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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Cine Especial: RETORNANDO A TERRA MÉDIA: Parte 2


Com a chegada de O Hobbit no cinema, relembremos uma das maiores sagas cinematográficas do cinema recente e de todos os tempos.

O Senhor dos Anéis - As Duas Torres

‎Sinopse: Após a captura de Merry e Pippy pelos orcs a Sociedade do Anel é dissolvida. Enquanto que Frodo e Sam seguem sua jornada rumo à Montanha da Perdição para destruir o Um Anel Aragorn Legolas e Gimli partem para resgatar os hobbits seqüestrados.

O filme começa imediatamente após os eventos apresentados no final do filme anterior, com a sociedade desfeita, dividida em dois grupos e com cada um com sua missão. Sem aviso sem nada, nos somos brindados com uma seqüência de tirar o fôlego sobre o que aconteceu com Gandaf, na sua luta contra o demônio Balrog nas profundezas da mina de Moira. Mas evolução é palavra chave da trilogia de Peter Jacson, pois nos somos apresentados ao trágico Gollum / Sméagol, dependente por completo do “o anel” e que sofre uma assombrosa dupla personalidade.
Gollum não foi somente o melhor personagem digital criado naquela época, como também foi uma revolução em todos os sentidos, já que o que está ali não é um mero personagem criado em computador, mas sim um ator, que está todo vestido de sensores de captura de movimento e que deram vida ao personagem. A interpretação de Andy Serkis é tão impressionante, que o ator se sobressai nos efeitos especiais que cobrem sua verdadeira expressão facial e não é a toa que até hoje os fãs exigem que ele seja indicado a um Oscar de melhor ator coadjuvante.
Mas nem tudo é perfeito nesse capítulo do meio, pois foi nesta parte que Peter Jacson decidiu ter mais liberdade artística e inventar coisas que não aconteceram no livro, como inserir os Elfos ajudando o povo do reino de Rohan na batalha do Abismo de Helm. Outro problema é algumas coisas que não ficaram muito bem explicadas, ou cenas que fizeram falta, o que tornou em alguns momentos da trama irregulares.
Embora com esses problemas, o filme foi elogiado, fez bastante sucesso e fez com que o publico desejasse mais e mais chegar à reta final da saga. Mas mal sabiam que o melhor ainda estava por vir.        

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Cine Curiosidade: Segundo trailer do Homem De Aço encanta o mundo


Fazia tempo que um trailer não me empolgava e esse que é da nova versão do Superman no cinema empolga tanto, que faz você desejar que junho do ano que vem chegue logo. O trailer possui um tom dramático, embalado com uma bela trilha sonora (de Gladiador??), onde mostra o jovem Clark sofrendo por usar um de seus inúmeros dons e que passa por um dilema de usar ou não o seus poderes em publico, num dialogo meio que pesado com o seu pai (Kevin Costner), que com certeza irá gerar inúmeros debates.     
O mundo estará pronto para um novo Superman? O trailer já da o gostinho de nos querermos dizer  que sim!

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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Cine Especial: Lawrence da Arábia: 50 anos depois

OBRA MÁXIMA DE DAVID LEAN É UM BELO EXEMPLO DE COMO SE FAZIA SUPER PRODUÇÕES DE QUALIDADE ANTIGAMENTE.  

Sinopse: Em 1935, quando pilotava sua motocicleta, T.E.Lawrence (Peter O'Toole) morre em um acidente e, em seu funeral, é lembrado de várias formas. Deste momento em diante, em flashback, conhecemos a história de um tenente do Exército Inglês no Norte da África, que durante a 1ª Guerra Mundial, insatisfeito em colorir mapas, aceita uma missão como observador na atual Arábia Saudita e acaba colaborando de forma decisiva para a união das tribos árabes contra os turcos.

