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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (14/08/25)

 Juntos

Sinopse: Em JUNTOS, uma mudança para uma cidade isolada do interior testa os limites da já conturbada relação de Tim e Millie (Dave Franco e Alison Brie). O que poderia ser uma oportunidade para recomeçar logo se transforma em um verdadeiro pesadelo, quando uma força sobrenatural começa a corromper sua relação, suas mentes e seus corpos. À medida que se afastam de tudo o que conheciam, o casal descobre que, para permanecerem juntos, terão que enfrentar um horror muito maior do que o que os separava.

Os Caras Malvados 2 (Sessão Azul)

Sinopse: No novo capítulo da comédia de ação de sucesso da DreamWorks Animation, de 2022, sobre uma trupe de formidáveis animais fora-da-lei, Os Caras Malvados lutam para encontrar confiança e aceitação para sua recente condição de bons moços, quando são forçados, por um esquadrão de mulheres criminosas, a abandonar a aposentadoria para fazer "um último trabalho".


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Cine Dica: Cinesemana de 14 a 20 de agosto de 2025

A cinemasemana de 14 a 20 de agosto destaca o relançamento de um dos principais títulos do cinema brasileiro: CARLOTA JOAQUINA, PRINCESA DO BRAZIL, que volta em cópia restaurada para comemorar seus 30 anos de lançamento e da retomada da produção audiovisual do país nos anos 1990. Outro filme brasileiro que ganha as nossas telas é NO CÉU DA PÁTRIA NESSA INSTANTE, documentário de Sandra Kogut sobre as últimas eleições presidenciais no Brasil. As novidades se completam com a comédia italiana FAZ DE CONTA QUE É PARIS, de Leonardo Pieraccioni, e a cinebiografia NIKI DE SAINT-PHALLE, estreia na direção da francesa Céline Sallete.

Seguindo com a programação de títulos franceses, temos mais uma semana para A PRISIONEIRA DE BORDEAUX, um filme dedicado às questões femininas e protagonizado por Isabelle Huppert, e o emocionante A FANFARRA, sobre a relação entre dois irmãos desconhecidos e que têm a música em comum.

Seguem em cartaz CLOUD, do diretor japonês Kiyoshi Kurosawa, sobre um jovem vendedor que engana seus compradores; e UMA BELA VIDA, do diretor Costa-Gavras, que a partir desta semana ganha o horário das 19h15min.

Confira a programação completa da Cinemateca no site oficial da sala clicando aqui.


quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Cine Dica: Streaming - 'The Sandman'

Embora a HQ "Sandman" tenha sido lançada no final dos anos oitenta eu fui somente conhecê-la vários anos depois, mais precisamente em 2005. A editora Conrad na época surpreendeu o público com o seu lançamento mais do que especial sobre o personagem, ao reunir toda a saga de Morpheus em dez volumes e se tornando na época a coleção definitiva ao ser lançada aqui no Brasil. Mas essa coleção somente existiu por aqui graças ao fato de a HQ ter sido muito bem recebida pelo público brasileiro ao longo dos anos e isso o próprio autor havia sentido quando a série começou a fazer sucesso já no princípio pela editora Globo.

Vencedora de vários prêmios, incluindo até mesmo o prêmio Hugo pela passagem "Sonhos de Uma Noite de Verão", a HQ logo ganhou atenção de vários estúdios, incluindo, logicamente, a Warner que tem até hoje o direito dos personagens do selo Vertigo. Porém, o próprio criador Neil Gaiman fez questão em diversas vezes evitar qualquer adaptação, seja para o cinema ou série de tv, pois ele acreditava que os estúdios jamais seriam fiéis as diversas passagens cheias de camadas e significados que as tramas têm. "Sandman" é uma verdadeira mistura de diversas mitologias, que vai desde a Grega, Nórdica e se enveredando até mesmo para elementos cristãos.

