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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 23 de maio de 2025

Cine Especial: 'A Saga Premonição'

A minha relação com a franquia "Premonição" é bastante curiosa. Na época de lançamento do primeiro filme eu não tinha dado muito crédito, principalmente pelo fato que era uma fase que eu estava cansado de filmes de terror em que os protagonistas eram jovens e quase sempre interpretados por talentos esquecíveis. Outro fator determinante de não estar interessado é que havia acabado de assistir um filme com um título similar chamado "A Premonição" (1999) estrelado por Annette Bening e Robert Downey Jr e do qual havia gostado bastante.

Porém, após cinco filmes e com a chegada do sexto nos cinemas, eu decidi dar uma chance a essa franquia e reservar um dia das minhas férias para assistir a todos os capítulos. O resultado dessa empreitada vocês leem abaixo.

"Premonição" (2000)    

Bem, apesar desse ser o primeiro filme da franquia é curioso observar que ele acabou sendo o menos lembrado após tantas continuações que foram lançadas ao longo dos anos. As mortes deste (comparada com os outros filmes) são as menos cruéis possíveis, como se os realizadores estivessem preocupados em não exagerar já no início, já que não sabiam ao certo se obteriam o resultado positivo que estavam esperando. O “vilão” não poderia ser mais original, sendo a própria Morte.

Em termos de efeitos visuais, você pode até se assustar ao compará-lo com os outros capítulos. Aqui se percebe que tudo é feito à mão, onde o CGI não era o lado dominante da indústria da época e fazendo com que até mesmo sintamos o peso das mortes no decorrer da história. Todo filme dessa franquia tem um acidente no início, que é a partir da visão do protagonista. Nesse não poderia ser diferente, e aqui temos um acidente em um avião que é, desde já, um dos melhores momentos da franquia como um todo.

Do elenco, destaque para o veterano Tony Todd, que aqui interpreta um misterioso homem que trabalha no necrotério e que começa a falar sobre os inúmeros significados com relação à morte. Embora atue em poucos minutos, ele simplesmente rouba a cena, ao ponto de ser convidado nas demais continuações. Infelizmente Tony Todd viria a falecer no ano passado, mas deixando a sua marca dentro da franquia como um todo.  


"Premonição 2" (2003) 

O segundo capítulo é um dos casos raros em que sequências acabam se tornando bem-sucedidas, mesmo quando a narrativa fica aquém do esperado. Mesmo não trazendo nada de novo na narrativa, o filme introduz os elementos que deram certo na produção anterior e fornece ao público doses generosas de adrenalina. Com roteiro assinado por J. Mackye Gruber e Eric Bress, o filme reforça as cenas de ação e introduz uma relação satisfatória com o anterior, explicitada mais adiante.

A escolhida da vez é Kimberly (A J Cook), uma jovem em viagem com alguns amigos. Durante o percurso de ida, a garota tem a tal premonição de abertura, padrão dos filmes da franquia. O cineasta David R. Ellis, ciente da sua condição de continuação, entrega ao público uma cena de acidente extremamente poderosa, que não deve nada comparado a abertura do primeiro filme. Após ver os seus amigos e uma fila de desconhecidos envolvidos num engavetamento na estrada, a jovem decidiu interromper a estrada e impedir que os carros continuassem o seu trajeto.

Como não poderia deixar de ser, os sobreviventes se tornam os novos alvos da morte que começa assassiná-los um por um. Destaque para o retorno de Clear River (Ali Larter), sendo que a própria havia se internado para fugir da morte, mas sendo obrigada a ter que ajudar os novos personagens. E assim como no filme anterior, o personagem misterioso dono do necrotério, interpretado pelo ótimo ator Tony Todd, novamente nos levanta a suspeita se ele não poderia ser a própria morte.   


"Premonição 3" (2006)  

Apesar de o segundo filme ter obtido um bom resultado, é um tanto inferior se compararmos ao primeiro, fato que motivou o estúdio, a New Line Cinema, a trazer de volta para o terceiro capítulo James Wong e Glen Morgan, dupla responsável pelo original. “Premonição 3” na verdade é um claro exemplo de que novas continuações dessa franquia são desnecessárias, mas sempre terão seu público e não fazem mal algum aos fãs do gênero. Inferior aos dois primeiros, com a história mais do que batida e sem mistério algum (algo ruim para um filme que tende a ser de suspense), o filme acaba servindo como uma boa diversão – diversão no sentido de fazer rir mesmo – para quem aprecia filmes de violência que vão contra qualquer lei do bom senso.

