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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 18 de agosto de 2015

Cine Dica: Retrospectiva Werner Schroeter na Sala P. F . Gastal

A partir de terça-feira, 18 de agosto, a Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) exibe em parceria com o Goethe-Institut uma retrospectiva com dez filmes de Werner Schroeter, um dos nomes mais radicais do cinema moderno alemão. Com projeção em blu-ray, a mostra tem entrada franca.

WERNER SCHROETER

Embora o cinema de Werner Schroeter tenha nascido no espírito do Novo Cinema Alemão e tenha feito parte deste movimento desde o início, seu estilo o diferencia dos outros cineastas do período. Schroeter criou uma estética própria que é marcante em todos os seus filmes, sejam de ficção ou documentários, algo que o deixou numa posição marginal dentro do Novo Cinema Alemão. Amante de óperas, Schroeter usa imagens extremamente estilizadas e iconográficas, com uma linguagem opulenta e expressionista. Suas obras obedecem rigorosamente a um ideal artístico e são tão inovadoras quanto provocadoras.

Os primeiros filmes de Schroeter, Argila e Eika Katappa, ainda no final dos anos 1960, expandem as fronteiras do cinema narrativo tradicional a partir de telas múltiplas e colagens experimentais. Na década de 1970, realiza alguns de suas obras mais célebres, transitando por estilos e territórios distintos. Entre elas, A Morte de Maria Malibran, uma homenagem singular a grandes divas do canto, da personagem-título a Maria Callas e Janis Joplin, o surrealismo californiano de Willow Springs, o romantismo brega de influência mexicana em Anjo Negro e a Cuba imaginária de Os Flocos de Ouro.    

“Schroeter é o Cocteau do nosso tempo. O cinema de Werner Schroeter é a mais pura magia, ele cria um novo mundo, um novo tempo, cheio de artifício e beleza. Visões de um reino imaginário onde tudo é permitido. Magic Werner, Magic Cinema.” Libération 4/9/2008

“Você faz, ou você não faz” disse Werner Schroeter numa entrevista para o jornal alemão Berliner Zeitung, resumindo assim, em poucas palavras, a ideia básica do chamado Novo Cinema Alemão. Foi com esse espírito que começaram os grandes mestres do Novo Cinema Alemão: Herzog, Fassbinder, Wenders, Schlöndorff - e Werner Schroeter. Naquela época houve uma ruptura radical com a forma com que até então se entendia e se fazia cinema: o diretor tornava-se o autor dos seus filmes, o objetivo não era mais o sucesso comercial, mas a relevância da temática política e social. Começava um movimento que pretendia distanciar os filmes da perspectiva de investimento e retorno financeiro e garantir o máximo de liberdade ao cineasta. Os filmes não deveriam mais apenas entreter o público, mas provocar um debate sobre questões sociais e políticas. Especialmente nos primeiros anos, foram realizados muitos filmes com orçamentos baixíssimos, muitas vezes movidos somente pelo idealismo e pela convicção dos cineastas e de suas equipes: nascia o Novo Cinema Alemão.

Werner Schroeter nasceu em 1945, na Alemanha. Começou a fazer cinema de forma autodidata no final dos anos 60, com filmes experimentais em super 8 e 16mm. O seu primeiro longa-metragem, “Eika Katappa”, de 1969, já despertou o interesse da crítica e do público. A partir dos anos 1970, paralelamente às suas produções para o cinema, Schroeter passou a encenar espetáculos de ópera e de teatro, tanto na Alemanha quanto em palcos internacionais.


FILMES

ARGILA
1969, 33 min, ficção, 18 anos
Essa obra experimental de Werner Schroeter faz parte de seus primeiros trabalhos e foi criada em forma de projeção dupla. O filme utilizado como base exibe um homem e três mulheres, duas interagem diretamente com ele, a terceira comenta os acontecimentos. O filme é projetado uma vez em cópia muda em preto e branco e uma colorida e sonorizada na outra metade da tela. A cópia em preto e branco começa um minuto mais cedo, com esse adiantamento, a cor e o som tornam-se uma lembrança complementar das imagens já vistas.

