Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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Sinopse: Gru (voz de Steve
Carell/Leandro Hassum) mudou radicalmente sua vida e agora seu negócio é se
dedicar às filhotas Agnes (Elsie Fisher), Edith (Dana Gaier) e Margo (Miranda
Cosgrove), deixando de lado os tempos de vilão. Ele só não contava que seu
passado de "ladrão da Lua" pudesse falar mais alto e ser responsável
pelo seu recrutamento, através da AVL (Liga Anti-Vilões), para salvar o mundo
na companhia da agente Lucy (Kristen Wiig/Maria Clara Gueiros). Juntos, eles
precisam localizar o criminoso que roubou a fórmula PX41, e Gru desconfia que
um antigo "concorrente", chamado El Macho (Beijamin Bratt/Sidney
Magal), possa ser o responsável por essa maldade. Para completar os problemas,
o parceiro Dr. Nefário (Russell Brand/Luiz Carlos Persy) resolveu abandoná-lo e
Margo está vivendo seu primeiro amor.
Lançado em 2010, Meu Malvado
Favorito foi uma agradável surpresa, ao apresentar o personagem Gru, um super vilão,
mas que no fundo existia um bom coração, ao ponto de realmente adotar três crianças,
sendo que a principio ele havia somente pego elas para outros fins. É aquela velha
lição de sempre vista em outros filmes de animação como Sherk, em que nem
sempre se deve julgar o livro pela capa, mas aqui soa de uma forma fresca e
muito bem vinda. Nessa seqüência, pouca coisa mudou com relação ao original, a
não ser o fato de o protagonista começar ter o seu coração balançado pela nova
personagem feminina da área, agente Lucy (Kristen Wiig/Maria Clara Gueiros).
Fora isso, o ex vilão tem a
missão de procurar e desvendar as artimanhas de um vilão das antigas, mas ao
mesmo tempo ter que lidar com o fato de uma de suas filhas querer namorar um
garoto, justamente o filho de um personagem que pode ser o vilão trama. Resumidamente,
a historia não traz o mesmo frescor de novidade vista no primeiro e com isso o
filme se perde em algumas situações previsíveis. Contudo, o que novamente salva
o filme é sem sombra de duvida os seres amarelinhos Minions, que viraram
coqueluche entre a molecada, tanto pequena quanto grande e ganharam tantos fãs,
que há previsão de um filme somente deles no ano que vem.
Com filhos adotados, e com
um novo patamar que o protagonista atinge no ato final desse filme, resta saber
quais serão os novos rumos que o personagem irá chegar numa inevitável seqüência.
Sinopse: Jean Martin
Charcot (1825-1893), médico francês que pode ser considerado um dos fundadores
da neurologia moderna, estudava as doenças nervosas, especialmente a histeria,
no seu trabalho em Paris, em 1885, no hospital Salpêtrière, quando apareceu o
caso da jovem Augustine, de 19 anos, retratado no filme da diretora estreante
Alice Winocour.
No final do século
XIX, a histeria ainda era uma doença cujos sintomas desafiavam a medicina, que
infelizmente alguns associavam á processam demoníacas e o que levou a muitas
mulheres inocentes para a fogueira. O trabalho de Charcot é, por isso, muito
importante. A compreensão mais profunda
do fenômeno psíquico que dá origem à histeria só aconteceu com o trabalho
desenvolvido por Sigmund Freud (1856-1939), que foi discípulo de Charcot.
O médico francês
aplicou a hipnose na abordagem clínica da histeria, com resultados
notáveis. Por meio dela, conseguia
produzir a crise histérica e seus estranhos sintomas em pacientes, diante de
uma platéia médica. Freud acompanhou as famosas
conferências e estudos clínicos de Charcot, em que a idéia de um ou mais
eventos traumáticos estaria na origem dos sintomas.
Estava preparado o
terreno para a emergência do conceito de inconsciente, que revolucionou o
conhecimento médico e deu origem à psicologia moderna. Nisso tudo, se situa a
situação de Augustine (Soko), que vive tento crises violentas, mas que acaba
sendo acolhido por Charcot, para ajudá-la, mas ao mesmo tempo servindo de cobaia
para suas pesquisas. A relação de ambos acaba por ficar mais profunda, para não
dizer intimamente e o que leva uma cumplicidade silenciosa um com o outro.
