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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Cine Especial: Palma de Ouro em Cannes: Parte 3

Com a chegada do aguardado filme Azul é a cor mais quente nos cinemas brasileiros, vamos nos relembrar um pouco dos principais grandes vencedores de anos anteriores no Festival de Cinema de Cannes e que levaram a cobiçada Palma de Ouro.
  
Coração Selvagem (1990)

Sinopse: Numa estranha homenagem ao filme "O Mágico de Oz", Sailor e Lula são dois amantes que vivem intensamente a vida e a paixão. Tentando fugir das garras da mãe da garota, os dois caem na estrada para uma viagem violenta e psicodélica, uma vez que a mãe de Lula contrata um grupo de assassinos profissionais para matar Sailor.

Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes, o filme é outra homenagem de Lynch á violência escatológica, ao grotesco e com pitadas de bizarrice, que desta vez, é temperada com o gosto pela caricatural. Existe uma versão original de quatro horas e meia de duração, sendo que os cortes contribuirão para realçar a obsessão pelas imagens fortíssimas, marcadas pela presença do fogo e pela trilha sonora de Angelo Badalamenti. A todo o momento, o filme faz referencias ao clássico de O Mágico de Oz, em momentos imaginativos e muito bem amarrados. Destaque para monstruosa participação de Willem Dafoe, cujo destino de seu personagem é grotesco, porém hilário. Um final inesperado, mesmo parecendo convencional para alguns.   
  
Pulp Fiction: Tempo de Violência (1994)


Sinopse: Três histórias são apresentadas de forma não cronológica ao público. Em uma, conhecemos Vincent Vega (John Travolta) e Jules Winnfield (Samuel L. Jackson), dois mafiosos que devem fazer uma cobrança, que termina em chacina e com uma violenta seqüência no carro. Em outra história, Vincent deve levar a mulher de seu chefe (Uma Thurman) para se divertir enquanto ele viaja, mesmo com todos os boatos que rodeiam o caso. Por último, conhecemos Butch Coolidge (Bruce Willis), um boxeador que deve lutar em um combate com vencedor pré-definido, mas que surpreende a todos, vence e foge com o dinheiro da luta para provar o seu valor, sendo perseguido logo após.

O mais importante (e melhor) filme Americano da década de 90, premiado com o Oscar de roteiro Original (do diretor Tarantino) e Palma de Ouro em Cannes em 94. É pouco para esse filme pop, nervoso, violento, mordaz, verborrágico e na maioria das vezes genial. Começa melhor e termina brilhantemente. Tem atuações perfeitas como Jackson e marca o retorno de Travolta em especial a uma cena de dança com Uma Thurman. Se muitos achavam que Cães de Aluguel era o máximo que poderiam esperar de Quentin Tarantino, muitos desses então devem ter ficado de queixo caído com a revolução da forma de filmar e contar historia que foi esse filme de 94. Assim como o filme anterior, a trama explora o mundo dos gângsteres, mas de uma forma similar do que já foi visto, onde os diálogos afiados e muito espertos dominam durante todo o filme de uma forma, que não tem como cansar deles, porque são soberbos.
Mas o mundo não estava preparado naquela época para Pulp Fiction, tanto que muitos colegas cinéfilos da época, simplesmente não entenderam o vai e vem da historia, sendo que muitos ficaram confusos, quando um dos personagens centrais da historia, morre repentinamente no meio do filme, para depois surgir ainda vivo perto do final da trama. Essa forma de se contar a historia, foi sem sombra de duvida, uma forma de Tarantino fazer o espectador prestar 100% de atenção do que está vendo, sendo que ao longo dos anos, essa forma de apresentar um enredo, foi ainda mais aprimorada e atingindo o auge em filmes como Amnésia e 21 Gramas. Tarantino ainda por cima não deixa de focar em nenhum momento os seus personagens, onde vemos eles não só falando, mas vendo suas mudanças de expressões no rosto a cada momento, de acordo com a situação em que eles estão passando, fazendo das sequências, quase uma espécie de filme documentário.
Como sempre, a trilha sonora é outro grande trunfo da trama, sendo que cada seguimento da historia (dividida em quatro partes, mais um prólogo e um epilogo) possui suas trilhas sonoras, que de uma forma bem redondinha, faz um ótimo casamento com as cenas, em especial, dos momentos juntos dos personagens de John Travolta e Uma Thurman. Alias, o seguimento onde aparecem os dois lado a lado, é sem sombra de duvida o melhor de toda a produção, já que ambos estão a vontade em seus respectivos personagens, onde imediatamente se cria um laço de sintonia de ambos, sendo no dialogo (onde as palavras do mundo de Tarantino saem da boca deles) ou então nos olhares. Uma Thurman faz aqui o papel de sua vida e merecia realmente ter levado um Oscar para casa, pois sua imagem de Mia Wallace (dançando com Travolta) ficou registrada para sempre na mente dos cinéfilos. Samuel L. Jackson é outro que saiu ganhando, tanto, que não foi somente o seu personagem, mas também o próprio ator, que acabou virando um ícone pop. As cenas onde ele dispara (literalmente) palavras da bíblia, ou quando tenta buscar redenção no momento em que excita em não matar um casal de assaltantes é momentos nos quais até hoje Jackson tenta se superar (apesar de ter chegado perto em Jackie Brown, também de Tarantino).
Ao longo dos anos, os fãs do filme levantaram inúmeras teorias sobre inúmeras mensagens subliminares, ou até mesmo situações não explicáveis no decorrer da trama, como do porque de não aparecer o que tem dentro da maleta, ou qual o significado do curativo na nuca Marcelos Wallace. Isso e muito mais, serviu para aumentar a aura pop e de obra prima do cinema que Tarantino lançou com esse filme, fazendo do cinema independente algo tão importante quanto à super produções, que pipocaram os anos 90, e que na maioria delas, se tornaram dispensáveis. Nada mal para um filme com orçamento modesto ( R$12 milhões de dólares), mas com um grande conteúdo significativo e que merece ser sempre visto e revisto inúmeras vezes. 

