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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Cine Especial: Clube de Cinema de Porto Alegre: 'Pássaros de Verão' - Era uma vez na Colômbia

Sinopse: Na década de 1970, na Colômbia, uma família de nativos do clã Wayuu se envolve com o tráfico de maconha e cocaína, gerando uma guerra entre eles próprios.

Já faz tempo que a América do sul apresenta uma história marcada por conflitos. Da colonização até os mais recentes atritos  por conta do tráfico de drogas, esses momentos tem moldado a região e criado traumas que difcilmente serão esquecidos. "Passaros de Verão” sintetiza bem isso ao criar um crítico comentário sobre a escalada do tráfico no norte da Colômbia ao mesmo tempo em que fala sobre as perdas da tradição de uma população indígena da região.
“Pássaros de Verão” conta a história sobre o tráfico de maconha gerenciada por Rapayet (José Acosta), que, por acaso, descobre uma demanda deste produto por traficantes dos EUA. No início, Rapayet realiza esse serviço para conseguir comprar os animais necessários para o dote de sua futura esposa, Zaida (Natalia Reyes). Após verificar o sucesso e as possibilidades de enriquecimento, as famílias do casal se unem para melhorar suas condições de vida. “Pássaros de Verão” então desenvolve o seu roteiro entre os anos de 1968 e 1979, mostrando a ascensão e violenta queda deste clã.
É a partir dessa ligação com o tráfico que o destino de Rapayet é moldado. Violência, complo e crimes misturam-se às relações com as tradições indígenas em uma complexa rede onde interesses próprios, familiares e comerciais se misturam como um todo. O filme se passa entre o final dos anos 60 e o início dos anos 80, em uma época na qual o tráfico de cocaína na Colômbia ainda não era um problema local, e aponta o dedo pela a presença dos americanos tanto na questão das drogas quanto na tentativa de intervir politicamente na sociedade colombiana ao vangloriar o capitalismo.
A primeira surpresa que nos traz "Pássaros de verão" é no seu cenário em que ocorrem os principais acontecimentos. Quem espera de um filme sobre indígenas colombianos as exuberantes florestas amazônicas terá esses pensamentos completamente desfeitos. As paisagens aqui são desérticas e a aridez do espaço estará presente em todo o filme. Se no filme anterior de Ciro Guerra, o maravilhoso "O abraço da serpente" (2015), deparávamos com um belo preto e branco, aqui a fotografia cuidadosa de David Gallego fortifica  as cores dos tecidos indígenas, em contraste com as cenas do deserto.
A narrativa busca em um primeiro momento contemplar a perspectiva indígena, mas abandona-a à medida que o protagonista deixa de lado os costumes de seu povo. Simbólico neste sentido é o bunker em que o protagonista e sua família passam a viver isolados de seu grupo étnico, no meio do deserto.
“Pássaros de Verão” causa grande comoção e inumeras surpresas, mesmo quando essa guerra atual do tráfico se tornou comum em seu dia a dia.  


Nota: Filme exibido para associados no último sabado (14/12/19). 

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quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Cine Dica: ‘A Rosa Azul de Novalis’ , estreia no CineBancários no dia 19 de dezembro na sessão das 19h


