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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 30 de junho de 2014

Cine Dica: Copa do Mundo de filmes na Sala P. F. Gastal


COPA DO MUNDO DE FILMES NA SALA P. F. GASTAL 



Ainda no clima de Copa do Mundo, a Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) apresenta entre os dias 1º e 13 de julho uma série de filmes contemporâneos realizados nos países que disputaram os jogos em Porto Alegre.
Entre os argentinos, serão exibidas duas obras-primas recentes em 35mm: O Guardião, de Rodrigo Moreno, vencedor do prestigiado prêmio Alfred Bauer no Festival de Berlim de 2006, e A Menina Santa, um dos grandes filmes da principal cineasta do país atualmente, Lucrecia Martel.
Os coreanos também aparecem com grandes filmes recentes, com exibição em 35mm. Nome incontornável do cenário contemporâneo, Hong Sang-soo está presente com o delicioso A Visitante Francesa, com Isabelle Huppert interpretando três personagens numa pequena cidade litorânea da Coréia do Sul. A mostra também exibe Pietá, uma das obras mais controversas de Kim Ki-duk, vencedor do Leão de Ouro no Festival de Veneza de 2012.
O representante holandês é A Espiã, retorno do mestre Paul Verhoeven a sua terra natal depois dos anos de Hollywood, em um dos retratos mais contundentes sobre a resistência e a traição do próprio povo na Segunda Guerra Mundial através das inúmeras fugas de uma jovem judia. A exibição é em blu-ray.
Da Argélia, país que comemora o aniversário da independência no dia 5 de julho, serão exibidos, em parceria com o Consulado do país, A Casa Amarela, de Amor Hakkar, premiado no Festival de Locarno de 2007, e a comédia Mascarados, de Lyès Salem. Exibição em DVD. A Nigéria aparece com o marco Vivendo no Cativeiro, de Chris Obi Rapu, longa-metragem que marcou o início do boom da indústria cinematográfica nigeriana, a chamada Nollywood.
Para completar, a programação especial da Copa exibe o documentário hondurenho Quem Disse Medo?, de Katia Lara, obra marcante sobre o Golpe de Estado que o país sofreu em 2009.


GRADE DE PROGRAMAÇÃO
1 a 13 de julho de 2014


A Casa Amarela (La Maison Jeune), de Amor Hakkar (Argélia/França, 2007, 82 minutos)

Aya tem 12 anos. Ela está cavando num pedaço árido de terra. Uma viatura da polícia se aproxima. Um dos policiais entrega uma carta que lhe informa que seu irmão mais velho, também policial, morreu num acidente. Moloud, o pai, é um homem simples que nasceu na região de Aures, na Argélia. Ele sobe em seu triciclo, precipita-se e desafia todas as proibições para resgatar o corpo do filho. Fátima, a mãe, está em profunda tristeza. Será que esse pai, bastante afetuoso e com a ajuda da filha Aya, conseguirá fazer esposa e filhos sorrirem novamente? Exibição em DVD com legendas em inglês.

A Espiã (Zwartboek), de Paul Verhoeven (Holanda/2006/145 minutos)

Durante a 2ª Guerra Mundial, Rachel Stein (Carice van Houten) é uma linda cantora judia, que está escondida. Quando o local em que está é destruído por um bombardeio, ela e um grupo de judeus decidem atravessar Biesbosch para chegar ao sul da Holanda, que já está livre da ocupação nazista. Entretanto o barco deles é interceptado por uma patrulha alemã, que mata todos a bordo com exceção de Rachel. A partir de então ela se une à resistência, adotando o nome de Ellis de Vries. Notando o interesse de um oficial alemão, ela se aproxima dele e consegue um trabalho. Enquanto isso a resistência elabora um plano para libertar um grupo de prisioneiros, onde a participação de Ellis será fundamental. Exibição em blu-ray.
  
O Guardião (El Custodio), de Rodrigo Moreno (Argentina/2005/93 minutos)

Um guarda-costas é o responsável pela segurança de um ministro. Ele frequenta compromissos da alta sociedade mas sempre de maneira neutra, apenas para cumprir as funções de seu trabalho. Por outro lado sua vida pessoal é um verdadeiro caos, o que faz com que sua tolerância silenciosa tenha prazo para acabar. Exibição em 35mm

Mascarados (Mascarades), de Lyès Salem (Argélia/França, 2008, 90 minutos)

Jardineiro que sonha em melhorar a vida de sua família quer casar sua irmã com um cavalheiro, sem saber que ela tem outros planos. Exibição em DVD com legendas em inglês.