O Pianista (2002) 

Sinopse: O pianista polonês Wladyslaw Szpilman (Adrien Brody) interpretava peças clássicas em uma rádio de Varsóvia quando as primeiras bombas caíram sobre a cidade, em 1939. Com a invasão alemã e o início da 2ª Guerra Mundial, começaram também restrições aos judeus poloneses pelos nazistas. Inspirado nas memórias do pianista, o filme mostra o surgimento do Gueto de Varsóvia, quando os alemães construíram muros para encerrar os judeus em algumas áreas, e acompanha a perseguição que levou à captura e envio da família de Szpilman para os campos de concentração. Wladyslaw é o único que consegue fugir e é obrigado a se refugiar em prédios abandonados espalhados pela cidade, até que o pesadelo da guerra acabe.
  

Talvez um dos melhores filmes do diretor Roman Polanski e um dos melhores ao retratar o horror do holocausto. Devido ao fato de sua mãe ter morrido no gueto na época, era obvio que o diretor faria um filme como esse, só que ninguém imaginava que faria de maneira tão fantástica. Adrien Broody (King Kong) levou um merecido Oscar por seu ótimo desempenho como judeu que sobrevive graças ao seu talento com o piano. Indispensável para qualquer cinéfilo.


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Cine Dicas: Estreias do final de semana (13/12/13)

 O Hobbit: A Desolação de Smaug 

Sinopse: Segundo filme da trilogia de adaptação da obra-prima The Hobbit de J.R.R. Tolkien O Hobbit: A Desolação de Smaug dá continuidade à aventura de Bilbo Bolseiro em sua épica jornada com o Mago Gandalf e treze Anões liderados por Thorin Escudo de Carvalho para o Reino dos Anões de Erebor.brTendo sobrevivido ao início de sua jornada inesperada o grupo continua em direção ao Leste encontrando no caminho o metamorfo Beorn e aranhas gigantes da traiçoeira Floresta das Trevas. Depois de escapar do cativeiro dos perigosos Elfos da Floresta os anões viajam para Esgaroth a Cidade do Lago e finalmente chegam à Montanha Solitária onde devem enfrentar o maior perigo de todos uma criatura mais aterrorizante que qualquer outra uma que testará não apenas o nível de coragem dos aventureiros mas também os limites de sua amizade e a sabedoria da própria jornada o dragão Smaug.

