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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Cine Dica: Curso Cinema Marginal Brasileiro

CURSO DE FÉRIAS



Apresentação

Nos anos 60 o Cinema Novo viveu seu auge e também vários momentos de incerteza. O poder da repressão da ditadura se impunha através da Censura que vetava e proibia filmes e cerceava a liberdade dos cineastas. A partir daquele momento dois caminhos antagônicos se configuraram. De um lado o cinema de concessões e diálogo com o grande público. De outro, o cinema de resistência e guerrilha. Desenvolveu-se então um ciclo de filmes que ficaram à margem do sistema. A proposta era baseada no radicalismo estético, no experimentalismo extremado e na subversão política. Surgia assim o Cinema Marginal brasileiro.


Entre os temas que serão abordados no curso estão os diálogos e as distâncias entre filmes de cineastas como Rogério Sganzerla; Julio Bressane; Andrea Tonacci; Ozualdo Candeias e Carlos Reichenbach. E também a relação turbulenta do movimento com Glauber Rocha e o Cinema Novo. Será objeto de estudo ainda a abordagem da necessidade de uma criação inventiva do cinema marginal dentro de uma situação política repressiva, e sua reflexão sobre a herança dos marginais para o cinema brasileiro contemporâneo.


Objetivos

O Curso Cinema Marginal Brasileiro, ministrado por Leonardo Bomfim, propõe um mergulho num dos momentos mais inventivos da história do cinema brasileiro, contextualizando os filmes em relação à cinematografia nacional e às influências das rupturas modernas dos anos 1960, na Europa, Estados Unidos e Japão.

Público alvo

Esta atividade se destina a qualquer interessado.
Não é necessário nenhum pré-requisito de formação e/ou atuação profissional.


Conteúdos

Aula 1

O momento do cinema brasileiro nos anos 1960.
A relação com o Cinema Novo: radicalização ou ruptura?
A reverência a José Mojica Marins
Ozualdo Candeias e o cinema da Boca do Lixo.
O estouro de Rogério Sganzerla com O Bandido da Luz Vermelha.

Aula 2

Julio Bressane: Matou a Família e Foi ao Cinema.
Os outsiders: José Agrippino de Paula, João Silvério Trevisan e Fernando Coni Campos.
A produção marginal em Minas e na Bahia
O surgimento da produtora Belair
O fim da invenção? O cinema de exílio e o cinema popular nos anos 1970.


Ministrante: Leonardo Bomfim

Jornalista e Mestre em Comunicação Social (PUCRS). Membro da Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (ACCIRS). Curador das mostras "Cinema Marginal" e "Cinema Black", realizadas na sala de cinema P. F. Gastal. Diretor do documentário em longa-metragem Nas paredes da Pedra Encantada (2011). Publicou artigos em revistas como Teorema; Norte; Noize e em sites como Senhor F; Fronteiras do Pensamento e Rock Press. Editou o site Freakium, sobre cultura pop, música e cinema, de 2005 a 2007. Já ministrou os cursos Novos Cinemas dos Anos 60Brian De Palma: O Poder da ImagemLumiére, Méliès & Outros Pioneiros e A Gênese da Nova Hollywood pela Cine UM.


Curso de Férias
CINEMA MARGINAL BRASILEIRO
de Leonardo Bomfim

Datas: 21 e 22 / Janeiro (sábado e domingo)

Horário: 14h30 às 17h30 

Duração: 2 encontros presenciais (6 horas / aula)

Local: Santander Cultural
(Rua Sete de Setembro, 1028 - Centro Histórico - Porto Alegre - RS)

Investimento: 
Valor promocional: R$ 70,00

Formas de pagamento: Depósito bancário / Cartão de Crédito (PagSeguro)

Material: Certificado de participação e Apostila (arquivo em PDF)