Embora o filme não se
preocupe em explicar em que época se passa a historia, visualmente a
reconstituição de época e a fotografia escura acabam por ajudar o espectador se
situar no período. O visual sombrio a meu ver representa aflição e a
indefinição sobre qual o caminho a humanidade podia trilhar na época, principalmente
com relação à medicina que somente avançava de uma forma gradual. Cada descoberta
na época era uma vitoria para se festejar e em parte o filme reconstitui bem
isso.
A dupla central da um show a
parte: Vincent Lindon, no papel de Charcot, que já havia desempenhado um papel
de médico, no filme “A Criança da Meia-Noite”, de 2011, tem aqui uma
interpretação que nos convence a todo o momento que ele é um verdadeiro
profissional da área. Já a cantora francesa Soko é Augustine, que embora
apresente uma interpretação contida, acaba nos convencendo na sua atuação,
principalmente nos momentos de crise.
Grande vencedor da
última edição do festival É Tudo Verdade, o documentário Mataram Meu Irmão, de
Cristiano Burlan, abre na terça-feira, 26 de novembro, às 20h, a programação do
evento Aquecendo o Democracine – Mostra Latinidades. Será a primeira exibição
do filme no Estado, em sessão que será comentada por seu diretor. Gaúcho
radicado em São Paulo há vários anos, Cristiano Burlan vem especialmente a
Porto Alegre para debater com o público seu premiado documentário, no qual
recupera a dramática história de seu irmão, assassinado em 2001, aos 21 anos de
idade. Com uma história familiar trágica, o diretor de 37 anos que viveu no
violento bairro do Capão Redondo conseguiu escapar ao triste destino de outros
de seus familiares (além de Rafael, morto em 2001, seu outro irmão está preso
em Cuiabá, sua mãe foi assassinada pelo segundo marido e seu pai alcoólatra
morreu ao cair e bater a cabeça no meio fio de uma calçada). Mataram Meu Irmão
é o segundo título da Trilogia do Luto, na qual Cristiano se dedica a recuperar
a história de sua família. O primeiro filme, Construção, foi dedicado ao pai, e
o próximo será dedicado à sua mãe.
Além da exibição do elogiado documentário de
Cristiano Burlan, a programação do Aquecendo o Democracine – Mostra
Latinidades, que se estende até o dia 31 de novembro, inclui diversos debates e
exibições de filmes, em dois locais distintos (na Sala P. F. Gastal e no Ritter
Hotel). O Aquecendo o Democracine – Mostra Latinidades é uma preparação para a
segunda edição do festival Democracine, marcada para o segundo semestre de
2014. Integrado à 18ª Conferência da Rede Mercocidades, o evento tem por
objetivo auxiliar na compreensão da identidade do sujeito latino-americano,
resgatando as marcas geográficas, culturais, políticas e sociais que o
constituem. As atividades foram organizadas num conjunto de esforços entre o
InovaPoa, a Secretaria de Governança Local e a Secretaria da Cultura de Porto
Alegre. Toda a programação do evento é aberta ao público e tem entrada franca.
Mais informações e horários
das sessões, vocês conferem na pagina da sala clicando aqui.
NOTA: Como não havia
visto o primeiro Sobrenatural na época da estréia, deixo abaixo primeiro a
minha critica sobre o capitulo 1 para
depois falar sobre o que eu achei de sua seqüência.
SOBRENATURAL
Sinopse: A família
Lambert, formada por Josh (Patrick Wilson), Renai (Rose Byrne) e os filhos
Dalton (Ty Simpkins) e Foster (Andrew Astor), acaba de se mudar. Logo, uma das crianças
entra em coma de forma inexplicável, o que faz os pais pensarem que a nova casa
abriga algum tipo de espírito do mal. Mas eles logo se mudam do local e nos
dias seguintes acabam descobrindo que o problema não estava na casa e sim no
próprio filho.
O diretor James Wan
(Jogos Mortais e o recente Invocação do Mal) e o produtor Oren Peli (diretor de
Atividade Paranormal), provaram serem os homens certos do cinema de horror
atual, pois com pouco dinheiro e sem abusar do sangue na tela, criam filmes de
horror caprichados e que fazem o cinéfilo pular da cadeira facilmente. Neste
Sobrenatural, uma família que vê sua tentativa de melhorar a rotina abalada
quando um dos filhos do professor Josh (Patrick Wilson) e da pianista Renai
Lambert (Rose Byrne) entra em um tipo de coma profundo, vítima de um acidente
caseiro. Espíritos passam a assombrar a casa, perseguindo-os mesmo após a
mudança de residência, tentando se apossar da mente enfraquecida do garoto.