EIKA KATAPPA
1969, 143 min, ficção, 18 anos
Uma colagem experimental de Werner Schroeter de imagens e sons assíncronos, sem vínculo direto e explícito. O vínculo é criado inicialmente na cabeça do público. Aqui se forma um contexto entre lendas antigas, opereta, cinema, show, Beethoven, Maria Callas, Verdi e Caterina Valente. O filme foi exibido em 1970, na Quinzaine des realisateurs do Festival de Cannes.

PILOTO DE BOMBARDEIO (Der Bomberpilot)
1970, 65 min, ficção, 18 anos
Este é o primeiro trabalho de Werner Schroeter para a televisão alemã. O filme narra a carreira de três mulheres como cantoras e dançarinas, desde o tempo do nazismo até o milagre econômico nos anos 1950 e 60.

A MORTE DE MARIA MALIBRAN (Der Tod der Maria Malibran)
1972, 104 min, ficção, 18 anos
A meio-soprano Maria Malibran, cujas voz e beleza conquistaram os corações de Rossini e Bellini, faleceu em 1836 com 26 anos em decorrência de uma queda do cavalo. O filme não pretende ser biográfico, mas destina-se ao seu mito e seu misticismo, apresentando Magdalena Montezuma e Candy Darling nos papéis principais. O filme retrata os pontos fortes e fracos das divas, independente do século; de Maria Callas a Janis Joplin, as Malibrans modernas, a quem Werner Schroeter dedica esse filme.

WILLOW SPRINGS  
1973, 78 min, ficção
Três mulheres levam uma vida recatada no deserto californiano e sentem-se ameaçadas pela chegada de um homem estranho. O filme conta a história de um humor surreal como um sonho, caracterizado por identidades femininas descontinuadas.

ANJO NEGRO (Der schwarze Engel)
1974, 71 min, ficção
O filme começa com imagens documentais e comentários em voice-over sobre a Cidade do México, conduzindo o espectador por uma viagem mística de duas turistas, uma alemã e uma secretária da embaixada americana, que buscam o sentido de vida e realização pessoal nas ruínas dos Deuses Incas. O próprio Schroeter descreve a sua obra como ‘piada nostálgica, uma farsa barata’ - romantismo brega e colonialista.

OS FLOCOS DE OURO (Goldflocken)
1976, 160 min
O filme se passa em Cuba (inventada), na França, na região do Ruhr e na Baviera, é falado em vários idiomas e dividido em quatro atos. Schroeter reflete sobre destino e moral e a atriz Bulle Ogier comenta esse filme mais tarde: ‘As sequências em preto e branco são a coisa mais bela que já fiz no cinema. Werner conseguiu captar a fragilidade, a transparência delicada dentro de mim. Assim como com Andréa Ferréol, que nunca esteve mais sexy e mais renoir em um filme de cinema’.

DIA DOS IDIOTAS (Tag der Idioten)
1981, 106 min
O que se passa na cabeça da bela Carol Schneider? Ela não se encaixa na vida normal. Tenta escapar com todos os recursos: grita, chora, xinga e implora pela atenção de seu apático amante Alexander. "Matem-me!" ela grite para o nada. O seu comportamento a leva à internação em um manicômio. Aqui ela quer ficar para sempre, apesar de continuar isolada. Finalmente, ela recebe alta, está curada. Os muros do manicômio desabam e Carol é atropelada por um carro. – Reflexão com aspecto surreal sobre a fuga do manicômio.

CONCÍLIO DE AMOR (Liebeskonzil)
1982, 90 min
Com raiva sobre as atividades depravadas das pessoas na época da renascença, Deus convoca um concílio no céu e se consulta com Maria, Jesus e o Diabo sobre a possibilidade de castigar as pessoas e ao mesmo tempo resgatar suas almas, para que ainda tenham súditos no reino do céu. Finalmente o Diabo é incumbido de encontrar esse castigo. Ele gera uma filha com Salomé que vai à corte imoral do Papa Borgia Alexander VI para contagiar as pessoas com sífilis. – Filmagem da peça de teatro de Oskar Panizza (1853-1921) em uma encenação do Teatro Belli em Roma. A ação principal do filme é o processo contra Panizza, que em 1895 é condenado a um ano de prisão por blasfêmia em "Concílio de amor", e mais tarde acaba no manicômio.

