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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 16 de maio de 2013

Cine Especial: François Truffaut: O Homem que Amava o Cinema: Parte 9


Nos dias 18 e 19 de maio, eu estarei participando do curso François Truffaut: O Homem que Amava o Cinema, criado pelo Cena Um e ministrado pela coordenadora e curadora da Sala da Redenção da UFRGS, Tânia Cardoso de Cardoso. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui, estarei postando um pouco sobre os principais filmes desse diretor, que foi um dos pilares que sustentou o surgimento do movimento Nouvelle Vague.
  
As Duas Inglesas e o Amor 

Sinopse: No começo do Século 20, o francês Claude e a inglesa Anne se conhecem e se tornam amigos. Tempos depois, eles se reencontram no País de Gales e Claude se apaixona por Muriel, irmã dela. Obrigado a se separar por um ano de Muriel, a pedido da família dela, ele termina o romance e começa a se envolver com Anne.
  
Henri Pierre Roché, o mesmo autor do livro que em 1961 havia originado o clássico Jules & Jim, foi novamente inspiração para Truffaut realizar, dez anos depois, mais um ótimo tratado sobre o “amor a três”: Duas Inglesas e o Amor, a trama flui a passos largos, permeando com eficiência os pontos de vistas dos três personagens centrais. Como sempre, Truffaut evita o piegas e foge das fáceis armadilhas cinematográficas de maneira direta, quase minimalista, numa época em que o termo sequer existia. As Duas Inglesas e o Amor é um filme inesquecível sobre amores roubados, felicidade e vidas fracassadas.  

O Último Metrô 

Sinopse: Na Paris de 1942, Steiner é um judeu forçado a abandonar o país. Sua esposa, uma atriz, dirige o teatro para ele. Ela tenta manter o teatro funcionando e contrata Bernard Granger com ater principal. Mas Steiner, na verdade, está escondido no porão. 

O Último Metrô foi um dos últimos e melhores filmes do mestre François Truffaut. No elenco, os astros Catherine Deneuve e Gérard Depardieu brilham nos papéis principais. Se em A Noite Americana o cineasta faz uma declaração de amor ao cinema, aqui é uma verdadeira declaração de amor ao teatro. A trama se passa num dos momentos mais trágicos  da história do mundo e de seu país: os anos em que a França esteve dividida em duas partes, uma invadida, ocupada fisicamente pelas tropas nazistas, e a outra que se fingia de livre. Mas apesar disso, novamente Truffaut dirigi a trama com carinho, nos passando até mesmo a idéia de que as situações mostradas na trama, podem na realidade ser uma bela mistura de ficção com a própria realidade que ele presenciou na época. O que não seria novidade nenhuma, já que boa parte de sua filmografia (a partir de Os Incompreendidos) tem um pouco de tudo do que ele vivenciou ao longo da vida.
Vale lembrar que O Último Metrô foi o primeiro de uma grande série de filmes em que Catherine Deneuve e Gérard Depardieu trabalhariam juntos, dois dos mais belos e mais talentosos atores do cinema francês da época. A lista dos dois juntos é extensa: Le Choix des Armes (1981), Je Vous Aime (1981), Fort Saganne (1984), Drôle d’endroit pour une reencontre (1988), Les Cents e une Nuits de Simon Cinéma (1995), Tempos que Mudam/Les Temps qui Changent (2004) e Potiche – Esposa Troféu (2010). 

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Cine Dica: Fantaspoa 2013: AURORA


ATÉ AONDE VAMOS DEVIDO A FALTA DE AFETO?

Sinopse: Lukas é um cientista que foi escolhido para fazer parte de um experimento baseado em transferência neural: as informações neurais de uma garota em coma serão a ele transferidas, fazendo com que, de alguma forma, ele seja inserido na mente da garota. O bem-sucedido experimento leva Lukas a um mundo surreal habitado por uma linda mulher, por quem imediatamente se torna obcecado. Então, ele decide não partilhar todos os resultados com os cientistas, de forma a ser plugado continuamente para poder encontrar sua paixão.

