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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 18 de maio de 2017

Cine Dicas: Estreias do final de semana (18/05/17)

Corra!

Sinopse: Chris é um jovem negro que namora uma branca. Ele vai conhecer os pais dela e está nervoso com a situação, pois acredita que eles não vão gostar dele justamente pelo fato de ser negro. Ao chegar lá, tudo corre tranquilamente até Chris perceber que nem tudo é o que parece. 


Jovem aos 50 - A História de Meio Século da Jovem Guarda

Sinopse: No dia 22 de Agosto de 1965, entrava no ar pela primeira vez um programa de jovens cantores que iria revolucionar a moda, os costumes, a forma de agir e de falar de toda uma geração. E que alcançaria índices de audiência jamais repetidos na TV brasileira.  Com depoimentos de mais de 50 artistas que se destacaram nessa época, o filme intercala  imagens de programas e filmes da época. 

O Grande Dia

Sinopse: Documentário mostra a rotina de meninos e meninas dos países Cuba, Índia, Uganda e Mongólia. Eles se desafiam para não perderem o foco de seus sonhos. O trabalho não é fácil e precisa ser feito todos os dias e só assim eles vão conquistar o que tanto querem.
 
O Rastro
Sinopse: O médico João (Rafael Cardoso) busca se consolidar na carreira. Mas ele trabalha num hospital que vai fechar as portas por causa da crise econômica, social e política que o Brasil vem enfrentando. Ele cuida da transferência de pacientes e certa noite um deles desaparece, fazendo com que João entre numa espiral de paranoia nessa busca.
 
Rei Arthur: A Lenda da Espada
 Sinopse: Arthur (Charlie Hunnam) lidera uma gangue em Londonium até o dia que é desafiado a agarrar a espada Excalibur. Ele consegue e juntamente com a guerreira Guinevere e a Resistência, ele enfrenta o tirano Vortigern (Jude Law), assassino dos pais de Arthur, para se tornar rei.
 
Um Homem de Família

Sinopse: Dane Jensen (Gerard Butler), um implacavél headhunter corporativo de Chicago, está disputando com uma colega de trabalho (Alison Brie) a chance de substituir o chefe da empresa (Willem Dafoe), prestes a se aposentar. Ele é o favorito, mas ainda assim precisa bater as metas nos últimos três meses do ano. Enquanto a rivalidade atinge níveis extremos, no entanto, uma tragédia familiar faz com que ele coloque na balança suas prioridades.




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quarta-feira, 17 de maio de 2017

Cine Especial: Horror Britânico - Uma Orgia de Sangue e Pavor: Parte 3

Nos dias 20 e 21 de Maio eu estarei participando do curso Horror Britânico - Uma Orgia de Sangue e Pavor, criado pelo Cine Um e ministrado pelo crítico de cinema e especialista no gênero fantástico Carlos Primati. Enquanto os dias da atividade não chegam, eu estarei por aqui falando sobre os melhores filmes dos estúdios Hammer e Amicus  em ordem cronológica.

AMICUS: O ESTÚDIO QUE PINGAVA SANGUE

O estúdio foi fundado na Inglaterra pelos americanos Milton Subotsky e Max J. Rosenberg. Foi dedicada ao gênero fantástico e terror, além de ter se tornado rival da Hammer. Tinha base no Shepperton Studios.Trabalharam com assiduidade os mesmos atores e diretores que participam dos filmes da Hammer, tais quais, os atores Christopher Lee e Peter Cushing e os diretores Freddie Francis e Roy Ward Baker. Vale destacar também o escritor e roteirista Robert Bloch, de Psicose, de 1960, escritor de alguns roteiros. A característica mais marcante da empresa é os filmes serem marcados por episódios. Outra diferença é que a Hammer se destacava pelo clima gótico do gênero de horror fantástico, enquanto a Amicus oferecia um terror mais sugerido e psicológico que a sua companhia rival.


As Profecias do Dr. Terror (1965)
 
Sinopse: Durante uma viagem de trem, o destino de cinco homens é definido pelas cartas do Dr. Terror, que anunciam experiências terríveis.


Passando por ótimas e criativas histórias que falam sobre um lobisomem, uma planta demoníaca, uma mão que ganha vida própria quando decepada, vampiros e uma música instrumental roubada de um deus do vodu a produção é sem dúvida um dos grandes clássicos do gênero nos anos 60.
Não é apenas pela bela narrativa que o filme pode ser considerado memorável, mas também pelo grande elenco. Tendo nos papéis principais atores como o os lendários Peter Cushing e Christopher Lee, que se tornaram grandes astros do horror, participando de dezenas de produções do gênero. Além deles também estão presentes Donald Sutherland que construiu uma carreira bem eclética, que vai do romance à ficção científica.

