Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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Raros apresenta parceria entre Mario Bava e Norma Bengell
Nesta sexta-feira, dia 18, às 20h, o Projeto Raros homenageia Norma Bengell e exibe O Planeta dos Vampiros, ficção-científica do mestre Mario Bava, uma das produções italianas das quais a atriz participou em meados da década de 1960. No filme, um grupo de astronautas começa a perder a razão durante uma investigação num planeta hostil, em trama que influenciou o roteiro de Alien, o 8º Passageiro, de Ridley Scott. Depois da sessão, haverá um debate com o crítico Carlos Thomaz Albornoz. O filme será exibido em DVD, com legendas em espanhol. A entrada é franca.
Após a repercussão internacional de O Pagador de Promessas, vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes de 1962 e indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro no ano seguinte, Norma Bengell iniciou sua aventura italiana protagonizando Mafioso (1962), do influente realizador Alberto Lattuada. Ao longo da década, participou de outras produções importantes do país como La Costanza della Ragione (1964), de Pasquale Festa Campanile, contracenando com a jovem Catherine Deneuve, e o western spaghetti Os Cruéis (1967), de Sergio Corbucci.
A ação de O Planeta dos Vampiros acontece num futuro próximo, quando as espaçonaves Argos e Galliot são enviadas ao espaço para investigar o misterioso planeta Aura. Assim que a Galliot pousa no planeta, seus tripulantes tornam-se violentos uns aos outros devido a uma estranha energia liberada pelo planeta, com uma diabólica forma de vida alienígena invadindo suas mentes e lutando para se apossar de seus corpos. Destaque na filmografia inicial de Bava, com um trabalho visual impressionante e cores quase psicodélicas, o filme marca uma das raras incursões de Norma Bengell na ficção-científica. Dentro do gênero, a atriz ainda participaria de Os Sóis da Ilha de Páscoa (1972), do cineasta francês Pierre Kast, nome pouco conhecido da Nouvelle Vague, e da produção brasileira Abrigo Nuclear (1981), de Roberto Pires.
O Planeta dos Vampiros (Terrore nello spazio)
Dirigido por Mario Bava
(Itália, 1965, 87 minutos)
Elenco: Norma Bengell, Barry Sullivan, Angel Aranda e Evi Marandi.
O filme será exibido em DVD, com legendas em espanhol. Me Sigam noFacebook eTwitter:
Nascemos sozinhos e morreremos
sozinhos. Viver então sozinho não deveria ser um desafio, mas um mero detalhe.
Sinopse: A Dra. Ryan Stone
médica e engenheira espacial está em sua primeira missão fora da Terra ao lado
do astronauta Matt Kowalsky na última missão de sua carreira. Durante uma
caminhada em torno de seu ônibus espacial eles são atacados por uma chuva de
meteoros que os deixa sem contato com a base na Terra e à deriva no espaço.
Eles precisam agora trabalhar juntos para tentar sobreviver.
Ao longo da minha vida
sempre conheci pessoas que não gostam da solidão, por simplesmente temerem ou
não suportarem ela, tanto que a idéia de dormirem sozinhos em uma casa no escuro
acaba se tornando um verdadeiro filme de terror. Necessitamos do próximo, mas
acredito que até certo ponto, pois ele está ali para lhe dar conforto, mas
quando surge a necessidade de darmos conta do recado, tudo que ele pode fazer é
nos dar apenas um empurrão e o resto é por nossa conta. Isso tudo me veio à
mente ao assistir o impressionante Gravidade, em que o cineasta mexicano Alfonso
Cuarón, em apenas uma hora e meia de filme, cria uma metáfora sobre nós perante
o medo da solidão e nada mais terrível do que estar sozinho no espaço infinito.
Quando se esta lá em cima,
você é apenas um fragmento, ou uma mera célula perante o espaço, mesmo estando
perto da mãe terra, mas testemunhando o quão somos frágeis perto do nosso
maravilhoso azul. Sabendo disso, Cuarón já no inicio do filme, nos presenteia
com uma das mais deslumbrantes imagens da terra jamais vistas no cinema, nos
fazendo ter a mesma sensação que os astronautas (Sandra Bullock e George
Clooney) estão tendo, quando precisam fora da espaçonave concertar certo
aparelho. O teste de fogo perante a maravilha do desconhecido acontece quando fragmentos
de outra espaçonave os atingem em cheio e fazendo que ambos se percam no nada.
