Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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Sinopse: Refugiados
recém-chegados ao Brasil dividem com um grupo de sem-tetos um velho edifício
abandonado no centro de São Paulo. Além da tensão diária que a ameaça de
despejo causa, os novos moradores do prédio terão que lidar com seus dramas
pessoais e aprender a conviver com pessoas que, apesar de diferentes, enfrentam
juntos a vida nas ruas.
Cada vez mais percebo
que os cineastas brasileiros pegaram gosto pelo cinema que transita entre o
documentário e ficção. Filmes como Fome, por exemplos, são vindos de um cinema
experimental, do qual se extrai dele uma analise mais límpida e crua de nossa
realidade e sem a maquiagem plástica que, por vezes, empalidece outros títulos
brasileiros que tentam vender uma visão não oficial do Brasil do qual vivemos. No filme Era o Hotel Cambridge, a ficção e documentário se misturam e formando um
mosaico que sintetiza tudo que há de bom e ruim em nosso país nesse momento.
Dirigido pela
cineasta Eliane Caffé (Narradores de Javé) a trama retrata o dia a dia do
movimento FLM (Frente de Luta pela Moradia) que ajuda abrigar um grupo sem teto
e refugiados de outros países num velho edifício abandonado. Além de
assistirmos o dia a dia de alguns personagens que moram na ocupação,
acompanhamos também a aflição de muitos, pois eles receberam a noticia que precisam
se retirar do local por ordem do governo. Segue então a união e luta dessas
pessoas perante o inevitável e tentando de todas as formas não cederem perante
a opressão.
Uma vez apresentado o
cenário dos eventos que irão acontecer no decorrer do filme, a câmera de Caffé
segue andando pelos corredores do prédio, como uma espécie de registro
documental e para então termos a chance de fazermos uma analise sobre o que
acontece nessa ocupação. Uma vez que os moradores reais dividem espaço com
atores em cena, se apresenta então inúmeras subtramas, mas das quais cada um passa
uma verossimilhança convidativa e da qual a gente se identifica com ela, mesmo
para aqueles que nunca tenham passado numa situação parecida. Nada é forçado,
mas sim convidativo, como se a câmera de Caffé fosse os nossos olhos, para
então adentrarmos todos juntos nesse mundo pouco explorado pelos principais
meios de comunicação.
No elenco, José
Dumont, Suely Franco e Paulo Américo estão ótimos em seus respectivos papeis,
bem como os amadores saídos de oficinas com moradores, bem como Carmem Lucia, líder
do MSTC, sendo ela mesma na trama. Aliás, Lucia é que realmente rouba a cena do
filme, pois ela é a principal voz da daquela comunidade, da qual necessita de
uma força para seguirem em frente e não desistir perante os obstáculos que virão
a seguir. É de se impressionar, por exemplo, a cena em que ela conduz inúmeros moradores
para o prédio antes da policia chegar, sendo uma sequência da qual ficamos nos
perguntando se ela é fictícia ou verídica, já que não é muito diferente do que
ela já enfrentou em sua cruzada em defesa dessas pessoas.
E como se isso já não
bastasse, o ato final nos reserva pura tensão, já que ele começa com um determinado
personagem principal lendo os comentários intolerantes pela internet contra as ocupações,
para logo depois testemunharmos a policia de São Paulo armada até os dentes e indo
de encontro contra os moradores. O filme não poupa críticas contra o sistema,
do qual cada vez mais se vende ao mundo capitalista e fazendo do socialista uma
espécie de inimigo número do estado para ser abatido. Devido a isso, temos cenas aterradoras de
policiais disparando bombas de gás contra pessoas desarmadas e correndo com as
suas crianças de colo para não serem feridas.
Essa sequência é desde
já o ápice do filme, já que ela é uma síntese da imagem da força policial
opressora, da qual é comandada pelo estado da direita atual inconsequente e que
não mede esforços para colocar pessoas necessitadas para debaixo do tapete. Uma
cena corriqueira, da qual vivemos assistindo nos principais meios de comunicação,
mas nunca testemunhamos o desespero daqueles que se sentem acuados e não sabem o
que fazer quando percebem que estão lhe tirando o direito de viver abaixo de um
teto. A cena da qual mostra pessoas correndo de andar e andar para fugir das
bombas de gás, ou até mesmo das balas de borracha, é momentos do qual não deve
nada se for comparado qualquer mero filme de ficção catástrofe.