A Menina Santa (La Niña Santa), de Lucrecia Martel (Argentina/2003/106 minutos)

Amália (Maria Alche) e Josefina (Julieta Zylberberg) têm 16 anos e moram na cidade de La Ciénaga, na Argentina. Josefina pertence a uma família conservadora, enquanto a mãe de Amália, Helena (Mercedes Morán), é divorciada e dirige um hotel. Certo dia, após um ensaio de coral, as duas garotas se reúnem na igreja local para conversar sobre fé, vocação e segredos sentimentais. Pouco depois Amália conhece o doutor Jano (Carlos Belloso), que participa de uma conferência médica no hotel de sua família. O encontro leva a jovem a descobrir sua verdadeira vocação: salvar os homens do pecado. Exibição em 35mm

Pietá, de Kim Ki-duk (Coréia do Sul, 2012, 114 minutos)

Kang-do (Lee Jung-Jin) é um homem implacável e bastante cruel, que trabalha como cobrador para agiotas. Caso o devedor não tenha como pagar a quantia devida, ele quebra ou esmaga algum osso de seu corpo, já que desta forma o acidentado receberá um seguro de saúde que servirá para cobrir a dívida. A vida de Kang-do é bastante solitária, até que um dia surge em sua vida uma mulher que afirma ser sua verdadeira mãe. Kang-do não acredita na afirmação e passa a maltratá-la de todas as formas possíveis, recorrendo a humilhações e até mesmo abuso sexual. Exibição em 35mm

Quem Disse Medo? (Quién Dije Miedo?), de Katia Lara (Honduras, 2010, 90 minutos)
 
O documentário acompanha a resistência da população de Honduras que saiu às ruas para resistir ao golpe de Estado que derrubou o então presidente Manuel Zelaya, em 28 de junho de 2009, e a participação do ator amador René, personagem central do filme, nas mobilizações e enfrentamentos que se seguiram ao golpe. Exibição em blu-ray.

Vivendo no Cativeiro (Livin in Bondage), de Chris Obi Rapu (Nigéria/1992/163 minutos)

Homem fica preso em uma seita ocultista. Longa-metragem que marcou o início do atual boom da indústria cinematográfica nigeriana, chamada de Nollywood. Exibição em vídeo com legendas em inglês.

A Visitante Francesa (Da-Reun Na-Ra-e-Suh), de Hong Sang-soo (Coréia do Sul/2012/90 minutos)

Anne (Isabelle Huppert) é uma mulher francesa que está em uma pequena cidade na Coreia do Sul, onde visita um amigo que está prestes a ter um filho e trabalha como diretor. Lá, ao visitar uma praia, conhece um empolgado salva-vidas (Yu Jun-sang), que tenta conquistá-la. Pouco tempo depois outras duas mulheres francesas, ambas chamadas Anne, chegam ao local e lidam com os mesmos personagens. Exibição em 35mm


GRADE DE HORÁRIOS
1º a 13 de julho de 2014

1 de julho (terça)
17:00 – A Casa Amarela, de Amor Hakkar
19:00 – Quem Disse Medo?, de Katia Lara

2 de julho – (quarta)
17:00 - Mascarades, Lyès Salem
19:00 – Pietá, de Kim Ki-duk

03 de julho (quinta)
16:00 – Vivendo no Cativeiro, de Chris Obi Rapu
19:00 – A Casa Amarela, de Amor Hakkar

4 de julho (sexta)
17:00 – Mascarados, Lyès Salem
19:00 – A Visitante Francesa, de Hong Sang-soo

05 de julho (sábado)
15:00 – A Casa Amarela, de Amor Hakkar
17:00 – A Menina Santa, de Lucrecia Martel
19:00 – Sessão Aurora (Ato Final, de Jerzy Skolimowski)

06 de julho (domingo)
15:00 – Quem Disse Medo?, de Katia Lara
17:00 – O Guardião, de Rodrigo Moreno
19:00 – Vivendo no Cativeiro, de Chris Obi Rapu