Após passar pela seleção oficial dos festivais Berlinale, Cinéma du Réel, Indie Lisboa, e ter sido eleito Melhor longa-metragem da competitiva nacional do XV Panorama Internacional Coisa de Cinema, A Rosa Azul de Novalis, de Gustavo Vinagre e Rodrigo Carneiro, será exibido no Festival do Rio, que acontece entres os dias 09 e 19 de dezembro, no Rio de Janeiro.
Com distribuição da Sessão Vitrine e produção da Carneiro Verde Filmes, o longa apresenta Marcelo (Marcelo Diorio), um homem que vive relembrando o passado, inclusive outras encarnações. Numa delas, diz ter sido o poeta alemão Novalis, que dedicou a vida em busca de uma mítica rosa azul.
A partir de Marcelo, seus dilemas e suas buscas, os diretores pretendem chamar atenção para o ânus, tornando esse buraco, considerado obscuro, o ponto de partida para a compreensão do personagem. “Colocar o cu em evidência nos parece essencial, uma vez que em 8 países o sexo anal pode levar à pena de morte e em mais de 80 países à prisão perpétua. Sem embargo, o cu é um centro produtor de excitação e prazer, é uma fábrica de reelaboração do corpo e de suas perspectivas, pois ele não está destinado a reprodução humana, colocando o sistema tradicional da representação sexo/gênero abaixo. O cu é democrático, todos podem acessá-lo, afinal, cada um tem o seu”, explicam os diretores.
A proposta dos realizadores foi fazer um filme com um personagem e não sobre um personagem, abordando todos os aspectos deste, não apenas o seu lado “bonito”. Vinagre e Carneiro comentam o processo criativo, ‘Nosso trabalho parte sempre de uma realidade, para recriá-la, transformá-la em algo que de alguma forma possa colocar o espectador em xeque sobre algumas questões geralmente consideradas tabu, e ao mesmo tempo muitas coisas são também colocadas em xeque para o personagem que atua como si mesmo, e para nós, que dirigimos. Há sempre uma jornada de autoconhecimento. Não à toa, todos os nossos filmes tematizam traumas, e são extremamente falados, como numa sessão de psicanálise. A Rosa Azul de Novalis não foge disso’.

Sinopse
Marcelo, um dândi de cerca de 40 anos, possui uma memória inigualável. Revive lembranças familiares em sua cabeça e tem recordações de suas vidas passadas. Em uma delas, foi Novalis, poeta alemão que perseguia uma rosa azul. E nessa vida atual, o que Marcelo persegue?


Fica técnica
Brasil, 72 min. I indicação: 18 anos
Direção: Gustavo Vinagre e Rodrigo Carneiro
Elenco: Marcelo Diorio, Majeca Angelucci, Marcos Hermanson Pomar, Thais de Almeida Prado, Estela Lapponi, Beatriz Pomar, Rafael Rudolf e Christian Sedemaka
Roteiro: Gustavo Vinagre e Marcelo Diorio
Produção: Rodrigo Carneiro e Gustavo Vinagre
Produção de set: Edson Costa
Assistente de Direção: Beatriz Pomar
Fotografia: Bruno Risas
Assistente de Fotografia: Wilssa Esser
Som Direto: Ruben Valdés
Microfonista: Rodney Blanco
Música: Dominico Scarlatti - Fandango
Direção de Arte: Gabriel Pessoto
Figurino: João Marcos de Almeida
Maquiagem: Alma Negrot
Edição: Rodrigo Carneiro
Efeitos: Paulo Bueno e João Marcos de Almeida
Correção de Cor: Natalia Nora Martínez
Preparação de elenco: Gilda Nomacce
Arte do cartaz: Gabriel Pessoto
Design do cartaz: João Marcos de Almeida
Tradução para o inglês: Adriana Davanzzo
Biografia dos diretores
Gustavo Vinagre graduou-se em Letras pela USP. É formado em roteiro pela Escuela Internacional de Cine y Televisión de San Antonio de los Baños, Cuba. Dirigiu os filmes: Dykeland (2009), parte do longa Fucking Differente, Filme para Poeta Cego (2012), La Llamada (2014), Nova Dubai (2014), Os cuidados que se tem com o cuidado que os outros devem ter consigo mesmos (2016) e Filme Catástrofe (2017) - 28º Festival Internacional de Curtas de São Paulo.
Rodrigo Carneiro é licenciado em história pela Universidade Federal de Ouro Preto. Se formou em montagem no curso regular da Escuela Internacional de Cine y Televisión de Cuba - EICTV. Foi pesquisador convidado do departamento de cinema da Faculty of Fine Arts da Universidade de Concordia - Montreal. Escreveu e dirigiu os curtas Marília, Microsieverts e Copyleft e o longa “A rosa azul de Novalis”, co-dirigido com Gustavo Vinagre. Editou diversos curtas, médias e longas metragens. Rodrigo é professor de montagem e trabalha como produtor executivo no Prodav das Tvs Públicas Ancine/FSA/EBC.