Existem certos filmes clássicos, que se fossem feitos atualmente sairiam caríssimos, porque hoje muita coisa a computação gráfica facilita na hora de se criar determinadas situações da historia, mas antigamente tudo era feito na raça. Lawrence da Arábia foi uma das maiores super produções de todos os tempos, onde o diretor  David Lean (Doutor Jivago) usou o maior numero de figurantes possível, para criar verdadeiras guerras a campal. O filme também possui uma das mais belas cenas da historia do cinema, onde deserto se torna praticamente um personagem integrante da historia e trilha sonora elaborada por Maurice Jarre faz um belo casamento com as imagens de tamanha riqueza.
Mas mesmo com todo porte de super produção, o filme também é muito bem lembrado pelo super elenco, liderado pelo até então desconhecido Peter O Toole, que encarna o protagonista de T.E Lawrence com tamanha intensidade, que o marcaria para sempre em sua carreira. O filme também marca a consagração de Omar Sharif, cuja sua entrada na trama (onde ele surge de longe no horizonte), está entre minhas sequencias preferidas do filme. Curiosamente, o filme não apresenta nenhuma personagem feminina durante as quase quatro horas de projeção, sendo todos os personagens masculinos, o que é algo raríssimo de se ver hoje em dia.
Vencedor de 7 Oscar (incluindo de melhor filme), Lawrence da Arábia foi melhorando cada vez mais ao longo dos anos, principalmente em seus lançamentos de DVD e Blu-ray, em que o filme ganhou uma merecida restauração e com minutos a mais. Tudo isso, somente para deixar o espetáculo mais saboroso quando assistimos.     


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NOTA: BREVE NO MEU BLOG....



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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Cine Especial: RETORNANDO A TERRA MÉDIA: Parte 1


Com a chegada de O Hobbit no cinema, relembremos uma das maiores sagas cinematográficas do cinema recente e de todos os tempos.
  
O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel

Sinopse: Numa terra fantástica e única, chamada Terra-Média, um hobbit (seres de estatura entre 80 cm e 1,20 m, com pés peludos e bochechas um pouco avermelhadas) recebe de presente de seu tio o Um Anel, um anel mágico e maligno que precisa ser destruído antes que caia nas mãos do mal. Para isso o hobbit Frodo (Elijah Woods) terá um caminho árduo pela frente, onde encontrará perigo, medo e personagens bizarros. Ao seu lado para o cumprimento desta jornada aos poucos ele poderá contar com outros hobbits, um elfo, um anão, dois humanos e um mago, totalizando 9 pessoas que formarão a Sociedade do Anel.

Não tive a experiência mágica de ver pela primeira vez o lançamento de Star Wars no cinema, já que faltavam três anos para eu nascer, mas ao assistir a primeira parte da trilogia O Senhor dos Anéis, talvez tenha tido uma experiência similar daqueles que assistiram pela primeira vez a saga espacial de George Lucas. Comparações a parte, A Sociedade do Anel foi o inicio de uma experiência incrível que eu tive no cinema e que se estenderia até final de 2003 com O Retorno do Rei, numa forma de nos desligar completamente do mundo real e embarcamos num tempo em que a nossa terra ainda era fresca e desconhecida.
A saga do jovem Hobbit Frodo (Elijah Wood) na sua cruzada em tentar destruir “o anel” ao lado da sociedade que prometeu que o protegeria, é cheia de inúmeros perigos e cenas espetaculares que até hoje muitos se perguntam como elas foram feitas, sendo que a batalha de Moira é um belo exemplo para ser citado. Surpreendentemente, mesmo que a trama se passe num mundo mágico, é incrível como o diretor Peter Jackson nos faz acreditar que aquele mundo realmente existiu. Talvez isso se deva que nada que é mostrado é de forma gratuita, sendo que os efeitos especiais não estão ali para nos distrair, mas sim para tornar tudo mais real, o que até então era algo raro de se ver se comparado aos anos anteriores que o cinema nos apresentava.
Jackson por fim criou o que parecia, para muito impossível, de nos fazermos acreditar que a Terra Média existe, sendo que o país da Nova Zelândia, que serviu de cenário para trama, acabou se tornando para os fãs a própria terra longínqua imaginada pelo escritor Tolkien. E embora o primeiro filme tenha terminado de uma forma melancólica, os fãs de carteirinha sabiam que aquilo seria somente o principio e que retornaríamos para a terra média nos anos seguintes para mais novas aventuras ao lado de Frodo, Gandaf e companhia.  

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Cine Dicas:Filmes que estrearam no ultimo final de semana (10/12/12)


Pois é, como não tive tempo de postar as estréias na ultima sexta, posto agora.

A Escolha Perfeita

Sinopse: Beca é uma estudante gótica e rebelde que está bastante infeliz por ser obrigada a estudar na faculdade onde o seu pai é professor. Porém na faculdade que ela descobre a sua voz e o seu jeito para a música.


A Sombra do Inimigo

Sinopse: O detetive Alex Cross é arrastado para fora de uma festa de família para parecer a notícia terrível de que um parente querido foi encontrado brutalmente assassinado. Alex promete caçar o assassino e logo descobre que se trata de uma grande conspiração.