Na trama, Wendy (Mary Elizabeth Winstead), aluna do último ano do ensino médio, reúne-se com os amigos para a noite de comemoração da formatura num parque de diversões. Quando eles estão prestes a andar na montanha-russa, Wendy fica subitamente assustada. Assim que se vê presa ao assento do brinquedo, experimenta a vívida premonição de um acidente fatal no qual a montanha-russa se torna uma armadilha mortal para ela e seus amigos.

Não é preciso ser gênio para saber o que acontece depois. Curiosamente, Mary Elizabeth Winstead é atriz da franquia que mais teve carreira sólida, atuando em filmes posteriormente cultuados como "Scott Pilgrim contra o Mundo" (2010) e grandes sucessos como "Aves de Rapina: Arlequina" (2020).   


"Premonição 4" (2009)  

É fácil apontar essa quarta parte como a pior da franquia, pois a trama é basicamente a mesma de sempre e alinhado com um 3D desnecessário e cujo CGI piora tudo. Basicamente somente muda o tipo de acidente do início da trama, trazendo somente novos personagens e se tem, portanto, a mesma história de sempre. É até estranho a decisão dos produtores em trazer o diretor David R. Ellis, diretor do segundo filme, já que se ele havia falhado um pouco naquele longa para que então voltar?

Na trama, Nick O'Bannon (Bobby Campo) vai assistir uma corrida de carros. Porém, um acidente faz com que um dos carros, que estava a 300 km/h, derrape na pista. Isto faz com que exploda na platéia, causando a morte de dezenas de pessoas. Entretanto antes que isto ocorresse Nick teve uma premonição, que fez com que ele e seus amigos deixassem o local. De início eles acreditam que escaparam da morte, mas logo ela parte em seu encalço.

Ou seja, basicamente a mesma história só que alinhada em um período em que o 3D voltou com força graças ao sucesso de "Avatar" (2009), mas que não acrescenta em nada na trama e fazendo com as mortes se tornem as piores da franquia. O elenco também é apontado por muitos como o pior de todos os capítulos, sendo que o ator principal Bobby Campo é insosso e basicamente só segue o roteiro. Parecia, portanto, que a morte definitivamente havia alcançado a franquia, mas a própria havia enganado ela.   


"Premonição 5"   

Após os erros cometidos no capítulo anterior, os produtores decidiram dar uma renovada neste quinto filme, ao eliminar principalmente o que mais havia dado errado, que era o CGI e o 3D. Embora seja a mesma premissa de sempre, se nota um capricho maior na realização das cenas de morte, principalmente ao acidente inicial que ocorre no início da trama e que não deve nada a qualquer tipo de filme pertencente ao subgênero catástrofe. Além disso, os realizadores corrigiram em trazer de volta o misterioso personagem dono de funerária William Bludworth, interpretado brilhantemente por Tony Todd e que novamente faz levantar questionamentos sobre quem realmente ele é.

Dirigido agora por Steven Quale, na trama acompanhamos Sam (Nicholas D'Agosto) que sente um estranho pressentimento que as pessoas com quem trabalha e viaja com ele irão morrer num grave acidente em uma ponte. A sua visão acabou acontecendo, mas fazendo com que ele conseguisse salvar os seus amigos do desastre. Porém, não demora muito para que a morte volte a caçá-los impiedosamente.

É interessante que neste filme a transição entre humor e horror está mais equilibrada, dando mais enfoque ao suspense e cuja cenas de morte são muito mais bem elaboradas. Curiosamente, o papel do senhor William Bludworth se torna ainda mais relevante a partir do momento que ele joga uma pista para os protagonistas para tentar driblar a morte. Claro que nada dá muito certo, mas isso serve para que a narrativa não se torne repetitiva a todo momento.

O que faz deste quinto filme ser um dos melhores capítulos desde o primeiro está na forma como ocorre os desdobramentos dentro da trama, principalmente com relação ao seu ato final, do qual não somente é surpreendente como também fecha um círculo iniciado no primeiro filme. Graças a esse final a franquia poderia, enfim, ter o seu descanso eterno, mas estamos falando de filmes que sempre deram um bom lucro para o estúdio e é por conta disso que recentemente chega aos cinemas o sexto capítulo.