DE L’ARGENTINE  
1986, 94 min, documentário
Documentário sobre os pavores e a tortura da ditadura militar argentina. Werner Schroeter compara as informações oficiais publicadas pelo regime militar aos depoimentos de vítimas, dissidentes e as famílias dos “desaparecidos”.  A partir da intimidade com os entrevistados, através de sua mímica e suas palavras, o filme transmite o pavor da violência. 

GRADE DE HORÁRIOS
18 a 30 de agosto de 2015


18 de agosto (terça-feira)
17:00 – Os Flocos de Ouro (1976)
20:00 – A Morte de Maria Malibran (1972)

19 de agosto (quarta-feira)
17:00 – Dia dos Idiotas (1981)
19:30 – Eika Katappa (1969)

20 de agosto (quinta-feira)
17:00 – Concílio de Amor (1982)
19:30 – Willow Springs (1973)

21 de agosto (sexta-feira)
17:00 – De l'Argentine (1985)
19:30 – Anjo Negro (1974)

22 de agosto (sábado)
15:00 – Argila (1969) + Piloto de Bombardeio (1970)
17:00 – Willow Springs (1973)
19:00 – Os Flocos de Ouro (1976)

23 de agosto (domingo)
15:00 – Dia dos Idiotas (1981)
17:00 – Concílio de Amor (1982)
19:00 – De l'Argentine (1985)

25 de agosto (terça-feira)
17:00 – Anjo Negro (1974)
19:00 – Willow Springs (1969)
20:30 – Sessão Plataforma

26 de agosto (quarta-feira)
17:00 – A Morte de Maria Malibran (1972)
19:00 – Os Flocos de Ouro (1976)

27 de agosto (quinta-feira)
17:00 – Concílio de Amor (1982)
19:00 – Dia dos Idiotas (1981)

28 de agosto (sexta-feira)
17:00 – Argila (1969) + Piloto de Bombardeio (1970)
19:00 – Eika Katappa (1969)

29 de agosto (sábado)
15:00 – Anjo Negro (1974)
17:00 – A Morte de Maria Malibran (1972)
19:00 – Sessão Plataforma (reprise)

30 de agosto (domingo)
15:00 – De l'Argentine (1985)
17:00 – Argila (1969) + Piloto de Bombardeio (1970)
19:00 – Eika Katappa (1969)
  
Sala P. F. Gastal
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro
Fone 3289 8133
www.salapfgastal.blogspot.com

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Cine Dica: Em Cartaz: Gemma Bovery - A Vida Imita a Arte



Sinopse: O longa nos mostra que o casal Charlie e Gemma Bovery morava na Inglaterra e acabaram de se mudar para um vilarejo da França. Ela fica encantada com a gastronomia do país e quer explorar o lugar ao máximo. Os dois conhecem um padeiro da região, que, por sua vez, fica fascinado com o fato deles terem o sobrenome Bovery, o mesmo do casal do clássico livro Madame Bovary e também pelo fato de se mudarem justamente para o lugar onde o livro foi escrito por Gustave Flaubert. E assim como na obra, Gemma desperta a atenção dos homens do vilarejo.
 