A Última Casa da Rua

Sinopse: Uma adolescente muda-se com sua mãe para uma pequena cidade. A garota descobre que na casa que fica do outro lado da rua aconteceu um duplo assassinato. Mas as coisas se complicam mesmo quando ela faz amizade com um garoto único sobrevivente da tragédia.

Entre O Amor E A Paixão

Sinopse: Margot tem 28 anos e possui um casamento feliz com Lou um amável escritor de livros de culinária. Margot conhece então Daniel um artista que mora do outro lado da rua e as certezas sobre a sua vida doméstica se desfazem.

Infância Clandestina

Sinopse: Na Argentina de 1979 Juan está clandestino. Assim como seus pais e seu amado tio é obrigado a ter outro nome. Na nova escola apresentado como Ernesto conhece Maria. Uma história de amor baseada em fatos reais.

Na Terra de Amor e Ódio

Sinopse: Ajla (Zana Marjanovic) e Danijel (Goran Kostic) se conheceram em uma boate. Logo eles começam a flertar um com o outro mas a explosão de uma bomba acaba com qualquer clima existente entre eles. Era o início da Guerra da Iuguslávia que colocaria sérvios e bósnios como inimigos mortais. Logo Ajla que é bósnia é capturada pelo exército sérvio. Em meio a ameaças de estupro ela é salva por Danijel que ocupa uma posição de destaque na tropa. A partir de então ela se torna a protegida de Danijel que ordena que ninguém toque nela. É o início de um estranho relacionamento onde ele tenta protegê-la e também tê-la sob seu controle enquanto ela segue suas ordens com medo de que algo pior lhe aconteça.

Quatro Amigas e um Casamento

Sinopse: Três ex-populares garotas do colégio são convidadas pra serem damas de honra da menos popular da turma que fica noiva de um dos solteirões mais cobiçados de Nova York. Elas decidem aceitar o convite para se divertirem um pouco com a situação mas acabam se deparando com muito mais.

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sábado, 8 de dezembro de 2012

Cine Dica(breve em cartaz): Liv & Ingmar – Uma História de Amor


Sinopse: O documentário discorre sobre a relação de 42 anos entre a atriz norueguesa Liv Ullmann e o diretor sueco Ingmar Bergman. Narrado sob o ponto de vista de Liv o filme é construído a partir de uma entrevista com a atriz e de imagens dos filmes realizados por ambos com cenas dos bastidores fotografias trechos de Changing - autobiografia da atriz - e cartas pessoais de Ingmar para ela. Um olhar sobre dois grandes artistas e seres humanos amigos e companheiros.

No inicio do filme A Hora do Lobo, a personagem de Liv Ullmann se senta e começa a falar com a gente  sobre sua relação conflituosa entre ela e o marido na trama(Max Von Sydow). Na época a atriz estava grávida do cineasta Bergman e o que se vê na tela, nada mais são do que a vida imitando a arte, pois o amor e conflitos que ambos os veteranos passavam juntos, o cineasta inseria tudo isso em seus filmes em que trabalhou com ela. Para marinheiro de primeira viagem, isso pode até parecer deselegante, mas acredito que isso funcionava para exorcizar os demônios interiores que cada um tinha ao longo dos anos que passaram juntos, rendendo então uma das melhores parecerias entre um cineasta e sua musa nas telas.
Tanto Bergman como Ullmann construíram uma carreira exemplar e muito elogiada na Suécia, sem precisar do cinema americano para isso, mas como toda a perfeição que se preze tudo tem o seu preço. Ambos se amavam, mas Bergman talvez não soubesse administrar isso, ao ponto de tentar de todas as formas de isolar a atriz do mundo. Contudo, Liv Ullmann é alguém maior do que a vida e mesmo amando o cineasta, não poderia permitir que aquela situação continuasse o que acabou gerando a separação de ambos, mas jamais o desligamento. Tornaram-se amigos muitos íntimos até o ultimo dia de vida do cineasta e tudo isso é muito bem explicado pela própria atriz, num desabafo e ao mesmo tempo uma declaração de amor ao cineasta neste belo documentário dirigido por  Dheeraj Akolkar.
Na projeção, vemos Ullmann ainda bela, mas carregando boas e más lembranças da vida que teve ao lado do cineasta. A grande sacada do documentário é de exibir inúmeras cenas dos filmes em que ela atuou para o cineasta, para então nos darmos conta de como aquelas tramas (como Retratos de um Casamento), tinham tudo haver com os altos e baixos que os dois passavam. O filme nos brinda com inúmeros momentos clássicos desses filmes, além de  termos o prazer de  presenciar a  Ilha de Fårö que tanto Bergman gostava de filmar e que se tornou lar dele com a atriz.
Embora curto, o filme sintetiza como um todo a vida desse incrível casal e acima de tudo é um tributo de amor e respeito para um dos grandes cineastas que surgiram no século 20. 