Pelo visto, a morte nunca tirou férias, seja na realidade ou na ficção. 


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Cine Dica: Sessão Clube de Cinema (24/05) - "Sex" na Cinemateca Paulo Amorim

Neste sábado, nossa sessão será às 10h15 na Sala Eduardo Hirtz da Cinemateca Paulo Amorim (CCMQ) com a exibição de Sex (2024), do diretor norueguês Dag Johan Haugerud.

Na trama, dois colegas de trabalho, ambos em casamentos heterossexuais e na meia-idade, compartilham experiências de desejos inesperados. Um deles relata sua primeira experiência sexual com outro homem; o outro, inquieto, revela estar tendo sonhos eróticos recorrentes com David Bowie. Sex é o primeiro título da trilogia Sex, Love, Dreams, projeto no qual Haugerud se propõe a investigar temas como identidade, intimidade e desejo sob diferentes prismas. Com diálogos afiados e atuações marcantes, o longa é um convite à escuta e à desconstrução de certezas.


Confira os detalhes abaixo:

SESSÃO CLUBE DE CINEMA

📍 Local: Sala Eduardo Hirtz – Cinemateca Paulo Amorim

Casa de Cultura Mario Quintana – Rua dos Andradas, 736, Centro Histórico

📅 Data: Sábado, 24/05

⏰ Horário: 10h15


Sex

Noruega, 2024, 120 min, 14 anos

Direção: Dag Johan Haugerud

Elenco: Jan Gunnar Røise, Thorbjørn Harr, Siri Forberg

Sinopse: Dois homens, ambos em casamentos heterossexuais, questionam suas compreensões de sexualidade, gênero e identidade após experiências inesperadas.

Sobre o filme: Em tempos atuais certos tabus da sociedade têm sido quebrados, principalmente quando o tema é o sexo e sendo discutido de forma mais aberta nos últimos tempos. Porém, a questão ainda é difícil de ser dialogada, principalmente entre casais que ainda mantêm certos valores do passado intactos, mas que nem sempre corresponde com os seus verdadeiros sentimentos. "Sex" (2024) fala sobre intimidades, segredos e até que ponto é preciso ser sincero com relação a esse assunto.

Dirigido por Dag Johan Haugerud, acompanhamos a história de dois colegas de trabalho na meia-idade, ambos em casamentos heterossexuais, que, após duas experiências recentes e inusitadas, passam a questionar suas sexualidades e identidades de gênero. Enquanto um revela que teve a sua primeira experiência homossexual, o outro revela que anda tendo sonhos estranhos com o cantor David Bowie. Uma vez que ambas as versões de suas histórias são ouvidas pelos seus familiares é então que cada um deverá lidar com as suas sinceridades.

Confira a minha crítica completa já publicada clicando aqui. 

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quinta-feira, 22 de maio de 2025

Cine Dica: Em Cartaz - 'Manas'

Sinopse: Marcielle, de 13 anos, vive em uma comunidade ribeirinha na Ilha do Marajó com o pai, a mãe e três irmãos. Chegando na adolescência, ela começa a conhecer o lado adulto da pior maneira possível.   

O abuso contra a mulher pode não acontecer necessariamente na fase adulta, mas justamente em tempos mais inocentes e dentro de casa. Por mais mórbido que isso seja, isso não pode se colocar por baixo de panos quentes, mas sim ser debatido e ser enfrentado para que esse horror não seja repetido. "Manas" (2025) é uma síntese do lado sombrio que acontece em um ponto específico no Brasil, mas que também ocorre muito mais próximo de nós do que se imagina.

Dirigido por Marianna Brennand, o filme conta a história de Marcielle (Jamilli Correa), uma jovem de apenas 13 anos inserida em um meio repleto de violências dentro da periferia onde mora. Moradora da Ilha de Marajó, no Pará, ao lado do seu pai, Marcílio (Rômulo Braga), sua mãe, Danielle (Fátima Macedo), e três irmãos. A menina não se conforma com a partida da sua irmã mais velha, que partiu para bem longe de onde moravam após arrumar um homem que circulava pela bacia hidrográfica que banha a região. Não demora muito para Marcielle entender o porquê de sua irmã partiu, sendo que o problema estava justamente dentro de casa.