Hoje vivemos numa sociedade que está cada vez mais difícil se relacionar, onde nos simplesmente não conseguimos achar uma conexão correta para conseguirmos realmente amar a pessoa próxima, ao ponto de que certos valores que tanto nos valorizamos no passado, acaba indo por terra.  É esse pensamento que me veio ao assistir o filme Aurora da cineasta Kristina Buozyté: aqui temos o protagonista (Marius Jampolskis, ótimo), que não consegue mais sentir amor pela mulher, ao ponto de se entregar a pornografia da internet para sentir algum prazer. Mas esse quadro muda quando ele é escolhido em um experimento em transferência neural, para ajudar uma garota em coma chamada Aurora (Jurga Jutaite) e estudar sobre o que se passa na cabeça de uma pessoa quando esta neste estado.
Quando o protagonista entra nesse universo da mente humana, somos brindados com belas imagens, onde a câmera desfila suavemente por um cenário surreal, onde a edição de arte e fotografia cumpre com o seu propósito, em proporcionar uma verdadeira viagem dentro da consciência humana. Neste universo surreal, Lukas gradualmente vai conhecendo Kristina, sendo que a relação de ambos começa de uma forma gradual, mas explosiva. É neste ponto em que a cineasta quis passar ao espectador uma espécie de metáfora de como o ser humano atual vive numa realidade de carência e falta de afeto. Entrar na mente humana, para assim ter a sensação do verdadeiro calor humano (e do amor), talvez seja a ultima fronteira até aonde podemos chegar para não nos sentirmos sozinhos.
Lukas fica cada vez mais depende das viagens dentro do subconsciente de Aurora, ao ponto que a relação se torna tão intensa, que eles necessitam se fundir um ao outro, em cenas oníricas em que o corpo deles (e de outros que surgem), se torne argila ou barro, para que então aja uma fusão, devido à necessidade de eles quererem se sentir um pelo outro. No final das contas, é um filme que representa a necessidade das pessoas terem e sentirem o amor pelo próximo, pois como já diz o ditado, “sem amor somos estranhos no paraíso”.
 Os minutos finais fortalecem isso, que embora não vá agradar a todos, a produção cumpre com a proposta que quis passar para o espectador e nos faz sair da sala do cinema com as incríveis imagens que nos presenciamos dentro de nossas mentes. 

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quarta-feira, 15 de maio de 2013

Cine Especial: François Truffaut: O Homem que Amava o Cinema: Parte 8


Nos dias 18 e 19 de maio, eu estarei participando do curso François Truffaut: O Homem que Amava o Cinema, criado pelo Cena Um e ministrado pela coordenadora e curadora da Sala da Redenção da UFRGS, Tânia Cardoso de Cardoso. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui, estarei postando um pouco sobre os principais filmes desse diretor, que foi um dos pilares que sustentou o surgimento do movimento Nouvelle Vague. 

O Amor em Fuga 

Sinopse: Aos 35 anos, Antoine Doinel divorcia-se de Christine e começa a rever diversos personagens que marcaram sua vida, incluindo Colette, seu primeiro amor. Em meio a tudo isso, vive um romance com Sabine, uma jovem vendedora de discos.

Quinto e o último filme protagonizado pelo personagem Antoine Doinel, o alter-ego do mestre François Truffaut. É um belo desfecho para as aventuras de Antoine Doinel, ao som da envolvente música tema “L’Amour en Fuite”, de Alain Souchon. Não espere do filme as crises existenciais e os longos diálogos psicológicos típicos dos roteiros franceses. O Amor em Fuga traz o sempre fluído e agradável ritmo que Truffaut consegue imprimir nas suas narrativas, alterna momentos introspectivos com cenas de comicidade e ainda consegue ser crítico e sarcástico em relação à própria maneira de ser mal humorada da maioria dos franceses.
Por ser o ultimo filme com Doinel, o filme ainda nos presenteia com cenas dos melhores momentos dos filmes anteriores, como a obra prima Os Incompreendidos.

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NOTA: EM BREVE NO MEU BLOG....