Com cenas finais esperançosas,
das quais mostram as bandeiras do movimento FLM nos inúmeros prédios ocupados
na cidade de São Paulo, Era o Hotel Cambridge é um filme sobre a resistência do Brasil de hoje, da qual não merece ser
calada, mas sim ouvida e refletida.
Sinopse: Num futuro
pós-apocalíptico, Major (Scarlett Johansson) foi salva ao ser transformada num
híbrido de humano e ciborgue. Ela lidera um esquadrão de elite, dedicado a
combater crimes cibernéticos. Sua missão é encontrar um cracker extremista que
ameaça a ordem tecnológica. Mas ela também tem uma missão pessoal para
descobrir quem realmente é agora.
Central
Sinopse: Em meio ao
caos do sistema carcerário que se desencadeou no Brasil, em que centenas de
presos são submetidos à superlotação, falta de infraestrutura e de higiene e má
alimentação dentro dos presídios e as cidades estão vivendo ondas de violência
nunca vistas, estreia o documentário Central - O poder das facções no maior
presídio do Brasil, que retrata de dentro das celas a realidade nua e crua do
piorpresídio do Brasil e também da América Latina. O documentário, inédito no
cinema brasileiro, é dirigido por Tatiana Sager com codireção de Renato
Dornelles e usa como ponto de partida o Presídio Central de Porto Alegre -
considerado em 2008 o pior presídio do país pelo Congresso Nacional e um dos
piores da América Latina pela Organização dos Estados Americanos (OEA) – para
traçar uma radiografia da crise nas penitenciárias brasileiras.
Mulheres do Século 20
Sinopse:Santa
Barbara, Califórnia, 1979. Dorothea Fields (Annette Bening) tenta criar seus
filhos da melhor maneira possível. No seu dia a dia, ela ainda precisa dar
força para uma amiga fotógrafa e dar conselhos para uma adolescente, que é
amiga de seu filho.
Sinopse:O adolescente
Gardner Elliot (Asa Butterfield) se tornou o primeiro humano a ter nascido em
Marte. Mas o seu passado lhe intriga e tudo o que mais quer é ter informações
sobre isso. O jovem então parte para uma viajem até à Terra e vai atrás de seu
pai biológico.
O Ornitólogo
Sinopse:Fernando (Paul Hamy)
é um solitário homem de 40 anos que trabalha como um ornitólogo. Ele decide
viajar pelo curso de um rio a bordo de um caiaque, mas quando uma correnteza
forte derruba sua pequena embarcação, ele inicia uma jornada sem volta e repleta
de perigos.
O Mundo Fora do Lugar
Sinopse: Quando Paul
Kromberger (Matthias Habich) e sua filha Sophie (Katja Riemann) encontram, por
um acaso, uma foto da cantora de ópera americana Caterina Fabiani (Barbara
Sukowa), o homem reconhece nela sua falecida esposa Evelyn. Incapaz de
convencer seu teimoso pai, Sophie viaja ara Nova York para encontrar Caterina e
inestigar essa estranha semelhança.
O Poderoso Chefinho
Sinopse:Um bebê que fala,
usa terno e carrega uma mala misteriosa une-se com seu irmão mais velho
invejoso para impedir que um CEO sem noção acabe com o amor no mundo. O
objetivo da dupla é salvar os pais, impedir a tragédia e provar que o mais
intenso dos sentimentos é uma poderosa força.
Os Belos Dias de Aranjuez
Sinopse:No norte da França,
um escritor alemão (Jens Harzer) começa a escrever os esboços para o seu
próximo livro e desenvolve, como ponto de partida, um diálogo entre um homem
(Reda Kateb) e uma mulher (Sophie Semin), que se encontram em um jardim
suspenso para discutir, entre outras coisas, questões como sexualidade, amor,
infância e também suas memórias e a vida em si.
Paraíso
Sinopse: Durante um terrível
período de guerra e de intensos conflitos bélicos, as vidas de três pessoas
acabam se cruzando: Olga (Yuliya Vysotskaya), uma aristocrata russa e membro da
resistência francesa; Jules (Philippe Duquesne), um francês; e Helmut
(Christian Clauss), um oficial de alta patente dentro das tropas nazistas.