Desenvolvido há mais de dez anos, "Manas" é um dos primeiros filmes a serem rodados na ilha de Marajó e do qual desvenda o lado obscuro do local, onde diversas meninas foram abusadas sexualmente por turistas, marinheiros e, infelizmente, pelos próprios familiares. Marianna Brennand cria aqui uma ficção, mas que representa todas as vozes dessas meninas que estavam silenciadas ao longo dos anos, mas ganhando acolhimento daqueles que decidiram acusar esses crimes hediondos. Embora sendo realizado em um cenário raramente visto pelo grande público, o assunto é universal e deve ser testemunhado por todos.

Com uma linguagem quase documental, a cineasta adentra as florestas daquele lugar, do qual deveria representar a beleza da região, mas que infelizmente se torna um refúgio para que o ser humano desperte o seu lado mais sombrio. Quem acaba sofrendo é justamente as crianças que a recém estão conhecendo o mundo, mas tendo já desde cedo testemunhando o lado duro e inconsequente do ser humano. Tudo isso e muito mais é representado pela incrível atuação da jovem  Jamilli Correa.

A jovem atriz consegue transmitir os sentimentos de sua personagem através do peso do seu olhar acentuado, do qual o lado inocente vai sendo apagado e dando lugar a um olhar consciente sobre o que realmente está acontecendo. O filme ganha pinceladas de pura tensão, principalmente nas cenas em que o pai leva a filha para a floresta para caçar, quando na verdade ela se torna a caça. Vale destacar que, embora o filme trate de um assunto espinhoso, Marianna Brennand filme como ninguém de uma forma que as cenas jamais se tornem explícitas, mas sim do modo sugestivo e que torna tudo ainda mais pesado.

Acima de tudo, é um filme que mostra a realidade da mulher que acredita não ter outra opção, a não ser se entregar para um beco sem saída mesmo quando há certa esperança. Fátima Macedo interpreta uma mãe que acredita não ter escolha, ao ponto de não fazer nada a respeito com relação ao que acontece a sua filha e deixando a última se vender para um cenário onde jamais deveria ter pisado um dia. Ao menos ainda existem aqueles que se importam em ajudar perante esse quadro, mas talvez isso só não basta.

O filme vem em um momento em que vários setores da sociedade procuram usar os seus status, seja políticos, ou religiosos, para camuflar certos crimes. O crime contra a inocência precisa ser combatido, independente de qual cortina de fumaça esses indivíduos buscam para se esconder e tentar continuar cometendo tais atos. A diretora Marianna Brennand cumpriu o seu papel e cabe a nós darmos o exemplo.

"Manas" é um soco no estômago necessário, pois somente sendo sentido para que a inocência comece a não ser mais molestada por monstros que se dizem ser cidadãos do bem. 

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Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (22/05/25)

LILO & STITCH


Sinopse: Live-action do famoso clássico de animação da Disney, Lilo & Stitch, onde Stitch (Chris Sanders), o experimento 626, é um alienígena expressivo que foi adotado como animal de estimação por Lilo (Maia Kealoha) e juntos eles descobrem o significado de família. 


MISSÃO: IMPOSSÍVEL - O ACERTO FINAL

Sinopse: Ethan Hunt (interpretado por Tom Cruise) e sua equipe da IMF embarcam em uma missão perigosa e de vingança para recuperar uma nova arma que ameaça toda a humanidade e enfrentar o maior vilão de seu passado.

Premonição 6: Laços de Sangue

Sinopse: Atormentada por um pesadelo violento e recorrente, a estudante universitária Stefanie volta para casa para rastrear a única pessoa que, talvez, possa ser capaz de quebrar o ciclo fatal anunciado e salvar sua família da morte terrível que inevitavelmente aguarda todos eles. 

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Cine Dica: Cinemateca Paulo Amorim - Programação 22 a 28 de maio de 2025

HISTÓRIA DE SOULEYMANE

A cinesemana de 22 a 28 de maio destaca três novos filmes na nossa programação. A principal estreia é RITAS, documentário dedicado a Rita Lee, nossa roqueira maior, que morreu há dois anos. Outra novidade é o longa gaúcho OS DRAGÕES, de Gustavo Spolidoro, um drama fantástico sobre um grupo de adolescentes que não convive bem com as mudanças provocadas pela idade. A lista de estreias se completa com A HISTÓRIA DE SOULEYMANE, longa francês sobre o cotidiano difícil de um imigrante africano que tenta se legalizar em Paris.

