Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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Nos dias 21 e 22 de
novembro, eu estarei participando do curso Narrativas Seriadas: Da TV ás novas
mídias, criado pelo CENA UMe ministrado
pela professora e publicitária Sheron Neves. Enquanto os dois dias não chegam,
por aqui, estarei me relembrando e compartilhando com vocês, sobre as series
que eu assisti ao longo desses anos e que entraram para á historia da
televisão.
Buffy, A
Caça-Vampiros
Sinopse: Buffy, a
Caça Vampiros narrou as aventuras de uma jovem destinada à aniquilar seres
sobrenaturais.Buffy (Sarah Michelle
Gellar) possuía um dom especial passado pelos seus ancestrais e, a cada
episódio, tentava evitar que o mundo fosse dominado pelo mal.
A história de Buffy
Summers (Sarah Michelle Gellar) e sua guerra contra os vampiros juntou uma
verdadeira multidão de fãs ao longo dos sete anos que a série ficou no ar. A
mistura impecável de humor, drama e ação tornou-se uma marca registrada do
criador da série, Joss Whedon, que se mantém até hoje.
Influenciada por
“Arquivo X” e por séries adolescentes como “90210”,“Buffy” tinha um jeito
despretensioso e ao mesmo tempo ousado, usando recursos narrativos bem raros
nas séries da época. Um exemplo? Um episódio aparentemente sem importância da
primeira temporada (“Witch”) apresentou uma personagem que foi importante para
a série nas temporadas seguintes, além de ter elementos que eram retomados
muito depois. Isso também ocorreu com um personagem, apresentado como um
coadjuvante recorrente, que acabou se tornando um vilão. Esse hábito de não
desperdiçar nada que fosse apresentado, mesmo que parecesse pequeno ou insignificante,
foi uma das marcas da série.
ANGEL
Sinopse: Angelus
(David Boreanaz), nascido num rico berço, na Irlanda, era um sujeito sem muito
que fazer da vida, a não ser ficar jogando nos bares ou beber até não se
aguentar mais. Numa dessas noitadas ele conhece Darla (Julie Benz) que o
transforma em um vampiro iniciando uma vida totalmente voltada para a
perversidade.
pesar de ter herdado alguns
personagens da série de onde foi derivada (Buffy) e ter saído da mesma mente
genial de Joss Whedon, Angel possui os mesmos conceitos psicológicos,
emocionais e filosóficos de Buffy, mas ainda assim são diferentes. Enquanto a
original utilizava-se de humor para contar uma história de terror B, o spin-off
segue a linha policial noir mais urbano e obscuro, adicionando um pouco de
vampiros e sobrenaturalidade à mistura. A série gerou grande sucesso e teve no
total cinco temporadas.
Sinopse: Eluana Englaro está
em coma vegetativo há 17 anos. Entre diversas polêmicas religiosas e morais,
seu caso é levado ao parlamento italiano, que pode decidir desligar os
aparelhos que a mantêm viva. O caso de Eluana reflete na vida de diversos
personagens, com crenças e ideologias muito diferentes. Um senador de esquerda
(Toni Servillo) , que sempre acreditou na morte digna para enfermos, sofre
pressões do partido conservador pelo qual foi eleito. Sua filha, Maria (Alba
Rohrwacher), é uma militante católica que decide protestar em frente à clínica
onde ocorre a hospitalização de Eluana. No local, ela conhece Roberto, cujo
irmão é um feroz defensor da eutanásia. Uma mulher, presa a aparelhos, pede em
segredo ao marido que acabe com seu sofrimento, mas o pedido chega aos ouvidos
da filha. Ao mesmo tempo, uma mãe bastante religiosa (Isabelle Huppert) cuida
da filha em coma, enquanto negligencia o resto da família. Por fim, uma mulher
dependente de drogas deseja a todo preço cometer suicídio, mas não consegue
escapar à vigilância de um médico idealista, que pretende lhe dar uma nova
razão para viver.
A bela que dorme de
Marco Bellocchio (Vincere) mergulha numa discussão delicada que é a eutanásia,
mas por conta de uma disposição caótica e multifacetada no que se referem aos
personagens e ‘as situações vividas por eles, à eutanásia acaba sendo pano de
fundo para os acontecimentos que ocorrem em três tramas, que embora independentes,
possuem certa interligação. Talvez este fato incomode um pouco atenção do cinéfilo
desavisado, em acompanhar com o mesmo interesse que aflora nos primeiros
minutos de projeção. De alguma forma, Bellocchio se atrapalha um pouco nesse
assunto tão delicado, estabelecendo pontos de interligação muito distantes ou
nem tanto assim, mas desintegrados e sem conseguir amarrá-los para se aprofundar
no foco principal.
