A maior superprodução
cinematográfica da história terá exibição hoje e única no BarraShoppingSul às 19h30min.
Sinopse: Narra a
complicada vida de Scarlet O’Hara (Vivien Leigh), seus amores e desilusões em
um período que tem a Guerra Civil Americana como pano de fundo. Clark Gable é
Rett Butler, um vivido aventureiro que passa pela vida de Scartlet, em uma
relação de amor e ódio marcada por conflitos já clássicos e cenas inesquecíveis
de amor. Praticamente o inventor das telenovelas, devido aos conflitos
constantes de emoções manifestadas e o romance como tema – não necessariamente
por uma outra pessoa, e sim por uma causa, lugar ou qualquer outra coisa que se
refira sentimentalmente ao personagem.
Assim como um oleiro dá pouco a pouco a forma a uma peça
de barro, a produção de um filme pode atravessar algumas dificuldades e
contratempos até passar por todos os processos necessários para que o possamos
ver no cinema. O produtor David O. Selznick apressou-se a adquirir os direitos
de adaptação cinematográfica de Gone With the Wind – romance de estreia de
Margaret Mitchell sobre a guerra civil americana, pagando uma avultada quantia
pela obra de uma escritora então desconhecida. Pretendia levar a cabo uma
produção de luxo, ou não fosse ele uma das figuras proeminentes da “fábrica de
sonhos" de Hollywood. A produção foi bastante atribulada, desde a escolha
dos atores ao realizador. Quando Victor Fleming (O Mágico de Oz – 1939 e
Joana D’Arc -1948) foi contratado já algumas cenas importantes já tinham sido
gravadas por George Cukor, o segundo realizador contratado por Selznick.
Ele próprio e o desenhista
da produção Willian Cameron Menzies dirigiram algumas sequências. Uma e epopeia romântica
com personagens fortes, elenco escolhido
a dedo e produção impecável, o melhor exemplo de filme de produtor (Zelnick
comandou o filme de ponta a ponta, até a montagem final). Oscar de melhor
filme, direção, atriz (Vivien), atriz coadjuvante (Hatie), roteiro, fotografia,
montagem, direção de arte, além de um especial para Menzies pela criação da cor
para o filme. A atriz inglesa Vivien Lee recém chegada a Hollywood ganhou o papel principal após disputar com inúmeras atrizes
de sucesso na época como Bette Davis, sendo está a mais cotada. Inesquecível e
extraordinária trilha sonora.
É bastante difícil tentar resumir uma história
por vezes tão exaustivamente retratada durante os mais de 220 minutos de
duração do filme, as palavras não bastam e o melhor é mesmo vê-lo. A duração
parecerá excessiva para muitos, no entanto pensem que a primeira versão do
argumento de Sidney Howard daria para cinco horas e meia de filme! Existem
muitos aspectos interessantes como, por exemplo, o modo como a câmara se afasta
de Scarlett quando esta cuida dos feridos no hospital e o ecrã enche-se com os
uniformes cinzentos dos soldados, Atlanta a arder enquanto Rhett ajuda Scarlett
a fugir, a famosa cena em que Scarlett agarra um pouco da terra vermelha e
perante um céu cor de fogo (acompanhada pela música de Max Steiner) jura a si
mesma nunca mais sentir fome e fazer de tudo para manter tara e o uso da Technicolor
(nomeadamente a partir dos anos 30) que magicamente aumenta com o brilho da cor
o encanto de um filme que perdura até aos dias de hoje e ainda nenhum dos
grandes realizadores da nossa época se “atreveu” a fazer um remake desta
história de amor numa civilização "levada pelo vento".
Curiosidades:
Foi o 1º filme a
cores a ganhar o Oscar de Melhor Filme.
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