Eis que então a Netflix comprou os direitos para a realização de uma série para a sua grade estrelada pelo personagem, mas tendo total participação de Neil Gaiman. Em duas temporadas, eles adaptaram as passagens de "Prelúdios e Noturnos", Casa de Bonecas" Estação das Brumas e até mesmo algumas passagens curtas que foram vistas em arcos como "Terra dos Sonhos" e "Fábulas e Reflexões". Embora com algumas readaptações aqui e ali é surpreendente a fidelidade que nos é apresentado, sendo que as passagens mais lembradas como, por exemplo, ao de Sandman sendo preso por várias décadas em uma redoma de vidro por um feiticeiro, nos dá uma ideia de que foi mais do que coerente o próprio criador participar da obra como um todo.

Embora desconhecido, o ator Tom Sturridge se sai bem ao encarnar o grande protagonista da saga, muito embora a figura de Sandman sirva mais como guia para adentrarmos nas diversas histórias em que personagens secundários acabam se tornando os verdadeiros protagonistas. Prova disso é a passagem clássica "O Som de Suas Asas", em que Morpheus acompanha as suas irmãs Morte e aqui vivida com total competência pela atriz Kirby Howell-Baptiste. E se essa passagem nos emociona com a sua fidelidade esperem para ver o conto "Homens de Boa Fortuna", desde já uma das minhas HQ favoritas de Sandman e que aqui ganha uma adaptação digna de nota.

A fidelidade é tamanha que impressiona o fato deles terem conseguido adaptar fielmente também a história "24 Horas", da qual se passa na cafeteria e cujo vilão John Dee, vivido pelo ator David Thewlis, comanda um verdadeiro inferno dentro do local através do rubi do protagonista. De longe o melhor episódio da série, pois ela possui uma carga pesada, onde os personagens se veem na ânsia de colocarem para fora todas as suas emoções, mas desencadeando situações irreversíveis. Mas embora essas passagens citadas sejam incríveis nem tudo são flores.

O arco "A Casa de Bonecas" é o meu preferido dos dez volumes, só que aqui faltou um pouco de ritmo na adaptação, sendo que os realizadores deram uma resumida em diversas passagens e fazendo eu sentir a maior falta do verdadeiro conto sobre Chapeuzinho Vermelho e o Lobo Mal, contada pelo personagem Gibert, mas que aqui foi completamente excluído. Ao menos os personagens como Coríntio, o já citado Gibert e Rose Walker foram muito bem adaptados e isso sem contar que Mason Alexander Park dá um verdadeiro show de atuação toda vez que surge na pele da personagem Desejo.

Resumidamente, as duas temporadas correspondem com todos os desejos que os fãs tinham com relação a ideia de uma adaptação da saga do Sonho para uma outra mídia. Porém, como eu disse acima, nem todas as passagens foram adaptadas, muito embora alguns personagens ganham rapidamente o seu espaço, como por exemplo uma personagem importante vista no arco "Um Jogo de Você" e que não foi adaptado para a série. Curiosamente, alguns personagens ganham maior relevância na adaptação, como no caso de Johanna Constantine e sua antepassada.

Mesmo somente com duas temporadas, "The Sandman" será lembrada com uma bela adaptação do conto do escritor Neil Gaiman e provando que toda adaptação feita de coração rende algo muito maior do que a gente imaginava. 

Onde Assistir: Netflix. 

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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS 14 A 20 DE AGOSTO

 "Os Enforcados”, novo filme de Fernando Coimbra, e “Placar: A Revista Militante” são as estreias de 14 de agosto no CineBancários

Longa francês “A Prisioneira de Bordeaux”, com Isabelle Huppert, segue em cartaz pela segunda semana. O CineBancários apresenta, em 14 de agosto, a estreia de dois filmes nacionais: o longa "Os Enforcados", de Fernando Coimbra (“O Lobo Atrás da Porta”, “Narcos”, “Perry Mason”), e o documentário “Placar: A Revista Militante”.

Assim como “O Lobo Atrás da Porta” (2013), que marcou a estreia de Coimbra na direção de longas-metragens, “Os Enforcados” é o primeiro trabalho do cineasta no Brasil após a direção de episódios das séries internacionais “Narcos”, “Outcast” e “Perry Mason” e do filme “Castelo de Areia”, com Nicholas Hoult e Henry Cavill. 

