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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 5 de maio de 2016

Cine Dicas: Estreias do final de semana (05/05/16)



De Amor e Trevas


Sinopse: Durante a guerra em Jerusalém, um garoto cresce em um apartamento lotado de livros dos mais diferentes idiomas. Aos doze anos de idade sua mãe comete suicídio, mudando para sempre a vida da família. Após a tragédia, ele entra para um kibbutz, muda seu nome e começa a trabalhar como escritor, participando ativamente da vida política do país. Adaptação do livro de memórias escrito por Amos Oz.


 

Heróis da Galáxia: Ratchet e Clank


Sinopse: Ratchet é um ser alienígena parecido com um tigre, que possui uma grande habilidade com armas e entende muito de mecânica. Ele precisa derrotar o vilão Chairman Drek, que possui uma poderosa arma capaz de destruir todos os planetas da galáxia Solana. Ao lado do robô Clank e do grupo de super-heróis chamado Galactic Rangers, Ratcher precisa derrotar o perigoso vilão e, mais uma vez, salvar a galáxia. 


 

O Começo da Vida


Sinopse: Uma pessoa não é composta apenas de carga genética e essa é uma das grandes descobertas da neurociência. O desenvolvimento do ser humano depende muito também do relacionamento dele com o meio ambiente e com outros seres, em especial nos primeiros anos de vida.  


Martyrs


Sinopse: Uma mulher e seu amigo de infância vão em busca de vingança contra aqueles que abusaram deles.  


O Décimo Homem

Sinopse: O argentino Ariel (Alan Sabbagh) trabalha como economista em Nova York e retorna a Buenos Aires a pedido do seu pai para ajudá-lo em sua fundação. Ao chegar, Ariel retoma o contato com sua cultura judaica no bairro Once e o choque acaba sendo inevitável.
  

O Maior Amor do Mundo


Sinopse: O Dia das Mães chegou e essa celebração é muito especial para várias mulheres, sejam aquelas que já tenham filhos, as que estão grávidas e até outras que nem imaginam a possibilidade de serem mães. Nessa data, os destinos de todas essas mulheres vão se cruzar. 


Prova de Coragem


Sinopse: O médico Hermano (Armando Babaioff) se prepara uma escalada de alto risco na montanha da Terra do Fogo, na Argentina. Mas sua namorada, Adri (Mariana Ximenes), revela que está grávida, deixando o médico em dúvidas quanto à escalada. Ele se enche de coragem e decide seguir em frente com o seu plano.


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quarta-feira, 4 de maio de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: CAPITÃO AMÉRICA: GUERRA CIVIL



Sinopse:Capitão América (Chris Evans) lidera a nova equipe dos Vingadores em seus esforços para manter a humanidade em segurança. Depois que outro incidente internacional envolvendo os Vingadores causa danos consideráveis, o aumento da pressão política resulta na implementação de um sistema de responsabilidade e um conselho governamental para determinar quando pedir ajudar da equipe. O ato divide as opiniões, originando duas facções. Uma se alia ao Capitão América, que busca defender a humanidade sem a interferência do governo. Já a segunda é liderada pelo Homem de Ferro (Robert Downey Jr.), que decide apoiar as decisões do governo, dando início a uma batalha entre ex-aliados.