8 de julho (terça)
17:00 – Mascarados, Lyès Salem
19:00 – A Espiã, de Paul Verhoeven

9 de julho (quarta)
17:00 – A Casa Amarela, de Amor Hakkar
19:00 – A Menina Santa, de Lucrecia Martel

10 de julho (quinta)
17:00Quem Disse Medo?, de Katia Lara
19:00O Guardião, de Rodrigo Moreno

11 de julho (sexta)
15:00 – Sessão MinC (Marli/ Bendito de São Benedito)


12 de julho (sábado)
15:00 – Mascarados, Lyès Salem
17:00 – Pietá, de Kim Ki-duk
19:00 – A Visitante Francesa, de Hong Sang-soo

13 de julho (domingo)
15:00 – A Casa Amarela, de Amor Hakkar
17:00 – Quem Disse Medo?, de Katia Lara
19:00 – Vivendo no Cativeiro, de Chris Obi Rapu
 
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sexta-feira, 27 de junho de 2014

Cine Especial: TIM BURTON: O POETA DAS SOMBRAS: Parte 2

Nos dias 03 e 04 de Julho, eu estarei participando do curso Tim Burton: O Poeta das Sombras, criado pelo Cena Um e ministrado pelo Crítico de cinema Robledo Milani. Enquanto o curso não chega, por aqui estarei fazendo uma retrospectiva das melhores momentos da carreira desse cineasta, que se mantém fiel ao seu cinema autoral e sombrio. 

A CONSAGRAÇÃO

Com um sucesso no bolso, Burton recebeu inúmeras propostas para super produções, e a primeira delas foi a que se tornou o seu maior sucesso de carreira, Batman (89). Apesar de muitos não terem gostado da escolha de Michael Keaton como Batman e de o diretor não ter tido total liberdade criativa, o filme foi um sucesso estrondoso de bilheteria, levando-se em conta que os principais responsáveis pelo sucesso (fora o diretor) foi a ótima trilha sonora de Danny Elfman (que se tornaria colaborador do diretor por muito tempo) e o ótimo desempenho de Jack Nicholson como o vilão Coringa.

  
LIBERDADE CRIATIVA
Com o sucesso de Batman, Burton teve total liberdade criativa nos seus filmes seguintes. O primeiro deles foi Edward Mãos de Tesoura (Edward Scissorhands) filme que mostrada a vida de um jovem construído em laboratório e que tem tesouras no lugar das mãos.
O filme é uma visão pessoal do próprio diretor, já que Edward lembra em muito Burton. Além de ser um ótimo filme, a produção é lembrada pela primeira parceria do diretor com o ator Johnny Depp e pela participação de Vincent Price, ator de filmes de horror clássicos que o diretor muito admirava. Em seguida Burton foi novamente convocado para dirigir Batman: O retorno onde que, diferente do anterior, teve liberdade total de criatividade e tirou ótimos desempenhos de Michelle Pfeiffer e Danny DeVito. Em seguida o diretor faria o que para muitos é sua maior obra prima ED WOOD. O filme é retrato da vida do pior diretor de todos os tempos que fazia de tudo (com pouco dinheiro) uma maneira de fazer seus filmes precários. Burton cresceu assistindo filmes do diretor e pudesse dizer que o estilo de Wood, Burton pegou um pouco emprestado. O filme ainda presta uma bela homenagem ao ator Bela Lagosi que ficou sempre imortalizado como Drácula. A interpretação de Martin Landau como o falecido ator é extraordinária e lhe garantiu um Oscar de melhor ator coadjuvante.
  
Um pequeno escorregão
Mas nem tudo foram flores na carreira do mago diretor, em 1997 por exemplo ele fez Marte Ataca, uma produção baseada numa coleção de carts dos anos 50. O filme a primeira vista parece uma sátira aos filmes de extraterrestres mas na verdade é uma espécie de critica a imbecilidade norte americana. Apesar de ter um grande elenco o filme foi um fracasso e a quem diga foi um dos fatores que levaram o diretor a não conseguir levar para frente o projeto Superman Lives.


