta e ver
qual o caminho o determinado personagem irá tomar.. o bom senso ou a vingança.
ESCALPO
A frase “merda jogada no
ventilador” é o que melhor sintetiza o
que é Escalpo. O universo criado Jason Aaron e R.M. Guéra é um lugar onde ninguém
está a salvo, sendo que tão pouco existe heróis ou vilões, mas sim pessoas que
tomam um caminho sem volta. A trama policial que se passa em uma reserva indígena
tem de tudo um pouco, desde referencias ao gênero western há filmes de gângster.
Assim como 100 Balas, a adaptação se encaixaria muito bem na HBO.
Atualmente, a HQ ainda está
em andamento no mix Vertigo da editora Panini.
PREACHER
Violência, sexo, critica á
igreja, política e sobre a própria sociedade americana. Isso e tudo mais é que
molda a obra máxima de Garth Ennis e Steve Dillon, que não só foi um verdadeiro
sucesso de publico e critica como também despertou a irá de muitos religiosos e
famílias conservadoras americanas. A jornada de Jesse Custer em encontrar Deus e
responder umas poucas e boas para ele, sempre esteve em volta de boatos com
relação a sua adaptação, seja para o cinema ou para TV que melhor me agradaria.
Recentemente, o roteirista Sam Caitlin do
fenômeno Breaking Bad foi anunciado como possível criador do roteiro, cuja a
adaptação pode ser criada pelo canal AMC.
Será que a adaptação televisiva
terá coragem de ser fiel a fonte? Veremos Deus como o grande vilão de toda a trama?
Só nos resta aguardar!
Y –
O ÚLTIMO HOMEM
Uma das minhas HQ preferidas
dos últimos anos. Quando leio Y, imediatamente vem à mente Lost, mas não é pra
menos, pois o roteirista da trama é ninguém menos que Brian K. Vaughan, que
roteirizou os melhores episódios do programa. Os últimos arcos dessa HQ lembram
bastante Lost, principalmente o seu final, tão inesperado e pouco reconfortante,
quanto à própria trama dos passageiros perdidos na ilha.
SWEET
TOOTH – DEPOIS DO APOCALIPSE
Alguns consideram
como uma mistura de Bambi com Mad Max. Contudo, a trama escrita e desenhada de
uma forma bem peculiar por Jeff Lemire vai muito além. O enredo explora até
onde se separa a ciência com a verdadeira origem da fé em Deus perante o verdadeiro
pesadelo que assolou a terra devida á uma praga viral. Se fosse adaptado para tv,
pegaria carona com gênero de The Walking
Dead, onde os protagonistas tentam sobreviver dia a dia num mundo sem esperanças.
FABULAS
Uma das melhores séries de
HQ do gênero fantástico desde Sandman. Por mais absurdo que seja ver inúmeros personagens
de contos de fadas conhecidos reunidos todos juntos (e morando em Nova York), a
série agradou em cheio o publico e a critica, graças ao fato de possuir tramas
criativas e que não se importa em colocar personagens tão icônicos em situações
das mais absurdas e geniais. Atualmente o criador anunciou que a série irá
terminar na edição 150,
ZDM
– TERRA DE NINGUÉM
“Todos os dias é um 11 de
setembro”. Essa frase que abre essa genial série em quadrinhos é o que melhor
define como ela é, pois Nova York está isolada do mundo, após a explosão da
segunda guerra civil nos EUA e os que vivem lá, sobrevivem das piores formas possíveis.
O dia a dia do repórter Matty Roth em vasculhar
a verdadeira face de como é realmente aquele universo, rende momentos que são
na realidade uma verdadeira metáfora com relação aos americanos pós 11 de
setembro.
ESTRANHOS
NO PARAÍSO
Por ultimo, mas não menos importante,
a HQ que mudou a minha forma de pensar sobre inúmeros assuntos neste ano (graças
ao volume Santuário), possui todos os ingredientes que uma serie com o teor
mais adulto precisa ter atualmente na TV. Misturando humor, drama, romance e
até mesmo momentos que lembram um filme sobre gângster, a obra máxima de Terry
Moore talvez seja uma das HQ mais humanas que se existe atualmente e que
facilmente qualquer um que lê se idêntica. Ver personagens tão
queridos pelo publico como Katchoo, Francine
e David serem levados para a TV de uma forma decente, seria um verdadeiro sonho
realizado.
Leia também: Narrativas Seriadas: Partes 1, 2, 3, 4, 5,6, 7, 8, 9 e 10.