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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Cine Especial: CRÍTICA DE CINEMA: FINAL



Nos dias 21, 28 (hoje) e 4 de agosto. Estarei participando do Curso Critica de Cinema, criado pelo Cena Um e ministrado pelo critico de cinema Marcus Mello. Como dever de casa, os participantes tiveram a missão de assistir aos filmes Má Educação, Mulholland Drive e Bendito Fruto. Abaixo, segue minha sobre o terceiro filme Bendito Fruto (2004) dirigido por Sérgio Goldenberg.  

BENDITO FRUTO


Sinopse: Durante os 9 meses de duração da novela "Primeiro Amor" Maria (Zezeh Barbosa), Edgar (Otávio Augusto), Virgínia (Vera Holtz), Telma (Lúcia Alves), Choquita (Camila Pitanga) convivem juntos. O ponto de encontro é o pequeno salão de cabelereiro de Edgar, localizado em Botafogo, no Rio de Janeiro, por onde todos passam. Neste período Maria, que é amante de Edgar, tem sua vida transformada para sempre. Virgína, amiga de infância de Edgar, sofre um acidente com uma tampa de bueiro. Anderson (Evandro Machado), filho de Maria, volta da Europa com uma novidade: Marcelo Monte (Eduardo Moscovis), seu namorado, que é também o galã da nova novela das oito.

O humor que gira em torno de Bendito Fruto não pode ser considerado uma comédia espalhafatosa e muito menos um humor negro. O filme possui uma carga dramática, que corresponde a citações referentes à violência do Rio de Janeiro, o adultério e os desafetos entre pais e filhos. Entre os principais atrativos do roteiro deste filme de Sérgio Goldenberg são as histórias entre os principais núcleos que grudam uma cena à outra a fim de que todos os diferentes acontecimentos se interliguem em algum momento da narrativa.
Edgar é um dono de um salão de cabeleireiros que tem um caso com Maria, que era filha da empregada da casa de seus pais. Quando aparece Virgínia, uma antiga amiga de colégio, depois de ter a cabeça atingida pela tampa de um buero no meio da rua, Edgar esconde da amiga que tem um caso com Maria, ao mesmo tempo em que ela informa que o filho que ela tem com ele está voltando de uma temporada na Europa. Para a surpresa de  Maria, Anderson é homossexual e tem um caso com um famoso galã de novela, o ator Marcelo Monte.
É em meio a esse tumulto de acontecimentos que Edgar e Maria são obrigados a passar para poderem voltar a ter a vida que eles costumavam ter antes. A direção de Sérgio Goldenberg é precisa, mesmo escorregando em alguns estereótipos que poderiam ter sido evitados. Ele soube, porém, comandar o elenco com atitude o suficiente para transpor às telas o talento que os atores consagrados da televisão brasileira, como Otávio Augusto, Vera Holtz e Camila Pitanga já possuíam.
Ele e a roteirista Rosane Lima montaram uma história recheada de situações humanas e que facilmente o cinéfilo se identifica.O problema esta no fato de às vezes a narrativa ficar bem parecida com o script de uma novela, mas que não compromete muito o resultado final. O adultério, problemas sociais e a violência não poderiam ficar de fora de uma história que tem como cenário o bairro de Botafogo no Rio de Janeiro.
O filme não possui piadas, mas mesmo assim tem o seu charme de comédia dramática e que é ponto ao seu favor. Na verdade o filme vale mais pelo elenco, que é o grande trunfo da mídia brasileira e isso inclui não só a televisão, como também o cinema Otávio Augusto está bem, sem grandes brilhos, mas sabe pelo menos o que fazer na tela nas melhores e mais difíceis cenas. Zezeh Barbosa fez o que podia fazer para ter o mínimo de competência em suas cenas, e o conseguiu, mas quem se destaca mesmo é a ótima atriz Vera Holtz, que é capaz de fazer qualquer papel com sabedoria, e a ainda jovem aspirante a atriz, Camila Pitanga que é responsável por boas risadas em várias das situações cômicas. Quem está extremamente agradável de ser apreciada é a atriz Lúcia Alves, que com suas caras e bocas consegue transmitir todos os seus apetrechos de atriz do cinema.
A trilha sonora é outro grande trunfo da obra, foi extraída inúmeras canções brasileiras, conhecidas por sua genialidade, que utiliza um pouco de bossa nova, um pouco de samba, músicas extremamente agradáveis de serem escutadas. Bendito Fruto é uma comédia dramática que consegue divertir a quem aprecia um humor mais leve, mesmo que não de tão boa qualidade, mas Sérgio Gondelberg cumpre seu dever como diretor,
 



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