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Cine Dica: CURSO CRITICA DE CINEMA




APRESENTAÇÃO

Estabelecida como uma das facetas mais proeminentes do chamado “jornalismo cultural”, a crítica de cinema, na prática, se estabelece quase como um gênero próprio de prática jornalística. Em uma definição bem específica, a crítica de cinema é o exercício de análise artística de filmes, visando estabelecer um juízo de valor baseado em parâmetros comparativos de qualidade, estética, forma e conteúdo da obra fílmica. A partir desta formulação, pode-se afirmar que a crítica de cinema não é uma ciência, mas sim uma arte, dado seu caráter intrínseco de expressão de uma subjetividade. Contrariamente ao jornalismo, que se atém aos fatos, a crítica tem como sua matéria de análise uma obra artística, que permite diversas formas de abordagem, e, consequentemente, de compreensão.


A relação do espectador com a crítica cinematográfica inicia, quase invariavelmente, antes mesmo da ida ao cinema, e prossegue após a experiência da sala de cinema, quando o espectador retorna ao texto, momento então onde se estabelece com o leitor um “novo diálogo”, mais reflexivo.

A crítica de cinema, por muitas décadas restrita aos livros, às revistas especializadas e aos cadernos de cultura de grandes jornais, hoje encontra um vasto espaço de circulação pelo meio virtual. A manifestação da crítica de cinema vive um momento de crescente expansão em blogs e sites especializados, uma alternativa à grande mídia. Mas fica sempre a controversa questão de fundo: a facilidade do meio não estaria, de algum modo, esvaziando a chamada “crítica profissional” de cinema?

Workshop CRÍTICA DE CINEMA, ministrado por Marcus Mello, vai discutir e analisar estas e outras questões fundamentais, além de proporcionar aos participantes a experiência prática de produzirem suas próprias críticas cinematográficas.


OBJETIVOS
O Workshop CRÍTICA DE CINEMA oferecerá um panorama sobre a crítica cinematográfica, abordando seus aspectos históricos, a estrutura do texto crítico e os elementos da análise fílmica. O workshop também inclui um módulo prático, no qual os alunos serão convidados a produzir textos, que posteriormente serão analisados e discutidos em grupo.

O objetivo da atividade é provocar o olhar crítico sobre a produção cinematográfica e estimular a formação de novos críticos.
Para participar deste workshop não é necessário nenhum pré-requisito. A atividade é aberta a todos os interessados no tema.


CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Aula 1
Um panorama sobre os principais momentos da história da crítica cinematográfica, desde os seus primórdios até a consolidação da atividade.

Aula 2
A estrutura de um texto crítico, os elementos da análise fílmica, a função da crítica.
Aula 3
Análise e discussão dos textos produzidos pelos alunos.


MINISTRANTE: MARCUS MELLO

Crítico de cinema, editor da revista Teorema, fundada em agosto de 2002, uma das publicações de cinema mais respeitadas do Brasil. Entre agosto de 2004 e março de 2012 foi titular da coluna de cinema da revista Aplauso(edição 57 a113). Membro da ABRACCINE – Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Possui artigos publicados nos livros Cinema dos Anos 90 (Editora Argos, 2005), Cinema Mundial Contemporâneo(Papirus Editora, 2008), Os Filmes que Sonhamos (Lume Filmes, 2011), Irmãos Coen: Duas Mentes Brilhantes(Caixa Cultural, 2012) e Hitchcock é o Cinema (Fundação Clóvis Salgado, 2013), entre outros.


Workshop CRÍTICA DE CINEMA
de Marcus Mello

* Datas: 21, 28 / Julho e 04 / Agosto de 2014 (segundas-feiras)
* Horário: 19h30 às 22h
* Local: CineBancários (Rua Gen. Câmara, 424 - Porto Alegre)
* Investimento: R$ 100,00 (valor promocional de R$ 80,00 para as primeiras 10 inscrições. * Válido apenas para inscrições por depósito bancário)
* Formas de pagamento: Cartão de Crédito / Boleto / Depósito bancário
* Material: Certificado de participação

* Informações: cenaum@cenaum.com / Fone: (51) 9320-2714

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Cine Dicas: Em Cartaz: A Culpa é das Estrelas e Como Treinar o seu Dragão 2



A Culpa é das Estrelas

Sinopse: Hazel é uma paciente terminal. Ainda que por um milagre da medicina seu tumor tenha encolhido bastante o que lhe dá a promessa de viver mais alguns anos o último capítulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico. Mas em todo bom enredo há uma reviravolta e a de Hazel se chama Augustus Waters um garoto bonito que certo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos os dois vão preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas.