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terça-feira, 14 de maio de 2013

Cine Especial: François Truffaut: O Homem que Amava o Cinema: Parte 7


Nos dias 18 e 19 de maio, eu estarei participando do curso François Truffaut: O Homem que Amava o Cinema, criado pelo Cena Um e ministrado pela coordenadora e curadora da Sala da Redenção da UFRGS, Tânia Cardoso de Cardoso. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui, estarei postando um pouco sobre os principais filmes desse diretor, que foi um dos pilares que sustentou o surgimento do movimento Nouvelle Vague. 

Domicílio Conjugal 

Sinopse: Antoine Doinel está casado com a sensata Christine Darbon. Enquanto ela dá aulas de violino, ele ainda em busca de um emprego fixo. A rotina do casal é alterada com a gravidez de Christine e um caso extraconjugal de Antoine. Será que o domicílio conjugal irá resistir?

Este é o quarto filme protagonizado pelo personagem Antoine Doinel, o alter-ego do cineasta François Truffaut. Domicílio Conjugal revela o olhar terno, engraçado e inteligente de Truffaut sobre o casamento e a paternidade. Sendo um cineasta que sempre amou o cinema como um todo, declarou ter-se inspirado nas "comédias americanas sobre os casais, de Leo McCarey e de George Cukor, sem esquecer a influência de Lubitsch, que é decisiva quando se trata de concatenar acontecimentos familiares para fazer rir o público, mas de modo a que tudo fosse tratado, evidentemente, com espírito francês".

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Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: O IMPOSSÍVEL


 Leia a minha critica já publicada clicando aqui. 

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Cine Dica: Roteirista Paulo Halm na Capital


 ROTEIRISTA CARIOCA PAULO HALM REALIZA PALESTRA E LABORATÓRIO DE ROTEIROS NO SANTANDER CULTURAL  

 Um dos roteiristas mais renomados do país, o carioca Paulo Halm estará em Porto Alegre nos próximos dias 16 e 17 de maio, participando da primeira etapa do Laboratório de Projetos relativa à 7ª edição do Concurso de Desenvolvimento de Projetos de Longa-metragem – Prêmio Santander Cultural/Prefeitura de Porto Alegre/APTC-RS. O concurso, tido como uma das premiações cinematográficas mais relevantes do país, é uma realização conjunta do Santander Cultural, da Prefeitura de Porto Alegre e da APTC-RS, e conta com o apoio da ESPM Sul. Desde a sua criação, já foram contemplados pelo concurso projetos como o longa de animação As Aventuras do Avião Vermelho, de Frederico Pinto e José Maia (com estréia marcada para o final de 2013), e Mãos de Cavalo, da produtora M. Schmiedt Produções (a ser dirigido por Roberto Gervitz), cujas filmagens iniciam aqui no Estado no próximo semestre.
A agenda de Paulo Halm na capital gaúcha está dividida em dois momentos: no dia 16, quinta-feira pela manhã, a partir das 10h, na Sala Leste do Santander Cultural, Halm realiza uma palestra aberta ao público sobre roteiro cinematográfico. Depois disso, o roteirista dedica três turnos individuais de trabalho de consultoria com cada um dos projetos vencedores na última edição do Concurso de Desenvolvimento de Projetos de Longa-metragem, Kombi à la Loca, de Rafael Ferretti, Mudança, de Fabiano de Souza, e Até o Caminho, de Davi Pretto.
Paulo Halm tem em seu currículo a participação como roteirista de filmes como Amores Possíveis, de Sandra Werneck, Cazuza – O Tempo não Pára, de Sandra Werneck e Walter Carvalho, Guerra de Canudos, de Sérgio Rezende, Dois Perdidos numa Noite Suja, de José Joffily, e Antes que o Mundo Acabe, de Ana Luiza Azevedo, entre muitos outros. Em 2009, estreou Histórias de Amor Duram Apenas 90 Minutos, seu primeiro longa-metragem como diretor.

As inscrições para a palestra de Paulo Halm podem ser feitas pelo email aptcrs@gmail.com até as 18h de quarta-feira, 15 de maio.

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