Seres humanos falham, cometem erros e precisam conviver com esse fardo. Mas o que aconteceria se alguns desses seres humanos tivessem super poderes e errassem algumas vezes? A resposta já foi verificada em alguns filmes anteriores e agora se intensifica em Capitão América: Guerra Civil. 
Após os eventos vistos em Vingadores: A Era de Ultron, o super grupo começa a ser questionado pelos governos do mundo, se eles são um bem para a humanidade, ou um mau que precisa ser controlado. A situação piora quando Capitão América e o resto dos Vingadores tentam impedir um atentado arquitetado pela Hydra, mas infelizmente algo dá errado e o resultado é de inúmeros inocentes mortos. Com isso, surge a lei da qual os super heróis somente irão agir seguindo ordens do governo e ao mesmo tempo sendo vigiados.
Inspirado na já clássica HQ Guerra Civil escrita por Mark Millar (Kick Ass), a trama divide os Vingadores em diversas questões, que vão desde liberdade de expressão, o direito de ir e vir e ter a responsabilidade e o caráter de assumir os seus erros futuramente. Com isso, lealdade e a amizade será colocada em cheque, principalmente pelo fato da lei do registro não ser o único problema. A trama também é uma continuação de Capitão América Soldado Invernal e, portanto surge novamente Bucky (Sebastian Stan), que é perseguido por diversos governos do mundo e acusado de um recente atentado que, aparentemente, cometeu.
Com tantos personagens e acontecimentos que acontecem a todo o momento na trama, é de se impressionar que ela funcione, pois nas mãos de qualquer cineasta, sem um pingo de talento na área, o resultado poderia ser deveras desastroso. Porém, os irmãos Russo, não somente retornam as cadeiras como cineastas como também mantiveram o clima de espionagem que ficou evidente na aventura anterior do Capitão e fazendo com que a trama se torne mais pé no chão e consistente. Além disso, novamente eles nos brindam com um verdadeiro show de cenas de ação e de luta, das quais sempre irão me lembrar os melhores momentos da trilogia Borne, mas protagonizados por super seres.
Também é de se tirar o chapéu o fato deles conseguirem até mesmo explorar o passado de alguns dos personagens quando se achava que não havia mais nada para se explorar e isso acontece justamente com o Homem De Ferro (Robert Downey Jr.). Sua primeira cena do filme já nos dá uma dica do que virá a seguir, pois o papel do personagem na trama é cercado por perdas e culpas e fazendo com que ele busque uma forma de redenção através dessa nova lei do governo. Claro que isso dá de encontro com opiniões diferentes dos seus colegas, principalmente do Capitão (Chris Evans) que opta em defender a lealdade e confiança do seu próximo.
Ambos estão certos e ambos estão errados em suas ações, sendo que eles até debatem sobre suas diferenças, mas os eventos em ação acontecendo faz com que o dialogo seja limitado e desencadeando escolhas, por vezes, equivocadas. Isso se expande no restante do grupo e fazendo com que cada um tenha o seu espaço para levantar a sua opinião. Como eu disse acima, é surpreendente como inúmeros personagens surgem na tela e tenham o seu espaço mais do que bem explorado, como no caso de Visão (Paul Bettany) e Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen), ambos ainda novos no grupo, mas tendo suas visões e opiniões muito bem exploradas na trama.
Falando em novos, era inevitável que surgissem novos heróis, mas jamais imaginei que dois teriam suas origens contadas já nesse filme, mas para a minha surpresa, tudo muito bem arquitetado e bem filmado. Pantera Negra (Chadwick Boseman) tem a sua origem introduzida na trama principal de uma forma tão perfeita, que poderia servir até mesmo de aulas sobre como se faz um filme de origem, mesmo em poucos minutos de projeção. O seu personagem tem um papel fundamental, até mesmo nos últimos minutos de filme.
Mas se ele é uma novidade muito bem introduzida, o que dizer do nosso velho conhecido Homem Aranha? Já tendo uma trilogia cinematográfica mais do que perfeita e tendo uma nova cine-série cancelada a partir do segundo filme, devido a repetições e fórmulas desnecessárias, o personagem, interpretado por Tom Holland (Impossível), finalmente estréia no universo cinematográfico Marvel, mas a forma como ele é introduzido, com uma pequena ajuda do Homem de Ferro, é desde já um dos melhores e mais engraçados momentos da trama. Ponto para os irmãos Russo que, de uma forma simples e direta, conseguiram a proeza de introduzir um personagem com uma bagagem tão grande em sua história.
Mas se o amigão da vizinhança está do lado do grupo do Homem de Ferro, por outro lado, o grupo do Capitão América consegue uma ajuda muito bem humorada do Homem Formiga/Scott Lang (Paul Rudd). Tendo estrelado o seu próprio filme no ano passado, o personagem é introduzido de uma forma bem humorada e muito bem aproveitado. Atenção para a cena do aeroporto, onde o personagem nos brinda com um novo poder e que irá fazer com que os fãs pulem das cadeiras.
Falando na cena do aeroporto, é sem sombra de dúvida um dos momentos mais espetaculares das adaptações das HQ dos últimos anos. Mesmo com tantos personagens em cena se digladiando, é impressionante que nada fique confuso, mas sim lindo de se ver a cada momento. Todos os poderes de cada um dos personagens são explorados ao máximo, em maior e menor grau e nenhum ficando de fora nesse verdadeiro espetáculo de som e imagem.
Claro que nem tudo são flores já que o vilão principal da trama, Capitão Zemo (Daniel Bruhl) tem poucos momentos em cena, mesmo sendo o responsável pela criação da teia de eventos de toda a trama. Sua participação só ganha peso e relevância no ato final, pelo qual serão reveladas suas reais motivações e revelando um terrível segredo que irá assombrar pelo menos três personagens cruciais do longa. É nesse momento em que o filme possui uma carga melodramática até então inédita dentro do universo cinematográfico Marvel e provando que o estúdio pretende sempre quando puder explorar elementos até então inéditos em seus filmes. 
Embora com minutos finais meio água com açúcar, Capitão América: Guerra Civil é o encerramento e o começo de uma nova era do Universo cinematográfico Marvel. Resta saber se a revolução vista nessa obra será repetida nas produções seguintes ou se teremos novas surpresas num futuro próximo. Os fãs só agradecem.   




