Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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Quem acompanhou meu blog
nestes últimos dias, curtiu o especial sobre os filmes de Sergio Leone, que
antecede minha participação no curso sobre o cineasta que acontecera neste sábado
e domingo. Infelizmente, não pude assistir Trinity e Seus Companheiros, que embora seja
uma obra menor do diretor, era essencial para eu assistir, mas quem sabe nos próximos
dias eu consiga e diga para vocês o que eu achei.
Abaixo, confiram todos os
posts que eu escrevi sobre cada filme desse grande cineasta e quem puder me
acompanhar amanhã será ótimo, pois o curso elaborado pelo CENA UM é imperdível.
SERGIO LEONE - ERA UMA VEZ O SPAGHETTI WESTERN: Partes:1,2,3,4 e 5.
Sem mais delongas, vejamos as estréias
desse final de semana.
E a Vida Continua...
Sinopse: Ernesto (Luiz Bacelli) tem 50
anos e carrega consigo uma tragédia do passado, a qual esconde através de um
sorriso bem humorado. Ele conhece Evelina (Amanda Acosta), de 25 anos, ao
ajudá-la na estrada, após o carro dela enguiçar. Ambos estão indo ao mesmo
hotel e, aos poucos, constroem uma amizade sólida baseada também nas
dificuldades enfrentadas ao longo da vida, já que Evelina está machucada
emocionalmente devido à infidelidade do marido.
A Rebelião
Sinopse: Abril de 1988, Ilha de Ouvea,
Nova Caledônia. 30 policiais são mantidos reféns por um grupo de
pró-independência do país. 300 soldados são enviados da França para restaurar a
ordem e dois homens são colocados face a face: Philippe Legorjus (Mathieu
Kassovitz), capitão do GIGN, e Dianou Alphonse (Iabe Lapacas), chefe dos
seqüestradores.
Resident Evil 5: Retribuição
Sinopse: Em 'Resident Evil 5:
Retribuição', o vírus mortal T, desenvolvido pela Umbrella Corporation,
continua dizimando o planeta Terra, e transformando a população global em legiões
de mortos-vivos comedores de carne. A única e última esperança da raça humana,
Alice (Milla Jovovich), desperta no centro de operações clandestinas da
Umbrella, e descobre mais segredos do seu passado misterioso conforme se
aprofunda no complexo. Sem um porto seguro, Alice continua a caçar os
responsáveis pelo vírus; uma perseguição que a leva de Tóquio a Nova York,
Washington, DC e Moscou, culminando em uma revelação alucinante que irá
forçá-la a repensar tudo o que ela acreditava ser verdade. Ajudado por seus
novos aliados e antigos amigos, Alice precisa lutar para sobreviver o tempo
suficiente para escapar de um mundo hostil que está prestes a ser destruído. A
contagem regressiva já começou...
Tropicália
Sinopse: Uma análise sobre o
importante movimento musical homônimo, liderado por Caetano Veloso e Gilberto
Gil no final dos anos 1960. O documentário resgata uma fase na história do
Brasil em que cena musical fervilhava e os festivais revelavam vários novos
talentos. Ao mesmo tempo, o Brasil sofria com a ditadura dos generais no poder,
o que fez com que Caetano e Gil fossem exilados do país.
Um Homem Qualquer
Sinopse: Aos 30 anos de idade, Jonas
(Eriberto Leão) vive em São Paulo, está desempregado e cansado da vida na
metrópole. Em busca de alguma motivação para viver, ele acaba conhecendo Lia
(Nanda Costa) naquele que seria o pior dia de sua vida. O que ele não sabe é
que Lia já o acompanhava há algum tempo, juntamente com o colega de teatro Ígor
(Pedro Neschling). Os dois o observavam como laboratório sobre a vida de um
homem qualquer, para aplicar nas aulas de teatro. Só que logo Lia se apaixona
por Jonas, se envolvendo também em um projeto de sequestro idealizado por Tico
(Norival Rizzo), amigo de sua atual paixão.
