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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 27 de julho de 2021

Cine Especial: 'O Violinista que Veio do Mar' (2004)

Sinopse: Após uma tempestade, um misterioso rapaz polonês aparece na praia em frente à casa de duas irmãs solteironas. Elas cuidam de seu tornozelo quebrado e descobrem que se trata de um ótimo violinista. Inevitavelmente se apaixonam e começam a disputá-lo. 

São tanto longas metragens que são lançados anos após anos que alguns passam desapercebidos aos nossos olhos. Em alguns casos, por exemplo, se percebe que tal filme não recebeu a sua merecida atenção, talvez por má divulgação ou simplesmente por ter estreado em época errada. "O Violinista que Veio do Mar" (2004) é um desses casos sobre filmes que passa distante dos nossos olhos, mas que vale uma conferida através da curiosidade e que logo nos conquistar facilmente.  

Dirigido pelo veterano ator Charles Dance, o filme é baseado no conto do consagrado escritor William Locke, onde a trama se passa em 1936. As idosas, irmãs Janet (Maggie Smith) e Ursula (Judi Dench), vivem em uma velha casa na pequena vila em Cornwall, no sudoeste da Inglaterra. Após uma tempestade violenta perto da praia, elas encontram um jovem ferido chamado Andrea (Daniel Brühl) – provavelmente sobrevivente de um naufrágio - levam-no para sua casa e cuidam para que se recupere. Descobrem que ele não fala nenhuma palavra em inglês, mas é um talentoso violinista polonês que queria emigrar para os Estados Unidos. As duas irmãs se enamoram dele, o que conduz a uma rivalidade de quase possessiva tutela. Ele lembra Janet do amor que ela perdeu, quando o marido foi morto na I Guerra Mundial, e desperta em Ursula sentimentos românticos que ela nunca tinha sentido.  

A relação, seja ela de amizade ou amorosa, de pessoas com idades diferentes não é novidade dentro da história do cinema, sendo que muitos casos isso é sempre retratado de forma delicada, pois nem todos enxergam esse quadro com bons olhos. No caso desse filme, logo se percebe que o jovem desperta algo em ambas as irmãs, principalmente em Ursula, cuja as lembranças douradas de um passado distante vem à tona, mas cuja as adversidades do mundo real lhe tiraram tudo e somente restante a companhia de sua irmã. Com a presença de Andrea se abre uma nova janela para as suas vidas, assim como também para os demais do vilarejo que começam a ter bastante curiosidade com o novo visitante.  

Tecnicamente o filme é suave em sua fotografia, mas ao mesmo tempo possuindo uma ótima edição de arte e reconstituindo uma época em que o mundo não sabia ao certo por onde ir, principalmente após o encerramento de uma guerra e o começo de uma outra. Embora aja uma desconfiança sobre a real origem do rapaz, os conflitos entre países e posições políticas ficam em segundo plano, já que arte da música ganha um maior espaço. Falando nela, para os amantes violinistas o filme é um prato cheio, principalmente para aqueles que ainda admiram uma música clássica em todos os sentidos.  

Em termos de atuação é preciso tirar o chapéu para as duas veteranas em cena. Tanto Judi Dench como Maggie Smith estão ótimas em seus respectivos papeis, sendo que a primeira consegue passar em seu olhar os desejos nunca antes conquistados e vendo em Andrea a chance de, enfim, conseguir senti-los mesmo que parcialmente. Embora seja um ótimo interprete, Daniel Brühl economiza na atuação para a construção de seu Andrea, muito embora os seus momentos em que ele toca o violino impressiona em diversas formas. O ato final pode até ser previsível para alguns, mas não deixa de ser emocionante ao vermos os principais personagens da trama alcançando um cenário incomum fora do seu cotidiano e aproveitando, enfim, um momento único em que somente a arte da música pode proporcionar.  

"O Violinista que Veio do Mar" é uma pequena joia a ser descoberta, ao nos revelar o nascimento do amor de diversas formas e cuja a arte da música se torna o coração pulsante da obra.  

Onde Assistir: Youtube 

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