Eluana Eglaro está em
coma vegetativo há anos, gerando então discussões, moralmente, politicamente e
religiosamente em todo país, se ela deve continuar viva ou se desligar os
aparelhos seria o melhor para ela. Em meio a este conflito nacional, Bellocchio mostra como o desejo pela morte, o
horror ‘a morte, a moral por viver ainda que vegetando atinge diversas pessoas
com problemáticas diferentes uma da outra, mas que atingem a mesma questão.
Algumas passagens valem o filme,
outras não (o irmão problemático é uma delas). O conceito de morte e a relação
entre os personagens, as cenas dos religiosos e principalmente o apego das
pessoas em alguma crença, a motivação que cada um de nós possui para continuar
vivendo. Bellocchio como sempre acerta na criação dos protagonistas. Ele é
capaz de ir fundo nas emoções, sentimentos, dramas psicológicos, traçando
personalidades bastante verossímeis e humanas.
A Sessão Aurora
apresenta neste sábado, 16 de novembro, às 19h, na Sala P.F. Gastal da Usina do
Gasômetro (3º andar), o filme Um Burguês Muito Pequeno (1977), de Mario
Monicelli. Após a sessão, haverá um debate com os editores do Zinematógrafo. A
entrada é franca.
Concorrente da Itália no Festival de Cannes de
1977, Um Burguês Muito Pequeno é reconhecido como uma das obras-primas de
Monicelli ao acentuar de forma desconcertante o drama em seu peculiar senso de
humor, direcionando um olhar crítico à família de classe média italiana.
Próximo da aposentadoria, um modesto
funcionário decide ingressar na loja maçônica de seu chefe para ganhar respeito
e conseguir que seu filho trabalhe no mesmo ministério que o dele. Porém, no
mesmo dia dos exames de ingresso, acontece algo inesperado que transformará a
vida do pai.
Para além da crítica social e moral, o filme
também revela um comentário mordaz sobre os instintos humanos. Tendo a delicada
questão política italiana como pano de fundo, Monicelli mostra como a liberdade
e a violência se encontram num contexto pautado por valores hierárquicos e
modelos de conduta.
Mario Monicelli é um dos nomes mais
importantes do cinema italiano que surge no pós-guerra. Inicia sua obra em
parceria com o lendário Steno, dirigindo Totó Procura Casa (1949). Entre os
anos 1950 e 1970, realizou uma série de filmes que marcaram a cinematografia da
Itália, como Os Eternos Desconhecidos (1958), O Incrível Exército de
Brancaleone (1966) e Meus Caros Amigos (1975), renovando de forma particular os
paradigmas da comédia local. Suicidou-se em 2010, aos 95 anos, tendo no
currículo mais de cinquenta trabalhos como cineasta.
Um Burguês Muito
Pequeno
(Un Borghese Piccolo
Piccolo)
Dirigido por Mario
Monicelli
Itália/1977/122
minutos
Elenco: Alberto
Sordi, Shelley Winters, Romolo Valli, Vincenzo Crocitti
Nos dias 21 e 22 de
novembro, eu estarei participando do curso Narrativas Seriadas: Da TV ás novas
mídias, criado pelo CENA UM e ministrado
pela professora e publicitária Sheron Neves. Enquanto os dois dias não chegam,
por aqui, estarei me relembrando e compartilhando com vocês, sobre as series
que eu assisti ao longo desses anos e que entraram para á historia da
televisão.
Hercules
Sinopse:A série “Hercules:
The Legendary Journeys” é baseada na história do semideus da mitologia grega,
Hércules. A série de TV foi produzida de 1995 a 1999 e tem seis temporadas.
A criação de
Christian Williams foi precedida por diversos projetos que contam com os mesmos
personagens e se tornou assim uma das séries mais vistas de todos os tempos. “Hercules”
também foi transmitido nos seguintes países: Egito, EUA, França, Grécia,
Malásia, Polônia, Reino Unido, República Dominicana, Suécia e Turquia.
Xena, a Princesa
Guerreira
Sinopse: Derivada da série
"Hercules", "Xena" conta a história de uma guerreira
arrependida, que tenta se redimir ajudando as pessoas. A protagonista da trama
é a atriz Lucy Lawless, A personagem Xena está sempre acompanhada de Gabrielle,
vivida pela atriz Renne O'Connor, sua melhor amiga.