SOBRE A SESSÃO VITRINE
Projeto de distribuição coletiva que lança um filme por mês, com sessões diárias e ingressos de valor reduzido, promovendo debates e maior acessibilidade aos filmes. Realizado pela Vitrine Filmes, destaca-se por sua preocupação em fomentar a formação de público e por uma curadoria que zela pelo fortalecimento de um audiovisual descentralizado. São lançados pelo projeto, simultaneamente nos cinemas e nas plataformas digitais, filmes realizados em diferentes estados, de diversos gêneros narrativos, que apresentam temáticas plurais e afirmativas. Dessa maneira, vem se consolidando como um projeto que atua na construção de um cinema diversificado.

Assessoria de Imprensa
Mariana Ribeiro – mariana@vitrinefilmes.com.br
Tel: (11) 3081.0968 (11) 99328.1101

C i n e B a n c á r i o s 
Rua General Câmara, 424, Centro 
Porto Alegre - RS - CEP 90010-230 
Fone: (51) 34331205

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Cine Dica: LIBERDADE É UMA GRANDE PALAVRA, de Guillermo Rocamora , estreia no CineBancários no dia 19 de dezembro na sessão das 17h


Ano de Produção 2018
País de Produção URUGUAI/BRASIL
Gênero DOCUMENTÁRIO
Festival Categoria Ano
IDFA Mostra Competiva 2018
É TUDO VERDADE Competição Latino Americana 2019
Em LIBERDADE É UMA GRANDE PALAVRA , que estreia no CineBancários no dia 19 de dezembro, às 17h, depois de treze anos em Guantánamo, Mohammed é libertado e tranferido para o Uruguai. Tem uma segunda oportunidade; começar uma vida em liberdade em um lugar desconhecido. Mas "liberdade" é uma palavra grande com um significado muito complexo.

Sinopse: Mohammed passou 13 anos no campo de detenção na Base Militar Americana de Guantánamo, onde foi submetido à fome, à tortura e à humilhação. Aos 38 anos, este dtento palestino tem a chance de uma escolha : ficar em Guantánamo ou começar uma nova vida no Uruguai, o único país que lhe abriu as portas. Lá ele teria teria casa e um auxílio financeiro do governo por dois anos, mas passado esse período estaria por conta própria.
Seguimos Mohammed, um homem calmo e muito devoto, neste recomeço. Da chegada em sua nova pátria até o final do período de dois anos de apoio do governo.  Ele estuda espanhol, aprende a dirigir, reza, faz cursos, entra em contato com sua família palestina e, junto com sua esposa uruguaia, enfrenta o desafio da nova vida.
Mohammed lida com a burocracia local e, mesmo em silêncio, seus olhos dizem tudo. Em alguns momentos, nós o ouvimos em off relembrando os dolorosos anos em Guantánamo. Mas nunca perdemos o foco na nova vida, na busca por trabalho… Mas quem o aceitará?
“Liberdade é uma Grande Palavra” mostra como a  vontade de recomeçar pode ser sufocada pela realidade, levando à sensação de impotência e revelando a complexidade da vida depois de Guantánamo.  


Elenco
Mohammed Taha Matan
Ficha Técnica (Equipe)
Direção: Guillermo Rocamora
Argumento: Guillermo Rocamora e Santiago López
Roteiro: Guillermo Rocamora
Direção de Fotografia: Andrés Boero Madrid e Guillermo Rocamora
Som Direto: Andrés Castro, Fabián Oliver, Hernán Gonzales, Pablo de Vargas e Rafael Alvarez
Montagem: Victoria Lammers, Guillermo Madeiro e Juan Ignacio Fernández
Desenho de Som: Rafael Alvarez
Música Original: Diogo Poças
Produção Executiva: Santiago López, Carla Ponte e Daniel Méndez
Coprodução: Matias Mariani, Carla Ponte, Juliana Funaro e Renata Wolter
Produção Associada: Daniel Méndez
Produção: Diego Robino e Santiago López