Embora seja produzido
por Peli, e possuir um tema semelhante, não espere um novo Atividade
Paranormal, pois aqui o filme é narrado de modo tradicional e que lembra os
últimos filmes de horror produzidos no final da década de 90, mas sem apelar
para os excessos como violência e sangue, mas sim em algo sugestivo e bem
certeiro. Assim como Invocação do Mal, Sobrenatural é um filme que remete como
os filmes de horror eram apresentados ao publico antigamente: mansão mal
assombrada, ruídos ao fundo, algo escondido nas sombras, portas e paredes
rangendo e etc. Tudo isso, para criar um clima de apreensão e sempre esperando
para que o pior surja na tela.
Embora tenha se
consagrado em um filme mais violento como Jogos Mortais, Wan soube comprar a
idéia de Peli. Ao ver o filme, acredito que foi um trabalho de equipe, não de um
homem só, fazendo com que a obra jamais passe o ar de pretensão de nenhum deles
e se preocupando mais com a reação do publico. Patrick Wilson (Watchmen) e Rose
Byrne (X-Mem: Primeira Classe), estão bem como o casal desesperado perante o
fato do filho estar em estado de coma e ao mesmo tempo com as coisas estranhas que
vão acontecendo na casa.
O ato final onde é mostrado
dois dos personagens principais no mundo dos espíritos, que mais parece uma
realidade mais escura e ameaçadora do mundo onde eles vivem, rende inúmeros momentos
que provoca verdadeiros arrepios no cinéfilo e uma forma até bem original de
mostrar o outro lado desse mundo ainda desconhecidos para os mortais. Como é de
costume, o final deixa um belo de um gancho para uma inevitável continuação.
Sobrenatural:
Capítulo 2
Sinopse: No longa uma
família torturada por assombrações luta para descobrir um segredo aterrorizante
que os deixou perigosamente conectados com o mundo dos espíritos.
A trama começa exatamente aonde
o filme anterior havia terminado, mas essa seqüência pode muito bem ser vista por
aqueles que não assistiram a primeira parte. Isso foi conseguido, graças ao fato
dos produtores terem criado uma pequena sub trama, onde mostra o pequeno Josh
Lambert em 1985 tendo os mesmos problemas com o sobrenatural que teria o seu
filho futuramente. Após isso, retornamos ao presente, com Josh Lambert já
adulto (Patrick Wilson), mas agindo de uma forma estranha, após ter resgatado o
seu filho do mundo sobrenatural. Para piorar, ele se torna o principal suspeito
de ter matado a médium Elise (Lin Shaye).
Embora possa ser visto de
uma forma independente do primeiro, os produtores também foram gênios ao saber
explicar eventos não muito bem esclarecidos vistos no primeiro capítulo. Para
isso, fizeram com que alguns dos protagonistas perambulassem no mundo pós morte
(ou plano astral) e fazerem com que eles revisitassem tanto o Lambert pequeno do
inicio desse filme, como também aos eventos vistos do primeiro capitulo. Ou
seja: os produtores não só criam um engenhoso filme de horror, como também uma espécie
de viagem no tempo pouco visto dentro do gênero e que com certeza muitos irão
acabar se lembrando do segundo filme De Volta do Futuro como referencia.
Além disso, não faltam referencias
aos outros filmes de horror, que vai de Silencio dos Inocentes e até mesmo Psicose.
Se por um lado isso possa parecer uma verdadeira salada nesta mistura, por
outro prova que James Wan e Oren Peli são verdadeiros fãs do gênero e que
tentam ao máximo respeitá-lo. É claro que nem tudo é perfeito, pois o filme escorrega
em alguns momentos cômicos desnecessários, principalmente protagonizados pela
dupla de ajudantes da médium Elise, mas que não compromete muito.
O final em si, resolve todas
as pontas soltas de ambos os filmes e faz com que trama dessa família termine
por aqui. Contudo, os segundos finais da historia acabam criando dois caminhos,
onde á cine-série pode ir para uma nova trama independente dessa, ou inventando
uma mirabolante revelação, para que a vida do casal protagonista e de seus filhos
não fique sossegada por um bom tempo.