Vizinhos Imediatos de 3º Grau
Sinopse:Moradores de um
vilarejo pacato, Evan (Ben Stiller), Bob (Vince Vaughn), Franklin (Jonah Hill)
e Jamarcus (Richard Ayoade) estão revoltados com a onda de assassinatos que
ocorre no local. Diante da imobilidade dos policiais, eles decidem formar uma
patrulha de vizinhos para encontrarem de uma vez por todas o responsável pelos
crimes. Mas eles mal sabem que existem alienígenas infiltrados entre os
cidadãos, e que a batalha para manter a paz na cidade será também um desafio
interplanetário, entre humanos e extraterrestres.
Sinopse: Abraham Lincoln:
Caçador de Vampiros explora a vida secreta de um dos maiores presidentes dos
Estados Unidos em uma história não contada que definiu uma nação. Os cineastas
visionários Tim Burton e Timur Bekmambetov (diretor de 'O Procurado') trazem
uma voz fresca e visceral para o folclore do vampiro sedento de sangue,
imaginando Lincoln como o maior caçador da história dos mortos-vivos.
Massacrado pela critica, e
fracasso de publico nos EUA, esse filme possui uma premissa bem bolada, mas que
acaba se perdendo entre muitos vícios vertiginosos que Hollywood ainda
não desvencilhou. Dirigido por Timur
Bekmambetov (O Procurado) e produzido por Tim Burton, a trama me fez me lembrar
umas pequenas historias clássicas da Marvel, onde colocava os personagens clássicos
da casa de idéias, em situações alternativas e fora de suas realidades. No caso
aqui, é interessante pensar, sobre o que acontecerias se: se um dos maiores
lideres dos Estados Unidos, fosse um caçador de vampiros em busca de vingança,
apartir do momento em que um vampiro matou a sua mãe quando ainda era jovem.
Até ai tudo bem, sendo que é
até aceitável a bendita trama de vingança, com o direito até de um mestre (Dominic Cooper), para ensinar o protagonista
a lutar contra os sangue sugas. Mas o filme falha em uma das suas peças
fundamentais, que é justamente o próprio protagonista. Por mais que se esforce,
Benjamin Walker passa a todo o momento um Lincoln com cara de bobo, mesmo em situações
que deveria se exigir mais seriedade vindo da parte dele. Com isso, sua interpretação se empalidece perante o resto do elenco, fazendo do coadjuvante mais medíocre uma presença
muito mais interessante. Sua situação só melhora, quando a trama (forçadamente
e sem se explicar muito como Lincoln entrou na política) pula no tempo, e sua
caracterização fica idêntica com a imagem do presidente que todos nos conhecemos. Mas
isso graças ao fato de uma maquiagem compensar isso, que surpreendentemente, lhe
deixa com umas feições de um “Liam Neeson interpretando Lincoln”, que cá pra
nos, teria sido uma escolha mais acertada.
E como eu disse acima, o
restante do elenco ajuda há melhorar um pouco a produção, onde Dominic Cooper, alias, tem um desempenho
ótimo, principalmente numa seqüência angustiante, que revela a terrível origem
de seu personagem. Nesta seqüência também, Rufus Sewell transmite
palavras venenosa muito bem ditas, que tornam o seu vilão interessante, mas que
infelizmente o roteiro (criado pelo próprio autor do livro que o filme se baseou),
permite isso até certo ponto. Ainda que fosse bem filmado (as reconstituição de
época é ótima) o filme acaba se perdendo em seqüência de ação em câmera lenta (e
rápida), que não são muito diferentes do que já vimos em outros filmes como 300, e
que recentemente, essa formula demonstrou grande desgaste na nova versão de O Vingador do
Futuro. E quando achávamos que tudo poderia melhorar, a situação só piora
quando chegamos ao ato final, com o desejo de querer que o filme termine de uma
vez, pois o que acontece na tela, já não faz nenhum sentido e tão pouco nos preocupamos
com os destinos dos personagens.
Em frente a todos esses defeitos,
da até para se curtir o filme, desde que não se exija muito dele. Pois no final
das contas, é uma produção que já sofrerá carregando por algum tempo, o exemplo
de teimosia que os engravatados de Hollywood têm, de tanto insistirem em usar uma
formula tão desgastada e acreditar que nos ainda iremos engolir.