 

As Torturas do Dr. Diabolo (1967)



Sinopse: Num parque de diversões, cinco pessoas visitam a tenda do Dr. Diábolo, onde são convidadas a conhecer seu futuro. Este é o ponto de partida para quatro histórias de horror escritas por Robert Bloch: no primeiro episódio, um homem é dominado por um gato que o leva a matar; no segundo, uma garota ambiciosa descobre o terrível segredo de um famoso produtor de cinema; no terceiro, uma jovem se apaixona por um pianista que vive assombrado pelo espírito de sua falecida mãe; e, no último, um fã de Edgar Allan Poe visita um colecionador especializado na vida do escritor, que guarda um terrível segredo no porão de sua casa.



Com o sucesso de As Profecias do Dr. Terror, o estúdio inglês Amicus resolveu investir mais nos filmes estilo portmanteau, aqueles que trazem várias antologias de terror interligadas por um fio narrativo. As Torturas do Dr. Diábolo, foi seu segundo filme neste gênero, que ainda renderam mais seis posteriores. Dirigido por Freddie Francis, mesmo diretor de Dr. Terror e com astros no elenco do quilate de Burgess Meredith, Jack Palance e Peter Cushing, infelizmente o resultado de As Torturas do Dr. Diábolo é interessante mas sem o mesmo impacto do seu antecessor. Seus quatro contos, escritos por Robert Bloch, mesmo autor do livro que deu origem a Psicose, de Alfred Hitchcock, são assistíveis, mas nada que vá mudar a vida de alguém, que valem mais mesmo por curiosidade e todo aquele clima característico dessa safra de filmes dos anos 60.

 

A Casa Que Pingava Sangue (1971)



Sinopse: Detetive da Scotland York investiga o desaparecimento de um famoso astro de cinema, logo após este alugar uma antiga casa no interior. Entretanto, o detetive acaba descobrindo outros terríveis quatro casos que já aconteceram na casa.

Dentre todos os filmes da Amicus, A Casa que Pingava Sangue, de Peter Duffell é sem duvida o mais lembrado, que conta com a participação de dois grandes ícones do cinema de Horror: Christopher Lee e Peter Cushing; além da musa Ingrid Pitt, estrela máxima dos estúdios Hammer durante os anos 70. Infelizmente Peter Cushing estava sofrendo bastante  durante as gravações, devido ao fato de ter ficado distante de sua esposa que se encontrava muito doente, mas este triste momento de sua vida não comprometeu em nada a sua dedicação e a sempre marcante atuação dessa lenda do cinema. Curiosamente, Christopher Lee aparece em uma cena lendo seu livro favorito, "O Senhor dos Anéis", sendo que mais de 30 anos antes dele atuar no filme homônimo dirigido por Peter Jackson.
Com um roteiro fantástico  o elenco de primeira e a direção segura de Peter Duffell fizeram deste filme um dos maiores clássicos do cinema de Horror de todos os tempos! A Atmosfera do Horror setentista está aqui, um prato cheio para os fãs do puro e verdadeiro Horror!
 

Contos do Além (1972)



Sinopse: Coveiro e Guardião da Cripta (interpretado por Ralph Richardson) recebe a visita de cinco estranhos, dos quais misteriosamente encontram-se em uma cripta cavernosa e serão apresentados a eles a forma com que irão morrer,



Contos do Além é mais uma das antologias de contos de horror da produtora inglesa Amicus, que desta vez, é inspirado no quadrinho de terror mais famoso de todos os tempos, e que empresta seu nome a essa produção homônima: Tales From the Crypt. Sim, o mesmo que inspirou a famosíssima série Contos da Cripta da HBO, produzida por Richard Donner, e diversos outros filmes que possuem a mesma estrutura narrativa, como Creepshow, de George Romero e Stephen King. Além de Tales From the Crypt, Contos do Além também adapta histórias de outro famoso título, The Vault of Horror, ambos publicados entre os anos de 1950 e 1955, pela lendária EC Comics, escritas e editadas por Bill Gaines, Al Feldstein e Johnny Craig. 
Ao final de Contos do Além, o verdadeiro motivo daquelas cinco singulares pessoas estarem naquela cripta é revelado pelo Guardião/ Coveiro, ao melhor molde das demais produções anteriores da Amicus. Não é um clássico absoluto e nem um grande filme de terror, mas exerce um certo magnetismo no espectador, o que foi o grande responsável por sua popularidade. Além disso, muitos consideram essa obra como uma das melhores deste gênero produzido pelo estúdio.
 