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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Cine Especial: “Liv & Ingmar – Uma História de Amor”: FINAL


Amanhã, irei participar da ultima sessão do ano do CineclubeZH, no qual irão exibir o documentário Liv e Ingmar – Uma Historia de Amor, sobre a vida amorosa e profissional do cineasta Ingmar Bergman, com a sua musa, linda e talentosa Liv Ullmann. Enquanto o dia não chega, postarei aqui durante a semana os melhores filmes em que Bergman filmou e que Ullmann deu um show de interpretação.

CENAS DE UM CASAMENTO

Sinopse: O casamento de Marianne e Johan parece perfeito. Quando, por causa de outra mulher, Johan abandona Marianne, eles começam a viver um inferno conjugal, revelando os seus verdadeiros sentimentos.

Uma das mais fortes analises feitas pelo cinema, sobre o relacionamento conjugal e suas crises. Mas diferente do que muitos imaginam, o projeto foi a principio, apresentado como uma mini serie para a TV Sueca, mas habilidoso como Bergman era na montagem, editou os seis capítulos para que se tornasse um único filme e se tornasse acessível para o cinema e o publico em geral. A chave do sucesso da produção, esta nas interpretações extraordinárias do casal central (Ullmann e Josephson),e com isso, Bergman conseguiu mais uma perola de sua impecável filmografia.

Curiosidade: Segundo Ingmar Bergman, após a exibição de Cenas de um Casamento na TV da Suécia houve um aumento substancial no número de divórcios e também na procura por consultores de casamento.


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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Cine Especial: “Liv & Ingmar – Uma História de Amor” Parte 4



No próximo sábado, irei participar da ultima sessão do ano do CineclubeZH, no qual irão exibir o documentário Liv e Ingmar – Uma Historia de Amor, sobre a vida amorosa e profissional do cineasta Ingmar Bergman, com a sua musa, linda e talentosa Liv Ullmann. Enquanto o dia não chega, postarei aqui durante a semana os melhores filmes em que Bergman filmou e que Ullmann deu um show de interpretação.

Sonata de Outono
Sinopse: Depois de ser uma mãe negligente por anos, a famosa pianista Charlotte visita sua filha Eva em sua casa, onde descobre que Helena, outra filha sua, mentalmente deficiente, também lá mora. Aos poucos a tensão entre Charlotte e Eva vai crescendo.

Outro grande momento da carreira do diretor sueco, que obteve da sua compatriota Ingrid Bergman (na única vez que trabalharam juntos) e da sua atriz favorita Liv Ullmann desempenhos extraordinários, onde ouso dizer, estão entre os melhores desempenhos das duas atrizes. Pois chega a um momento, em que realmente da a entender, que elas podem ser mãe e filha realmente e que chegaram a um momento da vida, em por o cartas na mesa. Bergman foi isso, arrancava o melhor de cada ator e atriz que trabalhava, doa o que doer.

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Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: O DITADOR


Leia minha critica já  publicada clicando aqui.

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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Cine Especial: “Liv & Ingmar – Uma História de Amor” Parte 3



No próximo sábado, irei participar da ultima sessão do ano do CineclubeZH, no qual irão exibir o documentário Liv e Ingmar – Uma Historia de Amor, sobre a vida amorosa e profissional do cineasta Ingmar Bergman, com a sua musa, linda e talentosa Liv Ullmann. Enquanto o dia não chega, postarei aqui durante a semana os melhores filmes em que Bergman filmou e que Ullmann deu um show de interpretação. 

Vergonha

Sinopse: Para fugir da guerra, um casal de violinistas vive isolado numa ilha. Essa existência idílica acaba quando a casa deles é invadida por um grupo de soldados. Agora, eles terão de se defrontar com as misérias, a destruição e os horrores da guerra.