Mostra interessante, que
começou nesta ultima terça-feira no CineBancários de Porto Alegre, sobre filmes
que retratam os períodos de ditadura dos países latinos americanos. Abaixo,
segue algumas dicas do que eu já consegui assistir da mostra.
Pra Frente Brasil
Sinopse: Em 1970 o Brasil
inteiro torce e vibra com a seleção de futebol no México, enquanto prisioneiros
políticos são torturados nos porões da ditadura militar e inocentes são vítimas
desta violência. Todos estes acontecimentos são vistos pela ótica de uma
família quando um dos seus integrantes, um pacato trabalhador da classe média,
é confundido com um ativista político e "desaparece".
Suspense político, que
procura denunciar as torturas sofridas por presos políticos durante os anos de
chumbo da ditadura militar. Procura,
ainda, mostrar a alienação e a hipocrisia presentes na sociedade brasileira
naquele período. Historia ambientado durante a Copa de 70. Boas atuações e
cuidadosa direção de Roberto Farias, que é também responsável pelo ótimo roteiro.
Premio de melhor direção no festival de
Gramado.
Casa dos Espíritos
Sinopse:A história do
Chile da década de 20 aos anos 70 é contada através da saga da família Trueba,
que começa com a união de um homem simples (Jeremy Irons), que fica rico, com
uma jovem (Meryl Streep) de poderes paranormais. A saga se desenvolve até esta
família ser atingida pela revolução, que no início da década de 70 derrubou o
presidente Salvador Allende.
Baseado no livro homônimo da
escritora chilena Isabel Allende (sobrinha do ex-presidente do Chile, Salvador
Allende, assassinado pelo golpe de 73), o filme segue o estilo de épicos como
Doutor Jivago e O Leopardo. Talvez a pretensão em mostrar tão vasto painel em
pouco mais de duas horas de duração, tenha prejudicado o resultado final. Bille
August, premiado diretor dinamarquês (Pelle: O Conquistador, Oscar de 1989 e
Palma de Ouro em Cannes de 88), optou por uma direção linear e sem ousadias,
cuidando mais da caracterização das personagens do que da fidelidade ao texto
original (o romance apela bem mais para o realismo fantástico). Quando o filme
foi lançado no cinema, a produção possuía no total, uma projeção de 138minutos,
no qual se estendeu quando foi lançado em vhs e mais pra frente em DVD.
Crônica de uma Fuga
Sinopse: Buenos
Aires, 1977. Agentes secretos trabalhando para a ditadura militar sequestram
Claudio Tamburrini (Rodrigo de la Serna), goleiro de um time da segunda
divisão, e o levam para uma casa abandonada, onde funciona uma prisão
clandestina conhecida como Mansion Seré. Ali, Claudio enfrenta o inferno de
interrogatórios e torturas, sem saber exatamente porque foi detido. Conversando
com outros detentos ele descobre que foi delatado por um amigo, participante de
um grupo da luta armada, que firmou um pacto para entregar pessoas não
envolvidas e, assim, ganhar tempo para que os reais militantes pudessem escapar.
Em uma noite de tempestade, Claudio e três outros prisioneiros tentam fugir. Um
dos grandes filmes recentes sobre a ditadura militar na Argentina, dirigido
pelo mesmo diretor dePizza, Birra y Faso.
O longa-metragem foi dirigido por
Adrián Caetano e tem Rodrigo de La Serna, de O Diário de Motocicleta, em um dos
papéis principais. As locações transcorreram todas na capital argentina e o
resultado do trabalho foi considerado excelente - o filme participou da Mostra
Oficial do Festival de Cannes e competiu com outros diversos trabalhos muito
fortes.
O filme passa um testemunho
e capacidade da argentina de evocar seus anos de opressão com grande
competência e sem papas na língua. No caso, trata-se da adaptação de um livro
do próprio Tamburrini, no qual ele narra a sua jornada de dor, de ter sido
preso por engano como subversivo e ter passado muito tempo numa sinistra casa
de torturas nos arredores de Buenos Aires.
Mais informações e horários das
sessões, vocês conferem na pagina da sala clicando aqui.