  
Foxfire - Confissões de uma Gangue de Garotas 

Sinopse: Nova York, anos 1950. Um grupo de garotas, cansadas dos abusos que sofrem diariamente na fábrica em que trabalham, resolvem criar uma gangue só de mulheres chamada Foxfire. Elas carregam uma tatuagem específica nos ombros para identificar quem pertence ao grupo. O bando irá usar de violência para se vingar das humilhações sofridas nas mãos dos homens.


Jovem e Bela 

Sinopse: Durante uma viagem de verão com a família, a jovem Isabelle (Marine Vacth) vive a sua primeira experiência sexual. Ao voltar para casa, ela divide o seu tempo entre a escola e o novo trabalho, como prostituta de luxo. A adolescente explora a sua sexualidade e logo começa a ganhar dinheiro com os seus clientes, mas um incidente irá fazer com que a sua mãe, Sylvie (Géraldine Pailhas), descubra as suas atividades secretas. Ao longo das quatro estações do ano, Isabelle irá viver diversas experiências, passando por altos e baixos.


Um Toque de Pecado 

Sinopse: Na China dos dias contemporâneos, quatro pessoas de regiões e classes sociais muito distintas se cruzam. A história, descrita como um "road movie com cenas de ação", passa tanto pela barulhenta metrópole de Guangzhou quanto pela calma província rural de Shanxi. 

Tanta Água 

Sinopse: Alberto e seus filhos, Lucía e Frederick, decidem passar as férias nas Termas de Arapey. Quando a chuva começa a afetar os ânimos, Alberto resolve animar a família, mas acaba batendo de frente com a pré-adolescente Lucía. Esta viagem vai marcar a vida de todos com muitos momentos de amizade, discussões e descobertas.



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Cine Curiosidade: O Curtas: “A Hora Do Cinema” - I Festival de Curtas-Metragens do “A Hora Do Cinema”, Foi um Grande Sucesso!


O Curtas: “A Hora Do Cinema” - I Festival de Curtas-Metragens do “A Hora Do Cinema”, Foi um Grande Sucesso! Em 03 dias úteis (10, 11 e 12 de dezembro, pelo Período da tarde) o Festival teve um Público total de 157 espectadores, e hoje (12/12) no último dia de Festival o público presente teve a oportunidade de apreciar à tão esperada segunda parte, da Palestra do Compositor “Daniel Ramalho” (Compositor da Trilha Sonora do Filme Norte-Americano “Corpsing”). Com seu jeito simples e carismático, Daniel conseguiu envolver o Público em seus dois dias de Palestras, e nós do A Hora Do Cinema satisfeito com o desempenho do Palestrante, estamos desde já contando os dias para uma nova Parceria, com o Grande Profissional que é Daniel Ramalho, obrigado! Amigo. Deixamos também o nosso muito obrigado! Aos atores, as atrizes, os diretores, os técnicos e demais Público presente em todos os 03 dias de Festival, e graças a esses espectadores, o Curtas: “A Hora Do Cinema” - I Festival de Curtas-Metragens do “A Hora Do Cinema”, em sua Primeira Edição já pode ser considerado, um Grande Sucesso!

Abaixo imagens do 3º Dia e último Dia de Festival.

Mais informações vocês conferem na pagina A Hora do Cinema clicando aqui.

Fonte: A Hora do Cinema. 

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Cine Dica: Filmes B, Festival de Verão e Curtas nas Telas.

O cinema alternativo da capital gaucha tem tantas opções atualmente, que nem o próprio cinéfilo mais viciado que seja consegue dar conta do recado. Se por um lado é complicado acompanhar tudo, por outro é um prazer saber que há um cardápio tão diversificado e faz com que a gente não fique somente dependendo  do cinema convencional. Abaixo, deixo as principais dicas do que vai rolar na capital neste final de semana,


A VINGANÇA DOS FILMES B NA SALA P.F. GASTAL!