Informações
cineum@cineum.com.br / Fone: (51) 99320-2714


Realização
Cine UM Produtora Cultural

Patrocínio
Editora Aleph
Back in Black
Cine Victória
B&B Games

Apoio
Santander Cultural
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quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Cine Dica: Em Cartaz: ANIMAIS NOTURNOS




Sinopse: Susan (Amy Adams) recebe do ex-marido o esboço de um livro que está escrevendo, intitulado Nocturnal Animals. A obra gira em torno de um pai de família (Jake Gyllenhaal), cujas férias termina de forma violenta e o caso acaba sendo investigado por um policial (Michael Shannon).
Sempre quando eu vou participar dos cursos de cinema do Cine Um, por exemplo, há sempre alguns vídeos interessantes para serem vistos na tela antes da atividade. Em um desses há um curioso, onde mostra o primeiro plano de determinados filmes clássicos e de como eles se casam com o seu plano final. Em Animais Noturnos, as primeiras cenas são impactantes, das quais nos deixa desconfortáveis, mas que ao mesmo tempo, tem tudo a ver com os momentos finais da obra e isso já é um grande feito.
Dirigido por Tom Ford (Direito de Amar) o filme é baseado  no livro Tony and Susan, de Austin Wright e que conta a história de Susan (Amy Adams), mulher bem sucedida na vida, mas que vive melancólica com o seu casamento desastroso. Certo dia ela recebe um livro do seu ex-marido (Jake Gyllenhaal) do qual começa a ler. Imediatamente a trama se direciona justamente dentro da trama do livro, onde acompanhamos um pai de família (também interpretado por Jake Gyllenhaal), cujas férias terminam de forma violenta e o caso acaba sendo investigado por um policial (Michael Shannon).
Conhecido pelo universo da moda, Tom Ford surpreende ao demonstrar total segurança na direção e ao mesmo tempo dando verdadeira aula de como se cria um cinema autoral. Se no direito de Amar ele já havia começado bem, aqui ele se comporta na cadeira de cineasta como um verdadeiro veterano e nos brindando com um filme tenso, sombrio e cheio de significados. A trama dentro da trama pode até não ser novidade no cinema, mas ao mesmo tempo, ela serve como uma espécie de representação dos atos e consequências dos personagens principais em cena e que os levam a um caminho sem volta.
Diferente do que se imagina, a trama mostrada dentro do livro acaba se tornando o foco principal, pois é nela que se encontra todo o momento dos quais farão o cinéfilo se grudar na cadeira e se perguntar o que virá em seguida. Na realidade, a trama do livro dentro da história, pode ser interpretada como uma forma da qual um determinado personagem da trama procurou saber expressar os seus sentimentos devido a um passado que lhe deixou em pedaços. E se num primeiro momento a trama dentro da trama não faz sentido, o roteiro se encarrega de amarrar as pontas soltas e fazer com que o ato final termine de uma forma esclarecedora e imprevisível.
Além de uma trilha, montagem e fotografia que remetem um belo filme policial de antigamente, Tom Ford foi feliz ao escolher o seu elenco, do qual cada um dá um verdadeiro show em cena. Se Emy Adams já havia surpreendido no recente A Chegada, aqui ela passa uma personagem com conflitos internos e que não sabe qual o caminho trilhar depois de ter escolhido caminhos errôneos pela vida. E se  Jake Gyllenhaal novamente nos brinda com uma interpretação eficaz, ouso dizer que Michael Shannon nos apresenta aqui o melhor desempenho de sua carreira, pois ele simplesmente rouba a cena toda vez que surge com o seu trágico personagem e que acaba se tornando o mais fascinante de toda a trama.
Resumidamente, Animais Noturnos é um filme de escolhas e de suas consequências. Ao  retratar o pior do ser humano do mundo contemporâneo, ele acaba escancarando um mundo cada vez mais  moldado pela hipocrisia, atos inconsequentes e por um conservadorismo pálido perante as mudanças que sempre ocorrem no dia a dia da sociedade. Uma vez que cada um dos personagens comete um ato imprevisível, ao mesmo tempo escolheram uma rota de colisão do qual gerará cicatrizes permanentes e que, talvez, a palavra perdão não seja o suficiente.
Com um final em aberto em bem anti-hollywoodiano, Animais Noturnos é um belo e poderosíssimo filme, do qual fará as pessoas pensarem e ao mesmo tempo se perguntarem sobre o destino de cada um dos seus personagens que se encontram perdidos em suas próprias vidas.  