De uma forma simples, sem muitos recursos, Bergman cria sua visão sobre a guerra, não importando em que parte do mundo ela aconteça, ela sempre mostrara o lado mais sombrio do ser humano. O filme é surpreendente ao mostrar o casal central (Liv Ullmann e Max von Sydow, ótimo como sempre) nos seus respectivos papeis e suas características e que vão, ambos aos poucos, mudando gradualmente, devido os efeitos devastadores da guerra iminente. O filme é uma analise do comportamento humano perante o horror e também uma espécie de retrato da guerra interna do ser humano, que acaba por vezes se perdendo no meio do percurso. O filme é uma espécie de segunda parte da trilogia Da Violência que o diretor começou em A Hora do Lobo e terminou com A Paixão de Ana. Apesar de Gostar bastante do primeiro, devo reconhecer que essa segunda parte vai muito mais longe, principalmente pelo fato de certa suspeita ser levantada durante o filme, mas que curiosamente é respondida no terceiro filme.
  
A PAIXÃO DE ANA

Sinopse: Andreas, um homem que sofre pelo fim de um recente casamento e por seu isolamento emocional, fica amigo de um casal que também passa por um momento delicado. É então que ele conhece Anna, que está superando uma tragédia que ocorreu com sua família. Andreas e Anna iniciam um relacionamento, porém para ambos é difícil esquecer o que aconteceu anteriormente em suas vidas. Enquanto isso, a comunidade em que vivem está aterrorizada por vários animais que estão sendo encontrados brutalmente assassinados.

Encerrando sua visão particular sobre a violência, tanto interna como externa do ser humano, A Paixão de Ana é um filme mais contido dos três, mas não menos chocante, ao mostrar o que acontece quando simples gestos são responsáveis por nos levar a um caminho, por vezes, sem volta. Andreas (Max von Sydow) ao ter sua vida pacata  mudada, a partir de um encontro com Ana (Liv Ullmann, extraordinária) o filme entra num território sobre os desejos internos do ser humano e seu desejo em satisfizer certas coisas, mesmo que com elas, despertem situações desagradáveis e que acabam por descascar camada por camada da personalidade humana.
Apesar de serem historias diferentes, pode-se dizer que A Paixão de Ana é uma continuação de Vergonha, pelo fato que a personagem Ana, em determinada parte do filme, começa a ser assombrada por estranhos pesadelos, e quando Bergman nos apresenta uma seqüência de um desses sonhos, somos surpreendidos com uma seqüência de cenas que é na realidade uma continuação direta do final do filme anterior. Ou seja: Vergonha era uma historia dentro dos sonhos de Ana, que talvez representasse sua dor interna, mesmo que os fatos que ocorreram nestes determinados sonhos (ou seja, do filme anterior) não tenha nada haver com sua dor externa que sente.
Assim como em seus filmes anteriores (como Persona) que por vezes deixam mais perguntas no ar do que respostas, Bergman novamente surpreende, na sua forma de contar historias, de uma maneira diferente e única.

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Cine Dica: Bar Esperança no Raros



PROJETO RAROS EXIBE
BAR ESPERANÇA, O ÚLTIMO QUE FECHA

 O projeto Raros da Sala P. F. Gastal (Usina do Gasômetro – 3º andar) realiza na sexta-feira, 7 de dezembro, às 20h, sua última sessão do ano, apresentando Bar Esperança, o Último que Fecha, de Hugo Carvana. A sessão tem o apoio da Programadora Brasil, projeto de difusão de filmes brasileiros do Ministério da Cultura.

Realizado em 1983, em pleno período de transição democrática no Brasil, o filme de Hugo Carvana retrata com sensibilidade extrema os dilemas no universo da classe média carioca de então. Nesse contexto, um bar chamado Esperança é o epicentro da vida de seus frequentadores, por onde circulam as primeiras gerações criadas no divórcio, filhos de uma classe artística constantemente dividida entre seus desejos de criação e a necessidade de ganhar a vida. Ganhador dos prêmios de melhor filme no Festival de Havana e de melhor atriz (Marília Pêra), atriz coadjuvante (Sylvia Bandeira) e roteiro no Festival de Gramado, o terceiro longa dirigido por Carvana é dos mais exatos retratos de seu lugar e de seu tempo.
A sessão de Bar Esperança, o Último que Fecha será comentada pelo cineasta e crítico de cinema Fabiano de Souza. A entrada é franca.
 Bar Esperança, o Último que Fecha, de Hugo Carvana. Brasil, 1983. Com Marília Pêra, Hugo Carvana, Sylvia Bandeira, Paulo CésarPereio e Antônio Pedro. Duração: 119 minutos. Exibição em DVD.