Em “Os Enforcados”, Valério (Irandhir Santos) e Regina (Leandra Leal) formam um casal vivendo confortavelmente na Zona Oeste do Rio de Janeiro, graças ao império do jogo do bicho construído pelo pai e pelo tio dele. Valério, que acredita ter mantido suas mãos limpas, precisa lidar com as pendências de sua família, em um meio que obedece a leis próprias. Incentivado pela ambiciosa mulher, ele tenta uma jogada que ambos consideram infalível.

“‘Os Enforcados’ é, antes de tudo, sobre um casamento”, diz Fernando Coimbra. “O casal sela um pacto e faz um plano de vida que é incapaz de cumprir. Só que esse plano, aqui, se faz a partir de um crime. Um último crime que os levaria em direção à realização dos seus sonhos. Mas a realidade é muito diferente do sonho, e as coisas desandam.”

O cineasta inspirou-se em “Macbeth”, de William Shakespeare, mas quis contar a história pela perspectiva de Lady Macbeth. Em “Os Enforcados”, como na peça, os dois personagens se veem presos em uma escalada de ambição e violência, em uma tragédia à brasileira, com uma boa dose de humor ácido. “O jogo do bicho é um pano de fundo para retratar esse universo corrupto que eles habitam. Mas o filme é construído em cima dos personagens”, diz o diretor. “Ele disseca essas personalidades em todas as suas camadas e explora essa dinâmica de jogo de poder que a grande maioria das relações passionais tem.”

Placar, uma revista esportiva que ousa ir além das quatro linhas do campo

Dirigido por Ricardo Correa e Sérgio Xavier Filho, "Placar: A Revista Militante" resgata a história da icônica revista esportiva que marcou época no jornalismo brasileiro e influenciou gerações. Com depoimentos de craques como Pelé, Zico e Casagrande, além de mestres do jornalismo como Juca Kfouri, Mauro Beting e Paulo Vinicius Coelho (PVC), o filme é um mergulho no papel transformador da imprensa esportiva em momentos cruciais da história do Brasil.

Sob o pretexto de falar de futebol, a revista Placar ousou denunciar a censura, escancarou os bastidores do esporte como palco de lutas políticas e deu voz aos jogadores em tempos de opressão. O documentário costura imagens de arquivo raras e impactantes com entrevistas marcantes, tecendo uma narrativa que revela a coerência, a irreverência e o compromisso da publicação com a verdade — mesmo diante de regimes autoritários e resistências internas.

Ao longo de 1 hora e 40 minutos, o longa percorre desde os tempos de repressão aos quartéis, passando pela campanha do "passe livre" com Afonsinho, até os movimentos da Democracia Corinthiana, liderados por nomes como Sócrates e Casagrande. Este último, aliás, dá ao documentário um ponto de vista inédito: o do jogador que sabia o peso de sua imagem impressa e sua participação em um movimento político-cultural.

O filme também lança luz sobre momentos de mea culpa, como o reconhecimento da postura machista e misógina da revista em décadas anteriores — e a mudança de postura ao longo do tempo. Como sintetiza o próprio documentário, Placar – A Revista Militante é um filme necessário: é história e jornalismo no avesso da velocidade efêmera das redes.

PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS DE 14 a 20 DE AGOSTO


ESTREIAS:


PLACAR A REVISTA MILITANTE

Brasil/ Documentário/ 2024/ 101 min.

Direção: Ricardo Corrêa e Sérgio Xavier Filho

Sinopse: Sob o pretexto de falar de futebol, a revista Placar ousou denunciar a censura, escancarou os bastidores do esporte como palco de lutas políticas e deu voz aos jogadores em tempos de opressão. Entre gols históricos e imagens raras, o filme resgata o papel do jornalismo esportivo, mostrando como a paixão pelo futebol pode se tornar um ato de coragem e militância.


OS ENFORCADOS

Brasil/ Drama/ 2024/ 123min.

Direção: Fernando Coimbra

Sinopse: Em um Rio de Janeiro tomado pelo crime, o casal Valério e Regina se vê envolvido em dívidas e traições herdadas da família de Valério. Uma noite, eles encontram o plano perfeito. Mas, ao executá-lo, são sugados por uma espiral de violência que parece não ter fim.