Os problemas enfrentados pelos imigrantes também são o foco do filme palestino EM RUMO A UMA TERRA DESCONHECIDA, que segue em cartaz por mais uma semana. Outro diálogo proposto pelos longas em exibição aborda a psiquê humana, tema do documentário CRIATURAS DA MENTE, em que o diretor Marcelo Gomes investiga o universo dos sonhos, e de VIRGÍNIA E ADELAIDE, que mostra o encontro das duas mulheres pioneiras da psicanálise no Brasil.

Ainda não viu MANAS? O primeiro longa de ficção da diretora Marianna Brennand foi construído a partir de denúncias sobre as violências sofridas por meninas na região amazônica. Esta é a última semana de exibição dos filmes UMA FAMÍLIA NORMAL, do sulcoreano Jin-Ho Jur, da produção italiana ADEUS, GAROTO e do longa palestino EM RUMO A UMA TERRA DESCONHECIDA.

Confira a programação completa no site oficial da Cinemateca clicando aqui.  

quarta-feira, 21 de maio de 2025

Cine Dica: Streaming - 'Um Pai para Lily'

Sinopse: Lily Trevino inesperadamente faz amizade com um estranho online, que compartilha o mesmo nome de seu pai egocêntrico. O apoio deste novo Bob Trevino poderia transformar sua vida.

As redes sociais atualmente tem sido uma forma das pessoas escaparem de sua própria realidade, mas ao mesmo tempo se perdendo em um mundo virtual que, por vezes, não se leva em lugar algum. Porém, há casos desta ferramenta ajudar a pessoa, mesmo quando esse cenário se torna cada vez mais raro hoje em dia. "Um Pai para Lily" (2025) nos revela a realidade de pessoas que anseiam por carinho e que procuram enfrentar os seus próprios medos através da ajuda do seu próximo.

Dirigido e roteirizado por Tracie Laymon, o filme é inspirado em experiências da própria diretora e da qual decide revelar nas telas. Na trama, a jovem Lily (Barbie Ferreira) se decepciona mais a cada dia buscando ao buscar atenção do seu pai. Por conta do egocentrismo dele, os dois se afastam cada vez mais, o que faz Lily conhecer por acidente pelas redes sociais Bob Trevino, um homem bondoso e que vê na jovem uma forma de se sentir alguém mais vivo e ajudar ela no que for necessário.

O filme em si é uma bela comédia dramática na medida certa, onde a protagonista se vê perdida e abandonada pelo seu próprio pai que somente pensa em si mesmo. Por conta disso, vemos ela procurar ajuda profissional, mesmo quando essa área parece ineficaz perante a sua situação e rendendo momentos de puro humor inteligente e eficaz. Barbie Ferreira se sai muito bem como protagonista, ao nos transmitir uma dor emocional em que a sua personagem enfrenta e que anseia um desejo de alguém lhe ajudá-la e ouvi-la.

É neste ponto então que entra em cena Bob, interpretado por John Leguizamo, que procura se dedicar quase exclusivamente ao trabalho e procura manter um casamento que ainda hoje procura se cicatrizar devido a uma perda no passado. Uma vez que os protagonistas se encontram é então que notamos que eles realmente precisavam ser ouvidos, serem parte de algo novo e ao mesmo tempo complementar um pouco da vida que até então estava sem sentido. A relação, por sua vez, não é nem um pouco forçada, mesmo quando  Lily dá sinais de querer manter amizade a todo custo, mas não beirando ao absurdo.O filme também explora os problemas não resolvidos no passado e que moldam o futuro da pessoa se caso ela não tomar uma providência. Em um determinado momento, por exemplo, Bob ajuda a Lily a confrontar um trauma do passado e do qual lhe prejudicava emocionalmente no decorrer do tempo. Talvez um dos melhores momentos do filme, ao vermos o indivíduo encarar os seus medos e fazer com que eles sejam domados na medida do possível.