Bio Diretor(es)
Guillermo Rocamora nasceu no Uruguai em 1981. Estudou Ciências da Comunicação na Universidade da República e Roteiro na Escola Internacional de Cinema e Televisão de Cuba. Ele também participou da oficina literária do autor Mario Levrero. Guillermo foi assistente de produção no longa-metragem "Uísque" de Juan Pablo Rebella e segundo assistente de direção em "La Perrera" de Manolo Nieto. Em 2004 escreveu e dirigiu seu primeiro curta-metragem de ficção "Conexiones" e, em 2007, este junto com Javier Palleiro, codiretor do curta-metragem "Buen Viaje" (seleção Oficial de Cannes 2018). Em 2013 Guillermo escreveu e dirigiu o documentário "La esencia de Carolina Herrera de Báez" para o Discovery Channel. Em 2014 dirigiu uma série de documentários sobre o traficante colombiano Pablo Escobar para a Fusion TV (EUA). Dirigiu o documentário "Liberdade  é uma Grande Palavra" selecionado para o IDFA 2018. No momento encontra-se captando recursos para seu próximo projeto de ficção.

Bio Produtora(s)
A Oriental Features é uma produtora com vasta experiência, longas-metragens, séries de TV e serviços de produção. Entre as nossas produções mais destacadas estão "El Motoarrebatador" (Seleção Oficial - Quinzena dos Diretores. Cannes 2018), "El Otro Hermano" (2017) e "Severina" (2017).
Prestamos serviços de produção para clientes como: HBO, Netflix, FOX, K&S Films, Recursos RT, Discovery Channel, entre outros.
Durante a última década, a PRIMO FILMES se dedicou a criar conteúdo comprometido, de relevância social e altamente atraente. Isso resultou em uma filmografia reconhecida internacionalmente que é inovadora tanto na narração quanto no artesanato visual. Seu primeiro longa-metragem, "O Cheiro do Ralo, foi um dos filmes independentes mais bem-sucedidos de todos os tempos entre a crítica pública e brasileira. Teve sua estréia internacional no Sundance Film Festival. Desde então, Primo produziu filmes que participaram da maioria dos principais festivais internacionais de cinema, como Cannes (Semana da Crítica e Quinzena dos Apaziguadores), Locarno, Berlim e Toronto, e que foram exibidos em grandes canais como HBO, Netflix. , Turner, Discovery, Globosat, Disney, entre outros. 

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segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Cine Especial: Clube de Cinema de Porto Alegre: Trilha Sonora ao vivo - 'O Inquilino' (1927)

NOTA: O filme será exibido para associados e não associados as 19h na Sala Redenção.   

Sinopse: "O Vingador" é um serial killer que ataca jovens mulheres em Londres. Jonathan Drew (Ivor Novello) chega à pensão do casal Bounting (Arthur Chesney e Marie Ault) em busca de um quarto para alugar. 