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Cine Curiosidade:Vídeos revelam os bastidores das filmagens de ‘Invasão Zumbi’

THRILLER COREANO CHEGOU AOS CINEMAS NESTA QUINTA, 29, COM DISTRIBUIÇÃO NACIONAL PARIS FILMES

Três vídeos de making of recém-divulgados revelam os bastidores de algumas cenas de ação do longa-metragem “Invasão Zumbi” (Train to Busan), que estreou em 371 salas de cinema do país. Os materiais destacam o grande esforço físico e emocional do elenco. Protagonizado por Yoo Gong (de “O Suspeito”), o filme reúne a jovem atriz Soo-an Kim, além de Jung Yu-mi, Ma Dong-seok, Sang-Hwa, Woo-sik Choi, Young Gook, Sohee Sohee e Jin-hee. Com legendas em português, os vídeos estão disponíveis para visualização no canal da Paris Filmes no Youtube: (https://youtu.be/xViW5uZGdy0 / https://youtu.be/pfkd98AQL7w / https://youtu.be/PNisOhNfueA). A produção já teve seus direitos vendidos e terá um remake em Hollywood.

Em “Invasão Zumbi”, o ponto de partida da trama é um
surto viral misterioso que deixa a Coréia em estado de emergência. Um vírus não identificado se alastra pelo país, transforma a população em zumbi e o governo coreano declara lei marcial. Com isso, todos que estão a bordo do trem expresso para Busan, uma cidade que defendeu com sucesso o surto viral, devem lutar por sua própria sobrevivência. O percurso de Seul a Busan é de 453 km e durante o trajeto uma luta pela sobrevivência é travada por aqueles que têm outros a proteger.

Com temática zumbi, o thriller surpreendeu o mercado mundial ao estabelecer sucessivas quebras de recordes de bilheteria. Na sua primeira semana de estreia, na Coréia do Sul, cerca de 5 milhões de espectadores assistiram ao filme no país asiático. O lançamento ficou à frente de produções como “A Era do Gelo: O Big Bang” e “Procurando Dory”.

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terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Cine Especial (HQ): ARMA X



Sinopse: Em um passado não especificado, ex-agente chamado Logan é capturado por uma organização secreta e sofre diversas experiências nas mãos deles. Aos poucos o ex-agente se transforma numa maquina de matar, mas ao mesmo tempo revelando coisas que até mesmo os seus captores não imaginavam.  

