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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 28 de março de 2017

Cine Dica:Cinema Clássicos Sci-Fi

Cinema Clássicos Sci-F
A Sala Redenção – Cinema Universitário abre sua programação de 2017 com mais uma programação em parceria com Sesc/RS. De 27 de março a 28 de abril exibiremos uma seleção de filmes de ficção científica. A mostra Cinema Clássicos (SCI-FI) é composta por 06 (seis) grandes obras-primas que marcaram época: Eles vivem! (1988), de John Carpenter; A Ameaça que Veio do Espaço (1953), de Jack Arnold; O Planeta Proibido (1956), de Fred M. Wilcox; O Planeta dos Vampiros (1965), de Mario Bava; Os Malditos (1963), de Joseph Losey; e Fuga no Século 23 (1976). Para aqueles que gostam de filmes que abordam viagens no tempo, universos paralelos, alienígenas, robôs e eventos sobrenaturais poderão se deleitar com os longas presentes na programação. No dia 27, às 19h, exibiremos O planeta Proibido (1957), que conta a história de uma expedição para verificar uma colônia de cientistas em um planeta distante.O roteiro é de Cyril Hume, baseado em Planeta Fatal de  Irving Block e Allen Adler, que por sua vez foi inspirada em A tempestade de William Shakespeare. O longa é um dos clássicos absolutos do gênero. É também considerado a primeira tentativa de combinar ficção científica a um grande orçamento com os melhores efeitos especiais possíveis na época. Ainda em abril teremos duas sessões especiais de lançamento em Porto Alegre: Corpo delito (2017), de Pedro Rocha, e Guarnieri (2017) de Francisco Guarnieri. Os dois filmes tiveram ótimas passagens pelo Festival de Tiradentes e está com duas sessões de lançamento na Sala Redenção. Teremos também Tela Indígena e sessão do projeto Cinemas em Rede, com a exibição de Recado pro mundão (90min), com direção de Diogo Noventa.
A Mostra Cinema Clássico (SCI-FI) abre a programação 2017 na Sala Redenção, que no mês de abril está completando 30 anos de existência. Durante todo o ano teremos programações especiais para comemorar a data.
Comemorem conosco!
Planeta Proibido
 
A Ameaça que veio do Espaço (It came from Outer Space, EUA, 1953, 81 min) Dir. Jack Arnold
27 de março- segunda-feira – 16h
03 de abril – segunda-feira – 16h
04 de abril – terça-feira – 16h
12 de abril – quarta-feira – 19h
13 de abril – quinta-feira – 16h
20 de abril – quinta-feira – 16h
26 de abril – quarta-feira – 19h

No interior do Arizona, um astrônomo descobre que uma espaçonave caiu no deserto, mas ninguém acredita nele.

O Planeta Proibido (Forbidden Planet, EUA, 1956, 99 min) Dir. Fred Wilcox

27 de março- segunda-feira – 19h
28 de março- terça-feira – 16h
04 de abril – terça-feira – 19h
05 de abril - quarta-feira – 16h
17 de abril – segunda-feira – 16h
27 de abril – quinta-feira – 16h

Inspirado em “A Tempestade”, de Shakespeare, narra uma expedição para verificar uma colônia de cientistas em um planeta distante.

Os Malditos (These are the Damned, EUA, 1963, 95 min) Dir. Joseph Losey
28 de março - terça-feira – 19h
29 de março - quarta-feira – 16h
05 de abril - quarta-feira – 19h
06 de abril - quinta-feira – 16h
18 de abril – terça-feira – 16h
27 de abril – quinta-feira – 19h

Um turista americano, o jovem líder de uma gangue e sua problemática irmã acabam presos num complexo secreto que faz experiências com crianças.

O Planeta dos Vampiros (Terrore nello Spazio, Itália/Espanha, 1965, 88 min) Dir. Mario Bava

29 de março- quarta-feira – 19h
30 de março- quinta-feira – 16h
06 de abril – quinta-feira – 19h
07 de abril - sexta-feira – 16h
18 de abril – terça-feira – 19h
19 de abril – quarta-feira – 16h
28 de abril – sexta-feira – 16h


Ao chegar em um planeta, a tripulação de uma missão de investigação começa a lutar entre si, sem compreender o motivo.