Isso tudo acontece nos
primeiros vinte minutos de projeção, que para o nosso espanto, não há cortes em
nenhum momento nesse meio tempo. Para aqueles que já assistiram ao ultimo filme
do diretor (Filhos da Esperança), já esperavam por algo parecido, mas ninguém imaginava
o quão longe ele chegaria, fazendo junto com sua câmera algo mágico e poucas
vezes testemunhado na tela grande. Como se já não bastasse, por vezes a câmera
de Cuarón se torna os olhos da personagem de Bullock, captando o que ela está
vendo e nos fazendo ter a sensação de verdadeira montanha russa do que ela esta
passando no espaço.
A intenção do cineasta, ao
lado do seu filho roteirista Jonas esta mais do que clara: fazer com que o espectador
sinta as mesmas sensações que a personagem está sentido durante a projeção.
Para que isso aconteça, acontece aqui, o que talvez seja o melhor casamento da técnica
cinematográfica com o bom desempenho dos atores que é algo que não se via a um
bom tempo. Fora a mágica que o diretor cria com a câmera já citada,
testemunhamos aqui o bom uso do 3D, que para o espanto de todos é o famigerado
convertido, mas que não deve nada ao formato de um filme que foi criado dessa
forma do começo ao fim. O segredo dessa façanha está no fato de Cuarón ter
pensando em cada cena que estava filmando, em como ela ser comportaria em 3D e nos
apresentando então, uma verdadeira aula de como se faz com bom uso dessa
ferramenta e ensinando para aqueles cineastas que converteram os seus filmes,
mas falharam erroneamente.
Se a técnica não falha, o
mesmo pode-se dizer também pelo ótimo desempenho de Sandra Bullock, ao
interpretar uma cientista que guarda uma dor vinda do seu passado e que se
sente fora do seu mundo, ao adentrar e se perder no espaço infinito. É fácil nos
identificarmos com ela, mesmo ela passando por algo que poucos de nos passou um
dia, mas o medo de morrer sozinha em meio ao nada é algo que com certeza a maioria
de nos ninguém quer passar e, portanto torcemos por ela a cada momento, mesmo
quando da à impressão que ela esta pronta para desistir de tudo. O seu passado
pessoal o assombra, fazendo com que ela se sentisse perdida e sozinha muito
antes do acidente espacial.
Com isso, o personagem Matt
Kowalsky (George Clooney) se torna o seu empurrão para continuar em frente, uma
espécie de corrente na qual Ryan não pode se desprender e mesmo ele desaparecendo
no decorrer do filme, o seu personagem acaba se tornando uma força matriz para
ela. A partir disso, vemos o amadurecimento da personagem perante aos obstáculos,
seja com os objetos espaciais que a atingem, seja devido a uma nave que não quer
funcionar quando deveria. Testemunhamos então, o nascimento gradual de uma nova
Ryan, diferente que nos foi apresentada no inicio da trama, pois se aquela não
deixasse de existir, tudo seria então bem pior.
Se fossemos resumir então o
filme como um todo, seria algo como “conhece-te
a ti mesmo”, em que o cenário, que é o espaço infinito, nos remete
imediatamente a 2001: Uma Odisséia no Espaço. Ambos os filmes compartilham
sobre autodescobrimento, seja ele interno ou externo, muito embora ainda não fosse
dessa vez que a obra máxima de Kubrick sobre o espaço foi superada, mas bem que
chegou perto. Falando em referencias, o filme possui inúmeras delas, sendo que
o cinéfilo mais atento percebera homenagens ao já citado 2001 e que vai de Alien
e até mesmo Wall-e.
