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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Cine Especial: POLEMICA: SERBIAN FILM: TERROR SEM LIMITES

DEVIDO A CENSURA SEM SENTIDO, FILME GANHA BATE BOCA MAIS DO QUE DEVERIA
Sinopse:: Milos (Srdjan Todorovic) é um ator pornô que se afastou das câmeras para construir uma família. Enquanto passa graves dificuldades econômicas, lhe é oferecido um cachê exorbitante para atuar num filme de arte.
Nem vou me alongar sobre a vasta polemica que se alastrou sobre o fato desse filme ter sido censurado por aqui em nossos cinemas (mais informações no site cinema em cena clicando aqui). O que vou falar aqui é sobre as qualidades e os pontos negativos que esse filme possui e que deu o que falar. Para começar, o filme não faz uma apologia a pedofilia, e sim é uma espécie de uma grande denuncia que faz contra esse mundo obscuro e terrível que é do mundo da pornografia, mais precisamente os tais snuff movies onde contem estupros, espancamentos e até mesmo (a quem diga) mortes reais filmadas. Em seu primeiro filme, o diretor sérvio Srdjan Spasojevic não poupa nem o espectador e tão pouco o protagonista  (Srdjan Todorovic) ao adentrar neste território, que mesmo saindo vivo, ficara marcado pelo resto da vida, devido a momentos terríveis onde o diretor pornográfico da historia (Sergej Trifunovic) leva o protagonista a cometer atos terríveis e o drogando com altas doses para torná-lo um zumbi descontrolado por sexo. É nestes momentos que o ator Sergej Trifunovic rouba cena, pois ficamos perplexos em ver ele falar com a maior naturalidade que o que ele faz é arte e que deveria (pasmen) ser respeitada, em seqüências que beiram do chocante ao hilário, principalmente em tiradas que por mais absurdas que seja a situação, são de humor negro puro, como a frase que ele dispara em determinado momento da trama, “meu filme esta fugindo pela janela”.
Visualmente, Serbian film é bem interessante, devido aos seus cenários excêntricos dos tais atos, mais parecendo uma representação de um sonho que gradualmente vai se tornando em pesadelo na medida em que o filme começa a ficar cada vez mais e mais pesado, mas acredito que não havia uma forma de ser diferente. Se a intenção do diretor era fazer um retrato e uma espécie de denuncia contra esse horror do submundo dos snuff movies da Sérvia, então não poderia ser diferente. Muito embora aja partes que realmente chocam só por chocar, como a tão polemica cena de estupro de um recém nascido, que mesmo que todo mundo saiba que aquilo é um boneco eletrônico (visto recentemente no youtube) não há como não ficar desconcertado e enjoado, tanto na versão censurada (onde é mais sugestiva) como a sem cortes que chega ser horrível demais para ser vista. É ai que o diretor falha em seu filme denuncia, ao fazer cenas chocantes somente para chocar, principalmente no ato final em que o protagonista cai numa armadilha que custara sua sanidade, mas quando chega a esse momento, o espectador já tem uma base do que ira acontecer, devido ao fato de já termos tido uma dose de seqüências grotescas e com isso, a cena chave do filme se torna previsível e nada surpreendente se comparada a outros filmes que tocaram no mesmo tema como Old Boy que foi anos luz melhor em querer surpreender e chocar.
Entrando para o rol dos filmes polêmicos da historia do cinema, Serbian film poderia muito bem ter se tornado somente um pequeno filme cultuado pela sua produção de altos e baixos que não sabe ao certo se quer fazer refletir ou chocar em alguns momentos, mas que acabou ganhando boca a boca devido a políticos sem noção que poucos se prestaram a assistir ao filme e que acabaram proibindo-o  de ser exibido. Num mundo atual que tudo pode ser baixado pela internet, onde tudo que se torna proibido acaba sendo mais visto, eles acabaram criando um verdadeiro erro de calculo que tende a cada vez mais crescer e que espero que com o tempo minimize e se torne um caso isolado com o devido tempo. Pois não são eles que devem dizer se devemos ou não gostar ou assistir a um filme e sim somos nos que temos esse direito e não devemos perde-lo.