Acima de tudo, é um filme que nos fala que é preciso termos um ombro amigo, mas ao mesmo tempo lidarmos com as adversidades da vida sozinho e sermos fortes para enfrentarmos o futuro. Ao mesmo tempo é uma lição de vida com relação a família, sendo que ela não nasce necessariamente através dos laços de sangue, mas sim através do amor verdadeiro e daqueles que realmente acolhem sem pedir nada em troca no futuro. Um filme que possui uma pequena, porém poderosa lição de vida e do qual a gente facilmente se identifica.

"Um Pai para Lily" é uma delicada história de amor e amizade e do qual a maioria de nós se identifica facilmente. 

Onde Assistir: Apple TV+ 

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Cine DIca: PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS DE 22 a 28 DE MAIO

 ESTREIA:

RITAS 

Brasil/ Documentário/ 2025/ 83min

Direção: Oswaldo Santana

Sinopse: O documentário Ritas retrata o inédito arquivo pessoal da trajetória vivida pela rainha do rock brasileiro, Rita Lee. Dando aos fãs a oportunidade de mergulhar na intimidade dela, o longa além de mostrar as referências intelectuais usadas no processo criativo do vasto repertório musical apresentado por ela em sua carreira, também traz depoimentos recentes. Narrado pela própria Rita Lee através de relatos concedidos em entrevistas ao longo de sua carreira, a musa mostra aspectos da sua vida jamais mostrados ao público. Em uma grande homenagem e lotado de carisma, o filme busca relembrar a importância do feminismo no rock’n’roll nacional e a importância da cantora nessa vitória contínua.


EM CARTAZ:

MANAS

Brasil/ Drama/ 2024 / 106 min.

Direção:  Marianna Brennand

Sinopse: Marcielle, de 13 anos, vive em uma comunidade ribeirinha na Ilha do Marajó com o pai, a mãe e três irmãos. Instigada pelas falas da mãe, ela cultua a imagem de Claudinha, sua irmã mais velha, que teria partido para longe após "arrumar um homem bom" nas balsas que passam pela região. Conforme amadurece, Tielle vê suas idealizações ruírem e fica presa entre ambientes abusivos. Ciente de que o futuro não lhe reserva muitas opções, ela decide confrontar a engrenagem violenta que rege sua comunidade.

Elenco:  Jamilli Correa, Fátima Macedo, Rômulo Braga

HOMEM COM H

Brasil/ Cinebiografia/ 2024/ 130 min.

Direção: Esmir Filho

Sinopse: Cinebiografia de Ney Matogrosso, Homem com H apresenta a intensa trajetória do artista desde a infância até se tornar uma das grandes figuras da música e cultura brasileiras. O filme acompanha a origem em Bela Vista no Mato Grosso do Sul e os constantes embates familiares em razão dos preconceitos de seu pai. Ao sair de casa e se mudar para São Paulo, Ney dá início à sua carreira artística. Com uma voz única e uma veia criativa e performática inesquecível, Ney Matogrosso compõe um terço da banda Secos & Molhados e enfileira sucessos como Rosa de Hiroshima e Sangue Latino em meio à repressão da ditadura militar. Passando por cada fase de sua carreira, Homem com H conta a história de vida de um ícone artístico, demonstra sua identidade revolucionária e arrebatadora, seu ímpeto libertário e sua inconfundível presença de palco. Dodos maiores artistas brasileiros da atualidade.

Elenco:  Jesuíta Barbosa, Bruno Montaleone,  Jullio Reis


HORÁRIOS DE 22 A 28 DE MAIO (não há sessões nas segundas-feiras):

14H30: HOMEM COM H

17h: MANAS

19h: RITAS  (ATENÇÃO! DIA 27, TERÇA, NÃO HAVERÁ SESSÃO DE RITAS)


Ingressos: Os ingressos podem ser adquiridos a R$ 14,00 na bilheteria do CineBancários. Idosos (as), estudantes, bancários (as), jornalistas sindicalizados (as), portadores de ID Jovem e pessoas com deficiência pagam R$ 7,00. São aceitos PIX, cartões nas bandeiras Banricompras, Visa, MasterCard e Elo. Na quinta-feira, a meia-entrada é para todos e todas. EM TODAS AS QUINTAS TEMOS A PROMOÇÃO QUE REDUZ O VALOR DO INGRESSO PARA TODOS E EM TODAS AS SESSÕES PARA R$ 7,00.


C i n e B a n c á r i o s 

Rua General Câmara, 424, Centro 

Porto Alegre - RS - CEP 90010-230 

Fone: 51- 30309405