Elenco: Leandra Leal, Irandhir Santos, Thiago Thomé, Pêpê Rapazote, Ernani Moraes, Augusto Madeira, Ricardo Bittencourt


EM CARTAZ:


A PRISIONEIRA DE BORDEAUX

França/ Drama/ 2024/108 min.

Direção: Patricia Mazuy

Sinopse: Alma, sozinha em sua casa imensa, e Mina, mãe solteira de um conjunto habitacional em outra cidade, organizaram suas vidas em torno das visitas que fazem aos respectivos companheiros presos. Quando as duas mulheres se encontram na antessala da área de visitas, uma amizade improvável se inicia.

Elenco: Isabelle Huppert, Hafsia Herzi, Noor Elsari, Jean Guerre Souye, Julien William Edimo, Jana Bittnerova, Magne Havard Brekke, Lionel Dray, Robert Plagnol, Julia Vivoni, Lola Jehl



HORÁRIOS DIAS 14,15, 16, 17 E 20  DE AGOSTO(não há sessões nas segundas-feiras):

15H: A PRISIONEIRA DE BORDEAUX

17h: PLACAR, A REVISTA MILITANTE

19h: OS ENFORCADOS


HORÁRIOS DIA 19 DE AGOSTO:

15H: A PRISIONEIRA DE BORDEAUX

17h: OS ENFORCADOS

19h: PLACAR, A REVISTA MILITANTE - APÓS A SESSÃO HAVERÁ UM DEBATE COM OS CONVIDADOS: CARLOS GERBASE, NANDO GROSS E


        ANTONIO VICENTE MARTINS.


Ingressos

Os ingressos podem ser adquiridos a R$ 14 na bilheteria do CineBancários. Idosos (as), estudantes, bancários (as), jornalistas sindicalizados (as), portadores de ID Jovem e pessoas com deficiência pagam R$ 7. São aceitos cartões nas bandeiras Banricompras, Visa, MasterCard e Elo.

Na quinta-feira, a meia-entrada (R$ 7) é para todos e todas.


CineBancários

Rua General Câmara, 424 – Centro – Porto Alegre

Mais informações pelo telefone (51) 3030.9405 ou pelo e-mail cinebancarios@sindbancarios.org.br


C i n e B a n c á r i o s 

Rua General Câmara, 424, Centro 

Porto Alegre - RS - CEP 90010-230 

Fone: 51- 30309405

terça-feira, 12 de agosto de 2025

Cine Dica: Em Cartaz - 'Como Treinar o Seu Dragão'

Sinopse: Soluço é um jovem viking que não tem capacidade para lutar contra os dragões, como é a tradição local. Sua vida muda quando ele ajuda um dragão que lhe mostra toda a verdade.  

Devido à falta de ideias criativas a Disney decidiu nestes últimos dez anos filmar novas versões dos seus clássicos animados em versões live action, das quais se tornaram grandes sucessos, mas não escapando de serem duramente criticadas, pois a maioria das versões não tem personalidade própria e vivendo somente da sombra dos clássicos. Isso não impediu de o estúdio arrecadar bilhões para os seus cofres e fazendo com que se tornasse questão de tempo para que a concorrente DreamWorks pensasse em seguir o mesmo caminho. Eis que então surge a versão com atores de "Como Treinar o Seu Dragão" (2025), mas que felizmente possui personalidade própria mesmo a gente já conhecendo de antemão a história.

Assim como o clássico, a trama se passa na ilha de Berk, onde vikings e dragões convivem em constante conflito. Soluço (Mason Thames), é um jovem imaginativo e subestimado pelo pai, o Chefe Stoico (Gerard Butler), mas que certa vez ele conhece o Dragão da Noite, do qual ele o apelida de Banguela e de ambos nasce uma forte amizade. Não demorará muito para que esse acontecimento mude o curso daquele fantástico cenário.