Nos dias 15 e 16 de
agosto, estarei participando do curso SERGIO LEONE - ERA UMA VEZ O
SPAGHETTI WESTERN, criado pelo CENA UM e ministrado pelo
professor Rodrigo Carreiro. E enquanto os dois dias não vêm, por
aqui, estarei escrevendo um pouco sobre o que eu sei desse cineasta, que
deu novo status para o gênero do Western e que se sente isso até hoje.
TRILOGIA SOBRE
AMERICA
Era uma Vez no Oeste
Sinopse: Em virtude
das terras que possuía serem futuramente a rota da estrada de ferro, um pai e
todos os filhos são brutalmente assassinados por um matador profissional.
Entretanto, ninguém sabia que ele, viúvo há seis anos, tinha se casado com uma
prostituta de Nova Orleans, que passa ser a dona do local e recebe a proteção
de um hábil atirador, que tem contas a ajustar com o frio matador.
Um dos melhores, e
mais ambiciosos faroestes de todos os tempos, com o qual Sergio Leone realizou
o sonho de dirigir um dos mitos do gênero que era Henry Fonda e transformá-lo
num dos mais assustadores vilões da historia, o que acabou causando desconforto nos americanos que sempre viam
Fonda como mocinho. Todos no elenco (até mesmo Charles Bronson) estão ótimos em
seus respectivos papeis e a musica composta pelo mestre Ennio Morricone se
tornou clássica e entrou no imaginário dos fãs desse gênero.
Leia mais sobre Era
uma Vez no Oeste clicando aqui.
Quando Explode a
Vingança
Sinopse: Juan Miranda é um ladrão mau e desajeitado
que tem seu caminho cruzado por John Mallory, um terrorista fascinado por
explosivos. Juntos, sem querer ou não, eles entram de cabeça na Revolução
Mexicana de 1913.
Segunda parte da
ambiciosa trilogia de Leone sobre America. É um filme (literalmente) explosivo,
divertido e sarcástico, com personagens debochados, desfecho sanguinolento e
pano de fundo político. O bonito visual mostra a região de Almerica (Espanha). Assim
como Era uma vez no Oeste, Leone quebra as leis do tempo, fazendo com que a
longa duração do filme, passe a sensação de agilidade, graças ao fato, de ele
sempre criar uma espécie de pequena historia em meio à outra maior do que está
por vir. Bom exemplo disso é seqüência inicial, em que mostra a intolerância da
aristocracia, perante as pessoas humildes do México, mas que acabam se tornando
todos insignificantes quando eles batem de frente, com o que acreditavam serem
seres inferiores.
Tudo isso, nos
primeiros minutos de filme, onde tudo é feito de uma maneira minuciosa e muito
bem dirigida por Leone. Mas um dos melhores pontos do filme é sem sombra de duvida
a química perfeita de James Coburn e Rod Steiger, que nos brinda com momentos hilários,
numa amizade que vai crescendo gradualmente no decorrer da historia. O
personagem de Coburn, alias, tem toda a sua historia, muito bem contada através
de flashbacks, no qual a bela direção de cenas em câmera lenta criada por Leone,
com bela trilha sonora de Ennio
Morricone, fazem um belo casamento.
Era uma vez na
América
Sinopse: O filme é um conto
épico de um grupo de gângsters judeus na cidade de Nova York, na primeira
metade dos anos 1900, durante a sua infância até sua reunião posterior, nos
anos 1960.
A mais ambiciosa superprodução
criada por Leone, que fecha a trilogia sobre sua visão pessoal sobre a America,
e o ultimo filme, de sua curta, mas marcante carreira. O filme é uma verdadeira
saga, sobre a formação da máfia judaica na ilha de Manhattan, Nova York. Mais
precisamente sobre a amizade de jovens, que se viram como podem, em meio a bicos,
roubos e que os levam a um caminho sem volta de altos e baixos do mundo do
crime.