Gravidade
é, portanto, um filme que merece ser visto e revisto na tela grande, de preferência
no Imax 3D, que lhe dará um espetáculo de som imagem que valerá o seu
investimento na ida do cinema. Um filme que nos remete aos bons tempos em que o
cinema americano fazia grandes espetáculos, mas aliados a um ótimo roteiro e
com emoção humana genuína. Num ano que parecia que seria lembrado como um período
de inúmeros fracassos cinematográficos, Gravidade veio para provar que ainda há
esperança para aqueles que buscam assistir o cinema espetáculo de verdade. Me Sigam noFacebook eTwitter:
Segue em cartaz no
Cinebancários, até dia 24 de outubro, “Por que você partiu?”, do diretor
francês Eric Belhassen. O documentário reúne, pela primeira vez, seis dos mais
destacados Chefs franceses que atuam no Brasil: Erick Jacquin (La Brasserie
Erick Jacquin), Alain Uzan (Restaurante Avek), Emmanuel Bassoleil (Restaurante
Skye), Frédéric Monnier (Brasserie Rosário), Laurent Suaudeau (Escola de Arte
Culinária Laurent) e Roland Villard (Hotel Sofitel).
O filme tem sessões
às 15h, 17h e 19h, e ingressos a R$ 6,00, para o público geral e R$ 3,00 para
bancários e jornalistas sindicalizados, idosos, estudantes e clientes do
Banrisul.
Por que você partiu?
é a pergunta que permite ao diretor Eric Belhassen transformar os Chefs em
personagens. Para ir além das respostas “oficiais”, o realizador viaja até a
França em busca das origens de seus personagens e de respostas mais profundas.
Ele percorre mais de
2000 km em uma espécie de road movie pelas regiões mais gastronômicas da
França, onde reencontra os familiares e histórias do passado que ajudam a
entender as razões que levaram esses franceses a deixarem seu país em busca de
uma nova vida no Brasil.
Tanto para os chefs
que partiram quanto para as famílias que ficaram, a separação é tema central do
filme: a separação da família, da pátria e da sua cultura. As razões dos seus
exílios, mesmo se diferentes para cada um, se conectam todas ao exílio do
próprio autor do filme, que se questiona sobre seu próprio partir, e os motivos
que o levaram a deixar a França, 15 anos atrás.
Essa primeira obra do
diretor Eric Belhassen foi selecionada no Festival do Rio, na categoria
Panorama mundial, e foi convidada para abertura do 30th Miami International
Film Festival, na categoria culinária.
Ficha técnica: Por que você
partiu? | Brasil | Documentário | 94 min | Direção: Eric Belhassen | Elenco:
Emmanuel Bassoleil, Erick Jacquin, Laurent Suaudeau, Frédéric Monnier, Alain
Uzan, Roland Villard | Classificação: 10 anos.
Mais informações e horários
das sessões vocês conferem na pagina da sala clicando aqui.
Sinopse: Juan (Alexis
Díaz de Villegas) é um sujeito de 40 anos especializado na arte de não fazer
nada. Um dia, se depara com uma misteriosa infecção que está transformando os
habitantes de Havana em mortos-vivos famintos. Juan, como um bom cubano, decide
começar um negócio ao lado do amigo Lazaro (Jorge Molina) para tirar vantagem
da situação. Eles se especializam em assassinar zumbis e trabalham com o slogan
"Matamos seus entes queridos". O negócio acaba sendo afetado com o crescimento
constante do número de infectados.
Juan é um fracassado,
fica vagando pelas ruas de Havana, acompanhado do seu amigo Lázaro, não tem
emprego fixo, mas apesar de tudo isso, parece mais que não está nem ai. Segundo
suas próprias palavras é um sobrevivente, mas diz isso referente ao universo
cubano que ele vive. Mal ele sabe que a questão sobrevivência terá que ser
colocado á prova
A primeira vista,
Juan dos Mortos parece uma parodia do gênero que atualmente é inesgotável, mas
catalogá-lo assim seria mais do que ingênuo. Desde a Noite dos Mortos Vivos,
obra prima de George Romero, os filmes
de zumbi sempre foi muito além de provocar sustos no cinéfilo que assiste:
temáticas políticas e sociais, estão sempre presentes nestes filmes, seja em
maior e menor grau e essa produção Cubana não foge dessa velha, mas certeira
regra.