Baseado no livro escrito por  Cressida Cowell, o filme extrai mais de sua fonte original do que ser uma mera cópia da animação. Porém, algumas passagens soam semelhantes, como o primeiro contato da dupla de protagonistas e das primeiras interações entre ambos que acabaram conquistando o público. Banguela, por sua vez, está extremamente idêntico se compararmos a versão animada e ganhando até mesmo peso nas cenas.

Falando nisso, é preciso reconhecer que o estúdio se esforçou para que os efeitos digitais não soassem tão falsos, mesmo sendo uma reconstituição de um conto fantástico. Aqui sentimentos, tanto o peso, como também os sentimentos do simpático dragão em cena e fazendo que a sua interação com Soluço se torne novamente o coração do filme como um todo. Vale destacar a ótima atuação de Mason Thames como o protagonista, já que ele em nenhum momento atua de forma caricata e respeitando a sua versão animada.

Claro que o filme não é nenhum Game of Thrones em termos de escala visual, sendo que o visual dos Vikings não é algo verossímil e se casando mais com a proposta apresentada no filme original. Ao menos em termos de ação o filme tem outro ponto a favor, principalmente no ato final que se torna cada vez mais emocionante na medida em que a escala aumenta e crescendo cada vez mais o perigo perante os protagonistas. Quem é fã do clássico animado sabe muito bem como a história termina, mas nada que atrapalhe a experiência cinematográfica.

"Como Treinar o seu Dragão" é uma prova que as versões em live action de clássicos animados podem sim ter personalidade própria, desde que seja feito com paixão, perfeccionismo e não como o mero proposito para arrecadar dinheiro. 

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Cine Dica: Programação Cinemateca Capitólio - 14 a 20 de agosto de 2025

 
Carlota Joaquina


CINECLUBE VESTÍGIO APRESENTA FILME DE BRUCE LABRUCE

Encerrando a mostra “À Flor da Pele”, o Cineclube Vestígio exibe o filme O Puto Veste Branco em sua primeira sessão em parceria com a Cinemateca Capitólio. Dirigido pelo artista Bruce LaBruce, uma das maiores referências do cinema queer contemporâneo, a obra transpõe a ação dos antigos estúdios de cinema para a prostituição masculina contemporânea e a indústria pornográfica. A projeção, acompanhada de debate, acontece no domingo, dia 17 de agosto, às 18 horas. A entrada é franca.

Mais informações: https://www.capitolio.org.br/eventos/9135/cine-vestigio-o-puto-veste-branco/


CINEMA BRASILEIRO RESTAURADO EM CARTAZ

A partir de quinta-feira, 14 de agosto, Cinemateca Capitólio exibe dois clássicos do cinema brasileiro em cópias restauradas: Carlota Joaquina, Princesa do Brazil, de Carla Camuratti, e Iracema – Uma Transa Amazônica, de Jorge Bodanzky e Orlando Senna. O valor do ingresso é R$ 16,00.

Mais informações: https://www.capitolio.org.br/programacao/


NOVO FILME DE PATRICIA MAZUY

A Prisioneira de Bordeaux ganha exibições na Cinemateca Capitólio. Protagonizado por Isabelle Huppert, o mais novo filme de Patrícia Mazuy, uma das diretoras francesas mais renomadas da atualidade, estreou no festival de Cannes de 2024. O valor do ingresso é R$ 16,00.

Mais informações: https://www.capitolio.org.br/eventos/9123/a-prisioneira-de-bordeaux/


GRADE DE HORÁRIOS

14 a 20 de agosto de 2025


14 de agosto (quinta-feira)

15h – A Prisioneira de Bordeaux

17h – Cloud – Nuvem da Vingança

19h15 – Carlota Joaquina, Princesa do Brazil


15 de agosto (sexta-feira)

15h – A Prisioneira de Bordeaux

17h – Cloud – Nuvem da Vingança

19h15 – Iracema – Uma Transa Amazônica


16 de agosto (sábado)

15h – A Prisioneira de Bordeaux

17h – Carlota Joaquina, Princesa do Brazil

19h – FURUSATO: Um Lugar para Voltar + Memórias do Sul 


17 de agosto (domingo)

