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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Cine Curiosidade: Atriz de cinema Cris Lopes prestigia espetáculo "Um Certo Canto Brasileiro" no Teatro Alfa em São Paulo



  atriz Cris Lopes e Ricardo Massaini (Sala de Espetáculo - Massaini Comunicação)

Cris Lopes marcou presença esta semana no Teatro Alfa em São Paulo para conferir o espetáculo "Um Certo Canto Brasileiro" de Anselmo Zolla. A atriz de cinema se tornou fã da Cia de Dança Studio 3 e vem acompanhando as apresentações na capital paulista.
Cris conta que se emocionou com o repertório que aprecia desde a infância com a educação musical MPB recebida dos pais, composto por canções consagradas da música popular brasileira de grandes artistas como Caetano Veloso (Sampa), Tom Jobim e Elis Regina (Por Toda Minha Vida), Roberto Carlos e Erasmo Carlos (Música Suave), Chico Buarque (As Vitrines) entre outros sucessos brasileiros.
A Studio 3 Cia. de Dança e seu coreógrafo Anselmo Zolla viajam e buscam nas grandes "canções populares brasileiras" músicas que são eternizadas e únicas por suas letras e por sua interpretação. "Viver dentro deste universo atemporal muito nosso, vivo, atual, de grande poder e riqueza, traz para a Cia., e principalmente para o público, ao que pode existir dentro deste "UM CERTO CANTO BRASILEIRO". Anselmo Zolla (idealizador e Diretor Coreográfico). A divulgação do espetáculo é realizada pela Massaini Comunicação - Sala de Espetáculo by Ricardo Massaini.
 
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terça-feira, 26 de setembro de 2017

Cine Dica (breve em cartaz): O Fantasma da Sicília



Sinopse: Na Sicília, o adolescente Giuseppe desaparece de uma pequena vila próxima à floresta. Sua amiga Luna recusa-se a aceitar seu misterioso desaparecimento e tenta encontrá-lo através de um portal para o mundo sombrio que o tragou. Uma história verdadeira envolvendo um seqüestro cometido pela máfia siciliana, porém, contada como se fosse uma fábula gótica.
Adaptar fatos verídicos é sempre uma faca de dois rumes, pois às vezes se tem interesse em ser fiel aos fatos, mas acaba com que o filme perca a sua personalidade cinematograficamente falando. Porém, as vezes a criatividade de cineastas e roteiristas contorna esse dilema, sendo fiel aos fatos, mas romanceando e tornando o projeto mais receptivo. O Fantasma da Sicília é puro cinema, mas que respeita os fatos verídicos dos quais se baseou e ao mesmo tempo criando um fio de esperança mesmo dentro de uma realidade nua e crua retratada na tela.
Na Sicília dos anos 90, Luna (Julia Jedlikowska) e Giuseppe (Gaetano Fernandez) são grandes amigos, cuja essa amizade começa a florescer algo a mais. Porém, Giuseppe desaparece e fazendo com que Luna se desespere em sua procura. Não demora muito para que ela tenha que lidar com a dura realidade de sua perda e que somente com sua persistência e amor pelo amigo é o que poderá fazê-la com que se torne mais forte perante a situação.
Começando como cineastas de curtas metragens, Fabio Grassadonia e Antonio Piazza demonstram habilidade na direção, principalmente na forma como eles apresentam a trama. Sem os já costumeiros créditos de abertura dizendo que a trama é baseada em fatos verídicos, o filme acaba nos surpreendendo pela forma na construção da narrativa, onde não fica claro num primeiro momento o que realmente aconteceu a Giuseppe. A primeira vista parece que estamos vendo um filme sobre um fantasma, ou que tudo não passa de uma imaginação fértil vinda de Luna e assim quebrando com a nossa compreensão com relação sobre o que está realmente acontecendo.
Só iremos nos dar conta dos verdadeiros fatos ao término do primeiro ato e é onde Luna começa sua real obsessão pela busca de seu amigo. Julia Jedlikowska dá um verdadeiro show de interpretação, sendo que ela consegue transmitir através de sua personagem uma aura de confusão mental, mas contida e da qual lhe faz seguir em frente até o fim. Ao mesmo tempo presenciamos os dias fatídicos de Giuseppe como prisioneiro num porão qualquer da Sicília e Gaetano Fernandez nos passa uma interpretação singela e até mesmo conseguindo  amenizar os doloridos dias que o seu jovem personagem passa.
Mas se no primeiro ato os cineastas nos surpreendem, do segundo em diante tudo o que é visto deve ser apreciado com desconfiança, já que realidade e fantasia se fundem a todo o momento. Aliás, o clima da produção nos passa uma sensação de fábula gótica, como se a jovem protagonista tentasse se prender a uma realidade da qual houvesse esperança em reencontrar o seu amigo. Uma vez que esse fio de esperança se rompe ao dar de encontro com o mundo real, há então um rompimento brusco e do qual testemunhamos a trágica verdade.
Porém, os minutos finais nos reservam múltiplas emoções, das quais nos trás um frescor de esperança, Pode parecer pouco corajoso, ou que não faça nenhum sentido com que até ali havia sido apresentado, mas talvez os realizadores tenham optado em dar um pouco mais de luz e mantendo a força da esperança como principal virtude contra os males que vem de nossa própria realidade. É aquele filme em que você ama-o ou deixe-o, mas que ficará pensando sobre ele por um bom tempo.
O Fantasma da Sicília é uma bela fábula gótica, onde o amor e esperança prevalecem perante as dores vindas do nosso mundo. 