Muitos consideram os anos 90 para HQ como uma década perdida, pois basta lembrarmos, por exemplo, da Saga Clone para então pensarmos sobre isso e não questionarmos. Mas nem tudo foi perdido, pois também tivemos Sandman, Estranhos no Paraíso, Reino do Amanhã e dente outros. No início daquela década, surgiu uma HQ sombria e que dava luz ao passado nebuloso a um dos mais populares personagens dos X-Men, o Wolverine. 
Escrita e desenhada por Barry Windsor-Smith (Homem Maquina), acompanhamos um Logan aparentemente jovem, que está curtindo sua aposentadoria, mas que logo é capturado por uma misteriosa organização que pretende transformá-lo numa maquina assassina. O início da trama já nos pega desprevenidos, pois acompanhamos os pensamentos de Logan, mas ao mesmo tempo, as imagens se dividem em momentos antes de ser capturado e quando ele se encontra preso entre tubos de ensaio dentro da água. Com o seu traço perturbador, Smith cria um pesadelo para o personagem, do qual não sabemos ao certo quando ele está acordado, sonhando, ou até mesmo delirando.
A partir desse início, a trama se concentra não somente num Wolverine sofrendo o diabo e virando quase uma marionete, como também focando em três personagens que foram os responsáveis pelo seu sofrimento: Dr. Cornélius, O Professor e Senhorita Hines. Por serem poucos personagens na trama, Smith conseguiu extrair um pouco sobre a personalidade de cada um desses personagens, principalmente do Professor, sendo o grande vilão da trama, mas humano e muito imprevisível.
Publicado pela primeira vez em 1991, nas paginas Marvel Comics Presents e num total de 12 edições, a trama é mais direcionada para aqueles que têm estômago forte, já que o traço detalhista de Smith faz com que sintamos a dor da experiência que o personagem passou, em meio a delírios e pesadelos. Não faltam momentos em que o sangue jorra nas paginas, principalmente no ápice da trama quando Logan começa a tentar, mesmo que inconsciente, em se soltar e se vingar contra aqueles que fizeram aquilo com ele.
Para muitos leitores, essa é a origem definitiva do personagem, por não só mostrar a origem do seu damantium, como também ser uma fantástica trama e da qual possui toda a essência do que é realmente o personagem. Infelizmente ao longo da mesma década, surgiram inúmeros roteiristas que simplesmente elaboraram tramas absurdas e se aproveitando da trama Arma X, ao ponto de inventarem que muitas histórias elaboradas para o personagens eram na realidade lembranças implantadas e criando um verdadeiro nó na cabeça dos leitores. Felizmente surgiram tramas melhores assim como Arma X, como no caso de Origens e revelando a verdadeira natureza de Logan, numa trama que se passa antes dos eventos narrados por Barry Windsor-Smith.
Mais de 20 anos depois do seu lançamento, Arma X é uma HQ que não envelhece e é indispensável para aqueles que procuram uma trama que desafie a sua perspectiva. Atualmente a trama se encontra nas bancas pelo selo da editora Salvat.   
  

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Cine Curiosidade: Tom Ford e elenco comentam sobre a trama de ‘Animais Noturnos’ em vídeo inédito

SUSPENSE CONCORRE A TRÊS GLOBO DE OURO NAS CATEGORIAS
DE MELHOR DIREÇÃO, ROTEIRO E ATOR COADJUVANTE

Em vídeo inédito, divulgado hoje pela Universal Pictures, o diretor Tom Ford e os protagonistas Jake Gyllenhaal e Amy Adams relevam suas expectativas em relação à reação do público e contam um pouco mais sobre o enredo do filme “Animais Noturnos”. Para assistir, clique aqui.
Com três indicações ao Globo de Ouro (melhor direção e roteiro para Tom Ford e melhor ator coadjuvante para a atuação de Aaron Taylor-Johnson), o suspense chega aos cinemas em 29 de dezembro e proporciona emoções diversas aos telespectadores. Para a atriz Amy Adams, o filme entretém, mas também assusta: “Você vai ficar apavorado e entretido. Você definitivamente vai falar sobre o que viu”. Já o ator Armie Hammer – que interpreta o atual marido de Susan na história – conta que a produção mescla suspense e drama: “É assombroso, triste, lindo, tem momentos de energia frenética e muitas coisas acontecendo”, explica.
“Animais Noturnos” apresenta a história de um casal separado há 20 anos. Susan é uma negociante de arte de Los Angeles que vive uma vida privilegiada, mas incompleta, ao lado do atual marido, Hutton Morrow (Armie Hammer). Em um final de semana em que Hutton deve partir para uma de suas frequentes viagens de negócios, ela recebe um pacote inesperado: um livro escrito pelo ex, Edward (Jake Gyllenhaal), e dedicado a ela. Uma publicação violenta e perturbadora.

