Sinopse: Após roubar o roubar o tesserato dos Vingadores, Loki se vê em uma aventura de viagens no tempo, realidade alternativas e que pode provocar a extinção da linha natural da história.
Uma coisa que se deve reconhecer é que muitos dos personagens da editora Marvel que foram levados para as telas acabaram sendo muito melhor aproveitados do que nas HQ. Homem de Ferro, por exemplo, ganhou uma personalidade contagiante e que se difere muito de sua contraparte e isso, logicamente, se deve muito a Robert Downey Jr. Se isso ocorreu com o vingador dourado o mesmo aconteceu com Loki.
Vilão megalomaníaco das HQ, Loki sempre foi o principal rival de Thor, mas até onde eu me lembro ele nunca ganhou uma trama que melhor aprofundasse a sua pessoa. Porém, para o cinema, o personagem ganhou novas camadas de conteúdo e isso graças à atuação de Tom Hiddleston e fazendo de Loki um dos personagens mais queridos pelo público. Por conta disso, eis que o personagem ganha a sua própria série intitulada "Loki" (2021) e que nos brinda com diversas possibilidades futuras para o universo do MCU.
A série é um spin-off que segue os passos de Loki (Tom Hiddleston), mais conhecido como Deus da Trapaça, que conseguiu roubar o tesserato dos Vingadores durante a missão de recuperar as Joias do Infinito em "Vingadores - Ultimato" (2019). Com o poder da gema do espaço, o Asgardiano começa a pular no tempo com a intenção de chegar a Midgard. Ao longo de sua jornada, ele acaba interferindo em momentos importantes da história da humanidade – seja para cumprir seus próprios objetivos, seja para se divertir um pouco. O que ele não sabe é que sua intervenção pode gerar uma catástrofe nas linhas do tempo e, assim, colocar em risco todo o universo.
Sendo morto tragicamente pelas mãos de Thanos em "Vingadores -Guerra Infinita" (2018), Loki ganhou uma nova chance no filme seguinte, mas em uma realidade alternativa e desencadeando uma nova linha temporal capaz de influenciar as outras. O charme da série está no fato de não seguir regras, já que o novo cenário em que Loki se encontra, um local em que um grupo de agentes cuida da linha do tempo do universo, acaba se tornando um material farto de inúmeras ideias a serem aproveitadas. Por conta disso, há diversos Lokis que vão surgindo na história, com direito até mesmo uma versão feminina e interpretada com intensidade pela atriz Sophia Di Martino.
Tecnicamente a série é um colírio para os olhos e que o cinéfilo precisa ficar bastante atento, pois visualmente a produção presta homenagem a diversos clássicos da ficção, tanto "Brazil - O Filme" (1985) como o cultuado "Blade Runner" (1982). Curiosamente, a história dá espaço a bastante diálogos, ao ponto de até mesmo esquecermos que estamos diante de uma produção da Marvel e isso é muito bem representado pelo agente Mobius e que é interpretado pelo ator Owen Wison.
Alias, é preciso reconhecer que Owen Wison rouba a série para si em alguns momentos e até mesmo ofuscando atuação de Tom Hiddleston. Astro de filmes como "Marley e Eu" (2008), o ator foi construindo uma carreira sólida em filmes autorais orquestrados, tanto pelo cineasta Woody Allen, como também pelo cineasta Wes Anderson. Aqui, ele está mais do que a vontade como um agente tagarela, que levanta inúmeras teorias sobre Loki e criando uma dualidade entre esse último de uma forma contagiante.
Os últimos capítulos acabam se tornando cruciais, principalmente pelo fato de a história manter inúmeras pontas soltas que que serão, ou não, respondidas em uma segunda temporada ou nos filmes seguintes do estúdio. Embora curta, a série diverte, surpreende e provando que o estúdio não está se limitando a somente a sua fórmula de sucesso da qual a fez chegar até aqui. "Loki" é mais um passo à frente em que estúdio Marvel dá em termos de criatividade e lançando diversas novas possibilidades futuramente.
Onde Assistir: Disney+
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