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Cine Dica: DUAS ESTREIAS COREANAS NA CINEMATECA CAPITÓLIO PETROBRAS



O Lamento

A partir de terça-feira, 26 de setembro, a Cinemateca Capitólio Petrobras exibe dois importantes filmes sul-coreanos inéditos no circuito comercial de Porto Alegre: Filha de Ninguém, do premiado diretor Hong Sang-soo, e Lamento, de Na Hong-jin, um dos filmes de terror mais elogiados dos últimos tempos. O valor do ingresso é R$ 16,00, com meia entrada para estudantes e idosos.


FILMES 

FILHA DE NINGUÉM

(Noogooui Daldo Anin Haewon)

90 minutos, 2013, Coréia do Sul

Direção: Hong Sang-soo

Distribuição: California Filmes

Uma estudante de cinema sonha em se tornar atriz. Quando descobre que sua mãe está se mudando para o Canadá e que seus colegas estão falando mal dela por conta do relacionamento que teve com um professor casado, ela se enche de dilemas existenciais. Exibição em DCP


O LAMENTO

(Goksung)

156 minutos, 2016, Coréia do Sul

Direção: Na Hong-jin

Distribuição: California Filmes

Um vilarejo pacífico começa a testemunhar assassinatos cruéis cometidos pelos moradores. Os criminosos parecem estar fora de si, e as autoridades pensam que talvez tenham consumido cogumelos venenosos. No entanto, o inspetor de polícia Jong-Goo (Kwak Do-Won) suspeita que os casos tenham uma origem sobrenatural, ligada a um forasteiro que acaba de chegar ao local. Exibição em DCP

  

GRADE DE HORÁRIOS

26 de setembro a 1º de outubro de 2017



26 de setembro (terça)

15h – Gaga – O Amor pela Dança

17h – O Lamento

20h – Filha de Ninguém

27 de setembro (quarta)

15h – Divinas Divas

17h – Filha de Ninguém

19h30 – O Lamento

28 de setembro (quinta)

14h – Esse Garoto Aí + debate

17h – O Lamento

20h – Filha de Ninguém

29 de setembro (sexta)

15h – Filha de Ninguém

17h - O Lamento

20h – Projeto Raros (Zu – Warriors from the Magic Mountain)

30 de setembro (sábado)

15h – Filha de Ninguém

17h – Mostra Diálogo

(Nada, Cosme, De Tanto Olhar o Céu Gastei Meus Olhos Diamante, o Bailarina)

20h – Mostra Diálogo

(O Estacionamento, Peripatético, Os Demônios de Virgínia, Os Cuidados que se tem com o Cuidado que os Outros Devem ter Consigo Mesmos)

1 de outubro (domingo)

14h30 – O Lamento

17h30 – Mostra Diálogo

(Não Me Prometa Nada, A Moça Que Dançou Com o Diabo, Constelações, Regresso de Saturno, Demônia, Melodrama em 3 Atos)

20h – Filha de Ninguém

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Cine Dica: Em Cartaz: MÃE!