Xena é a única filha
de Cyrene (Darien Takle) e de Atrius (Tom Atkins). Seu pai morre durante uma
batalha quando ela ainda é criança. Adulta, Xena enfrenta o ataque do exército
e assim começa o seu caminho de conquistas. Durante as viagens ela conhece
Hercules e vários personagens. Depois do encontro com Hércules ela deixa a vida
de batalhas."Xena, a Princesa
Guerreira" foi gravada na Nova Zelândia e levada ao ar originalmente entre
1995 e 2001. Possui seis temporadas e também foi exibida pelo SBT na década de
90.
Sinopse: Inverno,
1915. Contra a sua vontade, a escultora Camille Claudel (Juliette Binoche) é
internada pelos familiares em um asilo psiquiátrico mantido por religiosas, e
permanece durante anos na instituição, sem poder sair. Ela afirma várias vezes
que está perfeitamente sã, mas desenvolve uma mania de perseguição, acreditanto
que seu ex-amante Auguste Rodin conspira contra ela, e que todos no asilo
tentam envenená-la. Camille passa os dias cercada por internos com deficiências
mentais e surtos psicóticos graves, não tendo ninguém com quem conversar. Sua
única esperança é uma carta enviada clandestinamente ao irmão Paul (Jean-Luc
Vincent), implorando por sua liberação. Quando Paul confirma que vai visitá-la,
Camille aguarda com impaciência a oportunidade de mostrar ao irmão que pode
viver em sociedade.
À aprisionada Camille
observada pelo cinema de Bruno Dumont (Fora Satã) em Camille Claudel, 1915 não é oferecido
o contraplano, o horizonte. Quase tudo se dá no plano. Juliette Binoche
percorre uma extensa partitura para dar uma cara às emoções. Mas o que olha o
rosto dessa mulher? Qual ponto da paisagem – se é que há um – lhe chama a
atenção? O que está nesse contraplano oculto que completaria o que vemos no
plano?
Dumont sonega o
contracampo. Quando o entrega, é a imagem do desespero. Uma árvore
desavergonhadamente seca. Uma colega de hospício dizendo coisas desconexas. Uma
enfermeira com olhar de falsa caridade. Há também, por vezes, o horizonte, a
natureza, a vegetação bem distribuída. Mas Camille Claudel, 1915 se concentra
tanto na personagem a observar algo que consolida, deliberadamente, a incômoda
sensação de que esse lugar que ela enxerga fica mais e mais inalcançável.
Acontece, então, uma
pequena inversão de sentido. O plano geral, que poderia ser o signo da
liberdade dada a imensidão do horizonte, torna-se a representação do difuso. A
paisagem é tão grande que se torna inatingível: como chegar àquela montanha no
topo do quadro se é preciso atravessar tantas árvores?
Quando essa
significação do plano geral fica clara e a percepção do descompasso na relação
plano/contraplano se aguça, não há outro caminho: Camille está definitivamente
presa.
Presa, diz a
impressão inicial, em sua loucura. Afinal, está num hospício. Mas até mesmo
essa afirmação inicial da insanidade é questionada. Novamente, o embate se dá
no plano. Camille prepara a própria comida, pois tem permissão por causa do
medo do envenenamento (“eles querem me ver morta”, “é um complô do Rodin”). Ao
comer, senta-se à extrema esquerda do quadro; à direita, outra interna do
hospício; ao centro, uma lastra (aparentemente um exaustor) repartindo o quadro
ao meio, explicitando a divisão entre ela e as outras.
Camille, nos diz
novamente o plano, não pertence àquele lugar.
Se o asilo de
Montfavet não é o seu habitat, então porque está presa? Entra em cena seu
irmão, Paul Claudel (Jean-Luc Vincent, espetacular) um escritor católico fervoroso apaixonado pela poesia de
Rimbaud – se é que tal combinação é realmente possível sem implicar
contradições. Paul é a peça que oferece os dados biográficos que faltavam:
Camille Claudel foi uma grande escultora. Tão fenomenal que quebrou o machismo
numa atividade artística exercida por homens. Chamou a atenção de Rodin, de
quem se tornou aprendiz. Amaram-se, mas o parceiro não quis assumir
oficialmente a relação. Camille perdeu coesão mental.
Se Camille é o plano,
Paul é o contraplano. Se Paul é o horizonte que Camille olha, a esperança de se
ver liberta, certamente não há saída. Outrora apegado à irmã, na época que se
desenrola o filme ele já é ressentido pelo protagonismo de Camille, crítico a
seus “pecados”.