Na época do seu lançamento,
o filme tinha pouco mais de 139minutos de projeção, mas inesperadamente, houve
protesto, tanto da parte dos fãs do diretor e que gostaram do filme, como da critica
especializada que queriam ver mais dessa historia. Com isso, o filme foi
lançado em TV a acabo, numa versão maior de 192 e quando chegou em VHS, teve
uma versão muito mais entendida de 227 minutos e que acabou melhorando mais o
entendimento da historia.
A reconstituição de época é fantástica,
sendo algo similar, ou até mesmo melhor do que se viu em O Poderoso Chefão:
Parte II, e como sempre, Leone nos brinda com cenas magníficas (a do bolo é
minha favorita) e que novamente faz um belíssimo casamento com a trilha sonora
composta pelo mestre Ennio Morricone. De Niro e James Woods dão um show de
interpretação, muito embora pequenas participações roubem a cena, como na
pequena participação de Jennifer Connelly, que alias, foi seu papel de estréia no
cinema.
Um filme que encerra com
chave de ouro, uma curta, mas significativa filmografia de um grande cineasta.
Nos dias 15 e 16 de agosto, estarei participando do curso SERGIO LEONE - ERA UMA VEZ O SPAGHETTI WESTERN, criado pelo CENA UM e ministrado
pelo professor Rodrigo Carreiro. E enquanto os dois dias não vêm, por aqui,
estarei escrevendo um pouco sobre o que eu sei desse cineasta, que deu
novo status para o gênero do Western e que se sente isso até hoje.
Meu Nome
É Ninguém
Sinopse:De autoria da
grande lenda do faroeste Sergio Leone, chega um bangue-bangue de arrepiar! O
jovem e ambicioso pistoleiro conhecido como "Ninguém", está de olho
em seu ídolo, o Rei do Gatilho, conhecido como Jack Beauregard que já pensa em
se aposentar. Decidido a evitar que seu herói deixe o cano do revólver esfriar,
ele lhe prepara uma emboscada com os piores bandidos do Oeste, apenas para
vê-lo em ação pela última vez, o que resulta em um desfecho memorável, que se
tornou um dos finais mais famosos em comédias de ação!
Por estarmos
acostumados ao humor negro de seus clássicos filmes, é de se espantar ver
Sergio Leone dirigir um filme com um tom pastelão e cartunesco como este. Felizmente, o criador do “estranho sem nome”, nos
proporciona ótimas risadas, levando agente para um lado mais divertido do velho
oeste. Aliás, o gênero de humor, misturado com esse gênero, seria algo que apareceria
muito nos anos 70, sendo que na maioria deles, seriam estrelados por Terence
Hill e “Meu Nome é Ninguém” está entre
os melhores estrelados por esse cômico ator.
Embora nos créditos,
a direção fica a cargo de Tonino Valerii, da para perceber que o filme ficou
bem dividido entre ele e Leone, e acredito que Valerii tenha aprendido ao
máximo, a maneira que Leone filmava determinadas cenas. Muito embora, acredito
que os primeiros dez minutos de projeção foi todo feito por Leone, pois tudo
que se vê ali é algo muito similar no que agente já viu em suas obras
anteriores como Era uma vez no Oeste. Logo de cara, somos apresentados ao
prólogo de um dos pistoleiros mais rápidos do mundo: Jack Beauregard (Henry
Fonda), o qual mata três homens ao som de um único disparo, embalado pela conhecida
e bela trilha sonora orquestrada por Ennio Morricone.
Quando somos
apresentados a “ninguém”(Terence Hill), o tom muda radicalmente, como se fosse
outro filme e sintetizando todo o lado bem humorado que o personagem nos
proporcionaria no decorrer da trama. É neste momento, que fica claro a presença
de Tonino Valerii na direção, e no decorrer do filme, tanto ele como Leone
faria rodízios no decorrer das cenas. Normalmente essa forma de criar um filme
não daria certa, mas pelo visto, a relação de trabalho de ambos os cineastas
deve ter sido ótima, pois o filme nos proporciona momentos muito engraçados e antológicos.
A seqüência em que o personagem de Fonda confronta 150 homens a cavalo, com a ajuda
(ou não) de “ninguém” é magistral e muito bem orquestrada.
Enfim, cheio de referências, sem apego aos
clichês e com uma direção impecável.