15h – Cloud – Nuvem da Vingança

18h – Cineclube Vestígio: O Puto Veste Branco 


19 de agosto (terça-feira)

15h – A Prisioneira de Bordeaux

17h – Cloud – Nuvem da Vingança

19h15 – Iracema – Uma Transa Amazônica


20 de agosto (quarta-feira)

15h – A Prisioneira de Bordeaux

17h – Cloud – Nuvem da Vingança

19h15 – Carlota Joaquina, Princesa do Brazil

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Cine Dica: Em Cartaz - 'Paterno'

Sinopse: Imobiliário usa de todos os métodos para construir um grande prédio em uma área popular. Porém, irá descobrir que não é tão simples assim.   

Nos últimos anos eu tenho reparado cada vez mais filmes que exploram a questão sobre áreas populares sendo substituídas por grandes prédios e revelando a divisão de classes, seja ela vista no Brasil ou no mundo. O próprio "Aquarius" (2016) explora essa questão, onde o capitalismo desenfreado não se importa com a história plantada já há muito tempo em uma simples casa e desejando que ela seja dizimada. "Paterno" (2025), por sua vez, explora o lado do explorador, mas do qual se vê perdido em uma realidade da qual já não mais lhe pertence.

Dirigido por Marcelo Lordello, o filme conta a história de Sérgio (Marco Ricca) que vive entre as heranças duvidosas repassadas pelo pai já enfermo, e as tentativas de manter contato com o filho, à beira da idade adulta. Um personagem em crise, que se vê desconectado de seu tempo, mas que procura usar todos os métodos para realizar o sonho da construção de um prédio em uma área popular. Porém, segredos do passado vêm à tona e fazendo questionar qual o seu lugar neste mundo.

O filme chega em um momento em que o Brasil se encontra dividido entre a defesa do seu patrimônio, ou se deixar em voltar a ser o quintal dos EUA. Enquanto não se sabe o que irá acontecer em nosso futuro, é curioso observar que há um atrito entre classes do lado de dentro do país, onde poderosos usam de todos os métodos para colocar em prática os seus objetivos, nem que para isso custe a vida de pessoas que lutaram pelos seus direitos. O longa, por sua vez, fala sobre os atritos internos daqueles que acreditam terem o poder, quando na verdade não passam de uma engrenagem maior e que pode ser facilmente descartada.

Interpretado com intensidade por Marco Ricca, o protagonista Sérgio, em um primeiro momento, aparenta ter o controle com relação aos seus objetivos, mas aos poucos descobre que pode ser facilmente descartado, seja pelos seus superiores, como também pela sua própria família se for necessário. Ao mesmo tempo, é interessante a sua interação com o seu filho (Gustavo Patriota) que aparenta não saber ao certo no que o seu pai se envolve, mas escolhendo um lado do qual Sérgio desconhece.

Curiosamente, há elementos que revelam que o protagonista já foi alguém desprendido deste sistema do qual se encontra envolvido, onde o seu gosto pela música de antigamente revela alguém que acreditava em uma causa, mas que acabou se afogando em promessas vindas de sua própria família. Marcelo Lordello procura construir um clima mórbido nesta realidade em que o protagonista vive, das quais as cores de tempos mais dourados se encontram somente estampas de discos de vinil que simbolizam uma época que já não existe mais, mas que serviria de exemplo para lembrá-lo de quem já foi um dia. Uma vez que Sérgio descobre um lado até então desconhecido do seu pai é então que ele entra em um conflito interno que irá perdurar até o final do longa como um todo.

Acima de tudo, é um filme sobre a crise de identidade que a sociedade brasileira está vivendo atualmente, onde ela não sabe ao certo em que acreditar e dividindo cada vez mais o país. Portanto, ao vermos o protagonista perdido no trânsito em meio a poluição sonora é o simbolismo de um país afogado de diversas informações e não sabendo por onde recomeçar. Um momento de pessimismo, mas que provoca a nossa reflexão como um todo.

"Paterno" fala sobre laços de sangue em conflito e ao mesmo tempo revelando o indivíduo brasileiro cada vez mais perdido nestes tempos indefinidos. 

  

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