De 13 a 15 de dezembro a Sala P.F. Gastal (3° andar da Usina do Gasômetro) sedia a terceira edição da mostra A Vingança dos Filmes B. Concebida em 2011 para servir de vitrine para produções que flertam com o cinema de gênero, a mostra chega ao seu terceiro ano consecutivo se consolidando como um território destinado a divulgação e ao resgate de filmes independentes, produções de baixo orçamento e outros delírios fílmicos, buscando incentivar o público a dialogar com obras que dificilmente encontram espaço nas telas dos cinemas comerciais. Filmes repletos de horror, ação, anarquia, humor e demência, ocupando um mesmo espaço sem restrições quanto ao seu orçamento ou suporte de realização. 
O filme de abertura desta edição será o documentárioDesagradável, produção que retrata a conturbada trajetória da mítica banda carioca Gangrena Gasosa e sua explosiva mistura de macumba, irreverência e heavy metal. A banda criou o conceito de saravá metal lançando  álbuns agressivos e iconoclastas como Welcome to Terreiro (1993) e Smells Like Tenda Spirita (2000). O diretor paulista Fernando Rick estará presente na mostra para realizar um debate após a sessão.
 Fernando Rick tem se destacado entre os realizadores independentes paulistas, sendo também responsável pelo documentário “Guidable: A Verdadeira História do Ratos de Porão”, pelo premiado curta “Ivan”, e pelo violento e polêmico “Coleção de Humanos Mortos”. 
Três longas-metragens presentes na mostra ajudam a fortalecer e ampliar as possibilidades de se realizar cinema de horror no Brasil, Mar Negro, de Rodrigo AragãoNervo Craniano Zero, de Paulo Biscaia e Zombio 2 - Chimarrão Zombies, dePetter Baiestorf
A sessão Shot or Die apresenta três produções realizadas com pouco, ou nenhum dinheiro, tendo como incentivo apenas a paixão pelo cinema. Obras com orçamento limitado e criatividade de sobra. 
A sessão Malditos Curtas reúne obras de diversos estados brasileiros, constituindo um mosaico representativo da atual produção de cinema de gênero no país. Jovens realizadores investindo em filmes de ação, horror, suspense e ficção científica, injetando sangue novo nas veias do cinema brasileiro. 
E por fim, a sessão Sala Especial é dedicada ao grupo de anárquicos comediantes capixabas da TV QUASE. Unidos por Gabriel Labanca (falecido prococemente aos 30 anos, em 2012) a trupe formada pelos dementes Daniel Furlan, Juliano Enrico, Raul Chequer e Klaus Berg, iniciou a mais de 10 anos o projeto de humor multimidia QUASE. O projeto que começou como uma revista em quadrinhos migrou para o Youtube, e agora começa a semear seu humor nonsense e sua insolência também na televisão aberta. A sessão exibirá além do curta Loja de Inconveniências:A Maldição do Caipora, diversos sketches e a homenagem Labanca Eterno.  E para melhor compreender o que é a QUASE, uma definição do próprio grupo: “Ilogia, delírios, blasfêmia, alucinações, inadequação afetiva, piru, negligência social, devaneio permanente, incoerência, travestismo, cocô, agressividade, mau humor e quadrinhos”.

Sejam bem vindos à Vingança dos Filmes B - Parte 3
Cristian Verardi, organizador.


Mais informações e horários das sessões, vocês conferem na pagina da sala clicando aqui. 

9º FESTIVAL DE VERÃO: 

Conhecido por trazer grandes atrações do cinema mundial para o Rio Grande do Sul em meados de março, a 9ª edição do Festival de Verão de Cinema Internacional terá pela primeira vez uma “pré-temporada”. Para não deixarmos passar em branco o ano de 2013, teremos uma mostra em formato de avant-première ainda em dezembro. Será um aperitivo para que o público saiba o que esperar dos filmes e convidados que estarão presentes no estado, no final do verão de 2014. 
O Festival produzido pela Panda Filmes terá esta avant-première entre os dias 13 e 19 de dezembro e conta com o patrocínio exclusivo do Banrisul. Esse pré-lançamento da 9ª edição ocorrerá em Porto Alegre na Cinemateca Paulo Amorim da Casa de Cultura Mário Quintana e no Instituto NT. 
A abertura oficial, dia 13/12, sexta-feira, às 21h, exibirá O Rio Nos Pertence, que esteve presente no Festival de Rotterdam e recebeu prêmio de finalização. Dirigido por Ricardo Pretti, o longa-metragem faz parte da chamada “Operação Sônia Silk”, um projeto de três filmes realizados com baixo orçamento e produzidos juntos em janeiro de 2012. Estrelado por Leandra Leal, Mariana Ximenes e Jiddu Pinheiro, a produção cooperativa de O Rio Nos Pertence é uma das melhores notícias do novíssimo cinema brasileiro. 