 
 
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Cine Dicas: Estréias no final de semana (19 08 11)

E ai amigos cinéfilos. Chegamos a mais um final de semana e novamente com inúmeras opções. Começando pelo filme Gretchen Filme Estrada que terá exibição especial no instituto NT em Porto Alegre com a presença da própria cineasta Eliane Brum que possivelmente fará parte de uma sessão de perguntas antes ou após da sessão. Estarei nessa sessão especial, portanto aguardem minha critica, já o filme terá somente exibição amanha e não a ainda uma data certa para exibição comercial no estado. Lanterna Verde chega finalmente as nossas salas depois de ter tido uma bilheteria morna em todo o Globo, resta saber o que a Warner pretende fazer, se é continuar com a franquia ou parar por ai, o que seria uma pena, já que o universo dos Lanternas Verdes é vasto e poderia gerar inúmeras historias, desde que contadas da forma correta no cinema. Premiado no festival de Veneza do ano passado, Balada do Amor e Odio é uma (junto com Gretchen) das melhores opções do cinema alternativo desse final de semana.


Confiram a lista completa das estréias.


GRETCHEN FILME ESTRADA
(sessão especial no Instituto NT, Porto Alegre)
Sinopse: Há 30 anos Gretchen rebola por muitos Brasis. Rebolou por oito copas do mundo, por quatro papados, com e sem inflação, antes e depois do divórcio, pré e pós utopias. Rebolou na ditadura, na morte de Tancredo Neves, na queda de Collor, no governo de Lula. Em 2008, Gretchen decidiu parar de rebolar. Candidatou-se à prefeitura da Ilha de Itamaracá (PE) pela coligação PPS-PV. Este documentário narra a última turnê e a primeira campanha política da rainha do rebolado.


A Alegria
Sinopse: Luíza (Tainá Medina) é uma garota de 16 anos que não aguenta mais ouvir falar sobre o fim do mundo. Em uma noite de Natal seu primo João é baleado em uma rua na Baixada Fluminense e, misteriosamente, desaparece na madrugada. Algumas semanas depois, quando Luíza está sozinha no apartamento onde vive com a mãe, ela recebe a visita de João como fantasma, pedindo para que possa se esconder ali.


Balada do Amor e do Ódio
Sinopse: Espanha, durante a Guerra Civil. Recrutado à força pela milícia, o Palhaço Branco mata com uma foice os soldados do exército nacional. Anos depois seu filho, Javier (Carlos Areces), resolve trabalhar como o Palhaço Triste em um circo. Lá ele conhece Sergio (Antonio de la Torre), outro palhaço, com quem irá disputar o amor da mais bela mulher do circo.


Lanterna Verde
Sinopse: Hal Jordan (Ryan Reynolds) é um audacioso piloto de aviões que foge de qualquer responsabilidade. É assim que mantém a amizade com Carol Ferris (Blake Lively), colega de infância e também piloto, que está prestes a assumir o comando da empresa do pai. Hal e Carol tiveram um caso no passado, que não seguiu em frente por causa dele. Um dia, a vida de Hal muda ao ser envolto em uma redoma verde e levado até um alienígena prestes a morrer, chamado Abin Sur (Temuera Morrison). O extraterrestre lhe entrega um estranho anel e diz que ele foi escolhido, além de alertar sobre as responsabilidades de possuí-lo. Ao usá-lo Hal torna-se o Lanterna Verde, tendo condições de moldar a luz verde da forma como sua imaginação permitir. É apenas o início da jornada do herói, que viaja até o planeta Oa para aprender a usar suas novas habilidades e tem como grande teste o temido Parallax.


Onde está a Felicidade?
Sinopse: Até onde onde você iria para ser feliz? Nessa deliciosa comédia, a chef de cozinha Teodora embarca em uma jornada de descobertas que farão dela uma nova mulher. Crises no amor e na vida profissional a levarão – junto com o amigo Zeca e a espanhola Milena – à percorrer o Caminho de Santiago de Compostela, cenário ideal para encontros, reencontros e aventuras.