Apesar da situação
descontrolada que poderia gerar puro medo, o filme possui altas doses de humor,
o que faz dele um dos poucos filmes que me fez realmente rir neste ano. Como de
costume, a trama começa quando uma epidemia se alastra em questão de poucos
dias e afeta inúmeros cubanos. Se dando conta da situação pra lá de bizarra,
Juan cria um grupo de caçadores e monta sua própria empresa, para acabar com os
zumbis e conseguir alguns trocados pelos serviços prestados.
Sem papas na língua, Juan
dos mortos faz uma crítica ao povo e à política cubana durante toda a projeção,
de uma forma esperta e heróica, não poupando nem Fidel Castro nesta historia,
pois afinal de contas, o seu governo provocou sérias conseqüências durante
todos esses anos e somente um apocalipse poderia mudar as coisas. Quem já
assistiu, sabe que uma das melhores cenas é quando o protagonista vê uma rua
tomada por mortos vivos. Imediatamente ele se dirige a outro personagem e
pergunta o que ele vê: “para mim, está tudo normal”. Resposta hilária e que faz
pensar.
A separação da ilha com
relação ao resto do mundo fica mais do que explicito, quando os protagonistas
tentam enfrentar um zumbi usando estacas e exorcismos. Vampiros ou demônios é
assunto velho por lá, mas parece que a mania zumbi pouco eles entendem. Com um
elenco praticamente desconhecido por aqui, os interpretes de Juan dos Mortos
entrega um trabalho perfeito, que aliado a uma ótima trama, faz do filme uma
sessão pra lá de indispensável. Destaque para o desempenho de Alexis Díaz de
Villegas que entrega um Juan sem nenhum preparo físico, mas que da conta muito
bem contra o fim do mundo. Já Jorge Molina, interpretando Lázaro, é responsável
pelas tiradas mais engraçadas da historia, sendo que a sua melhor cena, é
quando ele faz um ultimo pedido para Juan, pois (aparentemente) ele foi
mordido.
Entre os dias 18 e 20
de outubro, a Sala P.F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) faz uma pequena
homenagem a Norma Bengell, uma das atrizes definitivas do cinema moderno
brasileiro, morta na última semana, com a exibição de três importantes filmes
do início de sua trajetória.
Chanchada crepuscular de Carlos Manga, O Homem
do Sputnik (1959) é a primeira participação de Bengell no cinema, encarnando
uma versão ainda mais voluptuosa de Brigitte Bardot. Em 1962, a atriz ganha
destaque ao estrelar Os Cafajestes, de Ruy Guerra, que trazia sopros da
Nouvelle Vague para um Cinema Novo ainda em gestação. No mesmo ano, interpreta
a prostituta Marly no clássico O Pagador de Promessas, de Anselmo Duarte, único
filme brasileiro a ganhar a Palma de Ouro em Cannes.
Na sexta-feira, às 20h, o Projeto Raros exibe
O Planeta dos Vampiros, ficção-científica do mestre Mario Bava, uma das
produções italianas das quais Norma Bengell participou em meados da década de
1960, após a repercussão internacional de O Pagador de Promessas. No filme, um
grupo de astronautas começa a perder a razão durante uma investigação num
planeta hostil, em trama que influenciou o roteiro de Alien, o 8º Passageiro,
de Ridley Scott. Após a sessão, haverá um debate com o crítico Carlos Thomaz
Albornoz. O filme será exibido em DVD, com legendas em espanhol.
A homenagem a Norma
Bengell tem o apoio da Programadora Brasil, projeto do Ministério da Cultura
destinado à difusão do cinema brasileiro.
GRADE DE PROGRAMAÇÃO
18 a 20 de outubro
O Homem do Sputnik,
de Carlos Manga (Brasil, 1959, 98 minutos)
Um estranho objeto
parecido com o famoso Sputnik cai no quintal de Anastácio (Oscarito), matando
suas galinhas de estimação. Ele tenta negociar o suposto satélite para
recuperar o prejuízo, mas fato chama a atenção de espiões internacionais, que
transformam a vida do pacato Anastácio e de sua esposa Cleci (Zezé Macedo) num
completo caos. Exibição em DVD.