Se até então a
direção de Dumont trabalhava com a sugestão de fatos e sensações, explorando o
desequilíbrio no plano/contraplano, quando a visita de Paul à irmã é anunciada
o diretor de Camille Claudel, 1915 torna-se mais incisivo. Paul é um hipócrita
que desfruta de poder numa sociedade voltada ao privilégio do homem. Camille
sofrerá tanto como a heroína de Bellocchio em Vincere.
Basta atenção aos
detalhes, especialmente ao diálogo entre irmão e irmã, para perceber rachaduras
no relato de Paul sobre os fatos da vida de Camille. Pois Paul veste cada vez
menos o personagem do irmão, de forma a dar espaço ao do juiz divino. E como
tal é imperioso condenar Camille por seus “pecados” na Terra: permanecer
solteira, amar um homem casado, cultivar independência, brigar pelo direito
sobre o próprio corpo, esculpir homens nus.
Presa a memórias
antigas, Camille enxerga Paul como seu irmão. Paul enxerga Camille como uma
pecadora.
Num brilhante procedimento
narrativo, Dumont suprime o tempo e condensa num único plano, o final, a
partitura de emoções percorridas pelo rosto e pelo corpo de Juliette Binoche
durante o filme. Não fosse, talvez, a existência de uma cinebiografia
tradicional e linear – Camille Claudel (1988), dirigida por Bruno Nuytten com
foco na relação Camille/Rodin no período de surgimento e auge da escultora –,
Dumont poderia sequer ter chegado à liberdade não só de escolher esse recorte
de uma biografia extensa (falar dos mecanismos de aprisionamento), mas também
de encontrar a síntese num único plano: o da elegância brutal.
Nos dias 21 e 22 de
novembro, eu estarei participando do curso Narrativas Seriadas: Da TV ás novas
mídias, criado pelo CENA UM e ministrado
pela professora e publicitária Sheron Neves. Enquanto os dois dias não chegam,
por aqui, estarei me relembrando e compartilhando com vocês, sobre as series
que eu assisti ao longo desses anos e que entraram para á historia da
televisão.
ARQUIVO X
Sinopse: O Arquivo X
é um arquivo que contem relatos sobre casos paranormais e não explicados que
acabaram guardados no subsolo do FBI, mais tarde achados pelo agente Fox
Mulder. Desacreditado e debochado pelos outros membros do FBI, Mulder começa a
investigar esses arquivos X que contém casos de abduções e parecem envolver uma
conspiração do governo americano para esconder a existência de vida
extraterrestre. Nos arquivos também se encontram casos evolvendo satanismo,
relatos de aparições de fantasmas, ocultismo e outros casos misteriosos. E
dentro da sua busca frutífera pela verdade está seu objetivo inicial, que é
encontrar sua irmã, raptada há mais de vinte anos e que ele acredita ter sido
abduzida por alienígenas.
Na tentativa de
invalidar as suas investigações e fechar o arquivo x, o FBI recruta a agente
Dana Scully, uma agente que além de médica, cientista e legista, é cética e
deve reportar e dar uma explicação cientifica para os estranhos casos que
Mulder e ela vão investigar, mais ou menos como uma espiã. Entretanto com o
passar do tempo, a própria agente Scully começa a se dar conta de que as
inacreditáveis teorias de seu parceiro fazem sentido e cada vez mais a sua
ciência passa não mais a confrontar o que testemunha, mas a buscar respostas
científicas para tais acontecimentos.Pouco a pouco, Scully torna-se mais crente
e sua parceria com Mulder evolui a estágios inesperados de grande amizade (nas
temporadas seguintes um romance) e cumplicidade na busca pela verdade e para
desbaratar a grande conspiração que envolve os altos escalões do governo
americano.
The X-Files (Arquivo
X no Brasil), foi uma premiada série de televisão estadunidense de ficção
científica exibida ao longo dos anos 1990 e criada por Chris Carter. Estreou em
setembro de 1993 e terminou em maio de 2002. Foi um sucesso para a emissora
FOX, e os as personagens e slogans, por exemplo, "The Truth Is Out
There" (A verdade está lá fora), Trust No One (Não confie em ninguém), I
Want to Believe (Eu quero acreditar), tornaram-se marcos na cultura pop na
década de 1990. A série também gerou uma série derivada, The Lone Gunmen.