Professora Sem Classe
Sinopse: Elizabeth Halsey (Cameron Diaz) trabalha como professora, mas não vê a hora de deixar a função. Seus planos vão por água abaixo quando seu noivo termina o relacionamento, acusando-a de gastar demais. Como resultado, ela é obrigada a voltar à escola em que trabalhava para um novo ano letivo. Elizabeth não está interessada em ensinar os alunos e pouco se importa com as tentativas de integrar os professores capitaneada pelo diretor Wally (John Michael Higgins) e a professora Amy (Lucy Punch). Ela sonha em encontrar um homem que a sustente e, para tanto, decide fazer uma operação para aumentar os seios, por acreditar que, desta forma, será mais atraente. Sem dinheiro, ela começa a dar pequenos golpes envolvendo alunos e professores, para que possa atingir sua meta.



Um Sonho de Amor
Sinopse: Milão, Itália. Mais de duas décadas atrás, Emma Recchi (Tilda Swinton) deixou a Rússia para seguir Tancredi (Pippo Delbono), que a pediu em casamento. Com o passar dos anos ela se torna mãe de três filhos, Edoardo (Flavio Parenti), Elisabetta (Alba Rohrwacher) e Gianluca (Mattia Zaccaro), e se acostuma à vida repleta de luxo mas com pouca paixão. Um dia, em meio à uma festa, ela conhece Antonio (Edoardo Gabbriellini), um cozinheiro que vai até a casa dos Recchi para entregar um bolo a Edoardo, a quem tinha acabado de vencer em uma competição. A partir de então Edoardo e Antonio se tornam bons amigos e alimentam o sonho de abrir um restaurante juntos. Emma tem contatos esporádicos com Antonio, a quem admira devido à sua dedicação à culinária. Até que, quando Emma visita a casa de Antonio na cidade de San Siro, eles iniciam um caso.


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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Cine Curiosidade: Franquia Blade Runner? Nem pensar


Foi anunciado agora a pouco, que ninguém menos que Ridley Scott, pretende fazer uma seqüência direta dos eventos vistos no clássico Blade Runner que ele havia dirigido. A pergunta que  paira na minha cabeça neste momento é....PORQUEEE? Quando o filme foi lançado em 1982 e se tornou um fracasso de bilheteria, tanto o cineasta como ator Harrison Ford, não queriam nem saber de ouvir falar sobre o filme. Daí veio o reconhecimento gradual na década de 80 (graças aos videos cassetes e as cinematecas da época) o filme, não se tornou somente um Cult, mas uma das melhores ficções cientifica do cinema.
De uns anos para cá, o culto foi crescendo mais e mais, tanto que foi lançado edições especiais com pelo menos quatro versões do filme (a uma, inédita por aqui com mais de três horas). Com dinheiro na caixa e tendo um grande clássico em mãos, era inevitável que surgisse na cabeça dos engravatados da Warner a idéia de gerar franquias da historia, principalmente pelo fato que 2019 (ano que se passa a trama) está chegando, e portanto não vão querer passar a data em branco.
Mas daí como seria uma seqüência? O personagem de Ford (Deckard) tentando fazer de todos os meios manter sua união com Raquel (Sean Young) em meio a duvida de quanto tempo ela irá viver? Seria explorado mais explicitamente o fato de Deckard ser um replicante? Outros personagens retornariam a vida? Qualquer uma dessas perguntas teria respostas que me fariam tremer nas bases, já que lá no fundo nenhuma delas quero ouvi-las. Qualquer tentativa de dar melhores explicações em uma seqüência,(enquanto no original era mais sugestivo), seria  uma  afronta a nossa inteligência, já que é ai que esta a graça de Blade Runner, fazer agente pensar em inúmeras teorias levantadas e nada dessa bobagem de ser tudo explicadinho, pois quanto mais se explica, mais pode poluir a trama de um filme.
É difícil também imaginar Blade Runner no mundo das franquias. Claro que todo o fã fanático pelo filme quer tudo sobre ele, mas Blade Runner possui uma trama com começo, meio e fim. Mas daí alguém me vem com a pergunta, mas aquele final com origami? Eram cinco ou quatro replicantes? Como eu disse acima, o filme vale para agente pensar em muitas teorias e criar inúmeros debates e foi por causa disso, e pela sua qualidade de produção única, que o filme ainda hoje é reverenciado. É claro que se Ridley Scott, tratar o assunto com a maior seriedade do mundo, podemos esperar um filme no mínimo interessante e que respeite a visão criada para aquela produção. Seria terrível por exemplo criar um visual futurístico diferente do criado em 1982, pois mesmo feito naquela época, ainda hoje não envelhece, tanto que é uma reprodução perfeita do que realmente acontece atualmente nas grandes metrópoles do mundo, mas ninguém via isso naquele tempo. Blade Runner foi o primeiro filme a mostrar a cara do mundo aglomerado e sujo de uma cidade grande poluída, mesmo com todos os recursos em mãos.
Dito isso, voltar ao mundo de Blade Runner é uma faca de dois rumes, é soco em ponta de faca, é o risco de fazer “mais do mesmo” assim como foi feito na seqüência de Tron.
Amo Blade Runner e prefiro pensar nele como um filme único e intocável (mesmo com as inúmeras versões), mas os engravatados são implacáveis e tudo que posso fazer é rezar.