CASA AFOGADA SEGUE EM EXIBIÇÃO NA 41ª EDIÇÃO DO CURTA NAS TELAS ACOMPANHANDO CULTUADO FILME CHINÊS 

O filme Casa Afogada, de Gilson Vargas, segue em exibição, pelo projeto Curta nas Telas, até 19 de dezembro de 2013. As exibições ocorrem na Sala 3 do GNC Moinhos, nas sessões das 18h50 e 21h35, acompanhando o longa-metragem Um Toque de Pecado (Tian Zhu Ding), de Jia Zhang-ke.
Vencedor de três Kikitos e quatro prêmios Assembléia Legislativa de Cinema do Festival de Gramado de 2012, Casa Afogada traz a luta de um homem, interpretado por Zé da Terreira, para manter sua casa construída sobre palafitas enquanto as águas se tornam revoltas. Com uma narrativa livre, apoiada em uma poesia visual singular, o filme de Gilson Vargas explora sensações distintas que intensificam a relação entre memória e sobrevivência na desgastante tarefa do personagem.  

CASA AFOGADA, de Gilson Vargas (Rio Grande do Sul, ficção, 14 minutos, 35mm, 2011). Censura livre.

Ficha Técnica – Roteiro e Direção: Gilson Vargas / Direção de Fotografia: Bruno Polidoro / Montagem: Vicente Moreno / Empresa produtora: Pata Negra / Elenco: Zé da Terreira.
  
 Sobre o Curta nas Telas

O projeto Curta nas Telas é fruto de uma parceria entre a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, o Sindicato das Empresas Exibidoras do Rio Grande do Sul e a Associação Profissional dos Técnicos Cinematográficos do Rio Grande do Sul e Brasileira de Documentaristas (APTC – ABD/RS). Seu objetivo é divulgar a produção nacional de curtas-metragens, por meio da exibição dos filmes selecionados no circuito de cinemas de Porto Alegre. Em 40 edições foram exibidos 283 curtas de todo o Brasil.

Os doze curtas selecionados na 41ª edição estarão em exibição até 20 de maio de 2014.

Os próximos selecionados na 41ª edição do Curta nas Telas a entrar em cartaz serão:
DEPOIS DO ALMOÇO, de Rodrigo Diaz – 10 a 23 de janeiro de 2014, no Arcoiris Cinema.
FUNERAL À CIGANA, de Fernando Honesko – 24 de janeiro a 6 de fevereiro de 2014, no Cineflix.
5 HORAS RUMO NORTE, de Paula Sabbaga – 7 a 20 de fevereiro de 2014, no Cinemark.
UMA PRIMAVERA, de Gabriela Almeida – 21 de fevereiro a 6 de março de 2014, no Cinespaço Wallig.
PIOVE, IL FILM DE PIO, de Thiago Mendonça – 7 a 20 de março de 2014, na Cinemateca Paulo Amorim.
LINEAR, de Amir Admoni – 21 de março a 3 de abril de 2014, no Guion.
MEMÓRIAS EXTERNAS DE UMA MULHER SERRILHADA, de Eduardo Kishimoto – 4 a 17 de abril de 2014, no Espaço Itaú de Cinema.
CHAPA, de Thiago Ricarte – 18 de abril a 1º de maio de 2014, no GNC Moinhos.
A DESCOBERTA, de Ernesto Molinero –  2 a 15 de maio de 2014, no Cinemark.
DIA ESTRELADO, de Nara Normande – 16 a 29 de maio de 2014, no Cineflix.

Mais informações vocês conferem na pagina do Curta nas Telas clicando aqui. 