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Cine Dica: Mostra APTC 2016



Evento comemora os 31 anos da entidade de 3 a 12 de maio em três cinemas do Centro da capital gaúcha.

ENTRADA FRANCA

PORTO ALEGRE, Brasil – A Associação Profissional dos Técnicos Cinematográficos do Rio Grande do Sul (APTC) promove de 3 a 12 de maio a Mostra APTC 2016. A mostra reúne um panorama das três últimas décadas do cinema produzido no Estado, com a exibição de 20 longas e 50 curtas-metragens. O evento acontece em três cinemas do Centro da capital, com sessões no CineBancários (R. Gen. Câmara, 424), na Sala Eduardo Hirtz da Casa de Cultura Mario Quintana (R. dos Andradas, 762) e na Cinemateca Capitólio (R. Demétrio Ribeiro, 1085). A atividade tem curadoria da Associação de Críticos de Cinema do RS (ACCIRS). A entrada é franca.
Entre os títulos mais recentes da mostra estão os curtas e longas Beira‐Mar (2015), de Filipe Matzembacher e Marcio Reolon, Castillo y el Armado (2014), de Pedro Harres, Castanha (2014), de Davi Pretto, A Oeste do Fim do Mundo (2014), de Paulo Nascimento, Se essa Lua fosse Minha, de Larissa Lewandowski (2014), e o documentário Terráqueos: Vestígios de uma Era Digital (2014), de Frederico Ruas. Também estão na programação: Anahy de las Misiones (1997), de Sergio Silva, Tolerância (2000), de Carlos Gerbase e Houve uma Vez Dois Verões (2002), de Jorge Furtado, entre outros.
 "A intenção desta Mostra APTC 2016 é mostrar a diversidade da produção gaúcha nestes 31 anos de existência da entidade, contemplando um audiovisual que está em transformação, principalmente nestes últimos dez anos, com a produção em formatos digitais", explica o atual presidente da entidade, Davi de Oliveira Pinheiro.

Mais informações da programação e horários cliquem aqui.

terça-feira, 3 de maio de 2016

Cine Especial: O 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos

14ª  Eles Não Usam Black-Tie (1981)