                                         
Fuga no Século 23 (Logan’s Run, EUA, 1976, 119 min) Dir. Michael Anderson
 
30 de março- quinta-feira – 19h
31 de março- sexta-feira – 16h
07 de abril - sexta-feira – 19h
10 de abril - segunda-feira – 16h
13 de abril – quinta-feira – 19h
24 de abril – segunda-feira – 16h
 
No século 23, a vida é perfeita e cheia de prazeres. Porém, aos 30 anos, todos devem morrer. Quando chega a sua vez, Logan resolve fugir.
Eles Vivem (They Live, EUA, 1988, 93 min) Dir. John Carpenter                  

31 de março- sexta-feira – 19h
03 de abril - segunda-feira – 19h
11 de abril - terça-feira – 19h
12 de abril – quarta-feira – 16h
25 de abril – terça-feira – 19h
26 de abril – quarta-feira – 16h

Operário descobre um par de óculos que o permite ver que alienígenas dominaram a Terra, controlando os humanos através de propagandas subliminares.

Sessões especiais de Lançamento

Corpo delito (Brasil, 2017, 74min) dir. Pedro Rocha
Um filme híbrido, dirigido por Pedro Rocha, que se vale tanto de recursos do documentário observacional quanto do roteiro de ficção para contar a história de Ivan, um homem que saiu da cadeia, mas continua preso a uma tornozeleira eletrônica.
10 de abril – segunda-feira – 19h
11 de abril – terça-feira – 16h

Guarnieri (Brasil, 2017, 72min) Francisco Guarnieri
Conta história do ator de grande sucesso na televisão, autor fundamental na história do teatro brasileiro e imagem-síntese do artista engajado. Dirigido pelo seu neto Francisco Guarnieri, a obra reflete sobre o papel do indivíduo na sociedade, na arte e na família.

24 de abril – segunda-feira – 19h
25 de abril – terça-feira – 16h


Cinemas em Rede
Recado pro mundão (Brasil, 2017, 90min) dir. Diogo Noventa
O que meninos e meninas que estão na Fundação CASA (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente), em São Paulo, têm a dizer sobre sua vida e sobre o mundo em que vivem? Em entrevista feita com o diretor Diogo Noventa, eles vão ter a oportunidade de deixar um recado para as pessoas que assistirão às suas entrevistas e, numa conversa mais intimista, vão revelar suas opiniões sobre temas como família, cultura, violência e comportamento. Após a sessão, debate via webconferência com Diogo Noventa.
20 de abril – quinta-feira – 19h


Tela indígena

Tekowe Nhepyrun - A Origem da alma (Brasil, 2016, 50min) Dir. Alberto Alvarez
Para nós Guarani, a alma é a conexão entre o corpo e o espírito. O documentário A Origem da Alma. Apresenta o depoimento dos mais velhos da aldeia Yhowy, Guaíra, Paraná, compartilhando conhecimentos sobre a origem do modo de ser Guarani.
+
Cordilheira da Amora II (Brasil, 2016 , 10 min) dir. Jamille Fortunatto
A indiazinha Guarani Kaiowá Carine Martines vive na vila indígena de Amambai, no Mato Grosso do Sul, e transforma seu quintal em um experimento do mundo.
19 de abril – quarta-feira – 19h
 Tânia Cardoso de Cardoso
Departamento de Difusão Cultural
Coordenadora e curadora da Sala Redenção - Cinema Universitário
tania.cardoso@difusaocultural.ufrgs.br

www.difusaocultural.ufrgs.br
www.salaredencao.com

(51) 3308-3933

segunda-feira, 27 de março de 2017

Cine Dica: Em Cartaz: SILÊNCIO



Sinopse: No século 17, o padre Ferreira (Liam Neeson) vive no Japão e caiu em desgraça ao renunciar a sua fé. Preocupados com a situação, os padres jesuítas Rodrigues (Andrew Garfield) e Garupe (Adam Driver) viajam ao país para procurar o mentor Ferreira e propagar o cristianismo entre os japoneses.