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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: DOCE AMIANTO


Sinopse: Depois de ser abandonada pelo homem que ama, Amianto (Deynne Augusto) isola-se em um mundo de fantasia e delírios. Sua única amiga é Blanche (Uirá dos Reis), uma garota morta que a protege do além. Misturando ingenuidade e melancolia, Amianto tenta se reconectar com o mundo real.

O cinema convencional norte americano possui a mesma velha formula de sucesso de ontem e hoje: começo, meio, fim, tudo mastigado, e para fazer com o que o cinéfilo não pense muito e saia do cinema satisfeito. Contudo, houve aqueles que lançaram um cinema um pouco diferente, no qual a pessoa que assistiu se ficava depois se perguntando o que viu. David Lynch (Cidade Dos Sonhos) foi alguém que foi contra a maré das regras do cinema norte americano e não me admira que tenha servido de inspiração para os cineastas como Guto Parente e Uirá dos Reis ao criarem Doce Amianto.
Na verdade, a sensação que eu senti quando assisti a esse filme é que o universo de Lynch deu de encontro com o de Pedro Almodóvar (Fale Com Ela). Temos uma trama não linear, enlaçado com um universo no qual nos faz lembrar também o lado autoral do cineasta Espanhol, mas o protagonista não é algo inspirado no que já vimos no mundo de Almodóvar. Embora seja interpretado por um homem (Deynne Augusto) Amianto não é travesti e tão pouco transexual, ao menos não oficialmente.
Por mais que a personagem possua traços que lembrem um homem, o filme sempre se refere a ela como uma mulher como outra qualquer. O mesmo vale para Blanche, uma espécie de fantasma conselheiro para Amianto e a única que lhe da o consolo nos momentos difíceis. Quando as duas surgem em cena, a realidade convencional se quebra na frente do espectador, e fazendo com ele aceite ou não o que acontece na tela.
Essa quebra da realidade convencional da trama faz com que tudo possa acontecer, no qual podemos interpretar nas diversas formas, desde um sonho, delírio ou até mesmo simplesmente metáfora. Esse ultimo exemplo pode ser o mais aceito, principalmente no inicio do filme, quando a protagonista tenta se reconciliar com o seu amado, mas bastou ele ignorá-la que a protagonista cai no chão e meio segundo está toda coberta de sujeira no chão, representando então a sua sensação de estar no fundo do poço.     
Esse convite para um lado mais experimental que o filme nos da, e não se importando com que vamos achar, faz com que a gente pronuncie aquele velho refrão de “ame ou odeie”. Mas foi graças a essa forma de ir contra a maré de um lugar comum, é que o filme nos brinda com uma das melhores partes da trama, em que ele abandona a historia principal e nos joga numa nova e sem nenhuma ligação com a outra. Essa pequena trama apresentada, por mais absurda que seja não deixa de ser a mais divertida, ao injetar um humor negro contagiante e com personagens caricatos, mas que não foge muito do perfil de pessoas reais em determinadas situações apresentadas.  
No resultado geral é um filme que inquieta o espectador, mesmo na sua curta duração (70min) e com uma linguagem original, na qual com certeza atrairá um cinéfilo mais exigente, mas que com certeza fará com que o publico em geral fique se perguntando após a sessão o que realmente viu. Um filme experimental, fora do convencional, mas não menos genial.      


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Cine Curiosidade: O Curtas: “A Hora Do Cinema” - I Festival de Curtas-Metragens do “A Hora Do Cinema”, manteve a boa média de Público em seu 2º Dia de Festival.

O Festival de Curtas: “A Hora Do Cinema” manteve a boa média de Público em seu 2º Dia. Estiveram presentes 53 espectadores, para apreciarem a Grande Palestra do Compositor “Daniel Ramalho” (Compositor da Trilha Sonora do Filme Norte-Americano “Corpsing”). Amanhã (12/12) no último Dia de Evento, Daniel Ramalho irá nos presentear com a segunda parte de sua Palestra, ou seja, teremos ainda muito assunto bom e novo, para contemplar os cinéfilos de todos os gostos.

Abaixo imagens do 2º Dia de Festival 
 Mais informações sobre o festival, vocês conferem na pagina de A Hora do Cinema clicando aqui.



Fonte: A Hora do Cinema.