Sinopse: Tião (Carlos Alberto Riccelli), é um operário comum que só quer ganhar seu dinheiro e ter uma família normal com sua namorada, Maria (Bete Mendes). Logo após descobrirem que ela está grávida decidem casar-se. Ao mesmo tempo, eclode um movimento grevista que divide a categoria metalúrgica na fábrica onde trabalha. Preocupado com o casamento e temendo perder o emprego, Tião fura a greve, entrando em conflito com o pai, Otávio (Gianfrancesco Guarnieri), um velho militante sindical que passou três anos na cadeia durante o regime militar.
No ano de 1981, o cineasta brasileiro Leon Hirzsman lançava um de seus projetos mais ambiciosos: “Eles Não Usam Black-Tie”. A película é baseada na peça de mesmo nome, escrita por Gianfrancesco Guarnieri em 1958. Hirzsman, iniciou seu trajeto cinematográfico juntamente com sua militância política, sendo um dos fundadores do Centro Popular de Cultura uma organização associada à União Nacional de Estudantes (UNE). A maioria de seus trabalhos tinham cunho sócio-político e com Eles Não Usam Black Tie não foi diferente.
A obra do diretor foi vencedora de prêmios em grandes festivais como Berlin, Veneza e Havana. Mas a sua importância não é apenas em função disso e sim na coragem do cineasta que, em parceria com o autor Guarnieri enfrentou a ditadura e retratou, em partes, os grandes eventos de greve que mobilizaram o Brasil e, em especial a do ABC.
Os diálogos são simples e diretos, principalmente os entre pai e filho. Podemos perceber na trama, que o conflito entre Tião e seu pai é um dos principais pontos da obra. Em meio ao conflito entre Otávio e Tião, há Romana, a personagem interpretada brilhantemente por Fernanda Montenegro traz uma mulher e mãe sendo a voz da razão. Criando uma ponte entre esses dois extremos.

15ª  O Som Ao Redor (2012)

Sinopse: A presença de uma milícia em uma rua de classe média na zona sul do Recife muda a vida dos moradores do local. Ao mesmo tempo em que alguns comemoram a tranqüilidade trazida pela segurança privada, outros passam por momentos de extrema tensão. Ao mesmo tempo, casada e mãe de duas crianças, Bia (Maeve Jinkings) tenta encontrar um modo de lidar com o barulhento cachorro de seu vizinho.
Nos primeiros minutos de projeção do filme O Som ao Redor, conseguimos ter a absoluta certeza, que as cenas falarão por si sobre o que acontece na trama, ou mais especificamente falando, a câmera irá nos mostrar o que acontece. O diretor Kleber Mendonça Filho demonstra do inicio ao fim nesse filme, uma paixão pelo cinema, pois ele usa a sua câmera como testemunho, sobre o que acontece no dia a dia de alguns moradores de um prédio, onde cada gesto, olhar fica registrado e fala por si.
Como próprio titulo entrega, existem sons durante o decorrer da trama, que muitos casos não fazemos a menor idéia de onde eles vêm, muito menos sabemos do seu propósito, mas estão ali para gerar certo desconforto e para a surpresa de alguns, até mesmo criar um clima de suspense. Todos esses ingredientes servem na realidade, para guardar as sete chaves, as reais intenções de alguns dos inúmeros personagens que surgem na trama.
Até lá, ficamos entretidos com a dona de casa, que fica incomodada com um cachorro que não para de latir. Do rapaz que vende os apartamentos e que começa uma relação com uma garota melancolia. Do dia a dia (e noite) dos seguranças que dão proteção aos moradores. Em meio a todas essas sub-tramas, da à sensação de que há um cenário que esta sendo armado no decorrer da historia, para daí então explodir num determinado ponto. Habilidoso como ninguém, Kleber Mendonça Filho cria inúmeros momentos tensos, que quando parece que são peças chaves que poderiam nos levar ao x da questão, eis que eles são apenas pequenos artifícios para aumentar o clima de suspense que o espectador começa a sentir. Se por um lado são momentos que apenas estendem a trama, por outro é uma prova de toda esperteza do cineasta, que consegue nos prender numa historia que poderia facilmente ser mais encurtada, mas que acabamos ficando fisgados até o final.
Quando as luzes da sala se acendem, temos a sensação de que fomos enganados, mas tudo de uma forma que saíssemos satisfeitos. Pois não é todo dia que interpretarmos de uma forma com relação a uma trama que assistimos, mas que na verdade era algo completamente diferente do que imaginávamos que fosse acontecer.




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