Na série, os agentes
do FBI Fox Mulder (David Duchovny) e Dana Scully (Gillian Anderson) são
investigadores de arquivos-x: casos não solucionados envolvendo fenômenos
paranormais. Mulder acredita na existência de extraterrestres e em
paranormalidade, enquanto Scully, uma médica cética, é designada para fazer
análises científicas das descobertas de Mulder. Ainda no começo da série ambos
agentes tornam-se alvo de uma trama conspiratória (denominados
"mitologia" pelos produtores), e passam a confiar apenas um no outro.
Eles desenvolvem um relacionamento próximo, começando com um sentimento
platônico e depois tornando-se um relacionamento romântico no término da série.
A série ganhou
popularidade no meio da década de 1990, conduzindo a um filme em 1998, chamado
(The X-Files: Fight The Future). Este foi seguido por um filme após o término
da série, The X-Files: I Want to Believe, em 2008. Nas duas últimas temporadas,
Gillian Anderson tornou-se a protagonista enquanto David Duchovny aparecia
intermitentemente, e novos personagens foram introduzidas: os agentes John
Doggett (Robert Patrick) e Monica Reyes (Annabeth Gish), enquanto o chefe de Mulder
e Scully, o diretor assistente Walter Skinner (Mitch Pileggi), também tornou-se
personagem central. Até o término da série, Arquivo-X era a série com maior
tempo de duração na história da televisão americana, posto ocupado logo após
por Stargate SG-1.
No Brasil foi ainda exibida
com grande sucesso pela Rede Record.
Sinopse: Sozinha com seus
irmãos mais novos depois que seus pais são presos Lore vaga pela Alemanha
destruída pela guerra em 1945. Eles precisam chegar até sua avó que está a mais
de 900 quilômetros de distância. Na viagem as crianças são expostas à realidade
e às consequências das ações dos pais adeptos do regime nazista. Lore conhece o
carismático Thomas um jovem refugiado judeu de passado misterioso. Para
sobreviver ela precisará superar seus sentimentos de medo e repulsa e confiar
na pessoa que foi ensinada a odiar. Prêmio do público no Festival de Locarno
2012.
Dirigido pela
cineasta australiana Cate Shortland (Somersault), o drama sobre a segunda
guerra mundialLore é uma troca de perspectiva sobre o Holocausto e diferente
do que estamos acostumados assistir sobre o tema no cinema. Se fossemos
resumir a mensagem da trama, é que os vilões também sofrem e isso é mostrado sem dó,
com muitos detalhes, neste estupendo trabalho. A atriz Saskia Rosendahl dá um
verdadeiro show de interpretação na pele da protagonista que dá nome à trama e
com certeza veremos mais em seguida em filmes posteriormente.
Lore é baseado na
obra The Dark Room, de Rachel Seiffert e conta a história de uma irmã que leva
seus irmãos em uma viagem os expondo a verdade das crenças ensinadas por seus
pais. Durante o caminho, um encontro com um refugiado misterioso, faz a
protagonista aprender a confiar em alguém que toda a vida foi ensinada a
desprezar. Ao mesmo tempo, vai descobrindo a verdade sobre a família e o regime
onde foi educada. Segura e com novas convicções para seu futuro ruma para um
destino cheio de surpresas.
O roteiro é muito bem
escrito por Robin Mukherjee. Consegue recriar o cenário imaginado de melancolia,
desespero e sofrimento que a história lança a nossa frente. A emoção é interrupta,
dosada na medida certa para comover, gerar indignações e questionamentos, sendo
que essas últimas estão concentradas nos derradeiros momentos finais da trama.
Não chega a ser uma lição de moral, mas demonstra que a vida é uma grande caixa
de surpresas e que nem sempre o mundo no qual nós vivemos é mostrado com certa
clareza sobre os verdadeiros fatos apresentados em nossa volta.
A co-produção
Alemanha-Austrália consegue fazer diferença dos outros filmes que abordam esse mesmo
assunto. Neste drama, somos surpreendidos por uma visão diferente dos fatos,
mais ou menos como ocorre no emocionante O Menino do Pijama Listrado (2008). A
descoberta dos irmãos sobre todos os horrores feitos durante anos por pessoas
perto deles acaba desconstruindo e transformando esses personagens para uma
nova realidade ainda desconhecida por eles. O público é levado facilmente pelas ótimas sequências captadas por Cate Shortland. A grande lição que fica da história é melancólica,
mas não deixa de ser uma verdade para todos nos: ame o improvável, porque é o
único que não irá lhe magoar.