Leia também: Finais de Blade Runner que ninguem viu (e ninguem irá ver)
 
 
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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Cine Curiosidade: Os bons momentos do curso Como Ver Um Filme


Ana Maria e eu com um olhar Blade Runner 

Se encerrou ontem o curso Como ver um filme, criado pelo Cena Um (produtora Cultural) comandado pelo Sr Jorge e administrado pela critica de cinema Ana Maria Bahiana. Durante dois dias, Ana levou os alunos e eu, a uma viajem prazerosa de como se faz passo a passo um filme e ao mesmo tempo uma lição para aqueles que forem escrever sobre o lado mais técnico de uma produção, seja uma super produção, seja um filme independente, ou seja, é sempre o mesmo processo, não importa o tamanho.
De uma forma bem humorada, Ana ficava passando trechos de filmes clássicos e contemporâneos na tela e ao mesmo tempo dissecando cada cena, comparação da cena já filmada com os storyboards, onde filmes como Onde Os Fracos Não têm Vez e Pássaros serviam como um belo exemplo. Sempre tive uma plena noção da parte técnica de um filme, mas é interessante ver inúmeros filmes representando cada parte desse esqueleto para se criar uma historia na tela. Bahiana também não se esqueceu do lado mais autoral dos diretores que sempre demonstraram o interesse de mostrar o lado mais imprevisível de um filme e ao mesmo tempo sua visão pessoal. Portanto, no final do curso ela passou o trecho clássico de todos os personagens cantando do filme Magnólia de Paul Thomas Anderson.
Curiosamente, antes do inicio da segunda aula de ontem, estava conversando com um senhor na entrada da sala, que é um verdadeiro fanático por filmes assim como eu. Durante a conversa, ele citou que um dos seus filmes favoritos é O Dia do Gafanhoto, dirigido pelo John Schlesinger (Perdidos na Noite). Por coincidência, a segunda aula começou com uma abertura de um filme de Schlesinger e se encerrou com a cena final do mesmo filme, onde o foco principal é uma auto-estrada. Infelizmente o titulo do filme estava em Inglês e não me lembro agora se esse filme está disponível por aqui, o que acabou  me chamando bastante atenção. Ou seja, mais uma caçada para mim e se vocês quiserem saber mais sobre a filmografia de Schlesinger procurem num ótimo site que eu conheço clicando aqui.
Após o encerramento do curso fui pegar o meu certificado, mas infelizmente, ainda não havia sido assinado. Porém foi uma bela desculpa para esperar Ana para, não só para ela assinar o meu certificado, como também tirar umas fotos de recordação como vocês viram neste post. Cortesia da minha nova amiga Graça Garcia que também fez questão de posar com a Ana.
Após o curso, Jorge distribuindo os certificados e eu começando a sentir falta da minha cama kkkkkkk 