Asilo do Terror (1972)



Sinopse: O jovem psiquiatra Dr. Martin chega em um manicômio distante para uma entrevista de emprego. Ele é recebido pelo Dr. Lionel Rutherford, o diretor do manicômio, que lhe lança um desafio: entrevistar os pacientes para tentar descobrir qual deles é o Dr. B. Starr, o antigo diretor do asilo que perdeu a razão e se tornou um dos internos. A cada história contada pelos pacientes, o jovem psiquiatra irá mergulhar num mundo fantástico e macabro, onde realidade e fantasia se confundem.



Também conhecido no Brasil como Asilo do Sinistro, este filme dá continuidade a proposta da Amicus na época, com  produções características do cinema de horror dos anos 60 e 70, bom de se assistir, descompromissado, com histórias simples e beirando ao inverossímil. Dirigido por Roy Ward Baker, outro cineasta da rival inglesa, que já havia dirigido Sepultura para a Eternidade, O Conde Drácula e Carmilla – A Vampira de Karnestein para a Hammer, o fio condutor que liga os quatro macabros contos que se sucedem é um asilo para loucos, onde um jovem psiquiatra com uma promissora carreira, Dr. Martin (Robert Powell) se vê em uma digamos, peculiar entrevista de emprego, onde deve conhecer quatro pacientes trancafiados em seus quartos, a mando do Dr. Lionel Rutherford (Patrick Magee), cabeça por trás da instituição psiquiátrica, e através de seu diagnóstico e dedução, descobrir qual deles é o Dr. Starr, ex-sócio de Rutherford, que enlouqueceu misteriosamente e acabou internado junto com os demais pacientes. Caso Martin acerte a resposta, o emprego é seu.



A Cripta dos Sonhos (1973)



Sinopse: Cinco desconhecidos entram em um elevador e vão parar no subsolo de um edifício sem que ninguém tenha apertado o botão correspondente àquele andar. Ao saírem, descobrem-se em uma espécie de clube e a porta do elevador se fecha atrás deles, deixando-os sozinhos. Sem nada para fazer, cada um resolve contar seu pesadelo recorrente.



A Cripta dos Sonhos é uma espécie de filme gêmeo de Contos do Além, ambos inspirados pelos famosos quadrinhos da EC Comics, Tales From the Crypt e The Vault of Horror (que é o nome original da produção), que fizeram um baita sucesso nos anos 50 e influenciaram pencas de escritores e cineastas em sua juventude. Lançado no ano seguinte de Contos do Além, novamente as histórias baseados nos quadrinhos de Bill Gaines e Al Feldstein foram adaptadas por Milton Subtoski, produtor e um dos chefões da Amicus. A curiosidade é que nenhum dos contos realmente fora publicado no gibi homônimo. Todos foram extraídas das páginas de Tales From the Crypt e uma delas, do quadrinho Shock Suspense Stories.



VOZES DO ALÉM (1974)



Sinopse: Quatro histórias estão ligadas a uma sinistra loja de antigüidades, onde quatro diferentes fregueses adquirem artefatos enganando, de alguma forma, o seu proprietário (Peter Cushing), com conseqüências desastrosas.

Mais uma antologia da Amicus. Vozes do Além é outro dos filmes portmanteau do estúdio inglês dos produtores Max Rosenberg e Milton Subotsky, especializado neste tipo de produção, que fez bastante sucesso aqui no Brasil por conta das infindáveis reprises na televisão. Desta vez, quatro episódios são baseados nas histórias de Ronald Chetwynd-Hayes, autor de diversos contos de fantasmas, ficção científica e antologias de terror. A liga entre os desafortunados é um sinistro antiquário, gerido por ninguém menos que o Cavalheiro do Horror, Peter Cushing, que sempre é enganado pelos compradores de suas antiguidades, que de alguma forma ou de outra tentam levar vantagem nas negociações. Obviamente, eles irão se dar mal no final das contas. 
Vozes do Além praticamente encerra as antologias de terror da Amicus e é a última que tem Max Rosenberg como produtor. Apenas em 1981, o estúdio, tão famoso por rivalizar com a Hammer, irá lançar seu último filme mosaico, O Clube dos Monstros, também baseado no livro de Chetwynd-Hayes, dessa vez, com Vincent Price no elenco.
 