Quando o filme mudo e em preto e branco O Artista de 2011 levou o Oscar de melhor filme, muitos críticos se perguntavam qual era o próximo caminho do cinema. Em tempos de telas Imax, ou em 3D, se percebe que há um público que gosta de olhar para o passado e desfrutar de tempos mais simples e nostálgicos. Assistir a um filme mudo da forma como ele era apresentado, ou seja, com trilha sonora ao vivo, é uma experiência deliciosa para aqueles que desfrutam das velhas raízes de um bom cinema.
O projeto Trilhas Filmadas, apresentada na Cinemateca Capitólio Petrobras, é uma oportunidade única de revermos velhos clássicos e apresentados da maneira como eles haviam sido vistos pela primeira vez em seu ano de lançamento. Ano passado, por exemplo, tive o privilégio de assistir a uma sessão do filme Metrópolis (1927), cuja copia restaurada (encontrada anos atrás na Argentina) se alinhava com perfeição com a trilha composta ao vivo naquela vez. Novamente esse final de semana eu tive a chance de ter novamente uma experiência como aquela, ao assistir o clássico O Inquilino (The Lodger, 1927) do mestre Alfred Hitchcock.
The Lodger é o primeiro thriller de Alfred Hitchcock, e também sua primeira obra-prima. É uma das obras máximas do cinema mudo. A narrativa visual do cinema mudo de The Lodger foi interpretada por músicas e canções de músicos representativos da cena eletrônica, guitarbands, jazz e rock de Porto Alegre. Ao vivo criam orquestrando performances em uma nova trilha sonora para The Lodger. Logo, o presente projeto busca recriar uma atmosfera sonora contemporânea através de breves intervenções sonoras e momentos dedicado a canções autorais. A banda é composta por Leandro Schirmer (instrumentos, vozes e produção), Zaracla (Guitarra, teclado e voz), Martha Buzin (voz), Souto Rodrigo (Bateria, Synth e DrumMachine), Zarpa (guitarra), Fabian Steinert (baixo). Participações especiais: EL NEGRO, DANCEADELIC, LOUISE BOECK.
Embora o rock possa soar um tanto estranho em alguns momentos durante a projeção, a sessão ganha bons contornos conforme ela avança. O ponto alto fica por conta de Zaracla e Martha Buzin quando soltam a voz, em momentos em que uma história de amor surge em meio a uma trama policial sombria e com requintes expressionistas. Embora os minutos finais deixem claro que houve uma intromissão dos produtores para deixar o filme mais receptivo para o público da época, o filme não perde o seu brilho ao servir de exemplo sobre um grande cineasta autoral que estava surgindo naquele tempo.     

Nota: crítica minha escrita em 23 de julho de 2018. 


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domingo, 15 de dezembro de 2019

Cine Dica: Clube de Cinema organiza sessão musicada de clássico do cinema mudo de Hitchcock


Na última semana de programação regular da Sala Redenção – Cinema Universitário em 2019, os clássicos  serão as grandes atrações. O filme mais recente será O Batedor de Carteiras, de 1959 e dirigido por Robert Bresson. Todas as produções são da década de 50, exceto uma: O Inquilino (1927).
A primeira produção do gênio do cinema, Alfred Hitchcock, foi feita ainda na época do cinema mudo. No entanto, para conduzir o suspense de maneira mais apropriada o artista Max Sudbrack fará uma sessão musicada do longa na Sala Redenção com piano e sintetizador ao vivo. A sessão especial faz parte da programação do Clube de Cinema de Porto Alegre, parceiro da Sala Redenção de longa data.
As sessões são gratuitas e abertas ao público. Confira a programação completa no site oficial clicando aqui.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Cine Dicas: Estreias Do Final De Semana (13/12/19)

Uma Mulher Alta

Sinopse: Iya e Masha são duas jovens russas em busca de esperança em meios aos destroços da Segunda Guerra Mundial.

Entre Facas e Segredos 

Sinopse:  Harlan Thrombey, na noite de seu aniversário de 85 anos, é encontrado morto sem seu quarto. Aparentemente, ele cometera um dramático suicídio. O renomado detetive Benoit Blanc é contratado para investigar o caso. 

Barrabás 

Sinopse: Durante a crucificação e ressurreição de Cristo, Barrabás está tentando entender se Jesus é realmente o Filho de Deus. 

Brincando Com o Fogo 

Sinopse: Jake Carson é um bombeiro dedicado e rigoroso, que não aceita que algo ocorra fora das regras impostas pela corporação. Ao resgatarem as crianças Bryan, Zoey e Will, ele e seus companheiros de trabalho enfrentam um enorme desafio

Crime Sem Saída 

Sinopse: Um agente novaiorquino precisa encontrar e prender assassinos de policiais. Quando mais adentra nos meandros dessa trama complexa, mais descobre coisas que não deveria sobre seus colegas.

Finalmente Livres 

Sinopse: Yvonne, uma jovem inspetora de polícia, descobre que seu marido, Capitão Santi, não era o policial corajoso e honesto que ela acreditava, mas uma verdadeira fraude. 

