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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Cine Especial: D. W. Griffith: A criação do cinema narrativo: Parte 1



Nos dias 03 e 04 de setembro na Cinemateca Capitólio, eu estarei participando do curso D. W. Griffith: A criação do cinema narrativo, criado pelo Cine Um e ministrado pelo crítico de cinema  Pedro Henrique Gomes. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui eu irei postar as minhas analises pessoais de cada obra que eu vi desse cineasta, sendo ele responsável pelas primeiras grandes produções da história do cinema.    

 

O Nascimento de uma Nação (1914)



Sinopse: Dois irmãos da família Stoneman visitam os Cameron em Piedmont, Carolina do Sul. Esta amizade é afetada com a Guerra Civil, pois os Cameron se alistam no exército Confederado enquanto os Stoneman se unem às forças da União. São retratadas as conseqüências da guerra na vida destas duas famílias e as conexões com os principiais acontecimentos históricos, como o crescimento da Guerra da Secessão, o assassinato de Lincoln e o nascimento da Ku Klux Klan.


Na época de seu lançamento foi considerado uma das maiores superproduções de todos os tempos, o primeiro a passar a marca de 100 minutos e sendo o primeiro longa metragem a ter realmente uma história. Apesar de toda sua importância histórica, porém, o filme não escapou (e com razão) do seu conteúdo racista onde os personagens negros eram um dos grandes vilões da trama e, para piorar, todos eram retratados na verdade por brancos, pitados com tinta negra, algo que hoje simplesmente não seria aceito de forma alguma.
Baseado na peça de Tomas Dixon, a trama coloca a tão polêmica organização Ku Klus Klan como responsável pela restauração da política e pelo estilo de vida do Sul após a derrota na guerra. Polêmicas a parte, a trama possui momentos marcantes como as sequências de batalha e a cena do assassinato de Abraham Lincoln.
Por muito tempo o filme ficava sempre entre os 100 maiores obras primas de todos os tempos, mas em um mundo politicamente correto de hoje, isso não ocorre mais com certa frequência. Mesmo com todo o seu conteúdo histórico, o filme deve ser mais apreciado pelos cinéfilos de mente aberta que souberem aceitar mentalidade racista e estúpida da época.

 Curiosidade: O Nascimento de uma Nação foi banido em várias cidades importantes dos Estados Unidos, como Los Angeles.



INTOLERÂNCIA (1916)



Sinopse: A intolerância vista e analisada em quatro diferentes estágios da História: na Babilônia, onde uma garota vê-se entre o ódio religioso, levando uma cidade à ruína; na Judéia, onde os hipócritas condenam Jesus Cristo; na Paris de 1572, no Massacre da Noite de São Bartolomeu; e, finalmente, na América, onde reformadores acabam com a vida de um jovem casal.


Esses episódios não são apresentados em série. Em vez disso, o diretor D. W. Griffith corta de um para outro e, muitas vezes, intercala sequências plano a plano dentro dos próprios episódios, para criar suspense. Essa estrutura revolucionária se mostrou complexa demais para a maior parte do público da época, que também pode ter sido desencorajado pela duração do filme (quase três horas). É possível que Griffith tenha investido até dois milhões de dólares no projeto (valor astronômico em 1916), porém o filme nunca chegou perto de recuperar seus custos, nem mesmo depois de remontado e  lançado como dois filmes separados.
Não houve economia nas recriações históricas. Os enormes cenários para a história babilônica, que permaneceriam um marco em Hollywood por anos a fio, contaram com três mil figurantes. Esses números de produção foram rivalizados pelos figurinos suntuosos e elaboradas sequências de multidão no episódio francês. 
Intolerância é um monumento ao talento de Griffith como roteirista, diretor, criador de planos e montador - uma obra-prima única, que nunca foi igualada em termos de magnitude e dimensão. feito para persuadir, este filme exerceu mais influência sobre o cinema revolucionário soviético de Sergei Eisenstein, entre outros, do que sobre os contemporâneos americanos de Griffith.



Corações da Humanidade (1918)



Sinopse: Durante a Primeira Guerra Mundial, duas irmãs francesas veem a aldeia onde moram ser invadida e tentam resistir


D.W.Griffith de certa forma respondia às acusações de racismo e belicismo (por O Nascimento de uma Nação) com esse filme ambientado durante a Primeira Guerra Mundial. As filmagens ocorreram na Grã-Bretanha e perto da frente Ocidental, feito a pedido do governo britânico para mudar a mentalidade neutra do público estadunidense. A ação se passava na França, onde duas irmãs viam a sua aldeia ser invadida. A favorita de Griffith, Lilian Gish, estava no elenco.

Visto hoje, percebe que o cineasta usou algumas imagens de arquivo sobre a Primeira Grande Guerra e intercalando elas com cenas que ele realmente filmou. Embora seja uma grande super produção para época, é um filme que não possui a mesma coragem dos seus filmes anteriores, mas não significa que seja dispensável para aqueles que forem estudar mais minuciosamente o cineasta.  

Informações e inscrições para o curso cliquem aqui.


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2 comentários:

CONDE disse...

Infelizmente tenho de confessar que nunca assisti nada desse diretor.Vergonhoso. Belo resumo crítico de suas obras. Parabéns

Marcelo Castro Moraes disse...

Não se envergonhe Conde, pois eu também não assisti quase nada do diretor, sendo que agora preciso correr contra o tempo antes da minha participação no curso. Acompanhe o meu blog e aguarde novas matérias.