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quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Cine Especial: Palma de Ouro em Cannes: Parte 2

Com a chegada do aguardado filme Azul é a cor mais quente nos cinemas brasileiros, vamos nos relembrar um pouco dos principais grandes vencedores de anos anteriores no Festival de Cinema de Cannes e que levaram a cobiçada Palma de Ouro. 
  
Taxi Driver(1976) 

Sinopse: Em Nova York, um homem de 26 anos (Robert De Niro), veterano da Guerra do Vietnã, é um solitário no meio da grande metrópole que ele vagueia noite adentro. Assim começa a trabalhar como motorista de taxi no turno da noite e nele vai crescendo um sentimento de revolta pela miséria, o vício, a violência e a prostituição que estão sempre à sua volta. Perde bastante noção das coisas quando leva uma bela mulher (Cybill Sheperd), que trabalha na campanha de um senador, para ver um filme pornô logo no primeiro encontro, mas tem momentos de altruísmo ao tentar persuadir uma prostituta de 12 anos (Jodie Foster) para ela largar seu cafetão, voltar para a casa de seus pais e ir para a escola. Porém, em contra-partida, compra quatro armas, sendo uma delas um Magnum 44, e articula um atentado contra o senador (que planeja ser presidente) e para quem sua amiga trabalha.
  
Muita violência neste retrato nada simpático da cidade de Nova York e seus anônimos e reprimidos habitantes, com uma soberba atuação de Robert De Niro. O roteiro é de Paul Schrader (diretor de Mishima e O Gigolô Americano), e a trilha sonora é o ultimo trabalho de Bernard Herrmann (autor de Um Corpo que Cai). Palma de Ouro no festival de Cannes.          

Curiosidade: Robert De Niro trabalhou durante 12 horas como motorista de táxi ao longo de um mês, como preparação para seu personagem em Taxi Driver.


 Apocalypse Now(1979)

Sinopse: Capitão (Martin Sheen) tem a missão de encontrar e matar coronel (Marlon Brando), que aparentemente enlouqueceu e se refugiou nas selvas do Camboja, onde comanda um exército de fanáticos.

Mais de 30 anos depois, filme de Francis Ford Coppola não é sobre o Vietnã, o filme é o Vietnã. Uma odisséia que mostra de forma muitas vezes surrealista a devastação e o horror da guerra, com um final bastante sombrio e marcante. Nas comemorações dos 25 anos do filme, foi lançada uma versão com mais de três horas de duração, dando mais detalhes da trama e explorando pontos antes inexplicáveis. Para a surpresa de muitos da época, o filme se tornou muito mais ágil, mesmo com a longa duração e provando ainda mais o talento de Coppola.
Desempenhos magistrais de Martin Sheen e Marlon Brando. Palma de Ouro no Festival de Cannes

Curiosidades: O cronograma original de Apocalypse Now previa filmagens de apenas 6 semanas, mas a produção terminou se estendendo para 16 meses. O motivo de tamanho atraso foi um furacão, que destruiu todos os sets de filmagens.- O ator Martin Sheen teve um ataque cardíaco durante as filmagens, aumentando ainda mais o atraso para a conclusão do filme enquanto o diretor Francis Ford Coppola ameaçou por diversas vezes se suicidar..
  

 Kagemusha, a Sombra do Samura(1980) 

Sinopse: Durante o Japão medieval, um importante lorde falece em meio à uma decisiva guerra. Prevendo que isso pudesse acontecer, ele deixa uma ordem de que, se realmente falecesse, alguém deveria se passar por ele e, assim, evitar a queda de seu reinado. Nesse momento entra na história um pobre ladrão, sósia do grande lorde, que encontra uma situação incrivelmente mais difícil do que qualquer um poderia imaginar.


Fascinante épico que toma como ponto de partida um costume do Japão Feudal: o de providenciar dublê para homens poderosos (a palavra Kagemusha tem exatamente esse significado – “dublê” ou “sombra” de guerreiro). Grandes cenas de batalha, com impecáveis reconstituições de roupas e armas, rituais majestosos e pérfidas intrigas palacianas. Um dos trabalhos de maior apuro visual de Kurosawa.  A produção executiva da versão internacional de Kagemusha, a Sombra do Samurai ficou a cargo de Francis Ford Coppola e George Lucas.


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