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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Cine Especial: “Liv & Ingmar – Uma História de Amor” Parte 2


 No próximo sábado, irei participar da ultima sessão do ano do CineclubeZH, no qual irão exibir o documentário Liv e Ingmar – Uma Historia de Amor, sobre a vida amorosa e profissional do cineasta Ingmar Bergman, com a sua musa, linda e talentosa Liv Ullmann. Enquanto o dia não chega, postarei aqui durante a semana os melhores filmes em que Bergman filmou e que Ullmann deu um show de interpretação.  
  
A HORA DO LOBO

Sinopse: Pintor e sua esposa vão morar em uma ilha bastante afastada da sociedade. Lá, em meio a intensos conflitos psicológicos, o casal conhece um misterioso grupo de pessoas que passam a trazer angústias ainda maiores às suas vidas, levando-os a relembrar fatos passados e questionar a própria lucidez.

Uma historia de amor distorcido, um impressionante retrato da loucura vivida é o que salta os olhos neste trabalho, sombrio e instigante. Uma das melhores parcerias de Bergman com a sua dupla de atores fetiches, Max Von Sydow e Liv Ullmann. O filme já começa de uma forma completamente diferente da forma que os filmes naturais começam. Pois ouvimos, em uma imagem escura, o barulho dos bastidores do filme, sendo que até ouvimos Bergman falando por alguns momentos. O barulho para e imediatamente surge à primeira cena, sendo Ullmann fazendo sua personagem, mas ela vai até nos e começa a conversar com a gente sobre acontecimentos do passado e que nos iremos assistir em seguida. É interessante essa cena, pois da uma sensação que personagem e atriz se misturam, pois na época das filmagens, Ullmann estava grávida de Bergman. Portanto, sinto uma ligeira influencia sobre isso na sua interpretação, que é sempre fenomenal.
São vários momentos antológicos como esse e de outros durante a projeção, que fazem desse filme o meu preferido de Bergman. Atenção para uma cena de Max Von Sydow com um jovem na praia, no qual podemos interpretar de varias formas, mas qualquer resposta seria inútil, pois é difícil descrever tal cena, assim com varias durante a projeção  dessa obra prima.

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Cine Dica: Mostra Dedicada a Billy Wilder na Sala P. F. Gastal


BILLY WILDER GANHA
MOSTRA NA SALA P. F. GASTAL

O diretor de origem austríaca Billy Wilder (1906-2002), autor de uma das mais notáveis filmografias da era de ouro de Hollywood, ganha uma pequena retrospectiva na Sala P. F. Gastal a partir de terça-feira, 4 de dezembro. A mostra lembra os 10 anos da morte do diretor, falecido em 2002, e reúne oito títulos: Mauvaise Graine, Crepúsculo dos Deuses, A Montanha dos Sete Abutres, Inferno nº 17, Sabrina, O Pecado Mora ao Lado, Se Meu Apartamento Falasse e Irma la Douce.
A programação tem o apoio da distribuidora MPLC e da locadora E o Vídeo Levou.
 Informações e horários das sessões, vocês conferem na pagina da sala clicando aqui.

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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Cine Especial: “Liv & Ingmar – Uma História de Amor” Parte 1


No próximo sábado, irei participar da ultima sessão do ano do CineclubeZH, no qual irão exibir o documentário Liv e Ingmar – Uma Historia de Amor, sobre a vida amorosa e profissional do cineasta Ingmar Bergman, com a sua musa, linda e talentosa Liv Ullmann.
Enquanto o dia não chega, postarei aqui durante a semana os melhores filmes em que Bergman filmou e que Ullmann deu um show de interpretação.   

PERSONA

Sinopse: Atriz emudece e é internada por isso. Na verdade, apenas se nega a falar e passa a ser cuidada por uma enfermeira. As duas, isoladas, vão estabelecendo uma relação de intimidade e simbiose de personalidades.
  
Talvez, o melhor filme ao explorar o lado psicológico do ser humano. Um ensaio rápido e certeiro de Bergman, onde ele cria um verdadeiro tour de force para as duas grandes atrizes centrais, pois a câmera jamais as abandona de forma alguma e com isso conhecemos cada expressão das duas e tendo uma ligeira ideia do que elas estão pensando. Eu digo ligeira, pois são múltiplas possibilidades do que elas estão pensando em cada cena.
Uma verdadeira tensão em cada seqüência, pois o que vemos, são duas mulheres de uma fortíssima personalidade cada uma, sendo que, ao se chocarem essas duas personalidades, há de surgir momentos inquietantes para o espectador que assistir. Um texto poético e perturbador, um dos melhores de Bergman.


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