A diretora e roteirista Anne Fontaine (O Preço da Traição) se tornou conhecida pelos cinéfilos ao criar longas com as tão conhecidas damas fatais, aonde esbaldam na tela os seus olhares e físicos sedutores para os demais personagens da trama. No seu mais novo longa, ao criar uma trama inspirado num livro de  Posy Simmonds, a cineasta acabou formando um palco para um humor tão simples e simbólico, resultando num filme gostoso de se assistir. Nunca abusando dos cortes bruscos, com exceção da penúltima cena que é demasiadamente mostrada em inúmeros ângulos, à diretora nos leva ao já conhecido cinema tradicional da perspectiva, aonde a imaginação fértil dos protagonistas se explode como um todo, o que faz com que a trama vai muito mais além do que o esperado.
Sobre o desempenho de Gemma Arterton (João e Maria: Caçadores de Bruxas) eu somente tenho que esbanjar elogios, pois tanto a beleza da atriz quanto a sua forma de atuar que, nos hipnotiza, sem forçar em nenhum momento, não sendo obrigada a ser uma vizinha qualquer, mas administrando no lado sutil sedutor, do qual se enquadra justamente na personagem com o mesmo nome do qual indiretamente acabou adotando. Fabrice Luchini (Dentro da Casa) atuou quase como uma espécie de narrador para nós, com o seu personagem Martin, mas de uma maneira engraçada, leve, gostosa de assistir, ouvir os seus pensamentos e nos brindando com momentos cômicos quando tenta falar inglês com um sotaque carregado. Claro que há outros personagens secundários na trama, mas sinceramente eles são ofuscados quando a dupla central se encontra em cena.
Porém é preciso destacar três personagens que, querendo ou não, foram responsáveis pelos eventos do ato final da trama. Embora sejam diferentes um do outro, eles se encaixam na trama da qual envolve Gemma Bovery, por possuírem um estilo de interpretação bem definidos. Portanto dou os parabéns para Jason Flemyng por seu Charlie, Mel Raido por seu Patrick e Niels Schneider pelo seu Hervé. 
O lado técnico do filme é outro do seu ponto forte, pois o cenário, cuja trama se passa na Normandia, faz com que a gente deseja congelar a imagem para admirar cada cena filmada. Os momentos coloridos em cena são uma representação de algo novo surgindo, uma vez que quando tudo se torna numa cor tom pastel, é sinal de que as coisas vão mudando e as mudanças talvez não sejam tão boas assim. O ato final nos brinda com uma fotografia fria e representando a tragédia grega que envolve os personagens principais. 
Enfim, um filme que irá agrada tanto gregos como troiano, mesmo quando uma cena, que se torna peça chave para o filme como um todo, soa um tanto que forçada, devido às diversas vezes que assistimos o ato em ângulos diferentes e tentando nos explicar desnecessariamente o que realmente aconteceu ali. É acima de tudo uma comédia leve, deliciosa e que mostra até que ponto as pessoas se entregam a uma realidade fictícia, ou um caso amoroso sem futuro, para elas se sentirem pelo menos em alguns momentos da vida realmente vivos.




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Cine Dica: HORROR SUECO E CLÁSSICO DE GILLO PONTECORVO NA CINEMATECA CAPITÓLIO

A partir de quarta-feira, 19 de agosto, a Cinemateca Capitólio resgata duas obras cultuadas: o horror sueco Deixa Ela Entrar (2008), de Tomas Alfredson, um dos grandes filmes da última década, que teve vida curta no circuito comercial de Porto Alegre, e Queimada! (1969), clássico político do italiano Gillo Pontecorvo, com Marlon Brando no papel principal.  Depois da Chuva, de Cláudio Marques e Marília Hughes, segue em cartaz.

O projeto de restauração e de ocupação da Cinemateca Capitólio foi patrocinado pela Petrobras, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES e Ministério da Cultura. O projeto também contou com recursos da Prefeitura de Porto Alegre, proprietária do prédio, e realização da Fundação Cinema RS – FUNDACINE.

FILMES

DEIXA ELA ENTRAR
(Låt den rätte komma in)
(Suécia, 2008, 112 minutos)
Direção: Tomas Alfredson
Elenco: Kåre Hedebrant, Lina Leandersson, Per Ragnar
Distribuição: Filmes da Mostra

Blackeberg, subúrbio de Estocolmo. Oskar (Kare Hedebrant) é um garoto de 12 anos que sente-se só. Na escola ele sempre é provocado por outros garotos e, apesar da raiva que sente, é incapaz de reagir. Um dia, ao brincar no pátio repleto de neve do prédio onde mora, ele conhece Eli (Lina Leandersson). Ela é uma garota pálida e solitária, que se mudou para a vizinhança recentemente, em companhia de seu suposto pai. Apesar do temor em se aproximar de Oskar, logo Eli se torna sua amiga. Paralelamente, uma série de assassinatos macabros acontece, em que o sangue das vítimas é retirado. Eli está envolvida com estes fatos, de uma forma que Oskar jamais poderia imaginar.


QUEIMADA!
(Itália/França, 1969, 122 minutos)
Direção: Gillo Pontecorvo
Elenco: Marlon Brando, Renato Salvatori, Evaristo Márquez e Dana Ghia
Distribuição: Pandora Filmes

No século XIX um representante inglês é mandado para uma ilha do Caribe que se encontra sob domínio português, para incentivar uma revolta para favorer os negócios da coroa inglesa. Dez anos depois ele retorna, para depor quem ele colocou no poder, pois o momento econômico exige um novo quadro político na região.