Sinopse: A relação de um casal é colocada à prova quando recebem hóspedes que não convidaram e que interrompem as suas tranquilas existências.
Os personagens dos filmes de Darren Aronofsky vão sempre à busca da perfeição, mas que acabam dando de encontro com os seus próprios demônios interiores. De “Réquiem Para um Sonho”, para “Cisne Negro”, assistirmos a obsessão de pessoas, cuja suas jornadas se enveredam para um circulo vicioso e o que os levam a um caminho sem volta. Em “Mãe!”, testemunhamos tudo isso numa escala de proporções bíblicas, onde o cenário de uma simples casa se torna do auge para degradação da qual a própria humanidade se encaminha.
A trama gira em torno de um casal (Jennifer Lawrence e Javier Bardem), onde ambos vivem numa grande casa no campo e é onde o marido busca inspiração para escrever o seu novo livro. Porém, surge um homem (Ed Harris), que se diz perdido e que logo seguida surge também sua mulher (Michele Pfeiffer) que estava a sua procura. O surgimento desse estranho casal começa a desencadear eventos imprevisíveis e revelando mistérios até então escondidos dentro dessa casa.
Embora a trama se passe num único cenário, Aronofsky cria tantas situações num único lugar que requer termos uma atenção em dobro com relação ao que está acontecendo na tela. Com a câmera na mão, por vezes trêmula, o cineasta acompanha os passos da esposa, sendo que acaba se tornando uma espécie de terceira pessoa que acompanha as situações que vão surgindo ao longo do tempo. Se no primeiro ato as coisas aparentam certa calmaria, mesmo com o surgimento dos dois misteriosos personagens, logo em seguida somos bombardeados por momentos imprevisíveis e que fazem com que a câmera corra velozmente para que não percamos nenhum detalhe.
Com isso se cria um verdadeiro cenário de tensão e que reflete gradualmente a confusão mental e física da qual a personagem de Jennifer Lawrence vai passando ao longo do filme. Aliás, já adianto que atriz tem aqui o seu melhor desempenho de sua carreira, cujo ar singelo dá lugar a um ser que sentiu na pele todos os horrores vindos de fora e isso somente num filme de pouco mais de duas horas. Assim como os outros personagens nos filmes anteriores do cineasta, a personagem de Lawrence busca o equilíbrio para tornar o seu lugar num mundo perfeito, mas que, infelizmente, a intromissão dos inúmeros personagens que vão surgindo vão desencadeando um verdadeiro apocalypse mesmo num local cujo espaço não é assim tão grande e gerando em nós uma verdadeira sensação claustrofóbica.
Para os mais atentos, não demora muito para nos darmos conta sobre o que realmente está acontecendo, principalmente para aqueles que conhecem a fundo determinadas passagens bíblicas. Porém, Aronofsky procura não explicar, mas sim usando inúmeras cenas simbólicas e das quais elas querem dizer alguma coisa para aqueles que vão testemunhando o redemoinho de acontecimentos que vão saltando na tela. Ao mesmo tempo em que o cineasta ousa em filmar a sua visão particular com relação no que acredita, ele volta a explorar em temas dos quais ele já havia posto em prática anteriormente no filme Fonte da Vida, onde ele consegue a proeza de levantar questões sobre o meio ambiente e tornando os humanos como seres inconsequentes e mesquinhos com relação ao mundo em que vive.
Mas isso tudo é somente os preparativos para o derradeiro ato final, do qual testa os limites do casal principal e revelando as suas reais facetas com relação aquele cenário do qual eles se encontram. Aliás, o mundo representado ali, seria então uma dura crítica que o cineasta faz com relação ao surgimento de celebridades instantâneas de hoje, consumismo desenfreado, surgimento das mais diversas crenças religiosas, retrocessos sociais, protestos pacíficos sendo encurralados pelo fascismo e revelando o pior do ser humano. Tudo isso culminando com o fato de que o lar em que o homem nasce não é o bastante, mas então para onde se vai quando mais nada se tem?
Cabe então questionarmos a solução fácil da qual o cineasta então cria nos segundos finais da trama, mas que não tira o fato de que o processo será o mesmo e tornando tudo em um circulo vicioso e sem fim. Essa solução apresentada seria então uma representação com relação à persistência do homem em querer prosseguir na terra em que pisa, mas que nunca encontrará um equilíbrio perfeito do qual tanto deseja, pois nada será o suficiente para se satisfazer. Um momento final esclarecedor, mas que não nos tira o peso das nossas costas quando saímos da sala do cinema.
Mãe!” talvez venha se tornar o melhor filme em que sintetiza a situação do mundo atual em que vivemos e que, infelizmente, anda se fazendo muito pouco para se mudar esse quadro.     



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