Quando Martin Scorsese lançou no final dos anos 80 o filme A última Tentação de Cristo, o público o recepcionou com paus e pedras, pois jamais aceitaram na época um Jesus mais humano e que tenha tido uma relação com Maria Madalena. Vários anos se passaram e acredito que hoje aja espaço para ser debatidos no cinema inúmeros tabus com relação à religião, mesmo quando se vê em telejornais, por exemplo, a violência vinda de intolerância religiosa. No épico Silêncio, Scorsese nos convida para debater sobre essas questões e muitas outras, através de uma cruzada de dor e redenção do qual os protagonistas passam a sentir da pior maneira possível.
No século 17, dois padres jesuítas, Rodrigues (Andrew Garfield) e Garupe (Adam Driver) vão ao Japão para saber do paradeiro do seu professor e padre Ferreira (Liam Neeson) que não havia mais dado noticias após o envio de uma reveladora carta. Ao chegarem à terra do sol nascente, Rodrigues e Garupe dão de encontro com uma sociedade dividida, onde japoneses a serviço do governo capturam e torturam outros japoneses que aderiram ao cristianismo. Aos poucos, ambos os padres irão adentrar em situações das quais irão testar a sua própria fé e no que acreditam. 
Silêncio, já é um projeto bastante antigo do cineasta, mas que somente ganhou a luz a pouco tempo, graças ao fato de Scorsese ter já um bom tempo carta branca vinda de inúmeros estúdios, pois não é fácil de levar para ao cinema uma trama que toca num imenso vespeiro. Para começar, não espere ver os padres como os verdadeiros heróis da trama, mas tão pouco os japoneses que não aceitam a fé cristã, pois o debate aqui vai muito mais a fundo. Afinal, quem está realmente certo na vida com relação ao que acredita?
Religiões foram criadas pelo homem, das quais todas foram modificadas através do tempo, mesmo quando o seu teor principal até hoje se continua intacto. Infelizmente o homem se apegou a imagem e regras criadas pela igreja de uma forma tão forte, que parece até impossível a pessoa se reprogramar desde o princípio e começar a ter um pensamento mais aberto com relação ao mundo do qual vive. Scorsese então mostra de uma forma nua e crua que, o embate de pensamentos distintos sempre irá causar dor e morte, pois jamais será fácil mudar o que se pregou ao longo dos séculos.
Os jovens padres Rodrigues e Garupe vão ao oriente e tendo a certeza com relação no que sempre acreditaram, mas os horrores que presenciam fazem com que se perguntem se estão no caminho certo, pois ambos não escutam nada vindo do próprio Deus. O título silêncio, por exemplo, vem do fato da possibilidade de não haver nada além do que nós mesmos dizemos ao rezarmos pedindo ajuda a Deus, pois o que resta fica sendo somente a nossa força de vontade e a crença que, por vezes, nos cega fortemente. Não significa que o filme queira nos dizer para sermos descrentes, mas sim nos fazer perguntar a nós mesmos quem está certo ou errado nessa história?
O Japão é um país que possui inúmeras raízes, costumes e crenças das mais antigas da história da humanidade e bem diferente do cristianismo que, por sua vez, tem pouco mais de dois mil anos. Então imagine colocar esses dois mundos distintos se colidindo e pedindo para que um ou outro abandonassem o que acredita e se convertesse uma nova forma de vida para ver as coisas? O resultado sempre será deveras desastroso!
Posso ser católico e acreditar em Deus, por exemplo, mas reconheço que houve milhares de mortes ao longo dos séculos em nome do Senhor. Podemos nos horrorizar pela forma brutal que os japoneses usam para esmagar o cristianismo no decorrer do filme, mas ao mesmo tempo, nos faz a gente se dar conta que isso é um caso de inúmeros provocados pela persistência da igreja em querer doutrinar pessoas de povos tão distintos um do outro. Uma coisa é crer e pregar a paz, mas outra é radicalizar e provocar uma onda de mortes, destruição em massa e das quais, infelizmente, se prolonga até hoje. 
Com esse pensamento, eu creio que Silêncio talvez venha a ser um filme que irá gerar inúmeros debates no decorrer do tempo, mas que, infelizmente, não será todos os crentes desse mundo que irão conseguir apreciá-lo como um todo.   



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