Playmobil: O Filme 

Sinopse: Quando seu irmão mais novo, Charlie, inesperadamente desaparece no universo mágico e animado de Playmobil, Marla deve fazer o possível para trazê-lo de volta para casa.

Synonymes 

Sinopse: Yoav, um jovem israelense, chega a Paris em busca de uma nova vida. Determinado a extinguir suas origens, abandona a língua hebraica e se esforça de todas as maneiras para encontrar uma nova identidade.


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quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Cine Dica: Em Cartaz: 'Ainda Temos a Imensidão da Noite' - Continuaremos Cantando

Sinopse: Cansada de lutar por um lugar ao sol com sua aguerrida banda de rock, onde é vocalista e trompetista, Karen decide ir embora de Brasília, cidade que seu avô ajudou a construir. Ela segue os passos do ex-parceiro de banda Artur, que tenta a sorte em Berlim. 

Se existe uma cidade do Brasil da qual eu não visitaria é a própria Brasília, pois hoje ela é tomada por um governo fascista e que prega doutrinas religiosas conservadoras. Imagino o cidadão comum que vive por lá, principalmente aqueles que prezam pela cultura, mas que se sentem sufocados pela perseguição e censura. "Ainda Temos a Imensidão da Noite" responde alguns desses meus pensamentos e com grande êxito.
Dirigido por Gustavo Galvão, do filme "Uma Dose Violenta de Qualquer Coisa" (2014), o filme conta a história de Karen (Ayla Gresta), uma trompetista e cantora em uma banda de rock em Brasília. No entanto, ela não consegue muita sorte em sua trajetória musical. Por isso, decide seguir os passos de Artur (Gustavo Halfeld), um ex-companheiro de carreira, indo para a Alemanha na intenção de ter sucesso na música.
Se antes eu sentia desgosto na ideia de visitar Brasília, o filme aumenta ainda mais esse meu sentimento, principalmente pelo fato de Gustavo Galvão sempre retratar a cidade como uma espécie de território fantasma, formado por grandes prédios, mas sem nenhum pingo de sentimentos genuínos. A vida que nós testemunhamos nesse cenário nenhum pouco acolhedor é somente pelos personagens principais, dos quais vivem através da boa música, mas que são sugados pela falta de recursos, sem nenhuma expectativa para o futuro e na falta de interesse das pessoas da cidade com relação a magia do rock. O filme fala sobre uma geração moribunda, da qual mantem a sua arte intacta, mesmo quando a batalha aparente ser perdida.
Porém, Karen é a típica pessoa que vive contra maré, principalmente em possuir um desejo em manter o que ela está predestinada para ser. Ao contrário dos seus colegas, dos quais se vendem ao sistema para continuarem sobrevivendo na capital do país, Karen ainda assim luta pelo que sonha, mesmo que para isso coloque os seus demônios para fora. Ayla Gresta dá um show de interpretação e fisgando a nossa atenção do começo ao fim da projeção.
Acima de tudo, é um filme sobre a geração do passado do rock, que brilhava nos palcos em tempos mais dourados, mas que hoje sobrevive pela nostalgia e na esperança de ver essa nova geração em seguir com a ideia. Portanto, nada mais natural do que o cenário principal da trama seja Brasília, da qual os sobreviventes de uma época tentam ajudar uma nova geração sem nenhum entusiasmo com relação ao futuro. Quando o cenário de Berlim surge, por exemplo, é um sinal que há outros lugares para obter novas chances para o futuro, mas no final das contas, pertencemos a uma terra que precisamos lutar por ela e matar os ratos que infestam o nosso território tão arduamente conquistado.
"Ainda Temos a Imensidão da Noite" é sobre a luta sem trégua dessa nova geração brasileira em manter a arte do rock em atuais em que o fascismo tenta tomar o que é nosso no coração de um país moribundo. 



Onde assistir: Cinebancários. R. Gen. Câmara, 424 - Centro Histórico, Porto Alegre. Horário: 15h.


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