Sinopse:Cinebiografia conta a história
dos últimos dias de vida do rei da França Luís XIV. Nos anos 1700, sua saúde
fica debilitada quando começa a sentir dores na perna. A partir daí tudo vai
piorando, sofrendo com febre e obrigado a ficar numa cama.
O significado dos
símbolos é bastante notório quando eles são usados de uma maneira organizada,
ou seja, quando o realizador cria um feito com total consciência de sua criação
e obtendo então o reconhecimento dos seus esforços. Os filmes de Albert Serra (Honra dos Cavaleiros)
são mais ou menos construídos através de símbolos carregados de significados e
isso é sintetizado ao máximo em seu mais novo filme A Morte de Luís XIV.
Em primeiro lugar, é preciso entender os seus motivos e direcionar as nossas atenções ao protagonista que, de uma maneira histórica, consegue transmitir uma intensidade absurda em sua quase duas horas de projeção. Com roteiro de sua própria autoria, Albert Serra não somente explora a encruzilhada sofrida do enfermo protagonista, como também passa a sensação de que seu próprio país se encontra em agonia e em plena alienação sem precedentes, pois só assim para explicar o fato do rei ser observado ao realizar seu desjejum e aplaudido por completá-lo, não por haver maestria no ato, mas por quem desempenhava.
Nesse Sentido, a referencia sobre o Rei Sol faz então todo o sentido nas mãos do diretor, pois ele consegue criar uma energia poderosa em todas as cenas, mesmo com a imagem pálida de Luis XIV(Jean-Pierre Léaud em uma atuação espetacular) e de todos ao seu redor que vivem nas sombras e criando a sensação de pinturas em movimento saindo dos quadros, como se quisessem prestigiar os últimos momentos do todo poderoso. Esse pensamento é ainda mais revelador na representação do lado frágil do ser humano, sendo incapaz de derrotar o inevitável e deixando somente as suas ações para a posteridade. O tempo de duração da obra é o que torna o filme ainda mais especial, pois de uma forma gradual, ele nos apresenta a construção de uma atmosfera mórbida, mas ao mesmo tempo cômica, pois só assim para explicar a incompetência dos súditos do rei perante uma situação da qual pudesse ter sido evitada.
Em primeiro lugar, é preciso entender os seus motivos e direcionar as nossas atenções ao protagonista que, de uma maneira histórica, consegue transmitir uma intensidade absurda em sua quase duas horas de projeção. Com roteiro de sua própria autoria, Albert Serra não somente explora a encruzilhada sofrida do enfermo protagonista, como também passa a sensação de que seu próprio país se encontra em agonia e em plena alienação sem precedentes, pois só assim para explicar o fato do rei ser observado ao realizar seu desjejum e aplaudido por completá-lo, não por haver maestria no ato, mas por quem desempenhava.
Nesse Sentido, a referencia sobre o Rei Sol faz então todo o sentido nas mãos do diretor, pois ele consegue criar uma energia poderosa em todas as cenas, mesmo com a imagem pálida de Luis XIV(Jean-Pierre Léaud em uma atuação espetacular) e de todos ao seu redor que vivem nas sombras e criando a sensação de pinturas em movimento saindo dos quadros, como se quisessem prestigiar os últimos momentos do todo poderoso. Esse pensamento é ainda mais revelador na representação do lado frágil do ser humano, sendo incapaz de derrotar o inevitável e deixando somente as suas ações para a posteridade. O tempo de duração da obra é o que torna o filme ainda mais especial, pois de uma forma gradual, ele nos apresenta a construção de uma atmosfera mórbida, mas ao mesmo tempo cômica, pois só assim para explicar a incompetência dos súditos do rei perante uma situação da qual pudesse ter sido evitada.
Não há como negar
que, ao ver os súditos presos em suas crendices, encontramos ali uma referencia
até mesmo da sociedade contemporânea que, mesmo em pleno século 21, muitos
ainda possuem uma mentalidade não muito diferente do que é vista nesse retrato
dos anos de 1700. Por apresentar poucos personagens em tão poucos cenários
vistos na projeção, temos a ligeira sensação de estarmos assistindo uma espécie
de peça de teatro, mas ao mesmo tempo criando a sensação de maior angustia
principalmente na cena (a melhor do filme) em que o protagonista nos encara por
mais de um minuto e passando para nós toda a sua dor. Essa cena, aliás, é uma síntese
do homem no seu derradeiro momento, do qual se dá conta que nada poderá fazer,
mas sim aguardar o inevitável. Um momento pesado e do qual nos faz a gente se
dar conta que somos meros mortais perante o desconhecido que nos aguarda.
A Morte de Luis XIV não é uma obra que irá
agradar a todos, pois o filme é uma pesada analise sobre os significados da
morte e de como somos impotentes perante a sua sombra a espreita.
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