Ana Maria assinando os ultimos certificados  

Minha amiga Graça também teve seu grande momento



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Cine Especial: BELA LUGOSI

A 55 ANOS, O MUNDO PERDIA UM DOS PRIMEIROS GRANDES DRÁCULAS DO CINEMA 
Sendo o mais jovem dos quatro filhos de um banqueiro, Bela Lugosi iniciou sua carreira nos palcos na Europa em várias peças, dentre elas as de William Shakespeare. Mas para o publico em geral, ele sempre será lembrado como eterno Drácula numa encenação da clássica história de vampiro de Bram Stoker.
Aos 11 anos, Lugosi fugiu de casa e abandonou a escola, fazendo trabalho duro em uma mineração. Na adolescência começou a atuar em pequenas companhias teatrais nas quais começou a chamar a atenção do publico. O caminho lhe guiou do teatro para o cinema mudo húngaro, atuando com o nome artístico de Arisztid Olt. Porém, teve que interromper seu início de atividades no cinema graças à Primeira Guerra Mundial. Há boatos de que ele tenha sido ferido três vezes, assim causando sua futura dependência em morfina para aliviar as dores que seguiram por sua vida inteira. Há também uma versão que diz que ele conseguiu ser liberado do serviço se passando por louco.
Ao ser liberado do serviço militar, teve uma vida conturbada. Fez cerca de 12 filmes, casou-se pela 1ª de cinco vezes e saiu da Hungria por conta das suas opiniões políticas. Ele se refugiou na Alemanha, mas passou pouco tempo no país e foi para o país onde conseguiu alcançar a fama: os Estados Unidos. Bela participou do teatro na comunidade húngaro-americana, e após algum tempo ganhou a oportunidade de interpretar Drácula numa adaptação teatral escrita por John Balderston.
Sua interpretação única e assustadora (com um sotaque húngaro forte) nesta peça foi que abriu as portas para seu estrelato no cinema. O diretor Tod Browing descobriu e o chamou para interpretar o vampiro em sua versão cinematográfica de Drácula, tendo se tornado o primeiro filme de horror sonoro. Atualmente, assistindo a esse filme, podemos fazer analise detalhada da transição do cinema mudo para o falado, já que naquele tempo, o cinema a recém estava começando a falar, e por conta disso, o filme é silencioso, mesmo com varias falas do personagem, mas não a trilha sonora e curiosamente (por falta de equipamento) algumas salas daquele tempo exibiram o filme numa versão muda. Drácula deu o estrelato a Lugosi, mas ao mesmo tempo o marcou como "um ator de um só papel". Curiosamente, Lugosi havia sido convidado para ser o monstro Frankenstein no clássico de 1931 (mesmo ano de Drácula), mas o ator achava que o personagem não era nenhum desafio e não lhe traria frutos. Com isso, Boris Karloff foi convidado para fazer a criatura no lugar de Lugosi e entrando para a historia. Devido a esse deslise por não acreditar no potencial do personagem de Mary Shelly, Lugosi por muito tempo (secretamente) se sentia arrependido por ter desistido tão facil do papel e a quem diga que com isso nasceu uma certa rivalidade entre ele e Karkoff, mesmo tendo ambos trabalhado juntos em alguns filmes.
Apesar disso, ele fez vários outros filmes de horror, como também de outros gêneros. Dentre os de horror, merecem destaque O Vampiro da Meia Noite. Porém, o ator não conseguiu estabilidade no cinema, e passou a partir de meados da década de 30 a atuar em filmes baratos. Ainda conseguiu papéis bons como em O Filho de Frankenstein, O Fantasma de Frankenstein, Gato Preto, etc... Porém, estereotipado como "Drácula", e seguindo o mesmo declínio do gênero na década de 40, no qual os monstros clássicos protagonizavam filmes em que se enfrentavam ou comédias, Bela ficou desempregado e nem mesmo sua (tardia) atuação pela primeira vez como a criatura de Frankenstein em Franknstein encontra o Homem Lobo acabou não ajudando muito 
Foi descoberto por Ed Wood, que gravou alguns filmes com Bela (inclusive Ed Wood arcou com vários custos de internação de Bela, consumido pelo vício em morfina).
O último filme de Bela Lugosi foi Plan 9 from Outer Space, de Ed Wood. Porém Bela filmou somente uma semana, falecendo no dia 16 de agosto de 1956. Bela foi sepultado com o traje de Drácula a pedido do seu filho e da sua quarta esposa, no cemitério de Holy Cross na cidade de Culver City, na Califórnia. Contrariando a crença popular, Lugosi nunca teria pedido para ser sepultado com o traje tendo deixado essa decisão ao filho e à esposa; Bela Lugosi, Jr. confirmaria em várias ocasiões que ele e a sua mãe teriam tomado a decisão.
O Horror perdia assim um de seus maiores ícones.
Mas Bela Lugosi continua vivo na memória dos fãs do gênero, tendo sido interpretado por Martin Landau, ganhador do Oscar por este papel, no filme "Ed Wood" de Tim Burton.
Martin Landau: Lugosi volta a vida