Os Cafajestes, de Ruy
Guerra (Brasil, 1962, 85 minutos)
Jandir (Jece Valadão)
e seu amigo Vavá (Daniel Filho), um playboy, vivem no mundo das drogas e sexo
de Copacabana. Só que a situação de Vavá não é boa, já que seu pai corre o
risco de perder tudo o que tem. É quando a dupla tem a ideia de tirar fotos
comprometedoras de Leda (Norma Bengell), a amante do tio de Vavá, no intuito de
chantageá-lo. Eles a levam a uma praia deserta e, após tirarem as fotos, a
estupram. Exibição em DVD.
O Pagador de
Promessas, de Anselmo Duarte (Brasil, 1962, 90 minutos)
Zé do Burro (Leonardo
Villar) e sua mulher Rosa (Glória Menezes) vivem em uma pequena propriedade a
42 quilômetros de Salvador. Um dia, o burro de estimação de Zé é atingido por
um raio e ele acaba indo a um terreiro de candomblé, onde faz uma promessa a
Santa Bárbara para salvar o animal. Com o restabelecimento do bicho, Zé põe-se
a cumprir a promessa e doa metade de seu sítio, para depois começar uma
caminhada rumo a Salvador, carregando nas costas uma imensa cruz de madeira.
Mas a via crucis de Zé ainda se torna mais angustiante ao ver sua mulher se
engraçar com o cafetão Bonitão (Geraldo Del Rey) e ao encontrar a resistência
ferrenha do padre Olavo (Dionísio Azevedo) a negar-lhe a entrada em sua igreja,
pela razão de Zé haver feito sua promessa em um terreiro de macumba. Exibição
em DVD.
O Planeta dos
Vampiros, de Mario Bava (Itália, 1965, 86 minutos)
Num futuro próximo, as
espaçonaves Argos e Galliot são enviadas ao espaço para investigar o misterioso
planeta Aura. Assim que a Galliot pousa no planeta, seus tripulantes tornam-se
hostis uns aos outros devido a uma estranha energia liberada pelo planeta, com
uma diabólica forma de vida alienígena invadindo suas mentes e lutando para se
apossar de seus corpos. Exibição em DVD com legendas em espanhol.
GRADE DE HORÁRIOS
18 a 20 de outubro
18 de outubro (sexta-feira)
15:00 – O Homem do Sputnik
17:00 – O Pagador de Promessas
20:00 – Raros Especial: O Planeta dos
Vampiros, de Mario Bava
19 de outubro (sábado)
15:00 – Sessão História no Cinema
(Terra Estrangeira, de Walter Salles e Daniella Thomas)
19:00 – Sessão Plataforma (The
Invader, de Nicolas Provost)
20 de outubro (domingo)
15:00 – O Homem do Sputnik
17:00 – Os Cafajestes
19:00 – Sessão CEN + Bienal
(MM, de William Raban e Mirante 7 e ½ em processo, de Rodrigo John).
A Coordenação de
Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria da Cultura de Porto Alegre, em
parceria com as produtoras Tokyo Filmes e Livre Associação, apresenta dia 15 de
outubro, às 20h45, na Sala P. F Gastal da Usina do Gasômetro, o Especial
Nicolas Provost, dentro do projeto Sessão Plataforma, com reprise no sábado, 19
de outubro, às 17h.
A programação
especial apresenta dois títulos. No primeiro deles, The Invader, seu primeiro
longa-metragem, Provost levanta um tema tão desgastadamente europeu: o
estrangeiro, o outro. Aqui os contrastes óbvios do tema já esfolados pelo tempo
se transformam em um estranho flerte. Cruamente, Provost nos joga em uma
Bruxelas labiríntica e neon, onde a vingança irremediável do invasor e a culpa
européia se misturam com uma identificação entre a distância e a diferença.
Como a sequência de abertura já anuncia, um filme sobre aproximação hipnótica,
paradoxal e amarga entre corpos de dois mundos tão distantes. Um filme sobre a
ruína da culpa e do fetiche europeu. Sobre a atração trágica do africano por um
mundo de exploração e revanchismo. Dois mundos fadados ao mesmo fracasso.
Antecedendo o
longa-metragem, será exibido Moving Stories, décimo quarto curta-metragem de
Provost, que maximiza a sensação cinematográfica do espectador ao acompanhar
uma simples jornada de um casal rumo ao desconhecido a 30.000 pés de altura.