DEPOIS DA CHUVA
(Brasil, 2015, 90 minutos)
Direção: Cláudio Marques e Marília Hughes
Elenco: Pedro Maia, Sophia Corral, Aicha Marques
Distribuição: Espaço Filmes

No ano de 1984, quando a ditadura militar se enfraquece, dois jovens baianos de 16 anos começam a perceber que estão vivendo uma fase importante do país. A descoberta do contexto político, com as eleições diretas para Presidente, mistura-se com as descobertas sexuais e o fim da adolescência.

GRADE DE HORÁRIOS
18 a 23 de agosto de 2015


18 de agosto (terça)

Programação Fechada

19 de agosto (quarta)

15:00 – Depois da Chuva
17:00 – Queimada!
19:30 – Deixa Ela Entrar

20 de agosto (quinta)

15:00 – Depois da Chuva
17:00 – Queimada!
19:30 – Deixa Ela Entrar

21 de agosto (sexta)

15:00 – Depois da Chuva
17:00 – Queimada!
19:30 – Deixa Ela Entrar

22 de agosto (sábado)

15:00 – Depois da Chuva
17:00 – Queimada!
19:30 – Deixa Ela Entrar

23 de agosto (domingo)

15:00 – Depois da Chuva
17:00 – Queimada!
19:30 – Deixa Ela Entrar

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Cine Especial:HORROR NO CINEMA BRASILEIRO:Parte7



Sim, o gênero de horror existe no Brasil e ele será tema do próximo curso de cinema, criado pelo Cine Um e ministrado pelo Jornalista, crítico, historiador e pesquisador dedicado a tudo que se refere ao cinema de horror mundial Carlos Primati. O curso ocorre nos dias 29 e 30 de Agosto no Cine Capitólio.  Enquanto os dias da atividade não chegam, irei postar por aqui sobre os filmes de horror que eu tive o privilegio de assistir, seja em DVD ou no cinema.

 

Ninfas Diabólicas (1978)



Sinopse: O filme narra as desventuras de um pai de família seduzido por duas estranhas e belas jovens, interpretadas pelas musas Aldine Müller e Patrícia Scalvi.

 

Sucesso de bilheteria na época de seu lançamento, Ninfas diabólicas é o filme de estreia de John Doo, diretor que voltaria a incursionar pelo horror em outras produções realizadas na Boca. Contando com fotografia do cineasta Ozualdo Candeias e com música original do maestro tropicalista Rogério Duprat, Ninfas diabólicas reúne suspense, bruxaria e erotismo. O que poderia render mais uma de inúmeras pornochanchadas da época, o filme se envereda para o gênero fantástico, mesmo em doses mínimas.
Curiosamente, o final pode soar até previsível, mas seguia a risca dos filmes de horror da época: sexo+traição=morte, algo que era comum quando se era  visto em filmes de horror americanos dos anos 70 e 80.
 

As Sete Vampiras (1986)



Sinopse:Depois de ver seu marido ser devorado por uma planta carnívora, a professora de dança Sílvia se isola de todos em sua casa de campo. Só é convencida a abandonar seu retiro quando um velho amigo a convida para trabalhar numa boate, e prontifica-se a montar um balé intitulado "As Sete Vampiras", mas o sucesso do espetáculo é interrompido por estranhos assassinatos.


Após a estréia em longas como O segredo da múmia, que promoveu dentro do Brasil a popularização  do subgênero terrir que havia se iniciado nos EUA, Ivan Cardoso retorna, depois de quatro anos, com As sete vampiras. O filme é uma história vertiginosa que mistura de tudo um pouco, desde plantas carnívoras, assassino serial e vampirismo, com o desfile habitual de belas atrizes nuas. Contudo, há quem diga que  As sete vampiras não deu tão certo quanto O segredo da múmia, devido ao fato do cineasta colocar o escracho muito além do referencial, e assim, quando o referencial surge, acaba meio que enfraquecido pelo exagero e pelo desleixo da direção. Entretanto, a vacalhação do gênero torna o filme divertido, mas que dificilmente irá agradar a todos que curtem o horror, mas com 100% de qualidade.


Inscrições para o curso cliquem aqui 

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