Interessados por mais informações sobre atividade cliquem aqui.  

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Cine Dica: Em Cartaz: CLASH



Sinopse: Um grupo de pessoas, entre elas mulheres e até crianças ficam presas num caminhão da polícia. O clima lá dentro é tenso, assim como do lado de fora, cheio de manifestantes, durante uma crise política envolvendo a saída de Mohamed Mursi da presidência do Egito.
Política e religião são temas completamente diferentes um do outro, mas que, infelizmente, o homem insiste em misturá-los, gerando então conflitos e mortes ao longo da história da humanidade. Basta termos a 2ª Guerra Mundial como exemplo, mas parece que nada é o suficiente, pois parece que há um interesse vindo dos poderosos, cuja ambição é embebedar os povos e viciá-los com determinadas crenças e fazendo delas um verdadeiro ópio. Clash é um pequeno retrato deste vasto mundo em conflito, mas um grande exemplo do que acontece em várias partes do globo.
Dirigido por Mohamed Diab, a trama se passa pouco depois que o Presidente Mohamed, primeiro Presidente eleito pelo povo no Egito após três décadas, acabou sendo derrubado pelos militares por pertencer ao Slão. Isso faz com que gere uma onda de protestos, pois parte do público acredita que sofreram um golpe, gerando então um conflito entre as autoridades e inúmeros manifestantes. Em meio a tantos conflitos, um grupo de pessoas vai gradualmente sendo detidas, colocadas dentro de um camburão e enquanto se prossegue uma quase Guerra Civil no lado de fora no país.
Embora o conflito se passe no Egito, a sensação que nos passa é de uma espécie de déjà vu, pois o que vemos não é muito diferente dos outros conflitos que acontecem em outros países, principalmente em países como o nosso, por exemplo, que vivem sendo movidos por uma política nascida por recentes golpes. O que vemos aqui é o conflito entre interesses, crenças e de pessoas das quais não se encontram em nenhum dos lados, mas que acabam caindo no olho desse furacão. Mesmo num cenário de pouco espaço, Mohamed Diab cria um retrato cru desse povo dividido no que acredita, mas que são pessoas comuns, iguais umas as outras e fazendo então nos identificarmos facilmente com elas.
Embora seja uma ficção, o filme não deixa de ser em nenhum momento cem por centro realístico, principalmente pelo fato da forma como o cineasta conduz as cenas. Mohamed Diab faz de sua câmera uma espécie de personagem que testemunha os principais acontecimentos, ou fazendo dela os nossos olhos e conseguindo com que tenhamos a sensação de angustia e até mesmo claustrofobia no decorrer do filme. É um cenário fechado, mas que proporciona uma verdadeira montanha russa, onde medo, ódio e desconfiança andam de mãos dadas o tempo todo nesse pequeno cubículo, mas que aos poucos, os indivíduos que se encontram dentro dele começam a ouvir uma nova realidade vinda do seu próximo.
Podemos tirar inúmeras conclusões sobre qual a proposta que Mohamed Diab  queira passar para aqueles que assistem a essa obra. A meu ver o camburão, mesmo sendo um dos piores lugares para alguns, seria uma espécie de tratamento de choque para aqueles crentes, descrentes, fanáticos e políticos em conseguirem então ouvir as diferenças da pessoa do seu lado e para então só assim conseguir aceitar de bom grado as suas diferenças. Não deixa então de ser irônico, pois elas presas conseguem aos poucos ter um mínimo de confraternização, enquanto o mundo do lado de fora, mesmo havendo a possibilidade de liberdade, está se destruindo, pois não estão parando para ver ou ouvir, mas se cegando graças ao ódio sem sentido. 
Uma vez o mundo desgovernado e violento, o camburão se torna uma espécie de refúgio para os poucos afortunados que conseguiram abrir os seus corações e conseguindo pelo menos alguma esperança para continuarem vivos. A cena final é um verdadeiro soco no estômago, pois ela sintetiza um mundo desgovernado e violento e os poucos que restam se fecham abraçando um mínimo de fé da qual conseguiram. Clash é um retrato realístico sobre o inferno causado pelas piores drogas do mundo, mas das quais elas não se encontram numa esquina qualquer, mas sim vindas de poderosos e daqueles que pregam uma fantasia travestida de realidade.



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