THE INVADER
Direção: Nicolas Provost, 95min, BEL, 2011
- Horizons – 68th Venice Film Festival
- Bright Future - 41th Rotterdam Film Festival
- Discovery – 36th Toronto International Film Festival
- 59th San Sebastian International Film Festival
Exibição em bluray
com legendas em português.
MOVING STORIES
Direção: Nicolas Provost, 7min, BEL, 2011
- 68th Venice Film Festival
- 41th Rotterdam Film Festival
- 34th Clermont Ferrand International Shortfilm Festival
- Sundance
International Film Festival 2012
Exibição em bluray
com legendas em português.
MAIS SOBRE NICOLAS
PROVOST
O trabalho de Nicolas
Provost reflete sobre a gramática cinematográfica, a condição humana inserida
em nossa memória fílmica coletiva e na relação entre artes visuais e experência
cinematográfica. Seus filmes provocam tanto reconhecimento quanto alienação e
pescam nossas expectativas em um jogo de mistério e abstração. A partir de
manipulações do tempo, códigos e formas, linguagens cinematográficas e
narrativas são esculpidas em novas histórias.
Em 2003, Nicolas
Provost retornou à Bélgica, sua terra natal, depois de 10 anos morando na
Noruega. Atualmente, Provost vive e trabalha em Nova Iorque. Suas exibições
solo passaram por museus como The Seattle Art Museum, Musée d’art moderne et
contemporain Strasbourg, France, Muziekgebouw Amsterdam, Tim Van Laere Gallery,
Antwerp and Haunch of Venison London e Berlin. Seu trabalho já foi adquirido
por grandes museus como Birmingham Museum, SMAK Gent e Royal Museum of Fine
Arst Belgium. Seu trabalho também carrega uma longa lista de prêmios e exibições
nos mais prestigiosos festivais entre eles Sundance Film Festival, Venice Film
Festival, Berlinale, San Sebastian Film Festival e Locarno Film Festival. The
Invader, primeiro longa-metragem e aclamado pela crítica, teve sua première
mundial na competitiva do 68º Festival de Veneza em 2011.
MAIS SOBRE A SESSÃO
PLATAFORMA
Realizada mensalmente
na Sala P. F. Gastal a Sessão Plataforma exibe filmes de produção recente, de
diferentes nacionalidades, com caráter predominantemente independente e sem distribuição
comercial garantida no Brasil.
Com curadoria de Davi
Pretto e Giovani Borba, e produção de Paola Wink, a Sessão Plataforma já exibiu
Room 237, de Rodney Ascher e Bestiaire, de Denis Cote e tem confirmada, para os
próximos meses, a exibição de outros importantes filmes que circularam nos
principais festivais do mundo todo e que,
no Brasil, passaram apenas pela Mostra de Cinema de São Paulo ou pelo
Festival do Rio. O próximo filme será
Leviathan, de Lucien Castaing-Taylor e Verena Paravel. A cada sessão, a
Plataforma vai anunciar o filme seguinte da programação, em um trabalho que
procura difundir um novo cinema e uma busca de realizadores com outros olhares,
aproximando Porto Alegre do circuito de exibição do centro do país, do qual
atualmente a capital gaúcha se vê ainda muito distante. A Sessão vai produzir
conteúdo sobre os filmes e os realizadores, partilhando nas redes e no seu
site, entre eles, vídeos com os realizadores, artigos e entrevistas.
SESSÃO PLATAFORMA #
03
ESPECIAL NICOLAS PROVOST
Dia 15 de Outubro às
20:45
Sala P. F. Gastal
Av. Pres. João
Goulart, 551 – 3º andar
Fone 3289 8137
www.salapfgastal.blogspot.com
www.facebook.com/sessaoplataforma
www.plataformacinema.com
www.tokyofilmes.com
www.livreassociacao.com.br
Contato
Paola Wink
paolawt@gmail.com
51-8541.3204
Curadoria
Davi Pretto e Giovani
Borba
Produção
Paola Wink
Realização
Tokyo Filmes, Livre
Associação
e Coordenação de
Cinema e Vídeo
da Secretaria
Municipal de Cultura de Porto Alegre