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segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Cine Dica: Em Cartaz: O Que Está por Vir



Sinopse:A professora de filosofia Nathalie (Isabelle Huppert) é casada e tem dois filhos. Mas sua vida perfeita acaba do dia para a noite quando descobre que o marido está lhe traindo e ela ainda perde o emprego. Agora, ela precisa superar todos os problemas para começar uma nova vida.

Isabelle Huppert em mais um grande desempenho no ano de 2016 após seu incrível papel em Elle, de Paul Verhoeven. Aqui, ela atua sob a direção sensível de Mia Hansen-Love em O Que Está por Vir. No filme, a sua personagem não sabe sobre o seu futuro, pois quando começa a calmaria pode ser muito bem o prenuncio de uma tempestade. Ou quando tudo parece um inferno, encontra-se a paz.
Dessa indefinição, e nela, vivemos constatação que chega a ser uma acaciana. É o tema do filme. Um tema eterno, ninguém há de negar, e sempre atual, por mais que a incerteza da vida tenha sido tratada em filmes, livros e conversas de bar por geração após geração.
Embora aparente ser uma história simples num primeiro momento, é também uma história de superação, onde nada se parece como os temas de superação vistos em Hollywood, dos quais tentam, mas na maioria das vezes terminam num lugar comum. Nathalie irá enfrentar mesmo muitos obstáculos, mas, ao enfrentá-los, se comporta de uma forma madura, ajudada também pelo fato de ser bem resolvida culturalmente, mas que longe dos olhares dos outros, não esconde para si o quão frágil é como pessoa.
A vida pode possuir espinhos para a maioria, pois como estudiosa da Filosofia, Nathalie sabe como ninguém que não é o que ela é por dentro, mas sim as suas ações e do seu próximo é o que dirá como são as pessoas perante os desafios. Claro que por ser humana ela não pode prever os problemas que começam a surgir no horizonte, mesmo com status de amadurecimento em sua vida. Os problemas surgem através das figuras do marido, Heinz (André Marcon), sua mãe depressiva Yvette (Edith Scob), os filhos, e um aluno tanto rebelde como sedutor, Fabien (Roman Kolinka).
Na verdade, não interessa os problemas, mas sim como ela irá saber administrar as situações que surgem para ela, mesmo quando ela se encontra em momentos tranquilos como numa praia da qual ela se encontra para esquecer um pouco de sua realidade. Fora isso, é preciso dar destaque ao trabalho de direção da cineasta  Mia Hansen-Love, pois com a sua câmera de movimentos refinados, a diretora enquadra uma Isabelle Huppert sempre com muita luz e revelando cada detalhe dos seus sentimentos mostrados em sua expressão: a cena onde mostra ela no interior de um ônibus, presenciando  pelo vidro o marido acompanhado pela amante na rua é digna de nota, pois ela oscila entre dramaticidade e humor ao mesmo tempo.
Esse é um dos grandes charmes do filme, do qual nos passa momentos dramáticos e de humor ao mesmo tempo. Cineasta e atriz conseguem explorar esses universos diferentes e misturá-los num único quadro, pois a vida, por vezes, acaba sendo tão absurda quanto à própria ficção. É um filme realista, sendo um retrato de um dia a dia que parece não haver saída e sentido algum em seguir em frente, mas quando se menos espera, encontra um equilíbrio perante o precipício.
Isso claro acontece quando a protagonista transita com as suas idéias e motivações ao lado de novos tempos cheios de novos significados que, embora não façam mudar como pessoa, pelo menos ela soube conviver com elas.  Uma mulher resolvida na vida, da qual não desvencilha do melhor que havia no seu tempo, mas sim sendo tolerante ás mudanças que ocorrem na vida a todo o momento. Um filme que faz somente aumentar o quão é primoroso cheio de significados é o universo feminino.
Com um final em aberto, O Que Está por Vir é um filme sobre libertação, mas ao mesmo tempo sobre saber se redescobrir na vida e mantendo uma posição madura, consciente e resolvida perante os novos tempos.  



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