A maioria dos livros infanto-juvenis que foram levados para o cinema (como Crepúsculo e Harry Potter) usavam o gênero fantástico para colocar os protagonistas de frente com dilemas difíceis de confrontar como amor, vida e morte. No caso de A Culpa é das Estrelas (baseado na obra do escritor John Green) sai o mundo de fantasia, para então o jovem acostumado com vampiros brilhantes e bruxos, dar de encontro com uma trama mais crível e ver um jovem casal de protagonistas se apaixonando em meio ao drama de ambos possuírem câncer. Embora com um tema espinhoso, a direção de Josh Boone flui muito bem entre o drama e o humor e faz com que a inusitada historia romântica convença até mesmo o cinéfilo mais exigente.
Antes mesmo de se pensar numa adaptação, A Culpa é das Estrelas já era um livro bastante cultuado entre os adolescentes e portanto muito se temia que sua adaptação terminasse num lugar comum como aconteceu com as adaptações de Crepúsculo. Felizmente os produtores foram felizes ao escolherem um elenco de peso na questão de coadjuvantes como Laura Dern, Sam Trammell, Lotte Verbeek e  Willem Dafoe. Esse último é dono de uma das melhores interpretações no filme, mesmo aparecendo em tão pouco tempo em cena.
Quanto ao casal central o sucesso é parcial: Shailene Woodley (Divergente) é a encarnação perfeita de Hazel, sendo que os seus olhos transmitem uma jovem que em parte perdeu um pouco da sua felicidade na infância devido à doença, mas que amadureceu com as adversidades e seguiu em frente lutando pelos seus sonhos. Já Ansel Elgort (também de Divergente), por mais que se esforce ao interpretar o Augustus, ele não nos convence muito em cena, pois o seu personagem é sempre cheio de autoestima para si e para Hazel. Mas quando o personagem se vê obrigado a revelar uma trágica verdade, acaba se tornando um momento muito artificial e que não se casa com a pessoa que ele era anteriormente. Culpa da forma como escritor John Green escreveu essa passagem no livro ou da “não” preparação de Ansel Elgort na cena? Cabe cada um tirar suas próprias conclusões quando ver esse momento no filme! 
Com uma linguagem cinematográfica que remete essa geração de jovens plugados nas redes sociais e que estão sempre com o celular na mão, A Culpa é das Estrelas talvez seja um sinal de que esses jovens tão acostumados ao verem os seus dilemas interiores serem usados como metáfora em meio à fantasia de outros livros e suas adaptações, pode sim saber encarar uma historia mais pé no chão, mas sem deixar de lado o romantismo,  porém mais maduro.     


Como Treinar o Seu Dragão 2

Sinopse: Cinco anos depois da primeira jornada, Como Treinar o Seu Dragão 2 traz de volta boa parte dos personagens do primeiro filme em uma nova aventura. Muita coisa mudou na ilha: agora, as corridas de dragão se tornaram o grande passatempo dos moradores. A dupla de protagonistas está de volta: Soluço e Banguela partem para descobrir territórios inexplorados e encontrar a temível Caverna Gelada.

Se o filme original já era uma evolução em termos de emoção, sua sequência injeta adrenalina nas cenas de ação, mas não esquece o lado humano dos personagens. Soluço e Banguela estão mais destemidos do que nunca e prontos para encarar novos desafios, como enfrentar um caçador de dragões chamado Draco que almeja controlá-los em beneficio próprio. O filme chega a novos patamares cada vez mais altos, com aparições surpresas, cenas românticas (a musica de um casal em cena é tocante) e a triste morte de um personagem central que irá amolecer o coração mais duro.    

Com belíssimas imagens áreas e efeitos especiais espetaculares, Como Treinar o seu Dragão 2 é uma prova que o estúdio DreamWorks pensa em injetar cada vez mais emoção no cinéfilo que assiste e que sabe que ele não procura apenas um filme como passatempo. 


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