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terça-feira, 16 de agosto de 2011

Cine Dica: Em Cartaz: SUPER 8

HOMENAGENS E NOSTALGIA SE MESCLAM NESTE GENIAL FILME  
Sinopse: Super 8 se passa 1979 e acompanha um grupo de seis jovens que estão usando uma câmera Super 8 para fazer seu próprio filme de zumbis. Numa fatídica noite o projeto os leva para um solitário trecho de trilhos rurais onde um caminhão colide com uma locomotiva em sentido contrário e um descarrilamento enche a noite com uma chuva de fogo. Então alguma coisa emerge dos escombros algo decididamente desumano.
Dizem que a década de 80 foi uma das melhores décadas, principalmente para aqueles que cresceram assistindo a nostálgicas sessões da tarde (quando ela prestava) e passavam filmes juvenis que marcaram vários jovens como Goonies, Conta Comigo, De Volta para o futuro e filmes de mais quilates como ET, Tubarão e Contatos Imediatos de 3º Grau. O que todos eles tiveram em comum foi o fato que o nome de Steven Spielberg estava associado a eles, seja em direção ou produção, a sua marca deixou saudades e com isso, alguns daqueles jovens que assistiam aquelas sessões, cresceram e aprenderam com o diretor como se faz uma boa aventura do gênero fantástico e J. J. Abrams é um deles.
Vindo do sucesso do rejuvenescimento de Star Trek, Abrams demonstra total afinidade pelo gênero de ficção que o consagrou (começando pela série Lost) além de claro saber criar um bom clima de suspense através de algo que não se vê por completo (aulas com Tubarão), assim como demonstrou em Cloverfield (como produtor). Em Super 8, o primeiro ato é algo unico, vemos a apresentação dos personagens mirins, com seus problemas pessoais e seus desejos como cineastas (uma bela referencia de muitos diretores conhecidos atualmente que cresceram dessa maneira fazendo filmes caseiros do genero terror por exemplo) e que derrepente tem contato com essa situação fora do comum, começando por um acidente espetacular de um trem que desencadeia os eventos a seguir. Do inicio ao meio do filme, Abrams faz uma verdadeira homenagem aos filmes de Spielberg onde os elementos como do filme ET por exemplo estão empregnados a cada momento de cena. Curiosamente, é de se suspeitar se não existiu a possibilidade de Spielberg (ele é produtor do filme) ter dado uma de diretor em alguns momentos, ja que os angulos de camera conhecidos do diretor, como aproximação e afastamento com relação aos os personagens estão todos lá. Se não foi isso, foi uma verdadeira copia (no bom sentido) que Abrams fez, mas se alguém tinha duvida que o filme não teria o seu toque pessoal, eis que gradualmente no segundo ato, até o ato final, ele  vai mostrando seu toque genuino (para alguns, famigerados) das contraluzes, mesclado de forma gradual com as aparições cada vez mais freqüentes do monstro num estilo muito parecido com Cloverfield. Mas se naquele filme a criatura impressiona, aqui é um tanto que decepcionante vela na sua total totalidade, principalmente quando o diretor comete o erro de ter criado um olhar meio que meigo no ser quando era totalmente desnecessário, já que os seus atos na cidade foram muito bem compreendidos para aqueles que assistiam ao filme até aquele ponto, portanto, não precisava apelar. Fora esse porém, o filme é um deleite graças ao seu elenco jovem, ao começar por Joel Courtney como Joe Lamb com o seu olhar cheio de vida, mas ao mesmo tempo maduro para a sua idade e se tornando o verdadeiro centro da historia, principalmente ao ser apresentado seu passado triste já nos primeiros minutos da trama. Agora, a verdadeira chama de talento esta em Elle Fanning (irmã mais nova de Dakota Fanning) sendo que seus momentos em cena estão entre as melhores partes do filme, seja em momentos dramáticos, seja quando faz graça como uma zumbi que ela faz no pequeno filme que estão produzindo.
Com um final a lá ET, mas nada forçadamente, Super 8 talvez venha há se tornar com o tempo como o melhor exemplo de uma fase em que todas as pessoas viviam em nostalgia com relação aos anos 80, relembrando ou querendo que volte as melhores coisas daquele anos que era mais cheio de luz e colorido. Pelo menos, isso no cinema pode muito bem acontecer


