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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 9 de julho de 2021

Cine Dica: Próximo Cine Debate: 'ETHEL & ERNEST' (2016)


'ETHEL & ERNEST'

Sinopse: O amor de um casal floresce e perdura em meio a intensas mudanças sociais no século 20. Um amor, 40 anos, e sempre uma xícara de chá. 

Dizem que a maior história de todos os tempos é na realidade a nossa própria vida pessoal. Cada um tem a sua história para contar, seja ela de maior ou menor grau e que cada uma tem uma lição para nos passar. "Ethel & Ernest" (2016) é um belíssimo conto sobre a vida comum de um casal, mas dos quais testemunharam de perto os diversos momentos históricos da história do seu país e do mundo.

Dirigido por Roger Mainwood, e inspirado na obra do lustrador Raymond Briggs, a trama começa em 1928, onde o leiteiro Ernest Briggs corteja e se casa com a camareira Ethel. O filho deles, Raymond, nasce em 1934. Quando a Segunda Guerra Mundial se inicia, o filho vai para a casa das tias e Ernest vê a carnificina da guerra. Quando a hostilidade termina, eles celebram o retorno de Raymond e o nascimento de um Estado de bem-estar, apesar de Ethel desconfiar do socialismo e do progresso em geral. Ela fica preocupada quando o filho progride e se casa com uma jovem esquizofrênica, Jean.

Isso é a apenas um resumo da trama como um todo, mas do qual tem muito mais a oferecer do que nós imaginamos. Conhecemos como o casal central se conheceram, se apaixonaram e, aos poucos, construindo as suas vidas juntas. Tudo moldado de uma forma singela, delicada, como se intenção fosse respeitar a memória do casal ao longo de sua história.

Claro que, talvez, algumas passagens tenham sido suavizadas, mas o filme respeita a sua fonte original, que da qual foi criada pelo filho do casal central. Ao meu ver, o ilustrador criou a trama da maneira como ele queria se lembrar dos seus pais, sendo que as boas lembranças são as que sempre serão melhor lembradas. Porém, o filme não esconde os duros momentos que o casal central passou, desde o começo da Segunda Guerra Mundial, como também o fato de a guerra ter atingido Londres em vários momentos da história.

Tecnicamente o filme é um colírio para os olhos, sendo que o desenho tradicional se alinha com as principais técnicas atuais de animação, mas nos passando a sensação de que tudo foi feito a mão como se fazia uma animação de antigamente. Isso se alinha com a proposta principal da obra, ao vermos o casal central da trama testemunhar os ventos da mudança, desde aos temas políticos de diversos pontos da história, como também adquirir um telefone ou adquirir a sua primeira tv em casa. Um contraste se formos comparar a nossa realidade atual, mas da qual a sua simplicidade nos seduz ao testemunharmos tempos mais simples e dourados.

Em sua reta final, nós desejamos que o filme não acabe, não só pelo fato de amarmos a história, como também pelo fato que já temos uma ideia de como ela irá se encerrar. Para o bem ou para o mal, é um filme que a gente se identifica, principalmente por já termos testemunhados passagens da vida parecidas das quais foram vistas na história, sejam elas boas ou ruins. No final das contas, tudo começa através de uma semente e da qual brota vários frutos para serem degustados ao longo do tempo.

"Ethel & Ernest" é uma declaração de amor sobre a vida real de um casal simples da cidade de Londres, mas cuja as suas vidas não eram muito diferentes das nossas e fazendo a gente desejar revisitar a obra. 

Onde Assistir: Netflix

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Um comentário:

Emília disse...

Marcelo, gostei de sua análise, pois para mim é uma bela animação que retrata a vida simples de um casal. Dá uma alento assistí-lo.