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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Cine Especial: Como Ver Um Filme: Parte 5 (final)

Nos dias 15 e 16 de agosto, estarei participando do curso Como ver um filme, administrado pela critica de cinema Ana Maria Bahiana, no Cinebancários. Enquanto os dois dias não vêm, deixo a cada dia, um pouco sobre cada filme que será abordado durante o curso. Confiram:


SUPER 8
Sinopse: Um filme de J. J. Abrams produzido por Steven Spielberg. Super 8 se passa 1979 e acompanha um grupo de seis jovens que estão usando uma câmera Super 8 para fazer seu próprio filme de zumbis. Numa fatídica noite o projeto os leva para um solitário trecho de trilhos rurais onde um caminhão colide com uma locomotiva em sentido contrário e um descarrilamento enche a noite com uma chuva de fogo. Então alguma coisa emerge dos escombros algo decididamente desumano.


Cowboys e Aliens
Sinopse: Em 1873, no Arizona, um estranho (Daniel Craig) sem lembranças chega na desértica cidade de Absolution. A única referência ao seu passado é um misterioso grilhão em um dos seus pulsos. O que ele descobre é que a população de Absolution não gosta de forasteiros, e ninguém na cidade se move sem a permissão do intransigente Coronel Dolarhyde (Harrison Ford). É uma cidade que vive com medo.
Mas Absolution está prestes a experimentar um medo que mal compreende, quando a cidade é atacada por saqueadores do espaço. Avançando com luzes cegantes e abduzindo incautos com velocidade insana, esses monstros desafiam tudo o que os residentes conhecem.
Agora, o estranho que eles rejeitaram é a única esperança de salvação. Esse pistoleiro aos poucos rememora quem é e onde esteve, e percebe que detém um segredo que pode dar à cidade uma chance contra a força alienígena. Com a ajuda da esquiva viajante Ella (Olivia Wilde), ele reúne um grupo de antigos oponentes - cidadãos, foras-da-lei, apaches, Dolarhyde e seus capangas - para evitar a aniquilação. Unidos contra o inimigo comum, eles se preparam para um confronto épico por sobrevivência.
O QUE EU ACHO? Duas grandes surpresas que irão fazer parte da lista de analise do curso Como ver um filme administrado pela critica de cinema Ana Maria Bahiana que começa hoje em Porto Alegre. O primeiro já assisti neste final de semana (aguardem minha critica amanhã) e adianto que o filme é mais do que uma homenagem que J.J. Abrams faz a Steven Spielberg e ao mundo fantasioso do cinema dos anos 80, como também uma homenagem aos aficionados pelo cinema que desde cedo começaram a fazer filmes caseiros prestando homenagens aos filmes B que assistiam na TV.
Cowboys e Aliens pouco posso dizer pois nem sequer estreou ainda para cá, mas o filme recebeu péssimas criticas lá fora (e por aqui) e esta tendo uma bilheteria desastrosa. Resta saber se o filme é realmente uma bomba ou simplesmente mal interpretado pela maioria. Isso só eu saberei no curso hoje ou amanha.